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    O doente diabético com doença coronária crónica. Como revascularizar?

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    A doença diabética representa uma das mais importantes preocupações para todos quantos têm de abordar e tratar a doença coronária, aguda ou crónica. A presença da diabetes coloca problemas particulares relacionados com o agravamento do prognóstico que nestes doentes se verifica, bem como as dificuldades inerentes à terapêutica, que nesta população levanta problemas especiais. O lugar da revascularização miocárdica no tratamento da doença coronária crónica tem sido matéria de controvérsia, muito por culpa de alguns estudos clínicos que falharam na demonstração da sua superioridade. Após o estudo BARI-2D a cirurgia de bypass aorto-coronário ganhou alguma vantagem sobre a angioplastia coronária, em doentes diabéticos com doença multivasos, vantagem esta que veio a ser recentemente consolidada no estudo FREEDOM, no qual se demonstra uma significa redução de eventos ao fim de cinco anos

    Investigação recente em antitrombóticos. Novidades para o tratamento dos doentes com síndromas coronárias agudas

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    A terapêutica antitrombótica ocupa um lugar central no tratamento da doença coronária aguda. A sua importância foi reforçada com a generalização dos procedimentos de intervenção percutânea, em especial quando são implantados dispositivos intra-coronários. Neste domínio, o uso da dupla antiagregação plaquetar é obrigatório, combinando a clássica aspirina às tienopiridinas, em particular ao clopidogrel. Em paralelo, o uso de anticoagulantes é igualmente mandatório, particularmente nas primeiras horas, até à angioplastia e implantação de stent. Depois de uma década dominada pelo clopidogrel e pela enoxaparina, assistimos, recentemente, à introdução de novos fármacos, em especial o fondaparinux e mais recentemente o prasugrel, ambos com as suas vantagens e desvantagens. O Congresso Europeu de Cardiologia 2009 foi particularmente rico nesta área, já que três importantes estudos viram os seus resultados apresentados, todos eles com relevantes implicações para a prática clínica. O estudo PLATO introduzindo o ticagrelor,primeiro antiplaquetar actuando via receptor P2Y12 com efeito reversível; o estudo CURRENT-OASIS 7 testando doses, acima do convencional, de clopidogrel e aspirina; o estudo SEPIA-ACS 1 TIMI 42 introduzindo o otamixaban, novo anticoagulante com efeito anti-Xa administrado por via intra-venosa; são, no presente trabalho, sumariamente apresentados e discutidos, procurando realçar alguns aspectos que poderão vir a introduzir alterações nas recomendações e consequentemente na prática do dia a dia

    What if gravity becomes really repulsive in the future?

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    The current acceleration of the Universe is one of the most puzzling issues in theoretical physics nowadays. We are far from giving an answer on this letter to its true nature. Yet, with the observations we have at hand, we analyse the different patterns that the gravitational potential can show in the future. Surprisingly, gravity not only can get weaker in the near future, it can even become repulsive; or equivalently, the gravitational potential may become negative. We show this remark by using one of the simplest phenomenological model we can imagine for dark energy. We have as well reviewed the statefinder approach of these models. For completeness, we have also showed the behaviour of the density contrast of dark matter and dark energy for these simple (yet illustrative models). Our results are displayed at present and how they evolve in the future.Comment: 7 pages, 3 figures. Further explanations provided. Version accepted in EPJ

    A avaliação de políticas públicas como factor de aprendizagem, inovação Institucional e cidadania: o caso da política do ordenamento do território em Portugal

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    A avaliação de políticas públicas em Portugal tem cerca de duas décadas e nasceu por imposição externa (sobretudo financiamento e adopção de leis da União Europeia/ UE). Não sendo o ordenamento do território uma competência formal da UE, a avaliação teve, neste caso, um início particular. Entretanto, verificou-se o sucessivo alargamento das suas componentes: avaliação de conformidade, avaliação preventiva de impactes, avaliação de dinâmicas territoriais, e avaliação dos processos e das práticas de ordenamento do território. Esta evolução traduz a paradoxal crescente “europeização” de uma política fora das competências da UE, mas também a emergência de novos paradigmas de avaliação e de ordenamento do território. Este artigo procura, a partir do caso português, contribuir para o debate sobre o papel da avaliação de políticas públicas como factor de mudança cultural das organizações,das comunidades profissionais e dos cidadãos em um contexto de crescente contestação da visão moderna e racionalista de Estado

    A dimensão cultural da avaliação da política pública do Ordenamento do Território

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    A evolução das políticas públicas em Portugal encontra-se sob forte pressão reformadora. Não é novo o debate sobre a redefinição e redimensionamento da administração pública – organização, recursos humanos e instrumentos – à luz do paradigma menos mas melhor Estado. Contudo, o actual contexto de volatilidade socioeconómica reforça a urgência dessa redefinição e coloca, simultaneamente um novo conjunto de constrangimentos. Estes são, sobretudo, de natureza financeira, resultado da restrição orçamental que condicionará a despesa pública provavelmente até ao final da presente década. Mas não só. Outros factores condicionam a mudança aqui discutida. De facto, da crescente descredibilização social da capacidade de o Estado assegurar a sustentabilidade da gestão da coisa pública resultam novas pressões. Estas incidem ao nível da decisão política mas também da capacidade de adaptação e aprendizagem das instituições e de exequibilidade das soluções de governança multinível que apoiam a implementação das políticas públicas. É este contexto adverso que reforça a importância dos processos de avaliação de políticas públicas, tantas vezes politicamente subalternizados. Não exploramos aqui o propósito, constituição e execução da avaliação de políticas públicas. Refira-se, contudo, que é possível sistematizar a quase totalidade dos debates existentes sobre este domínio em torno de cinco questões-chave: (i) porquê avaliar? (ii) o que avaliar? (iii) como avaliar? (iv) quem avalia? e (v) o que fazer com os resultados da avaliação? Este texto incide sobre a última questão. Não numa perspectiva técnica, i.e. a forma como os resultados de um exercício de avaliação podem ser utilizados na redefinição de uma política pública, mas política, i.e. do uso, ou não, da avaliação enquanto instrumento de validação e legitimação de uma política pública. Recorremos ao caso do ordenamento do território para ilustrar o argumento apresentado
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