10 research outputs found

    FILOSOFIA COMO PRODUÇÃO ARTÍSTICA: UMA REFORMULAÇÃO DA ESTÉTICA NO PENSAMENTO DE NIETZSCHE

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    O artigo pretende realizar uma análise sobre como a estética ultrapassa oslimites de uma "ciência do belo" ou de uma "disciplina filosófica" na filosofia intermediária deNietzsche. A ideia principal que será abordada, em um primeiro momento, é a relação entrearte e vida. Em Nietzsche, é possí­vel denominar uma estética da existência na medida emque para ele a própria vida torna-se obra de arte. Para elucidar essa proposta nietzschiana,vamos passar antes pelas crí­ticas ao romantismo, considerada um tipo de arte metafí­sica,e investigar a noção de criação. Ao final do texto, pretende-se responder se ao ultrapassaresses limites a estética pode passar a se tornar uma espécie de fundamento para a filosofia.O argumento levantado é que segundo Nietzsche toda filosofia é proveniente de nossasexistências, o que significa dizer que é fruto de nossa sensibilidade. Por essa razão, aestética é uma forma de educar a sensibilidade humana, porque somos estimulados aoprocesso criativo.Palavras-Chave: Criação. Crí­tica ao romantismo. Estética da existência. Sensibilidade

    FREUD X FRANK: UMA LEITURA DO TEXTO "DOSTOIÉVSKI E O PARRICÍDIO"

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    The intention of the article is to accomplish an analysis on two different perspectives about the figure of Fyodor Dostoyevsky. Namely, the interpretations are from Sigmund Freud and Joseph Frank. While the first one uses the psychoanalysis to interpret the Russian writer’s novels, in order to hold the idea of he suffers from neurological disorders that have influenced his work, Frank argues against Freud’s ideas. The aim is not investigating who is right about the novelist, but search a proper view about the ups and downs of the text “Dostoyevsky and Parricide", and thereby, try to understand how Dostoyevsky’s novels have anticipated some important subjects to the psychoanalysis.El propósito del texto es realizar un análisis de dos puntos de vista distintos sobre la figura de Fyodor Dostoevsky. Interpretaciones, es decir, son las de Sigmund Freud y Joseph Frank. Mientras que el primero es uns análisis psicoanalítica de las novelas del escritor ruso con el fin de defender la idea de que sufría de trastornos neurológicos que influyeron en su obra, Frank argumenta en contra de las ideas de Freud. El objetivo no es investigar quién tiene la razón sobre el novelista, sino buscar una visión adecuada sobre los altibajos del texto "Dostoievski y parricidio" y por lo tanto tratar de entender cómo las novelas de Dostoievski anticiparon algunos temas caros a psicoanálisis.O intuito do artigo é realizar uma análise sobre duas perspectivas distintas acerca da figura de Fiódor Dostoiévski. As interpretações, a saber, são as de Sigmund Freud e as de Joseph Frank. Enquanto o primeiro faz uma análise psicanalítica dos romances do escritor russo, a fim de defender a ideia de que ele sofria de distúrbios neurológicos que influenciaram sua obra, Frank argumenta contra as ideias de Freud. O objetivo não é investigar quem está com a razão sobre o romancista, mas buscar uma visão adequada acerca dos altos e baixos do texto “Dostoiévski e o Parricídio”, e, desse modo, tentar compreender como os romances de Dostoiévski anteciparam alguns temas caros para a psicanálise

    Nietzsche e a formação do (vir-a) ser pela linguagem

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    O presente artigo possui o intuito de apresentar as críticas do filósofo alemão Friedrich Nietzsche às concepções de Ser e sua estima pelo vir-a-Ser, e, também, como isso se vincula, de certa maneira, as posturas éticas e não apenas metafísicas ou ontológicas. Para tanto fizemos uso do pensamento de dois autores pré-socráticos basicamente: Heráclito e Parmênides, e, da mesma maneira, buscamos nos pautar em dois escritos fundamentais: Crepúsculo dos Ídolos e A filosofia na era trágica dos gregos, pois como se trata de dois textos distantes, demonstramos que algumas críticas e elogios vinculados aos filósofos já era apresentada de modo embrionário e que se desenvolveu posteriormente de uma maneira mais consistente

    Tchernichévski: entre o Determinismo e a Revolução

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    O artigo a seguir versa sobre o filósofo russo N. Tchernichévski. Mais precisamente, nosso interesse é saber até que ponto é justo considerar apenas o aspecto racionalista e determinista de sua obra – algo muito comum quando a leitura do escritor é realizada à luz de outras interpretações já consagradas, como a de Dostoiévski. Nesse sentido, realizamos o seguinte caminho para tornar compreensível a ideia: (i) exposição da teoria ética de Tchernichévski em “O Princípio Antropológico em Filosofia”; (ii) como essa teoria constrói os personagens do romance O que fazer?; (iii) por fim, analisamos um personagem em especial: Rakhmetov.The following article is about the Russian philosopher N. Chernyshevsky. To be precise, our interest is to comprehend to what extent it is fair that one considers only the rationalistic and deterministic characteristics of his work – something one has come to expect when the reading is in the light of the most acclaimed interpretations, as Dostoevsky’s. In this respect, the article followed a particular path to make the idea more understandable by: (i) exposing Chernyshevsky’s ethical theory in “The Anthropological Principle in Philosophy”; (ii) discussing how this theory build the characters of the novel What is to be done?; (iii) and analyzing one of the characters in particular: Rakhmetov

    Cálculo e medida na transição de o nascimento da tragédia para Humano, demasiado humano: as paixões como questão

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    The following article is about the notions of calculation and measurement in Nietzsche’s work, to be more precise, in the transition between his first works and his intermediate one. Our intention is elucidating how these notions that sound little Dionysian – and, as consequence, little nietzschean – can be part of the entirety of the Nietzsche’s work, and more, be essentials to understanding of his thought. To achieve this objective, he shares with us his idea of “to create ourselves as work of art”. Lastly, we try make clear that when we introduce those notions as calculation and measurement in nietzschean philosophy, that would never make him seems a rationalist or moralist philosopher, i.e., someone that show and sets conduct rules considerate appropriate.O presente artigo discute as noções de cálculo e medida na obra de Nietzsche, mais especificamente na transição do seu período inicial para o período intermediário. Com isso, nossa intenção é explicitar como tais noções que soam tão pouco dionisíacas – e consequentemente, nietzschianas – podem fazer parte do conjunto da obra de Nietzsche e, mais ainda, serem essenciais para a compreensão de seu pensamento. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram necessários os desdobramentos de conceitos como paixões e criação na obra nietzschiana, fazendo reaparecer características do conceito de apolíneo, que são praticamente despercebidos uma vez que o filósofo combina seus dois conceitos anteriores. Porém, ao fazer isso, ele compartilha conosco sua ideia de “criar a si mesmo como obra de arte”. Por fim, tentamos deixar claro que quando introduzimos tais noções como cálculo e medida em sua filosofia, isso jamais o faz parecer um filósofo racionalista ou moralista, isto é, alguém que busque apresentar e estabelecer determinadas regras e normas de conduta consideradas apropriadas

    FILOSOFIA COMO PRODUÇÃO ARTÍSTICA: UMA REFORMULAÇÃO DA ESTÉTICA NO PENSAMENTO DE NIETZSCHE

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    O artigo pretende realizar uma análise sobre como a estética ultrapassa oslimites de uma “ciência do belo” ou de uma “disciplina filosófica” na filosofia intermediária de Nietzsche. A ideia principal que será abordada, em um primeiro momento, é a relação entre arte e vida. Em Nietzsche, é possível denominar uma estética da existência na medida em que para ele a própria vida torna-se obra de arte. Para elucidar essa proposta nietzschiana, vamos passar antes pelas críticas ao romantismo, considerada um tipo de arte metafísica, e investigar a noção de criação. Ao final do texto, pretende-se responder se ao ultrapassaresses limites a estética pode passar a se tornar uma espécie de fundamento para a filosofia. O argumento levantado é que segundo Nietzsche toda filosofia é proveniente de nossas existências, o que significa dizer que é fruto de nossa sensibilidade. Por essa razão, a estética é uma forma de educar a sensibilidade humana, porque somos estimulados ao processo criativo.Palavras-Chave: Criação. Crítica ao romantismo. Estética da existência. Sensibilidade

    Nietzsche : da filosofia do trágico à filosofia trágica, ou o criar como afirmação da vida.

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    Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.O intuito de nossa dissertação é investigar a transição de uma filosofia do trágico para uma filosofia trágica na obra de Nietzsche, mais precisamente entre O nascimento da tragédia e os dois volumes de Humano, demasiado humano. A mudança se dá pelo seguinte: a filosofia do trágico é uma reflexão sobre uma visão de mundo, tematizada por pensadores tão diversos como Goethe, Hegel ou Kierkegaard, por exemplo. A filosofia trágica, por sua vez, é uma proposta diante da vida: a criação. A partir da análise do conceito de criação, podemos explicitar a mudança no pensamento de Nietzsche. Isso exige, também, explicitar as diferenças entre outros dois conceitos centrais da filosofia nietzschiana: arte e trágico. Em nossa pesquisa, porém, não focamos apenas aquilo que mudou, mas também as continuidades que existem entre o livro de estreia e Humano, demasiado humano. Uma delas, característica fundamental para o que se estabelece no período intermediário da obra de Nietzsche, é o compromisso com a afirmação da vida. Ao fim, esperamos que seja possível perceber como, através da arte, podemos dizer sim à vida.The purpose of our dissertation is to investigate the transition from a philosophy of the tragic to a tragic philosophy in Nietzsche’s work, precisely, between The Birth of Tragedy and the two volumes of Human, all too human. The change happens by the following condition: the philosophy of the tragic is a reflection on a worldview, thematized by different thinkers like Goethe, Hegel or Kierkegaard for example. The tragic philosophy, in turn, is a proposal faced life: the creation. From the analysis of the creation’s concept, we can explain the change in Nietzsche’s thinking. This also requires in explain the differences between two others concepts of nietzschian philosophy: art and tragic. Yet, in our research we didn’t focus just in what changed, but we also focus in the developments there are between his first book and Human, all too human. One of this developments, an essential characteristic for what will be established in intermediary Nietzsche’s work, is the commitment with the affirmation of life. In the end, we expect that is possible noticed how we can say Yes to life through the art

    Cálculo e medida na transição de o nascimento da tragédia para Humano, demasiado humano: as paixões como questão

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    The following article is about the notions of calculation and measurement in Nietzsche’s work, to be more precise, in the transition between his first works and his intermediate one. Our intention is elucidating how these notions that sound little Dionysian – and, as consequence, little nietzschean – can be part of the entirety of the Nietzsche’s work, and more, be essentials to understanding of his thought. To achieve this objective, he shares with us his idea of “to create ourselves as work of art”. Lastly, we try make clear that when we introduce those notions as calculation and measurement in nietzschean philosophy, that would never make him seems a rationalist or moralist philosopher, i.e., someone that show and sets conduct rules considerate appropriate.O presente artigo discute as noções de cálculo e medida na obra de Nietzsche, mais especificamente na transição do seu período inicial para o período intermediário. Com isso, nossa intenção é explicitar como tais noções que soam tão pouco dionisíacas – e consequentemente, nietzschianas – podem fazer parte do conjunto da obra de Nietzsche e, mais ainda, serem essenciais para a compreensão de seu pensamento. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram necessários os desdobramentos de conceitos como paixões e criação na obra nietzschiana, fazendo reaparecer características do conceito de apolíneo, que são praticamente despercebidos uma vez que o filósofo combina seus dois conceitos anteriores. Porém, ao fazer isso, ele compartilha conosco sua ideia de “criar a si mesmo como obra de arte”. Por fim, tentamos deixar claro que quando introduzimos tais noções como cálculo e medida em sua filosofia, isso jamais o faz parecer um filósofo racionalista ou moralista, isto é, alguém que busque apresentar e estabelecer determinadas regras e normas de conduta consideradas apropriadas

    Entre Nietzsche e Dostoiévski : modernidade e niilismo

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    Orientador: Dr. Antônio Edmilson PaschoalTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 06/09/2022Inclui referênciasResumo: Esta tese busca analisar a relação entre Nietzsche e Dostoiévski a partir de dois princípios considerados fundamentais: a crítica à modernidade e o otimismo racionalista que sustentou o ideal de progresso. A partir desses princípios, foi possível oferecer segurança na análise de uma relação que nem sempre é amistosa, isto é, conforme a tese sustenta, existem não apenas convergências, mas também divergências de posicionamento entre os autores - o cristianismo é um exemplo bastante claro. Na tese é observado que ambos suspeitam do otimismo racional desenvolvido na modernidade, percebendo ali não a salvação da humanidade, mas sua possível destruição. Por esse motivo, é fundamental compreender como Nietzsche e Dostoiévski observaram esse período, que na verdade é também uma espécie de fenômeno social que influenciaria em época subsequentes. Na tese é sustentado que o racionalismo exacerbado da modernidade acarretou no niilismo, que, por sua vez, se tornou uma característica das sociedades modernas determinante para a condição psíquica dos indivíduos. Dessa forma, Nietzsche e Dostoiévski analisam a relação entre social e psique para tornar possível a compreensão das transformações sociais e os erros cometidos pelos "esclarecidos" de sua época. O trabalho visa salientar, por fim, que esse tipo de análise torna perceptíveis os encontros e desencontros entre os autores, sem perder de vista a importância dessa relação para o debate filosófico contemporâneo.Abstract: This thesis seeks to analyse the relationship between Nietzsche and Dostoevsky from two fundamental criteria: the critique of modernity and the optimistic rationalism that sustained the ideal of progress. From this principles, it was possible to provide certainty in the analysis of a relationship that is not always friendly, that is, according to the thesis's assumption, there are not only convergences, but also divergences when the authors take a stand on some issues - the cristianity is a very well example. In the thesis is noted that both, Nietzsche and Dostoevsky, raise doubt about the optimistic rationalism developed in modernity, and noticed it woul not bring salvation, but its possible destrutcion. Because of that, it is necessary to comprehend how Nietzsche and Dostoevsky had observed that period, wich, as matther of fact, is also a kind of social phenomenon would influence the following times. The thesis supports that the exacerbated rationalism has brought the nihilism, and the nihilism, in turn, has become a modern societies' characteristic that would affect the men in a pyschological way. Thus, Nietzsche and Dostoevsky analyze the relation between the social and the pysche to make possible the understanding of the social changes and the mistakes of the "enlighted" of their era. Finally, the text aim to underline that this type of analysis makes noticiable the agreements and disagreements between the authors, without losing sight of the significance of this relationship to the contemporary philosophical debate
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