44 research outputs found

    TURMA DA MÔNICA E A FORMAÇÃO DE MENTES DE INVESTIDOR EM TEMPOS DE FINANCEIRAÇÃO

    Get PDF
    A análise que desenvolvemos, relacionada ao objetivo de conhecer e problematizar a produção de vida e subjetividade no atual capitalismo neoliberal financeirizado, focaliza um livro de educação financeira da Turma da Mônica e do consultor Primo Rico. Utilizamos a análise do discurso na perspectiva foucaultiana de modo a examinar o enunciável e o visível. Quanto aos contornos e ênfases desta pedagogia cultural, problematizamos: a centralidade do dinheiro, a incitação ao investimento e ao empreendedorismo, e a omissão ou abordagem bem específica das temáticas trabalho, juros e endividamento. Frente à capitalização da vida que vivenciamos hoje, produtora de desigualdades brutais, ressaltamos ser crucial uma educação que rompa com esta lógica

    Narrativas de Egressos da Prisão e Discursos Midiáticos Sobre Criminalidade

    Get PDF
    This article discusses the production of subjectivity of people who have experienced imprisonment, considering the media discourses about crime. The research is justified by the need to think about the work of Psychology with the incarcerated population, putting on questions for the challenges that the complexity of the imprisonment presents. The applied methodological tool was the conversation circle done with a volunteer group of men egress of the Penitentiary System, in which the media contents selected by the participants were used. Among the objectives, we sought to understand the subjective effects of these discourses on people who live this reality with its criminal and social consequences, to know how they resist or reproduce values and meanings, and also to provide a space for narratives and interaction among participants, valuing the sharing of opinions and ideas. We analyze the aspects discussed in the conversation circle that sometimes related to the reproduction of social exclusion, sometimes with criticism and resistance to criminal identity. These issues have been developed in topics about criminalization of poverty and the rescue of citizenship that comprise the set of themes debated and related to the media contents. We understand that the power/knowledge relation that circulates in the discourses, functioning as a permanent process of forging of life, is significant in the production of subjectivity. And finally, in counterpoint to this, we conclude pointing to practices of freedom exercised in spaces of reflection and self-narration as ways of breaking down marginalized identities, functioning as resistance to the processes of social exclusion and as a possibility to think of different paths.Este artículo discute la producción de subjetividad de personas que pasaron por la experiencia de prisión, considerando los discursos mediáticos sobre la criminalidad. La investigación se justifica por la necesidad de pensar el trabajo de la Psicología junto la población encarcelada, planteando cuestiones para los desafíos que la complejidad del encarcelamiento presenta. La herramienta metodológica aplicada fue la rueda de conversación realizada con un grupo voluntario de hombres egresados del sistema penitenciario, en la que fueron disparadores los contenidos mediáticos escogidos por los participantes. Entre los objetivos se buscó entender los efectos subjetivos de esos discursos en las personas que viven esta realidad con sus desdoblamientos penales y sociales, conocer la manera en que se resisten o reproducen valores y significados y también propiciar espacio de narrativas y de interacción entre los participantes, valorizando el intercambio de opiniones e ideas. Analizamos en este artículo los aspectos discutidos en las ruedas de conversación que hora se relacionan con la reproducción de la exclusión social hora con crítica y resistencia a la identidad criminal. Estas cuestiones se desarrollaron en tópicos sobre la criminalización de la pobreza y el rescate de la ciudadanía que comprenden el conjunto de los temas debatidos y asociados a los contenidos mediáticos. Entendemos que la relación saber-poder que circula en los discursos funcionando como un proceso permanente modelado de la vida es significativa en la producción de subjetividad. Y por fin, en contrapunto a eso concluimos señalando para prácticas de libertad ejercitadas en espacios de reflexión y de narración de sí, como modo de ruptura de identidades marginadas, resistencia a los procesos de exclusión social y posibilidad de crear diferentes caminos.Este artigo discute a produção de subjetividade de pessoas que passaram por experiência de prisão, considerando os discursos midiáticos sobre a criminalidade. A pesquisa se justifica pela necessidade de pensar o trabalho da Psicologia junto à população encarcerada, colocando questões para os desafios que a complexidade do aprisionamento apresenta. A metodologia aplicada foi a roda de conversa realizada com um grupo voluntário de homens egressos do sistema prisional, na qual foram disparadores os conteúdos midiáticos escolhidos pelos participantes. Dentre os objetivos, buscou-se entender os efeitos subjetivos destes discursos nas pessoas que vivem esta realidade com seus desdobramentos penais e sociais, conhecer a maneira como resistem ou reproduzem valores e significados e, também, propiciar espaço de narrativas e de interação entre os participantes, valorizando o compartilhamento de opiniões e ideias. Analisamos os aspectos discutidos nas rodas de conversa que ora se relacionam com a reprodução da exclusão social, ora com crítica e resistência à identidade criminosa. Estas questões foram desenvolvidas em tópicos sobre a criminalização da pobreza e o resgate da cidadania que compreendem o conjunto dos temas debatidos e associados aos conteúdos midiáticos. Entendemos que a relação saber-poder que circula nos discursos, funcionando como um processo permanente de modelização da vida, é significativa na produção de subjetividade. E por fim, em contraponto a isso, concluímos sinalizando para práticas de liberdade exercitadas em espaços de reflexão e de narração de si, como modo de ruptura de identidades marginalizadas, resistência aos processos de exclusão social e possibilidade de criar diferentes caminhos

    "Manda Nude": jogos de saber-poder e produção de subjetividade

    Get PDF
    Apresentamos um recorte de nossa pesquisa de mestrado que focalizou a produção de discursos e de subjetividade relacionada à prática de compartilhar nudes através de mídias digitais, e que teve como corpus materiais (textos, música, vídeos, etc.) coletados na internet. Uma leitura inspirada nas teorizações foucaultianas possibilitou-nos tecer problematizações quanto ao enunciado “Manda nude”. Neste artigo, damos ênfase à forma como os pedidos de nudes são propostos, compostos e expressos, discutindo aquilo que é acionado no seu entorno. Assim, trazemos a articulação de alguns campos discursivos que operam sobre o corpo/sujeito quando está em questão fazer produzir e circular nudes: relativos à heterossexualidade masculina, à moralidade, ao humor, ao entretenimento e ao status de amador das fotografias. Ressaltamos que tal prática nada tem de neutra, sendo atravessada por saberes e forças que engendram certas posições subjetivas, coloca-se, portanto, enquanto uma temática pertinente a futuros estudos em Psicologia Social

    Seja um investidor: plataformas financeiras, gamificação e produção de subjetividade

    Get PDF
    Analyzes have been related the increased socioeconomic inequality, within the context of neoliberal capitalism, to the process of financialization. Considering its importance to draw diagnoses of the present, we developed research that aims to know modes of subjectivation connected to what we call the financialization dispositive, constituted by heterogeneous elements; in this article, we focus on digital financial platforms that encourage the practice of investing. We used the cartography method, paying attention to lines of enunciation and visibility (knowledge), strength (power) and subjectivation in the analysis of websites and applications of seven institutions (Robinhood, Warren, C6 Bank, Banco Inter, Rico, Itaú/íon and Nubank /NuInvest), whose formatting and operation refer to gamification. We found that elements related to certain dynamics, mechanics and game components are strategically composed to produce an investor subject. Narratives present the platforms as partners that simplify everything to provide opportunities for everyone, even with little money (R 30,00), to start a journey into the world of investments, a way to prosper and make dreams come true. Tips and articles, in a short format, serve as challenges for clients to explore and insert themselves more in this market. Emotions are mobilized, such as fun – through playful design and approach to forms of entertainment –, fearlessness and empowerment – with sayings like “#NoFearOf TheStockMarket” and the paradoxical “we fight complexity to empower people” –, to assign relaxation and safety to the practice. We discuss the production of subjects installed in the “shallows of knowledge-power”, the normalization and depoliticization of this practice, and we open questions about the strategic signification of inviting everyone to belong, identify themselves and, thus, support any gains in this market.Estudios han relacionado la creciente desigualdad socioeconómica, en el ámbito del capitalismo neoliberal, con el proceso de financiarización. Considerando su importancia para trazar diagnósticos del presente, desarrollamos una investigación que tiene como objetivo conocer modos de subjetivación conectados a lo que llamamos el dispositivo de financiarización, constituido por elementos heterogéneos; en este artículo nos enfocamos en las plataformas financieras digitales que fomentan la práctica de invertir. Utilizamos el método de la cartografía, prestando atención a las líneas de enunciación y visibilidad (saber), fuerza (poder) y subjetivación en el análisis de sitios web y aplicaciones de siete instituciones (Robinhood, Warren, C6 Bank, Banco Inter, Rico, Itaú/ión y Nubank /NuInvest), cuyo formato y funcionamiento hacen referencia a la gamificación. Constatamos que elementos relacionados con ciertas dinámicas, mecánicas y componentes del juego están estratégicamente compuestos para producir un sujeto inversor: las narrativas presentan las plataformas como compañeros que simplifican todo para dar oportunidades para todos, incluso con poco dinero (R 30,00), para iniciar un camino al mundo de las inversiones, un medio para prosperar y hacer realidad los sueños; consejos y artículos, en formato corto, sirven como desafíos para que los clientes exploren e inserten más en este mercado; se movilizan emociones como la diversión – a través del diseño lúdico y el acercamiento a las formas de entretenimiento–, la intrepidez y el empoderamiento – con dichos como “#SinMiedoaLaBolsa” y el paradójico “luchamos contra la complejidad para empoderar a las personas” –, para abarcar la práctica con relajación y seguridad. Discutimos la producción de sujetos instalados en la “superficie del saber-poder”, la normalización y despolitización de la práctica, y abrimos interrogantes sobre el sentido estratégico de invitar a todos a pertenecer, identificarse y, así, sustentar cualquier ganancia en este mercado.Análises têm relacionado a crescente desigualdade socioeconômica, no âmbito do capitalismo neoliberal, ao processo de financeirização. Visto sua importância para traçar diagnósticos do presente, desenvolvemos pesquisa que objetiva conhecer modos de subjetivação conexos ao que chamamos dispositivo da financeirização, constituído por elementos heterogêneos; neste artigo enfocamos plataformas financeiras digitais que incitam à prática do investimento. Utilizamos o método da cartografia atentando a linhas de enunciação e visibilidade (saber), força (poder) e subjetivação na análise de sites e aplicativos de sete instituições (Robinhood, Warren, C6 Bank, Banco Inter, Rico, Itaú/íon e Nubank/NuInvest), cuja formatação e operação remetem à gamificação. Constatamos que elementos relativos a certas dinâmicas, mecânicas e componentes dos games se compõem estrategicamente para produzir um sujeito investidor: narrativas apresentam as plataformas como parceiras que tudo simplificam para oportunizar que todos, mesmo com pouco dinheiro (R$ 30,00), possam começar uma jornada no universo dos investimentos, meio para prosperar e realizar sonhos; dicas e matérias, em formato enxuto, funcionam como desafios para clientes explorarem e inserirem-se mais neste mercado; são mobilizadas emoções, como diversão – pelo design lúdico e aproximação a formas de entretenimento –, destemor e empoderamento – com ditos como “#SemMedoDaBolsa” e o paradoxal “combatemos a complexidade para empoderar as pessoas” –, para revestir a prática com descontração e segurança. Discutimos a produção de sujeitos instalados no “raso do saber-poder”, a normalização e despolitização da prática, e abrimos questões quanto ao sentido estratégico de convocar todos a pertencer, se identificar e, assim, respaldar quaisquer ganhos neste mercado

    “A graça entre os homens”: discutindo a (des)aparição feminina nas capas de Você S/A

    Get PDF
    Neste artigo, a partir do desconforto gerado pela constatação da quase inexistência de mulheres em capas da revista de negócios Você S/A (entre janeiro de 2012 e julho de 2013, somente uma traz uma especialista mulher), busca-se problematizar as discursividades relacionadas à forma como a mulher é apresentada como executiva, articulando a discussão à questão de gênero. Percebe-se, a partir de uma análise de discurso na perspectiva foucaultiana, que a ideia de “natureza feminina” permanece sendo colocada em pauta, indicando que mulheres e homens possuiriam características diferentes, inatas. Operando com base nesse pressuposto, nessa revista a medida de comparação das ditas características femininas passa pelo homem e posiciona a mulher entre lugares de fragilidade, sensibilidade, falta e sedução. Tecemos considerações sobre a importância política de seguir discutindo as “novas-velhas” roupagens das construções midiáticas sobre as mulheres

    “A graça entre os homens”: discutindo a (des)aparição feminina nas capas de Você S/A

    Get PDF
    Neste artigo, a partir do desconforto gerado pela constatação da quase inexistência de mulheres em capas da revista de negócios Você S/A (entre janeiro de 2012 e julho de 2013, somente uma traz uma especialista mulher), busca-se problematizar as discursividades relacionadas à forma como a mulher é apresentada como executiva, articulando a discussão à questão de gênero. Percebe-se, a partir de uma análise de discurso na perspectiva foucaultiana, que a ideia de “natureza feminina” permanece sendo colocada em pauta, indicando que mulheres e homens possuiriam características diferentes, inatas. Operando com base nesse pressuposto, nessa revista a medida de comparação das ditas características femininas passa pelo homem e posiciona a mulher entre lugares de fragilidade, sensibilidade, falta e sedução. Tecemos considerações sobre a importância política de seguir discutindo as “novas-velhas” roupagens das construções midiáticas sobre as mulheres

    Movimentos de um movimento social nas redes digitais: lutas quanto à publicidade infantil

    Get PDF
    Apresentamos uma pesquisa que focalizou o surgimento e desdobramentos do “Movimento Infância Livre de Consumismo” (iniciativa de um grupo de mães ativistas que utilizam as redes digitais para difundir suas posições) cujo objetivo é analisar discursos produzidos quanto à relação criança e consumo. Concepções de Michel Foucault e a abordagem cartográfica (Kastrup, 2007), adequada quando se acompanham processos, foram nossas bases teórico-metodológicas. A análise de postagens em diferentes espaços virtuais nos permitiu identificar e discutir aqui algumas questões e linhas de luta: o alvo maior é a publicidade infantil, que deve ser regulada pelo Estado e não autorregulada pelo mercado; a condição de mães das integrantes, muito ressaltada, a querer denotar uma posição privilegiada de saber-poder em relação ao adequado à infância; e o emprego estratégico dos recursos da comunicação. Fechamos o artigo tecendo considerações sobre sua vontade de conduzir condutas, a não inclusão de outras vozes, e o uso paradoxal das estratégias da comunicação

    Movimentos de um movimento social nas redes digitais: lutas quanto à publicidade infantil

    Get PDF
    Apresentamos uma pesquisa que focalizou o surgimento e desdobramentos do “Movimento Infância Livre de Consumismo” (iniciativa de um grupo de mães ativistas que utilizam as redes digitais para difundir suas posições) cujo objetivo é analisar discursos produzidos quanto à relação criança e consumo. Concepções de Michel Foucault e a abordagem cartográfica (Kastrup, 2007), adequada quando se acompanham processos, foram nossas bases teórico-metodológicas. A análise de postagens em diferentes espaços virtuais nos permitiu identificar e discutir aqui algumas questões e linhas de luta: o alvo maior é a publicidade infantil, que deve ser regulada pelo Estado e não autorregulada pelo mercado; a condição de mães das integrantes, muito ressaltada, a querer denotar uma posição privilegiada de saber-poder em relação ao adequado à infância; e o emprego estratégico dos recursos da comunicação. Fechamos o artigo tecendo considerações sobre sua vontade de conduzir condutas, a não inclusão de outras vozes, e o uso paradoxal das estratégias da comunicação

    PUBLICIDADE DO CRÉDITO: O QUE SE VENDE JUNTO COM O DINHEIRO?

    Get PDF
    O consumo de produtos é, latu sensu, inerente à própria vida. Como a expansão do crédito no Brasil tem se acentuado nos últimos anos, e diante da instauração de uma sociedade do endividamento, deve-se atentar para os efeitos dessa no crescente fenômeno do superendividamento. Ainda, tendo em vista que a publicidade constituiu um importante campo de embate entre discursos, é inegável sua contribuição para a produção dos modos de subjetivação na contemporaneidade. Assim, esta pesquisa se debruça sobre material impresso de publicidade do crédito, cujo corpo consiste em 46 folders e 5 cartilhas coletados em instituições financeiras. A partir do que preconiza o Código de Defesa do Consumidor e seguindo a perspectiva de análise de discurso foucaultiana, atenta-se aos enunciados publicitários objetivando mapear o que vem sendo propagado e que lugares os sujeitos ocupam através de sua interpelação. Os resultados apontam para uma produção subjetiva no sentido de um incitamento contínuo à situação de endividamento, a qual é investida de uma moralização e de uma culpabilização que passam a fazer parte da constituição de um sujeito devedor. Discute-se a função política de assujeitamento que esta posição acaba por assumir, propondo então a hipótese de considerar abusiva a publicidade – e a prática – que oferta crédito mesmo para aqueles que já estão endividados. Indica-se a necessidade de maior discussão acerca desta esfera publicitária, quiçá sua regulação

    “PAGO, NÃO NEGO. VIVO QUANDO PUDER”: ENDIVIDAMENTO, PRECARIZAÇÃO DA VIDA DOCENTE E GOVERNAMENTALIDADE NEOLIBERAL

    Get PDF
    Apresentamos alguns resultados de uma pesquisa que teve como objetivo conhecer os efeitos subjetivos do endividamento para professoras estaduais gaúchas. Neste artigo focalizamos análises e discussões quanto à produção do endividamento das professoras e a precarização da sua vida em função da racionalidade neoliberal. A pesquisa, cuja metodologia se compôs entre uma análise de inspiração arqueogenealógica e o processo cartográfico, incluiu entrevistas com oito docentes e análise de matérias de jornais de grande circulação, do sindicato de professoras, charges e reportagens na internet sobre a temática. Aqui analisamos os impactos da governamentalidade neoliberal na condição e cotidiano das professoras considerando as políticas de austeridade conduzida pelos governos estaduais, os efeitos da dívida pública e a concepção do homo oeconomicus neoliberal, abordada por Michel Foucault. A lógica neoliberal estrutura a conduta dos sujeitos como empresários de si, com acento na concorrência e responsabilização de indivíduos. Discutimos a questão da dívida como biopolítica, as implicações do endividamento financeiro e moral das docentes e a proletarização da profissão, o que nos levou a ressaltar uma noção de precarização não só correspondente à baixa remuneração recebida pelo magistério, mas da própria vida; nestas circunstâncias, normaliza-se a (mera) sobrevivência e assegura-se o crédito para a “vivência”. Finalizamos discutimos a mutação do dito popular, que abre o título, buscando enlaçar endividamento e precarização da vida, enfoque que pensamos necessita ser mais estudado
    corecore