35 research outputs found

    Configurações do patrocínio religioso de um ilustre açoriano do século XVI : o 1º Provedor das Armadas, Pero Anes do Canto

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    [...] Mas aqui, e como já o dissemos, não vamos tratar das manifestações de nobreza possíveis de detectar na acção da nossa figura, num sentido lato. Vamos incisivamente abordar uma delas: o patrocínio religioso. Ora este não cabe apenas naquele enquadramento, antes resulta duma complexa associação de factores que procuraremos interpretar/correlacionar na nossa exposição. É claro -e como ponto de partida- que qualquer investimento no âmbito do religioso serve sempre múltiplos propósitos: a tradução da riqueza, o ilustrar da posição social, a arrecadação de eventuais proventos económicos, o apossar das possíveis benesses sócio-políticas advenientes, a manifestação da fé, o enaltecimento do divino e a salvaguarda da respectiva protecção na vida e na morte, principalmente nesta...[...

    Meios e agentes de cultura na Terceira (1525-1556) : livros, mestres e escolas : breves apontamentos

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    O tema que nos propomos introdutoriamente aqui abordar nasce de notas um pouco colaterais, principalmente muito dispersas, reunidas nos últimos anos do nosso trabalho. Registando minuciosamente os informes da documentação, quantas vezes em mau estado de conservação, de leitura problemática e bastante mais lacunar do que gostaríamos, confrontámo-nos com uma esquecida figura da sociedade terceirense da primeira metade do século XVI: a do professor. Pela importância da temática e raridade dos estudos, tivemos por útil o registo das informações detectadas. A par da escola espiscopal de Angra, naturalmente nascida com a diocese em 1534 e tão pouco conhecida, o agente do saber e da cultura mais presente nos nossos documentos é o referenciado por mestre de ensjnar mocos ou mestre que emssina moços, mestre de ensinar a ler e ainda, a outro nível, o Mestre de gramatica ou gramatico. Ora quem são estes homens, cujos nomes sempre se associam à particular função que exercem? [...

    Uma exploração agro-pecuária terceirense (1482-1550)

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    A quinta de S. Pedro foi núcleo nevrálgico da Casa Canto dos provedores das armadas dos Açores. Relativamente ao seu fundador, Pero Anes do Canto, funcionou ela como residência, foi primeira escolha para local de enterro caso aí viesse a falecer e, como afirmava em 1564 António Pires do Canto, constituiu base material de sustentação de toda a Casa do primeiro provedor das armadas, Casa essa que seria composta por “mais de sessenta pessoas”. Constituiu também, e por isso mesmo, cabeça de um dos morgadios instituídos por Pero Anes do Canto, aquele que seria legado à linha do primogénito, tendo permanecido nas mãos de sucessor directo até 1890. A partir deste período, e no fim desta Casa familiar, os bens localizados na área encontraram-se envolvidos no grande litígio então opondo os vários herdeiros da família, ao mesmo tempo que se instalava alguma controvérsia na definição da mancha territorial aí possuída pelos Canto. Este último informe dava-nos Eduardo Abreu, testamenteiro da última senhora do morgadio e progenitor de um dos herdeiros, quando se referia aos “mais de 200 moios de terra pertencente à caza Canto, mas que o Povo, quer que seja e continue a ser terra inculta, e sem dono!”. Esta herdade, assim referida em 1506, quinta ou quintã, como pelo menos a partir de 1528 começa a ser designada, situava-se entre as Quatro Ribeiras e os Altares. Mais precisamente, localizava-se na zona dos actuais Biscoitos, ilha Terceira, e tomava como referências toponímicas a Fajã do Porto da Cruz e a povoação dos Biscoitos, a Serra Gorda, o Pico do mesmo nome (na sua caldeira), o Pico das Ferrarias, o do Miradouro, a Serra de Agualva e a das Quatro Ribeiras. [...

    Terra e fortuna nos primórdios da Ilha Terceira (1450-1550)

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    Dissertação de Doutoramento em História, especialidade de História MedievalApoio do PRODEP III 317.011/2001 - Doutoramento

    Algumas considerações sobre a socialidade nas Ilhas : Pero Anes do Canto e os Corte Real (1505-1518)

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    [...] O Veador [Vasco Anes Corte Real] [há-de] [...] ser farto de quanta avexaçam e mal me tem feito, registava Pero Anes do Canto em 1516. E a expressão nada parecia ter de gratuito, sob o ponto de vista daquele que a enunciava, se a contextualizarmos na série de ocorrências e situações por si vividas ao tempo. Ilustremos um pouco melhor. A 23 dias de Agosto de 1516, procuradores do capitão de Angra e S. Jorge, vedor da Fazenda e conselheiro régio, Vasco Anes Corte Real, procuradores a saber, João Álvares Neto e Diogo Rodrigues de Aboim, solicitavam em justiça citação e demanda a Pero Anes do Canto. A razão invocada prendia-se com determinadas terras, no seu entender pertencentes ao finado filho do capitão de Angra, Gaspar Corte Real (e por isso agora a seu pai como legítimo herdeiro), e ao ainda sob poder e governança do progenitor Jerónimo Corte Real, terras essas na posse ilícita de Pero Anes do Canto. “Pomo da discórdia” seriam então as já conhecidas terras do Porto do Cruz, actuais Biscoitos, que constituiam, ou viriam a constituir, tão-só o primeiro aquirimento de Pero Anes nas ilhas, a pedra angular do respectivo património, a base material da ainda incipiente quinta de S. Pedro (quinta essa, por sua vez, pilar de sustentação da futura Casa Canto) e também viriam a compôr a futura cabeça de morgadio instituído no filho primogénito, António Pires do Canto. Tais terras não estavam, no entanto, todas envolvidas na referida demanda com o capitão de Angra. De facto, contemplava-se apenas aqui uma zona periférica da propriedade em causa, sita à denominada Serra Gorda. Descrita como terra tam longe e [...] tam fragosa acjma que muitas vezes se pasavam sejs meses e huum año [sem] que se soubesse na vila [Angra] ho que se la fazia, constituiria, e pelas referidas características, espaço privilegiado para a eventual ocorrência de situações similares. Por assim o ser, registe-se que o conflito pelo domínio deste território era tudo menos novo. Antes do processo jurídico levantado por Vasco Anes Corte Real, outras demandas haviam envolvido as mesmas terras. [...

    Arquivos e História dos Açores : problemas e desafios

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    A secção Biologia é coordenada pelo Professor Universitário Armindo Rodrigues.[…]. Entre 1997 e 2001, vários textos levantaram os problemas que, na construção da História dos Açores, os historiadores sentiam ao nível dos arquivos. As questões incidiam na questão da dispersão, nas formas de organização da informação, nos aspetos da seleção, eliminação e conservação documentais, e, principalmente, nas questões nevrálgicas que são a difusão e o acesso a matéria-prima arquivística dos Açores. Duas décadas volvidas, podem confirmar-se alguns pequenos desenvolvimentos, ainda sem a uniformidade nem a generalidade pretendidas. Progrediu-se no âmbito da produção de instrumentos de acesso a informação/documentação, avançou-se alguma coisa no acesso sem barreiras físicas/geográficas e manteve-se uma política de avaliação, seleção e salvaguarda documental que não conta com o contributo dos profissionais da memória. […].info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    O Projeto Index – Conhecer o Património Religioso Imaterial, Móvel e Arquivístico de São Miguel [Index-PRIMA]

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    Alguns aspectos das relações entre senhores e escravos nos Açores da época moderna.

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    UID/HIS/04666/2013 UID/HIS/04666/2019This work makes a state point of the current knowledge about the relations between slaves and masters, in the Azores, between the 16th and 18th centuries. Based essentially on wills, inventories and parish registers, it presents aspects of the life forms and sociability of a domestic island slavery, which is numeric unrepresentative in the overall population.publishersversionpublishe

    Para a história da escravatura insular nos séculos XV a XIX

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    PEst-OE/HIS/UI0442/2011Esta edição reúne um conjunto de estudos sobre escravatura insular atlântica, procurando, em primeiro lugar, chamar a atenção para um fenómeno que, nos Açores, tem permanecido um pouco à margem das discussões historiográficas. Por outro lado, importava também cruzar abordagens territorialmente distintas, de modo a entender o fenómeno numa perspectiva mais alargada e abrangente. Neste sentdo, estudos sobre os Açores, Cabo Verde e S. Tomé, bem como sobre as fontes que os alicerçam, serviram de mote para a descoberta destes «anónimos» da história que, paradoxalmente, suportaram e construíram importantes sociedades atlânticas.publishersversionpublishe

    Quality of life in adults living in the community with previous self-reported myocardial infarction

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    Quality of life (QoL) is one of the most important patient-reported outcomes in chronic diseases. Using a population-based cohort, our objective was to assess health-related QoL in individuals with a previous myocardial infarction (MI).info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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