28 research outputs found

    Gestão de resíduos hospitalares: estudo de referenciais de boas práticas, com base na perceção e na avaliação do risco de exposição ocupacional num hospital central

    Get PDF
    Diretores de Tese: Maria do Céu Costa, Ángel Asúnsolo del BarcoA natureza, diversidade e perigosidade dos resíduos hospitalares (RH) exige procedimentos específicos na sua gestão. A necessidade de uma intervenção especifica sobre os RH, é incontornável na sociedade atual, pelas exigências de Saúde Pública e Ambiental, e obriga a que as instituições de saúde integrem o processo de gestão de RH no seu plano institucional de gestão estratégica, tendo em conta uma perspetiva sociotécnica e tendo por base referenciais de boas práticas associados. O presente estudo foi desenvolvido no Centro Hospitalar de S. João (CHSJ) e teve 3 objetivos: 1) avaliar as práticas de gestão de RH e conhecer a perceção dos riscos por parte dos profissionais de saúde relativamente aos RH em diversos contextos; 2) avaliar o risco percecionado e 3) propor referenciais para um guia de implementação de boas práticas com vista à melhoria contínua. Para a concretização destes objetivos desenhou-se um estudo observacional, descritivo e correlacional de caráter transversal, utilizando como instrumento de recolha de informação um questionário (já validado). Foi aplicado a uma amostra de 1800 profissionais da área clínica, dos quais se obteve uma taxa de resposta de 44%, com 789 inquéritos devidamente validados dos diversos grupos profissionais, de 31 serviços da unidade de saúde CHSJ, que corresponde a um erro máximo de 3,1% (considerando uma amostra aleatória simples, sem reposição para um nível de confiança de 95%). Os dados foram tratados com recurso a estatística descritiva e inferencial, recor-rendo ao software IBM SPSS 23.0. Este trabalho apresenta oito capítulos. Num primeiro capítulo realizou-se uma revisão integrativa da literatura e uma recolha de informação na instituição relacionada com o processo de gestão de RH, em todas as suas verten-tes, bem como um levantamento dos dados relativos à sua produção, durante os últimos cinco anos. No segundo capítulo expõe-se a justificação do estudo e apresentam-se os objetivos, já referidos, como as hipóteses de investigação decorrentes da questão de partida assim definida: existe uma perceção de risco de exposição ocupacional por parte dos profissionais de Saúde, que difere de grupo profissional e se relaciona com a prática de Gestão de Resíduos Hospitalares? O desenho de estudo apresentado no terceiro capítulo, onde se enquadra a metodologia, a população, o instrumento de colheita de dados e os testes estatísticos aplicados. As categorias profissionais selecionadas para este estudo foram médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica, categorias que representam a maioria dos trabalhadores do CHSJ e que em termos de conteúdo funcional são aqueles que mais estão envolvidos com o processo de gestão dos RH. O quarto capítulo é referente ao primeiro objetivo deste trabalho, no qual se avaliaram as práticas relativas à gestão de RH, por parte de todas as categorias profissionais e a perceção de risco dos profissionais relativa aos diferentes grupos de RH e sua gestão. Os resultados mostram que 79% dos profissionais estão em contacto diário com os RH, sendo os enfermeiros a categoria que tem contacto mais frequente com os RH, seguindo-se os auxiliares e os médicos. Relativamente às práticas de triagem, o conhecimento relativo ao Grupo I e II é adequado, sendo que os profissionais de saúde apresentam dúvidas na prática de triagem relativamente aos RH que pertencem ao grupo III e IV, por exemplo os fármacos rejeitados com uma percentagem de 48,7% de respostas não conformes e as peças anatómicas não identificáveis com 53,7% de respostas não conformes. Verificou-se que os profissionais que apresentam conhecimento inadequado, demonstrado pela triagem incorreta dos RH, encontram-se, em termos de prevalência, sempre ou frequentemente em contacto com a tipologia de RH questionada, demonstrando assim a necessidade de aquisição de conhecimento especifico.A perceção de risco dos RH associado à Saúde, é elevada para 43,2% dos profissionais, e muito elevada para 36,5% dos inquiridos. O Ambiente é o item em que 49,7% dos profissionais consideram existir um risco muito elevado e 35,6% consideram-no elevado. Relativamente aos outros objetos de risco questionados, como para a Saúde dos profissionais, doentes e trabalhadores dos serviços de suporte, não existem diferenças significativas por parte dos profissionais que consideram existir um risco elevado de uma forma consensual em todos os itens referidos. A menor perceção de risco está associada aos visitantes, para os quais só 25,7% dos profissionais con-sideram existir risco elevado. Foram analisados outros contextos de perceção de risco por parte dos profissionais, relativamente ao tipo de RH e prática de triagem, para a Saúde e para o Ambiente, e às várias etapas de gestão de RH e em relação ao risco de tratamento/destino final dos RH de acordo com os dispositivos de acondiciona-mento, para a Saúde e para o Ambiente. Os dados mostram que a perceção de grau de risco dos RH e o grau de risco dos mesmos, mais especificamente para a Saúde de Ambiente, estão correlacionados num sentido direto. No capítulo quinto, desenvolveu-se o segundo objetivo, avaliação do risco percecionado, que engloba a análise de um conjunto de itens, nomeadamente a informação relativa aos acidentes ocorridos e os resultados mostram que 23,2% dos profissionais teve acidentes com RH. Dentro destes destacam-se os acidentes com materiais corto perfurantes, 44% dos profissionais inquiridos já tiveram ocorrência de acidentes com este tipo de material. Outro item englobado neste objetivo é referente à perceção de riscos nos diferentes contextos, salientando a identifica-ção de risco por parte dos profissionais, para a Saúde dos profissionais de saúde, dos doentes e dos visitantes, dos trabalhadores de suporte e para o Ambiente, que, embora apresente diferenças nas três categorias profissionais, no entanto, dentro destas, não existe diferença desta perceção entre os profissionais, que já sofreram acidentes com RH e os que não sofreram. A questão da formação/sensibilização e consecutivamente conhecimento, foi também considerada neste capítu-lo quinto. Apesar de 95,3% dos profissionais reconhecer a pertinência e 55,9% terem participado em acções de formação, 39,5% não frequentaram qualquer tipo de formação. Dos profissionais que tiveram formação, 76% referencia que as formações abrangeram os riscos associados à Saúde e Ambiente, mas só 31,9% considera que os conhecimentos dos riscos inerentes aos RH são suficientes. No sexto capítulo, apresenta-se um conjunto de Referenciais associados à Gestão de RH em diferentes domínios, que serviram de base à elaboração de um Guia de Implementação de Boas Práticas, tendo por base a avaliação das práticas, perceção do risco e avaliação do risco dos RH percecionado. Finalmente, está listada a bibliografia consultada e os Anexos (artigo publicado, artigo e comunicações submeti-das no âmbito deste trabalho, autorização do CHSJ, questionário aplicado e um documento estatístico de apoio).La naturaleza, diversidad y peligrosidad de los residuos hospitalarios (RH) requiere procedimientos específicos en su gestión. La necesidad de una intervención específica sobre los RH, es ineludible en la sociedad actual, por las exigencias de Salud Pública y Ambiental, y obliga a que las instituciones de salud integren el proceso de gestión de RH en su plan institucional de gestión estratégica, teniendo en cuenta una perspectiva sociotécnica y teniendo como base referencias de buenas prácticas asociadas. El presente estudio fue desarrollado en el Centro Hospitalario de San Juan (CHSJ) y tuvo 3 objetivos: 1) evaluar las prácticas de gestión de RH y conocer la percepción de los riesgos por parte de los profesionales de salud en relación con los RH en diversos contextos; 2) evaluar el riesgo percibido y 3) proponer referencias a una guía de implementación de buenas prácticas para la mejora continua. Para la concreción de estos objetivos se diseñó un estudio observacional, descriptivo y correlacional de carácter transversal, utilizando como instrumento de recogida de información un cuestionario (ya validado) se ha aplicado a una muestra de 1800 profesionales del área clínica, de los cuales se obtuvo una tasa de respuesta del 44%, con 789 respuestas debidamente validadas de los diversos grupos profesionales de 31 servicios de la unidad de salud CHSJ, que corresponde a un error máximo del 3,1% (en vista de una muestra aleatoria simple sin reposición para un nivel de confianza de 95 %). Los datos fueron tratados con estadística descriptiva y inferencial, recurriendo al software IBM SPSS 23.0. Este trabajo presenta ocho capítulos. En un primer capítulo se llevó a cabo una revisión integrativa de la literatura y una recogida de información en la institución relacionada con el proceso de gestión de RH en todas sus vertien-tes, así como un levantamiento de los datos relativos a su producción durante los últimos cinco años En el segundo capítulo se expone la justificación del estudio, se presentan los objetivos, ya referidos, hipótesis de investigación derivadas de la cuestión de partida así definida: Hay una percepción de riesgo de exposición ocupacional por parte de los profesionales de Salud, que difiere de grupo profesional y si relaciona con la práctica de Gestión de Residuos Hospitalarios? El diseño de estudio presentado en el tercer capítulo, donde se encuadra la metodología, la población, el instrumento de recolección de datos y las pruebas estadísticas aplicadas. Las cate-gorías profesionales seleccionadas para este estudio fueron auxiliares de acción médica, médicos y enfermeros, categorías que representan a la mayoría de los trabajadores del CHSJ y que en términos de contenido funcional son aquellos que más están involucrados con el proceso de gestión de los RH. El cuarto capítulo se refiere al primer objetivo de este trabajo en el cual se evaluaron las prácticas relativas a la gestión de RH, por parte de todas las categorías profesionales y la percepción de riesgo de los profesionales relativa a los diferentes grupos de RH y su gestión. Los resultados muestran que el 79% de los profesionales están siempre en contacto diario con los RH, siendo los enfermeros la categoría que tiene contacto más frecuente con los RH, siguiendo los auxiliares y los médicos En cuanto a las prácticas de clasificación, el conocimiento relativo al Grupo I y II es adecuado, ya que los profesiona-les de la salud plantean dudas en la práctica de selección de los RH que pertenecen al grupo III y IV, por ejemplo los fármacos rechazados con un porcentaje de 48,7% de respuestas no conformes y las piezas anatómicas no identificables con un 53,7% de respuestas no conformes. Se verificó que los profesionales que presentan, conocimiento inadecuado, demostrado por la clasificación in-correcta de los RH, se encuentran, en términos de prevalencia, siempre o frecuentemente en contacto con la tipología de RH cuestionada, demostrando así la necesidad de adquisición de conocimiento específico. La percepción de riesgo de los RH asociado a la Salud, es elevada para el 43,2% de los profesionales, y muy lleva-da al 36,5% de los encuestados. El Ambiente es el articulo en que el 49,7% los profesionales consideran existir un riesgo muy elevado, y el 35,6% lo consideran elevado. En cuanto a los otros objetos de riesgo cuestionados como para la Salud de los profesionales, enfermos y trabajadores de los servicios de soporte, no existen diferencias significativas por parte de los profesionales que consideran existir un riesgo elevado de una forma consensuada en todos los articulos referidos. La menor percepción de riesgo está asociada a los visitantes, para los cuales sólo 25,7% de los profesionales consideran existir un riesgo elevado. Se analizaron otros contextos de percepción de riesgo por parte de los profesionales en cuanto al tipo de RH y práctica de selección, para la Salud y para el Am-biente, y las diversas etapas de gestión de RH y en relación al riesgo de tratamiento / destino final de los RH de acuerdo con los dispositivos de acondicionamiento, para la Salud y el medio ambiente. Los datos muestran que la percepción de grado de riesgo de los RH y el grado de riesgo de los mismos más específicamente para la Salud de Ambiente, están correlacionados en un sentido directo. En el capítulo quinto, se desarrolló el segundo objetivo, evaluación del riesgo percibido, que engloba el análi-sis de un conjunto de articulos, en particular la información relativa a los accidentes ocurridos, y los resultados muestran que el 23,2% de los profesionales tuvo accidentes con RH. Dentro de estos se destacan los accidentes con materiales corto perforantes, el 44% de los profesionales encuestados, ya han ocurrido accidentes con este tipo de material. Otro articulo englobado en este objetivo se refiere a la percepción de riesgos en los diferentes contextos, subrayando la identificación de riesgo por parte de los profesionales, para la salud de los profesionales de la salud, de los pacientes, y de los visitantes, de los trabajadores de soporte y para el medio ambiente, que , aunque presenta diferencias en las tres categorías profesionales, no existe diferencia de esta percepción entre los profesionales que ya sufrieron accidentes con RH y los que no sufrieron. La cuestión de la formación / sensibilización y consecuentemente conocimiento, fue también considerada en este capítulo quinto. Aunque el 95,3% de los profesionales reconoció la pertinencia y el 55,9% participó en ac-ciones de formación, el 39,5% no asistió a ningún tipo de formación. De los profesionales que tuvieron formación, el 76% refiere que las formaciones abarcar los riesgos asociados a la Salud y el medio ambiente, pero sólo el 31,9% considera que los conocimientos de los riesgos inherentes a los RH son suficientes. En el sexto capitulo, se presenta un conjunto de Referencias asociadas a la Gestión de RH en diferentes dominios, que sirvieron de base a la elaboración de una Guía de Implementación de Buenas Prácticas, tomando como base la evaluación de las prácticas, percepción del riesgo y evaluación del riesgo de los RH percepción. Finalmente, se muestra la bibliografía consultada y los anexos (Artículo publicado, artículo y comunicaciones pre-sentadas en el ámbito de este trabajo, autorización del CHSJ, cuestionario aplicado y un documento estadístico de apoyo)

    Utilização do metilmetacrilato : risco de exposição ocupacional

    Get PDF
    O Metilmetacrilato (MMA) é a substancia base do cimento ósseo acrílico, cuja síntese química foi definida pela primeira vez em 1902, pelo químico alemão Röhm. Em 1943 foi estabelecido o protocolo para a produção química do cimento ósseo acrílico. No entanto, o grande impulso para a sua utilização na área da medicina, foi dado por Charnley, em 1958, aquando da sua utilização em artroplastias da anca. O cimento ósseo acrílico é um composto constituído essencialmente por um homopolimero de polimetilmetacrilato com um monómero de metilmetacrilato. Apesar de existirem diversas formas comerciais a sua fórmula química tem como substância de base o MMA associado a outro tipo de compostos, podendo variar em relação algum composto específica adequado a determinada situação clínica. Nas últimas décadas, e em consequência da sua ampla utilização, urge a necessidade de desenvolvimento das técnicas de cimentação nomeadamente em relação à preparação e aplicação do cimento ósseo acrílico, de forma a optimizar as suas propriedades e minimizar os riscos inerentes á sua utilização. Um foco importante no desenvolvimento dos sistemas de cimentação, foi controlar o nível de exposição ao MMA, de forma a criar um ambiente de trabalho seguro, pois apesar de não existir comprovação do seu possível potencial carcinogénico, diversos estudos comprovam a sua toxicidade principalmente no sistema pulmonar, hepático e cutâneo. Desta forma actualmente existem limites de exposição em relação à concentração e horas de exposição ao MMA, definidos pela IARC que, em colaboração com outras instituições, define também um conjunto de guidelines para uma prática correcta de manuseamento do cimento ósseo acrílico Este trabalho tem como objectivo analisar o risco de exposição ocupacional relacionado com a toxicidade do metilmetacrilato, em enfermeiros instrumentistas de dez hospitais da zona Norte, que na sua prática profissional utilizam o cimento ósseo diariamente. Esta investigação utilizou como instrumento de recolha de dados um questionário de forma a aferir informação relacionada com os níveis e horas de exposição, práticas de preparação, nível de conhecimento em relação às normas preconizadas para a sua utilização, manifestações fisiológicas aquando do seu manuseamento e controlo analítico realizado por parte destes profissionais de forma a despistar algum tipo de consequência inerente à exposição ao monómero de MMA. Os resultados evidenciaram que a maioria destes profissionais utilizam a técnica de preparação manual, sendo esta a que mais os expôem aos vapores de MMA, não tendo, na sua maioria, informação sobre as normas de utilização do cimento ósseo acrílico, Para além deste desconhecimento, os dados evidenciam a falta de recursos nas instituições, que lhes permita a utilização da técnica adequada de preparação de forma a diminuir o risco de exposição. Dos 143 enfermeiros inquiridos só 14% dos enfermeiros instrumentistas é que se expôem a um nível superior à concentração recomendada. Estas situações ocorrem quando os profissionais participam em mais de duas cirurgias por dia, com aplicação de cimento ósseo acrílico. No entanto, mais de metades dos inquiridos apresentam sintomas aquando do manuseamento do referido composto. Apesar de só 44 (23%) dos inquiridos realizarem em controlo analítico regular da função hepática e renal constatou-se que e destes, 14 apresentam alterações quer da função hepática e renal, sendo que este grupo é o que realiza maior número de cirurgias por dia e tem mais do que 13 anos de serviço. Conclui-se desta forma que, existe a necessidade de maior informação por parte destes profissionais de saúde em relação às normas preconizadas para o manuseamento do cimento ósseo acrílico, valores limite de exposição, além de sensibilização para um controlo analítico regular, de forma a minimizar o risco de exposição ocupacional.Methyl methacrylate (MMA) is the basic substance of the acrylic bone cement, chemical synthesis which was first defined in 1902 by German chemist Röhm. In 1943 it was established the protocol for the chemical production of acrylic bone cement. However, the big push of the use of acrylic bone cement in medicine was given by Charnley in 1958 during its use in hip arthroplasty. The acrylic bone cement is a composite consisting essentially of a homopolymer of polymethylmethacrylate with a methylmethacrylate monomer. Though, there are various commercial forms, its chemical formula has as basic substance the MMA associated with other compounds, varying in some appropriate compound specific to any given clinical situation. In recent decades, and as a result of its widespread use, there is urgent need for development of cementing techniques in particular in relation to the techniques of preparation and application of acrylic bone cement in order to optimise their properties and minimise the risks inherent in their use. An important focus in the development of systems of cementation was controlling the level of exposure to MMA in order to create a safe work environment, because although there isn’t yet evidence of their possible carcinogenic potential, several studies show its toxicity mainly in the pulmonary system, liver and skin. Thus currently there are exposure limits for the concentration and time of exposure to MMA, which are defined by IARC in collaboration with other institutions and also defines a set of good practice for guidelines handling the acrylic bone cement This paper aims to analyse the risk of occupational exposure related to the toxicity of methylmethacrylate faced by scourb nurses in ten hospitals, in the Northern region of the country. In their professional practice, these nurses use bone cement daily. This research used, as an instrument of data collection, a questionnaire to assess information related to the levels and times of exposure, preparation practices, level of knowledge about the norms prescribed for their use, physiological manifestations during the handling and analytical control performed by these professionals in order to discourage any kind of inherent consequence of exposure to MMA monomer. The results showed that most of these professionals use the technique of manual preparation, which is the technique that exposes them the most to vapours from MMA. The majority of them have no previous information about the rules for using acrylic bone cement. Beyond the deficiency of staff knowledge, the data showed a lack of resources in the department that will allow for the proper preparation technique in order to reduce the risk of exposure. Of the 143 nurses surveyed only 14% of scourb nurses are exposed to a level superior to the recommended concentration. These situations occur when professionals participate in more than two procedures/surgeries per day using acrylic bone cement. However, more than half of respondents had symptoms during the handling of this compound. Although only 44 (23%) of respondents conduct regular analytical control in the liver and kidney function, it has been established that, out of this number, 14 people have shown changes of both liver and kidney function. This is the group that performs a greater number of surgeries per day and has more than 13 years of service. The conclusion is thus that there is a need for more training for these Health Care practitioners (providers) to the standards recommended for the handling of acrylic bone cement, exposure limits and raising a regular analytical control, so in order to minimize the risk of occupational exposure

    Phytochemical profiling of underexploited Fabaceae species: Insights on the ontogenic and phylogenetic effects over isoflavone levels

    Get PDF
    There is an increasing trend towards finding alternative sources of valued phytochemicals due to their diverse potentialities in food industry and pharmaceutical applications. Phenolic compounds, in particular, have been the focus of several profiling reports, but isoflavones characterization has been studied in fewer cases and in a very limited group of plant species. Despite their acknowledged bioactivity, there's actually a strict number of plants validated for their isoflavones contents. In a previous report, we have identified nine Leguminosae species (from genera Biserrula, Lotus, Ornithopus and Scorpiurus) as potential alternative sources of these phenolic compounds. However, the isoflavone profiles are highly modulated by the ontogenic stage. Therefore, the present study was conducted in the same Leguminosae species, but harvested at three sequential vegetative development stages: vegetative elongation, late bud and late flowering, with the main purpose of assessing the evolution of isoflavones content throughout the plant development. In general, the plant species from Biserrula and Lotus genera showed the highest potential as new natural sources of isoflavones, especially owing their high levels of biochanin A. Independently of the plant species, it was possible to identify the phenologic stages where each of the quantified isoflavones is maximized. These findings are useful to predict isoflavone yields according to harvesting time, validating the potential use of the studied plants in innovative food formulations.João C.M. Barreira and T. Visnevschi-Necrasov are grateful to “FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia” for their grants (SFRH/BPD/72802/2010 and SFRH/BD/31734/2006, respectively) financed by POPH-QREN and subsidized by FSE and MCTES. This work received financial support from the European Union (FEDER funds through COMPETE) and National Funds (FCT) through project Pest-C/EQB/LA0006/2013. The work also received financial support from the European Union (FEDER funds) under the framework of QREN through Project NORTE-07-0124 FEDER-000069.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Advances in isoflavone profile characterisation using matrix solid-phase dispersion coupled to HPLC/DAD in medicago species

    Get PDF
    Analytical methods used in phytochemistry analysis are limited by the sample preparation step, which should ideally be fast, accurate, ecofriendly and achievable using low quantities of the sample. Matrix solid-phase dispersion (MSPD) may be a good alternative for combining extraction and purification procedures, thereby reducing the indicated limitations. Objective-Applying an MSPD extraction procedure coupled to high-performance liquid chromatography diode-array detection (HPLC/DAD) as an alternative methodology to evaluate isoflavone profiles. Methods-Isoflavone profiles were determined for the leaves of nine species of Medicago in the late flower phenological stage (one or more nodes with 50% open flowers, no seed pods). Extraction was performed following MSPD, and isoflavone profiles were characterised using HPLC/DAD. The quantified amounts were compared with previous results in different species commonly recognised as good sources of isoflavones. Results-Formononetin was the major isoflavone in most species, except M. polymorpha and M. truncatula. The isoflavone amounts were significantly different among the assayed species, with M. orbicularis and M. arabica as the major isoflavone sources, while M. rigidula presented the lowest contents. Furthermore, the detected differences allow electing the best species as a primary source of a specific isoflavone. Conclusion-The MSPD allowed good extraction efficiency, reproducibility and recovery. Some of the species showed relevant isoflavone contents, even when compared with acknowledged plant sources such as soy or red clover. To the best of our knowledge the results presented are reported for the first time in these species.T. Visnevschi-Necrasov and João C.M. Barreira are grateful to ‘FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia’ for their grants (BD/ 31734/2006 and SFRH/BPD/72802/2010, respectively). S.C. Cunha is grateful to ‘POPH-QREN - Tipologia 4.2, Fundo Social Europeu e Fundo Nacional MCTES’.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Phylogenetic insights on the isoflavone profile variations in Fabaceae spp.: Assessment through PCA and LDA

    Get PDF
    Legumes (Fabaceae) are important crops, known as sources of food, feed for livestock and raw materials for industry. Their ability to capture atmospheric nitrogen during symbiotic processes with soil bacteria reduces the need for expensive chemical fertilizers, improving soil and water quality. Several Fabaceae species are acknowledged for the high levels of secondary metabolites. Isoflavones are among the most well-known examples of these compounds, being recognized for their several types of biological activity. Herein, isoflavone profiles were characterized in nine species of four Fabaceae genera (Biserrula, Lotus, Ornithopus and Scorpiurus). Plants were harvested in the late flower physiological stage to prevent biased results due to naturally occurring variations along the vegetative cycle. Isoflavones were extracted using matrix solid-phase dispersion and analyzed by high performance liquid chromatography/diode-array detection. The detected profiles revealed significant differences, inclusively among species belonging to the same genus, indicating that other factors besides the genotypic features contribute to the expression of these phenolic compounds. The classification of the results by principal component analysis placed species belonging to the same genus in different clustering groups, proving this latter assumption. However, the detected profiles proved to be characteristic of the assayed, as it was proved by the applied linear discriminant analysis.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Medicago spp. as potential sources of bioactive isoflavones: Characterization according to phylogenetic and phenologic factors

    Get PDF
    A high variety of plant species are often proposed as potential natural sources of specific bioactive components, with emphasis in phenolic compounds. However, the ability to produce a determined phytochemical might be variable, even among species with close phylogeny. Furthermore, the metabolic dynamics vary greatly according to phenologic factors. Herein, it was verified whether isoflavone production in Medicago spp. is more associated with phylogenetic or phenologic determinants, to define the optimal productive conditions. Isoflavone profiles were characterized in field-grown Medicago species in three phenologic stages. Isoflavones were extracted by matrix solid-phase dispersion method and analyzed using high-performance liquid chromatography coupled with a diode-array detector. The obtained data were evaluated by a generalized linear model (GLM) and linear discriminant analysis (LDA). Formononetin, genistein and irilone were the most abundant isoflavones, reaching values higher than those present in acknowledged plant sources like soy or red clover. Outputs from GLM and LDA indicate that the phylogenetic factors are the most defining criteria. This study promotes Medicago spp. as potential isoflavone sources, particularly because the effects of these compounds are highly dependent on their type and concentration, with potential application as foodstuff, feedstuff, or in the nutraceutical and pharmaceutica l industry.Visnevschi-Necrasov and João C.M. Barreira are grateful to ‘‘FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia’’ for their Grants (SFRH/BD/31734/2006 and SFRH/BPD/72802/2010, respectively). S.C. Cunha is grateful to ‘‘POPH-QREN – Tipologia 4.2, Fundo Social Europeu e Fundo Nacional MCTES’’.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Comparing follow-up of patients with vitamin K antagonists in a health center: pre- and post- COVID-19 pandemic

    Get PDF
    Introduction and objectives: During the COVID-19 pandemic, the follow-up of patients treated with vitamin K antagonists (VKAs) may have been affected. This study aims to compare how these patients were monitored preand post-COVID-19 pandemic and understand the impact of non-face-to-face appointments on their follow-up. Methods: We conducted a retrospective cohort study in a Portuguese Health Center. The study included patients treated with VKAs and followed at the Health Center for international normalized ratio (INR) monitoring between March 2019 and March 2021. Data collected: sex, age, type of VKA; INR; date of INR assessment, type of appointment (face-to-face or phone/e-mail). Rosendaal’s method was used to calculate pre-COVID-19 and post-COVID-19 time in therapeutic range (TTR). Good TTR control was defined if values ≥ 70%. Results: 44 patients were included. The mean TTR in the pre-COVID-19 period was 64.55% (95% CI: 58.10 - 71.00%). The post-COVID-19 mean was slightly higher (+ 2.26%), 66.81% (95% CI: 59.66 - 73.97%), but the difference was not statistically significant (p = 0.576). The use of non-face-to-face appointments did not contribute to worsening post-pandemic TTR, showing no lower follow-up than during pre-pandemic period in which all contacts were face-to-face [CI (95%) -0.397 - 0.196 for a reference range -0.489 - 0.693]. Conclusions: The TTR value in both periods was similar and lower than the value defined for effective hypocoagulation. The use of non-face-to-face consultation in the post-COVID-19 period does not seem to have influenced the quality of hypocoagulation.Introdução e objetivos: Durante a pandemia COVID-19 o acompanhamento de doentes medicados com antagonistas da vitamina K (AVKs) pode ter sido afetado. Este estudo pretende comparar a forma como estes doentes foram monitorizados antes e depois da pandemia COVID-19 e compreender o impacto da consulta não presencialno seu seguimento. Métodos: Estudo de coorte retrospetivo num Centro de Saúde em Portugal. O estudo incluiu doentes tratados com AVKs e seguidos no Centro de Saúde para monitorização do International Normalized Ratio (INR) entre março de 2019 e março de 2021. Dados recolhidos: sexo, idade, tipo de AVK; INR; data da avaliação do INR, tipo de consulta (presencial ou por telefone/e-mail). Foi utilizado o método de interpolação linear de Rosendaal para calcular o tempo em intervalo terapêutico (TTR) pré- e pós-COVID-19. Foi definido um bom controle se valores de TTR ≥ 70%. Resultados: Foram incluídos 44 doentes. A média de TTR no período pré-COVID-19 foi de 64,55% (95% IC: 58,10 - 71,00%). A média pós-COVID-19 foi ligeiramente superior (+ 2,26%), 66,81% (95%IC: 59,66 - 73,97%), mas a diferença não foi estatisticamente significativa (p = 0,576). A utilização da consulta não presencial não contribuiu para o agravamento do TTR no período pós-pandemia, não mostrando um seguimento inferior ao do período pré-pandemia em que todos os contatos foram presenciais [IC (95%) -0,397 - 0,196 para um intervalo de referência -0,489 - 0,693]. Conclusões: O valor de TTR em ambos os períodos foi semelhante e inferior ao valor definido para hipocoagulação eficaz. A utilização da consulta não presencial no período pós-COVID-19 não parece ter influenciado a qualidade da hipocoagulação

    Conversando sobre Património Industrial e outras Histórias: palavras, espaços e imagens

    Get PDF
    O conjunto de entrevistas apresentadas neste livro procura dar uma nova visão acerca do património industrial. Com uma abordagem aos estudos e às trajectórias de diversos estudiosos do Brasil e de Portugal, aos percursos de formação de cada autor (a), às suas várias temporalidades e vinculações institucionais distintas, a obra valoriza as narrativas orais de quem viveu o processo de construção e consolidação dessa área de pesquisa nos dois países. O objectivo é contribuir para o debate complexo e contínuo sobre o património e possibilita uma ampliação do nosso entendimento dos modos como esta área se firmou e se vem afirmando em diversos espaços, dentro e fora das universidades

    SARS-CoV-2 introductions and early dynamics of the epidemic in Portugal

    Get PDF
    Genomic surveillance of SARS-CoV-2 in Portugal was rapidly implemented by the National Institute of Health in the early stages of the COVID-19 epidemic, in collaboration with more than 50 laboratories distributed nationwide. Methods By applying recent phylodynamic models that allow integration of individual-based travel history, we reconstructed and characterized the spatio-temporal dynamics of SARSCoV-2 introductions and early dissemination in Portugal. Results We detected at least 277 independent SARS-CoV-2 introductions, mostly from European countries (namely the United Kingdom, Spain, France, Italy, and Switzerland), which were consistent with the countries with the highest connectivity with Portugal. Although most introductions were estimated to have occurred during early March 2020, it is likely that SARS-CoV-2 was silently circulating in Portugal throughout February, before the first cases were confirmed. Conclusions Here we conclude that the earlier implementation of measures could have minimized the number of introductions and subsequent virus expansion in Portugal. This study lays the foundation for genomic epidemiology of SARS-CoV-2 in Portugal, and highlights the need for systematic and geographically-representative genomic surveillance.We gratefully acknowledge to Sara Hill and Nuno Faria (University of Oxford) and Joshua Quick and Nick Loman (University of Birmingham) for kindly providing us with the initial sets of Artic Network primers for NGS; Rafael Mamede (MRamirez team, IMM, Lisbon) for developing and sharing a bioinformatics script for sequence curation (https://github.com/rfm-targa/BioinfUtils); Philippe Lemey (KU Leuven) for providing guidance on the implementation of the phylodynamic models; Joshua L. Cherry (National Center for Biotechnology Information, National Library of Medicine, National Institutes of Health) for providing guidance with the subsampling strategies; and all authors, originating and submitting laboratories who have contributed genome data on GISAID (https://www.gisaid.org/) on which part of this research is based. The opinions expressed in this article are those of the authors and do not reflect the view of the National Institutes of Health, the Department of Health and Human Services, or the United States government. This study is co-funded by Fundação para a Ciência e Tecnologia and Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (234_596874175) on behalf of the Research 4 COVID-19 call. Some infrastructural resources used in this study come from the GenomePT project (POCI-01-0145-FEDER-022184), supported by COMPETE 2020 - Operational Programme for Competitiveness and Internationalisation (POCI), Lisboa Portugal Regional Operational Programme (Lisboa2020), Algarve Portugal Regional Operational Programme (CRESC Algarve2020), under the PORTUGAL 2020 Partnership Agreement, through the European Regional Development Fund (ERDF), and by Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Proteases of haematophagous arthropod vectors are involved in blood-feeding, yolk formation and immunity : a review

    Get PDF
    Ticks, triatomines, mosquitoes and sand flies comprise a large number of haematophagous arthropods considered vectors of human infectious diseases. While consuming blood to obtain the nutrients necessary to carry on life functions, these insects can transmit pathogenic microorganisms to the vertebrate host. Among the molecules related to the blood-feeding habit, proteases play an essential role. In this review, we provide a panorama of proteases from arthropod vectors involved in haematophagy, in digestion, in egg development and in immunity. As these molecules act in central biological processes, proteases from haematophagous vectors of infectious diseases may influence vector competence to transmit pathogens to their prey, and thus could be valuable targets for vectorial control
    corecore