National Institute of Health Dr. Ricardo Jorge

Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
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    Tendência epidemiológica de casos de brucelose em Portugal entre 2002 e 2022

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    Introdução: Apesar do sucesso das estratégias de prevenção implementadas no controle da brucelose, Portugal permanece um dos países com maior taxa de notificação por 100 000 habitantes da União Europeia. A monitorização da doença é assim um instrumento essencial para a implementação precoce de medidas de prevenção, de forma a limitar a ocorrência de surtos na população. Objetivo: Analisar a tendência temporal dos casos notificados de brucelose em Portugal, entre 2002 e 2022. Material e Métodos Estudo observacional retrospetivo baseado nos casos notificados de brucelose em Portugal (2002-2022). Os dados foram recolhidos a partir da DGS, ECDC e INE. Estatística descritiva e análise da tendência temporal foram realizadas em termos globais, por sexo e faixa etária. Resultados: Entre 2002 e 2022, foram notificados 1435 casos de brucelose, a maioria do sexo masculino (60.1%), com idade compreendidas entre 25 e 64 anos (68.8%). A variação percentual média anual (AAPC) da incidência apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-11.1%, 2002-2022). Analisando a tendência da variação percentual anual (APC) observou-se três períodos distintos: entre 2002-2008 houve uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-15.3%), entre 2008-2011 houve uma tendência crescente não significativa (+2.4%), e entre 2011-2022 houve uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-14.5%). Apesar da incidência da doença ser maior nos homens do que nas mulheres, na maioria dos anos, a incidência nos homens e mulheres apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (AAPC=-11.3% e -10.5%, respetivamente) muito próxima. Foi igualmente observada uma tendência decrescente de incidência estatisticamente significativa em todas as faixas etárias analisadas. Conclusão: Nos últimos vinte anos, a incidência de brucelose diminuiu significativamente, refletindo os avanços significativos no controlo e prevenção da doença. Vários fatores poderão contribuir para esta diminuição: a melhoria do sistema de notificação, mudanças socioeconómicas, educação/consciencialização e os programas de erradicação da brucelose animal. A tendência observada confirma o sucesso das intervenções adotadas, no entanto, também confirma que a brucelose não está erradicada em Portugal. De forma a manter a tendência decrescente, é essencial a vigilância de casos para desenvolver estratégias para controlar a brucelose, não apenas a nível humano, mas também a nível animal e ambientalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Mosquito (Diptera: Culicidae) Fauna of a Zoological Park in an Urban Setting: Analysis of Culex pipiens s.l. and Their Biotypes

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    (This article belongs to the Special Issue Insect Vectors of Human and Zoonotic Diseases)Mosquito-borne diseases (MBDs) are important emerging diseases that affect humans and animals. Zoological parks can work as early warning systems for the occurrence of MBDs. In this study, we characterized the mosquito fauna captured inside Lisbon Zoo from May 2018 to November 2019. An average of 2.4 mosquitos per trap/night were captured. Five mosquito species potentially causing MBDs, including Culex pipiens biotypes, were found in the zoo. The sympatric occurrence of Culex pipiens biotypes represents a risk factor for the epizootic transmission of West Nile virus and Usutu virus. The mosquito occurrence followed the expected seasonality, with the maximum densities during summer months. However, mosquito activity was detected in winter months in low numbers. The minimum temperature and the relative humidity (RH) on the day of capture showed a positive effect on Culex pipiens abundance. Contrary, the RH the week before capture and the average precipitation the week of capture had a negative effect. No invasive species were identified, nor have flaviviruses been detected in the mosquitoes. The implementation of biosecurity measures regarding the hygiene of the premises and the strict control of all the animals entering the zoo can justify the low prevalence of mosquitoes and the absence of flavivirus-infected mosquitoes.This research was funded by FCT—Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., through the project grants UIDB/00276/2020 (CIISA—Centro de Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal), and LA/P/0059/2020 (AL4AnimalS—Laboratório Associado para Ciência Animal e Veterinária). The author Sara Madeira was supported by an FCT Ph.D. fellowship SFRH/BD/117431/2016.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Avaliação da exposição da população portuguesa a substâncias químicas: resultados de um estudo de âmbito nacional

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    Introdução: Tem sido amplamente reconhecido que a exposição humana a determinados químicos tem um impacto negativo na saúde humana. Importa, pois, caracterizar e monitorização a exposição da população por forma a, se necessário, suportar o desenvolvimento de medidas que levem à redução dessa exposição. Objetivo: Caracterizar a exposição da população adulta portuguesa a um conjunto de substâncias químicas consideradas prioritárias no âmbito da Iniciativa Europeia de Biomonitorização Humana (HBM4EU). Metodologia: Em 2019-2020 realizou-se um estudo epidemiológico transversal (INSEF-ExpoQuim) numa subamostra dos participantes do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015). Para tal, selecionaram-se indivíduos de ambos os sexos e entre os 28 e 39 anos que foram recontactados. Cada participante respondeu a um questionário para recolha de dados socio-demográficos e estilos de vida e cedeu uma amostra de primeira urina da manhã. As amostras foram analisadas em laboratórios previamente qualificados para determinação de cádmio (Cd), bisfenóis (BPA, BPF e BPS), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), acrilamidas e micotoxinas (desoxinivalenol – DON). Foi realizada uma análise descritiva das concentrações dos biomarcadores e uma avaliação do risco para a saúde utilizando a proporção de participantes com valores acima dos valores de referência disponíveis. Resultados: Observaram-se, na população portuguesa (n=296), valores médios das concentrações urinárias de BPA, BPS, acrilamidas e de alguns PAHs, entre os quais o 1-hidroxipireno, superiores aos valores médios observados para a população europeia, enquanto que a média das concentrações de cádmio era inferior. Comparando as concentrações dos biomarcadores analisados com os valores de referência disponíveis observou-se que 1,4%, 0%, 19,3%, 13,7% e 1,0% das concentrações de Cd, BPA, BPS, DON, e 1-hidroxipireno, respetivamente, se encontravam acima dos valores de referência. Conclusões: O INSEF-ExpoQuim produziu pela primeira vez dados de exposição a várias substâncias químicas na população adulta portuguesa harmonizados e diretamente comparáveis com valores de exposição da população Europeia. Os resultados mostraram que a população portuguesa está exposta aos químicos analisados e considerados prioritários no âmbito do HBM4EU, com uma proporção significativa de indivíduos a apresentar valores de exposição a BPS e DON, que poderão ser preocupantes, em termos de saúde pública. Os presentes resultados poderão contribuir para a definição de prioridades nacionais num futuro programa de monitorização e apoiar o desenvolvimento de políticas que visem a redução da exposição a estes químicos.Grant Agreement number: 733032 — European Human Biomonitoring Initiative (HBM4EU)N/

    Incidência de Sífilis congénita em Portugal e na União Europeia – tendência das últimas décadas (2001-2021)

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    Introdução: A sífilis é uma infeção causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo a transmissão vertical ocorrer por via transplacentária ou durante a passagem do recém-nascido (RN) pelo canal do parto. A sífilis precoce não tratada durante a gravidez, pode resultar em morte do feto (40%), RN com sífilis congénita (40%) ou RN sem infeção (20%). As estratégias de controlo incluem o rastreio precoce e tratamento de todas as grávidas e o desenvolvimento de intervenções específicas em grupos de risco elevado. Objetivo: Caraterizar e detetar alterações da tendência temporal relativa à sífilis congénita em Portugal, entre 2001 e 2021 e comparar com a tendência observada na União Europeia (UE). Material e métodos: Estudo retrospetivo, desenvolvido com base nos casos de sífilis congénita (indivíduos <1ano) em Portugal (2001-2021). Os dados foram obtidos a partir da DGS e do Surveillance Atlas of Infectious Diseases (ECDC). Estatística descritiva realizada através SPSS® e a tendência de sífilis congénita estimada através do Joinpoint® ver 5.0.2. Resultados: Entre 2001 e 2021, foram notificados 281 casos de sífilis congénita em Portugal. A incidência mantém-se abaixo dos 21 casos/100000 nados-vivos desde 2007, apresentando heterogeneidade de ano para ano. A variação percentual média anual (AAPC) da incidência apresentou uma tendência decrescente estatisticamente significativa (-5.48%, p<0.001, 2001-2021). Analisando a tendência da variação percentual anual (APC) observaram-se três períodos distintos: 2001-2003 observou-se uma tendência decrescente acentuada (-24.5%); 2003-2017 observou-se uma tendência decrescente menos acentuada mas significativa (-5.6%, p=0.01); 2017-2021 observou-se uma tendência crescente mas estatisticamente não significativa (+11.1%). Apesar dos valores de incidência da UE serem inferiores aos de Portugal, apresentam igualmente três períodos distintos, com o período entre 2016 e 2021 a apresentar uma tendência crescente (+7.5%). Discussão e Conclusão: Apesar da tendência não ter sido estatisticamente significativa, torna-se preocupante observar um aumento do número de casos de sífilis congénita nos últimos anos, quer a nível nacional quer a nível europeu. Este aumento provavelmente reflete o aumento do número de casos de sífilis em adultos observado em Portugal e no resto da Europa. Os resultados observados alertam para a necessidade de serem pensadas estratégias específicas de forma a impedir o sentido da tendência observada.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Impacto da COVID-19 na incidência de hospitalizações por lesões autoinfligidas em Portugal

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    Resumo publicado em Gaceta sanitária: Gac Sanit. 2023;37(Issue S1): S242. https://www.gacetasanitaria.org/es-pdf-X0213911123036410?local=trueCom o início da pandemia de COVID-19, a realidade até então conhecida mudou para muitas pessoas. A falta de convivência com familiares e amigos, insegurança, ansiedade, medo de contrair a infeção, problemas económicos decorrentes da pandemia e luto pelos familiares e amigos que perderam e dos quais não se puderam despedir devido às restrições, podem aumentar os riscos para a saúde mental e consequentemente para lesões autoinfligidas e até suicídio. O objetivo deste estudo é conhecer o o impacto de 19 meses de COVID-19, desde março de 2020 a setembro de 2021, na incidência mensal de hospitalizações por lesões autoinfligidas em Portugal. quando comparado com o período de 32 meses pré-pandémicos, desde julho de 2017 a fevereiro de 2020. Os dados sobre a ocorrência de hospitalizações são provenientes da base de dados de morbilidade hospitalar da ACSS e os denominadores populacionais para o cálculo da taxa de incidência foram obtidos do INE. Foi realizada uma análise descritiva dos dados e decomposta a série temporal pela sazonalidade e tendência. Para a comparação das tendências nos dois períodos foi aplicada uma análise de séries temporais interrompidas cuja intervenção considerada foi o mês de março de 2020 em que houve o primeiro caso de COVID-19 registado em Portugal. Foi realizada também uma análise de correlação entre o número de hospitalizações por lesões autoinfligidas e a duração nos locais de residência. A taxa de incidência mensal de hospitalizações por lesões autoinfligidas por 100 000 habitantes no período total em análise é de 2.77, no período pré-pandémico é de 2.93 e no período pandémico é de 2.49 hospitalizações, verificando-se uma diminuição de 0.45 Verificou-se um padrão sazonal, apresentando o mês de dezembro valores inferiores aos restantes meses do respetivo ano. No período pré-pandémico o número de hospitalizações apresentava uma tendência ligeiramente decrescente, com uma diminuição de 0.09% a cada mês. Quando a pandemia iniciou verificou-se uma diminuição do nível de 69.27% e uma alteração da tendência para crescente, aumentando 2.13% a cada mês. Verificou-se que o número de hospitalizações é menor quando há uma maior permanência nos locais de residência, ou seja, existe uma correlação negativa de -0.65 estatisticamente significativa (valor-p= 0.002). Nesta análise verificou-se com o início da pandemia uma diminuição acentuada das hospitalizações por lesões autoinfligidas, que ao longo do tempo parece retomar a tendência pré-pandémicaN/

    Mortalidade e anos de vida perdidos por COVID-19 em Portugal dois anos de pandemia

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    Introdução: O impacto da pandemia COVID-19 na população portuguesa não é ainda conhecido na sua totalidade. A caracterização dos anos de vida perdidos prematuramente atribuídos à COVID-19 pode fornecer informação relevante para o desenvolvimento e implementação de estratégias de prevenção e controlo de doenças infeciosas no futuro. Objetivos: Calcular os anos de vida perdidos (YLL) atribuídos às mortes por COVID-19, em Portugal, entre março de 2020 e março de 2022. Métodos: Estudo observacional e transversal. Os dados sobre a população residente média e a esperança de vida à nascença por grupo etário e sexo foram obtidos a partir do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Estudo Global de Carga de Doença 2019, respetivamente. Os dados sobre as mortes por COVID-19 foram extraídos dos relatórios da Direção-Geral da Saúde (DGS). Os YLL foram calculados como o número de mortes por COVID-19 multiplicado pela esperança de vida padrão na idade da morte. YLL foram calculados globalmente, por sexo e por faixa etária (YLL/100 000 habitantes e ajustado por idade). Resultados: Entre 2020 e 2022, foram notificados 3 413 013 casos de COVID-19 em Portugal, dos quais 21 342 (0,6%) morreram devido à doença. Globalmente, os YLL estimados para a COVID-19 em Portugal foram 309 383,8, sendo mais elevados para os homens que para as mulheres na maioria dos grupos etários, exceto nos grupos etários 10-19 anos (76,5 vs 153,1) e > 80 anos (58710,9 vs 68491,4). Os YLL ajustados por idade também mostraram um aumento constante à medida que progredimos na faixa etária [de 3,3 (0-9 anos) para 885,5 (>80 anos)], em que a faixa etária onde se observa um aumento mais acentuado foi a faixa etária de 50-59 anos. Conclusões: COVID-19 teve um impacto nas taxas de mortalidade em Portugal, sendo esse impacto maior na população mais idosa, sobretudo nas pessoas com mais de 70 anos. Os homens apresentaram YLL mais elevados do que as mulheres, sendo que esta diferença aumentou substancialmente à medida que a idade progride. Estes dados representam informação potencialmente relevante para a definição de medidas de saúde pública em fase endémica e em futuras epidemias.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Effectiveness of the adapted bivalent mRNA COVID-19 vaccines against hospitalisation in individuals aged ≥ 60 years during the Omicron XBB lineage-predominant period: VEBIS SARI VE network, Europe, February to August, 2023

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    Members of the European Hospital Vaccine Effectiveness Group: Portugal: Ana Paula Rodrigues, Débora Pereira, Susana Costa Maia e Silva, Paula Pinto, Cristina Bárbara, António Pais de Lacerda, Raquel Guiomar and Camila Henriques.The European Medicines Agency (EMA) authorised four adapted bivalent mRNA COVID-19 vaccines for use against COVID-19 in September/October 2022: Comirnaty (BNT162b2; Pfizer-BioNTech) and Spikevax (mRNA-1273; Moderna) Original/Omicron BA.1 and Original/Omicron BA.4–5 [1]. During autumn 2022, all European Union/European Economic Area (EU/EEA) countries had vaccination campaigns in place to administer a booster dose, with several countries using the adapted bivalent vaccines [2]. The Omicron-descendent XBB lineage and XBB.1.5 sub-lineage became variants of interest in March 2023 [3]. We estimated the effectiveness of the COVID-19 bivalent vaccines against hospitalisation with PCR-confirmed SARS-CoV-2 infection among patients aged ≥ 60 years with severe acute respiratory infection (SARI) during the XBB lineage-predominant period.The ‘Vaccine Effectiveness, Burden and Impact Studies studies’ (VEBIS) is a project of the European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) run under the framework con tract No. ECDC/2021/016.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Characterization of Haemophilus influenzae non-invasive disease in children, in Portugal: 2015-2022

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    Background: Haemophilus influenzae is a Gram-negative bacterium that colonizes the human upper respiratory tract, where it can remain asymptomatic. It can also progress from colonizer to pathogen and cause acute mucosal infections, such as otitis and conjunctivitis, particularly in children. These infections are frequently associated to NTHi H. influenzae. Empirical treatment with antibiotics is of concern due to possible emergence and dissemina-tion of resistant strains. Aims / Methods: We aim to characterize H. influenzae isolates from two epidemiologically relevant non-invasive diseases, otitis media and conjunctivitis, in Portugal, from 2015 to 2022 and compare this data with results from invasive disease. From January 2015 to December 2022, 134 H. influenzae isolates (78-ear-swab; 56-eye-swab) were collected in the National Reference Laboratory for Haemophilus influenzae, based at the NIH, in Lisbon. Most isolates were from children (99.5%; 132/134). Capsular status was characterized by conventional PCR. Beta-lactamase producers were identified with nitrocefin. Antimicrobial susceptibility was determined by microdilution, according to EUCAST guidelines, for several antibiotics of interest. Genetic diversity was studied by MLST and ST assigned in PubMLST (https://pubmlst.org/organisms/haemophilus-influenzae/). Results: Among 134 H. influenzae isolates, 99.3% were NTHi (133/134), whereas only one encapsulated isolate was found, and characterized as Hia (0.8%, 1/134). Beta- lactamase producers accounted for 6.7% (9/134). Antibiotic susceptibility results (n=113) showed that most isolates were susceptible to the antibiotics tested, with the exception of 34.5% resistance to trimethoprim-sulfamethoxazole (39/113). In the course of this study, we highlight the characterization of a beta-lactamase negative, NTHi isolate, resistant to ampicillin, cefotaxime, cefuroxime, amoxicillin-clavulanic acid, cefepime, and trimethoprim/sulfamethoxazole. This is the first time that we characterized resistance to cefotaxime in H. influenzae, in our country. The isolate, from a 67 years old man with multi-microorganisms corneal ulcer, was characterized as BLNAR group III-like, ST3 (confirmed by WGS). High genetic diversity was observed among NTHi, as expected, with 22 different STs assigned for 31 isolates (71% 22/31), although ST12 and ST34 included three isolates each. When comparing the MLSTs results of isolates from both invasive and non-invasive diseases, we observed that 41% (9/22) of the STs were shared among both diseases: ST-12, ST-34, ST-142, ST-160, ST-262, ST-367, ST-396, ST-1034, and ST-1411.N/

    Estudo mecanístico e aplicado da tradução não canónica de isoformas de p53 durante estresse e carcinogénese

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    Tumor suppressor p53 is mutated in half of all human cancers and for that reason it became one of the most studied genes in the history of medical research. Its functions as a transcription factor and its posttranslational regulation were subjects of intense studies for decades. But it was not until more recently that the importance of its translational regulation became clear. p53 is involved in many cellular processes, stress response pathways, tumor suppressing signals, developmental checkpoints and even aging. In order to diversify and differentiate its action, p53 mRNA is translated into several different isoforms that harbor different functions and act independently or together as heterotetramers. The possibility of expressing each isoform one by one through different regulatory structures in its DNA and mRNA gives p53 the ability to be activated in many different ways leading to specific and adequate cellular outcomes. p53 mRNAs can be translated into four different isoforms, each with its respective splice variations, from four diferente translation initiation codons present in codons 1, 40, 133 and 160, and named full length (FL) p53, delta40p53 (deltaNp53 or p53/47), delta133p53 and delta160p53, respectively. The shorter delta133p53 and delta160p53 isoforms are the products of an alternative transcript (delta133p53 mRNA) originating from an internal promoter in intron four of the p53 gene. Most of the p53 functions and regulatory mechanisms described so far are related to FLp53, because for many years, this was the only known p53 isoform. In this study, we want to investigate the translational regulation of other p53 isoforms and its impact on the p53 pathway, stress response and carcinogenesis.FCTN/

    Characterization of a cohort of Angolan children with sickle cell anemia treated with hydroxyurea

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    Background: Sickle Cell Anemia (SCA) is a monogenic disease, although its severity and response to treatment are very heterogeneous. Objectives: This study aims to characterize a cohort of Angolan children with SCA and evaluate their response to hydroxyurea (HU) treatment and the potential side effects and toxicity. Methods: The study enrolled 215 patients between 3 and 12 years old before and after the administration of HU, at a fix dose of 20 mg/kg/day for 12 months. Results: A total of 157 patients started HU medication and 141 of them completed the 12-month treatment. After initiating HU treatment, the frequency of clinical events decreased (transfusions 53.4 %, hospitalizations 47.1 %). The response to HU medication varied among patients, with some experiencing an increase in fetal hemoglobin (HbF) of <5 %. The mean increase in HbF was 11.9 %, ranging from 1.8 % to 31 %. Responders to HU treatment were 57 %, inadequate responders 38.7 % and non-adherent 4.2 %. No clinical side effects related to HU were reported. Hematological toxicities were transient and reversible. Children naïve to HU and with lower HbF reported higher number of hospitalizations caused by malaria infection. During HU treatment, the frequency of malaria episodes did not appear to be affected by HbF levels. Conclusions: the present study provided a valuable contribution to the understanding of the clinical and laboratory profiles of Angolan children with SCA. These findings support the evidence that the implementation of prophylactic measures and treatment with HU is associated with increased survival in children with SCA.This research was funded by Fundação para a Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (FCT-MCTES) and Aga Khan Foundation (FCT/MCTES/Aga Khan, project n◦ 330842553), by FCT/MCTES funding to H&TRC (UIDB/05608/2020, UIDP/05608/2020) and to GHTM IHMT NOVA (UIBD/04413/2020) and LA-REAL –LA/P/0117/2020.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

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