68 research outputs found

    Antiracism in Times of Uncertainty

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    This Working Paper is a revised manuscript of the keynote lecture delivered on March 5, 2020, at the conference Living on the Edge: Studying Conviviality-Inequality in Uncertain Times (Mecila, São Paulo)

    Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo

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    This article discusses the specificities and possible relations between education, culture, black identity, and teacher education, approaching them from the perspective of corporeity and aesthetics. For that, the text introduces the need to articulate education and non-education processes, to insert new themes and discussions into the field of teacher education. Following on the considerations made by the author in her doctoral thesis, the representations and notions about the black body and hair constructed inside and outside school are discussed, based on memories and testimonies of black men and women interviewed during an ethnographic study carried out in ethnic beauty shops in Belo Horizonte. For those people, the experience with the black body and hair is not restricted to the family environment, friendships, militancy or love life. The school appears in several testimonies as an important space in which the tense process of construction of the black identity also takes place. Sadly, the school is not often remembered as an institution where black people and their aesthetic standards are viewed positively. The appreciation of this context reveals that the body, as a support for the construction of the black identity, still has to be taken up as a theme of choice by the educational field, particularly in the studies on teacher education and ethnic-cultural diversity. It also shows that, when considering such diversity, this field of study will have to open itself to the dialogue with other spaces where black people also construct their identity, spaces such as beauty shops, many times regarded as unconventional in the field of education.Este artigo discute as particularidades e possíveis relações entre educação, cultura, identidade negra e formação de professores/as, tendo como enfoques principais a corporeidade e a estética. Para tal, apresenta a necessidade de articulação entre os processos educativos escolares e não-escolares e a inserção de novas temáticas e discussões no campo da formação de professores/as. Dando continuidade às reflexões realizadas pela autora na sua tese de doutorado, discutem-se as representações e as concepções sobre o corpo negro e o cabelo crespo, construídas dentro e fora do ambiente escolar, a partir de lembranças e depoimentos de homens e mulheres negras entrevistados durante a realização de uma pesquisa etnográfica em salões étnicos de Belo Horizonte. Para essas pessoas, a experiência com o corpo negro e o cabelo crespo não se reduz ao espaço da família, das amizades, da militância ou dos relacionamentos amorosos. A escola aparece em vários depoimentos como um importante espaço no qual também se desenvolve o tenso processo de construção da identidade negra. Lamentavelmente, nem sempre ela é lembrada como uma instituição em que o negro e seu padrão estético são vistos de maneira positiva. O entendimento desse contexto revela que o corpo, como suporte de construção da identidade negra, ainda não tem sido uma temática privilegiada pelo campo educacional, principalmente pelos estudos sobre formação de professores e diversidade étnico-cultural. E que esse campo, também , ao considerar tal diversidade, deverá se abrir para dialogar com outros espaços em que os negros constroem suas identidades. Muitas vezes, locais considerados pouco convencionais pelo campo da educação, como por exemplo, os salões étnicos

    PREFÁCIO

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    TRADIÇÕES ORAIS EM ZONAS DE FRONTEIRA: O USO DA HISTÓRIA ORAL NA (RE)VALORIZAÇÃO DAS PRÁTICAS CULTURAIS ATRAVÉS DAS VIVÊNCIAS, MEMÓRIAS E EDUCAÇÃO ENTRE OS BAWOYO DE YABI (CABINDA/ANGOLA).

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    A reflexão objetiva contribuir no uso da história oral como recurso de estudo sobre povo de tradições orais em zonas de fronteira. A história oral e a entrevista enquanto recurso nos permitiram a recolha e valorização das memórias dos Soba, anciãos e anciãs entrevistados/as. De igual modo, a (re)valorização do papel do narrador e suas experiências, sendo fundamentais para se compreender as práticas culturais locais. Pois, mesmo diante das adversidades e mudanças no contexto atual, esse povo (re)cria, (res)significa  e contextualiza suas práticas e conhecimentos mesmo repartindo sua lealdade por uma pluralidade de poderes. O trabalho por meio da história oral permitiu observar as vivências e realidades do povo da aldeia do Yabi (Cabinda/Angola), observando o que acontece e escutando o que é dito sobre suas práticas

    TRADIÇÕES ORAIS EM ZONAS DE FRONTEIRA: O USO DA HISTÓRIA ORAL NA (RE)VALORIZAÇÃO DAS PRÁTICAS CULTURAIS ATRAVÉS DAS VIVÊNCIAS, MEMÓRIAS E EDUCAÇÃO ENTRE OS BAWOYO DE YABI (CABINDA/ANGOLA).

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    A reflexão objetiva contribuir no uso da história oral como recurso de estudo sobre povo de tradições orais em zonas de fronteira. A história oral e a entrevista enquanto recurso nos permitiram a recolha e valorização das memórias dos Soba, anciãos e anciãs entrevistados/as. De igual modo, a (re)valorização do papel do narrador e suas experiências, sendo fundamentais para se compreender as práticas culturais locais. Pois, mesmo diante das adversidades e mudanças no contexto atual, esse povo (re)cria, (res)significa  e contextualiza suas práticas e conhecimentos mesmo repartindo sua lealdade por uma pluralidade de poderes. O trabalho por meio da história oral permitiu observar as vivências e realidades do povo da aldeia do Yabi (Cabinda/Angola), observando o que acontece e escutando o que é dito sobre suas práticas

    Construindo uma ponte Brasil-África: a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Luso- Afro-Brasileira (UNILAB)

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    Este artigo discute aspectos relativos à criação e implementação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), uma das mais novas instituições federais de ensino superior do Brasil. Trata-se de uma instituição multi-campi localizada nas cidades de Redenção e Acarape – Ceará e São Francisco do Conde – Bahia. Criada pela Lei Federal nº 12.289/2010, suas atividades letivas tiveram inicio em 25 de maio de 2011, Dia de/da África. Com a missão de construir uma ponte histórica entre o Brasil e países de língua portuguesa, é baseada no princípio da cooperação solidária e tem um projeto político-pedagógico diferenciado. Abriga estudantes brasileiros e oriundos dos países parceiros em seu empreendimento – Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau,Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Também o seu corpo docente é composto de várias nacionalidades. O texto detém-se sobre a sua inserção no cenário da ampliação do acesso à universidade pública no Brasil, aspectos relativosà sua criação, situação atual e alguns desafios à construção de seu projeto.palavras-chave: Educação Superior. Inovação. Cooperação Solidária. Expansão e Internacionalização

    As práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva de Lei 10.639/2003: desafios para a política educacional e indagações para a pesquisa

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    Este artigo discute os procedimentos metodológicos e os resultados da pesquisa nacional “Práticas Pedagógicas de Trabalho com Relações Étnico-Raciais na Escola na Perspectiva de Lei 10.639/2003”. Esta investigação, apoiada e financiada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC), em parceria com a Representação da UNESCO no Brasil e coordenada pelo Programa de Ações Afirmativas na UFMG, envolveu cinco Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros de universidades públicas federais brasileiras e apresenta os dilemas, desafios e limites do processo de implementação do ensino de História da África e das Culturas Afro-Brasileiras nas escolas públicas e privadas da educação básica brasileira. De maneira irregular e muito complexa, o processo de implementação dessa legislação – uma alteração da LDB – torna-se imprescindível para compreender os desafios da política pública em educação e a diversidade, bem como novos elementos de análise para a pesquisa educacional

    Escola e participação juvenil: é possível esse diálogo?

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    The social participation of young people depends on the way society provides opportunities in which they can involve in participatory experiences and inform themselves about the possibilities in this field. Based on the data of a national research about the social participation of the Brazilian youth, the aim of this paper is to discuss the role that the school experience of young people has fulfilled in this process in the Metropolitan Region of Belo Horizonte. According to the presented data, the schools have timidly acted in this field, which seems to be a result both of the conceptions that guide the school organization and the social reality that narrows the political and social participation of the Brazilian young people. This paper presents some data about the condition of the young people in the Metropolitan Region of Belo Horizonte and analyzes the youth representation towards the social participation demonstrated in the research. Finally, it discusses the role of school as a fomenter of participatory experiences among its students.O presente trabalho teve por objetivo investigar como a postura do professor, em sala de aula, tem implicações sobre a experiência de aprendizagem positiva de estudantes universitários, em uma turma do 1° período e outra do 3° período do curso de Graduação em Pedagogia, de uma universidade pública situada na cidade de Recife-PE. Para tanto, foram realizadas quatro observações em cada uma das turmas investigadas e entrevistas semiestruturadas com quatro professores e oito alunos, sendo quatro de cada turma. Foi realizada uma análise qualitativa e os dados foram sistematizados em dois temas, a saber: (i) Postura do professor em sala de aula e a experiência de aprendizagem do aluno; (ii) Aspectos positivos e negativos na relação afetiva entre professor-aluno em sala de aula. Os resultados apontaram que quando os professores e alunos contribuem para uma relação afetiva positiva, isso implica em uma experiência de aprendizagem favorável.  
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