163 research outputs found

    UMA REFLEXÃO SOBRE O CONTO “NAS ÁGUAS DO TEMPO” DE MIA COUTO

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    Ao elaborar narrativas que imbricam água e tempo, Mia Couto oportuniza a percepção de múltiplos movimentos que aproximam e miscigenam oralidade e escrita. Ana Mafalda Leite, ao falar da contística de Mia, afirma que ele “manifesta uma conflitualidade dialógica na tematização das tradições e seu confronto com a modernidade” (LEITE, 2003, p. 45). O próprio escritor diz que “não existem fórmulas feitas para imaginar e escrever um conto” (COUTO, 2005, p. 47). Segundo ele, ouvir histórias, observar as pessoas a sua volta e captar detalhes do cotidiano são os recursos que utiliza no seu processo de criação literária, os quais combina com os elementos que construirá e que intentam despertar a compreensão e a emoção dos leitores. Verificamos que tais considerações são pertinentes ao conto “Nas Águas do Tempo”, publicado em 1994, no livro Estórias abensonhadas. Buscamos reconhecer a presença de simbologias na tessitura do enredo e na constituição das personagens, especialmente na água e no tempo, considerando sua importância temática e as linguagens que os identificam. Palavras-chave: Mia Couto. Simbologia. Tempo. Água

    Rosita, de Moçambique

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    O presente artigo se propõe a analisar um encontro entre ficção e realidade, na poética de Mia Couto, através do conto “Rosita”, publicado em Na berma de nenhuma estrada. Procuramos identificar essa possibilidade através do diálogo entre a simbologia da água, a constituição da imagem e o registro da memória

    UMA REFLEXÃO SOBRE O CONTO “NAS ÁGUAS DO TEMPO” DE MIA COUTO

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    Ao elaborar narrativas que imbricam água e tempo, Mia Couto oportuniza a percepção de múltiplos movimentos que aproximam e miscigenam oralidade e escrita. Ana Mafalda Leite, ao falar da contística de Mia, afirma que ele “manifesta uma conflitualidade dialógica na tematização das tradições e seu confronto com a modernidade” (LEITE, 2003, p. 45). O próprio escritor diz que “não existem fórmulas feitas para imaginar e escrever um conto” (COUTO, 2005, p. 47). Segundo ele, ouvir histórias, observar as pessoas a sua volta e captar detalhes do cotidiano são os recursos que utiliza no seu processo de criação literária, os quais combina com os elementos que construirá e que intentam despertar a compreensão e a emoção dos leitores. Verificamos que tais considerações são pertinentes ao conto “Nas Águas do Tempo”, publicado em 1994, no livro Estórias abensonhadas. Buscamos reconhecer a presença de simbologias na tessitura do enredo e na constituição das personagens, especialmente na água e no tempo, considerando sua importância temática e as linguagens que os identificam.Palavras-chave: Mia Couto. Simbologia. Tempo. Água

    Travessias, antropofagias e hibridismos: novas tessituras literárias

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    A literatura é um espaço de troca de vivências dos sujeitos, abarcando suas semelhanças e suas diferenças. Ela reflete as questões mais importantes do tempo em que é produzida e participa da evolução e transformação desse tempo, num contínuo exercício de mediação cultural. O moçambicano Mia Couto é um escritor contemporâneo, cuja obra dialoga com o passado, pensa o presente e questiona o futuro do homem e do seu contexto. Ele se apropria da língua portuguesa herdada e, com ela, atravessa as margens das regras, dos significados e dos papéis sociais. Ao romper com as tradições e com as normas intelectuais vigentes, ele dá voz ao outro e renova a palavra literária. Entendemos o trabalho de criação, recriação e ressignificação elaborado pelo autor como uma nova tessitura literária, que se fundamenta nos sentidos de travessia, antropofagia e hibridismo. Ao transitar entre o espaço histórico do colonialismo português, da independência de seu país e das formulações inerentes ao pós-colonialismo, Mia Couto transpõe os limites discursivos da produção literária desses períodos e instaura amplas e inovadoras mobilidades culturais no seu texto

    "Espetáculo de rua": manifestações culturais no Largo Glênio Peres e no Brique da Redenção na cidade de Porto Alegre-RS

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    Porto Alegre é privilegiada no que diz respeito à diversidade de manifestações culturais de rua, expressa pelo trabalho de vários “artistas de rua” que já fazem parte do cotidiano dessa cidade. Cada artista possui características comuns e especificidades em relação ao seu trabalho e atraem um grande público em suas apresentações, as quais são verdadeiros espetáculos ao ar livre, aglutinando pessoas de camadas sociais distintas. Quem transita por locais de grande afluência poderá encontrá-los cercados de observadores curiosos. Muitos desses eventos culturais são manifestações populares que ocorrem no espaço da rua ao longo de muitos séculos, pois o oficio de “artista de rua” é muito antigo.   Alguns autores, como Peter Burke (1989) e Milkhail Bakhtin (1996), examinaram, em suas obras, a forma de trabalho dos artistas que se apresentavam nas ruas e feiras, transitando de cidade em cidade, divertindo o público com suas brincadeiras que faziam rir e, muitas vezes, criticando de forma debochada e brincalhona a sociedade em que viviam

    As “Palavras Voadoras” de Passageiro Frequente, de Mia Couto

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    O silêncio audível em É isto um homem?, de Primo Levi

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    Primo Levi, no romance É isto um homem?, publicado pela primeira vez em 1947, relata sua experiência junto aos judeus do complexo de Auschwitz e dá voz aos ausentes, aos que foram silenciados pela inexistência física no pós guerra, aos que foram as verdadeiras testemunhas do período que conhecemos por holocausto. Levi retrata os sujeitos que conheceram uma existência de permanente oscilação, resultado de uma desconstrução física, moral e afetiva com a derrota do nazismo em 1945. A vida dos homens e mulheres pós-Auschwitz caracterizou-se pelos sentimentos opostos, como alívio e arrependimento, culpa e alegria, lágrimas e revolta, transtornando a capacidade de rebelião dos sobreviventes diante da liberdade. A contínua vivência em estados-limite, que o autor irá expor ao longo da obra referida, é uma profunda reflexão sobre a fragilidade da existência humana em confronto com a sua capacidade de resgatar o registro memorial de múltiplas percepções de uma época de anulação e apagamento de si mesmo. O aniquilamento físico, a desintegração moral e espiritual, a precariedade de entendimento da realidade, a degeneração e a opacização do ser humano como um todo são as perspectivas colocadas pelo escritor para recriar a sua própria identidade. Ele, enquanto narrador e personagem de um dos períodos mais horrendo da era moderna, efetua um registro que desvela a (sobre)vida do homem do pós Segunda Guerra Mundial

    AMOR E ÉTICA NO COTIDIANO DO PROFESSOR

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    O presente trabalho tem por finalidade aprofundar o entendimento sobre a importância do papel do professorna construção da sociedade. Pretende-se abordar a importância do amor e da ética na relação professor-alunoe professor-comunidade escolar. Para um maior aprofundamento do tema, realizou-se uma pesquisa de opiniãocom professores de diferentes escolas das redes pública e privada que, junto à pesquisa documental serviram debase para a abordagem e reflexão sobre o tema central desse trabalho. No decorrer do trabalho, evidenciou-se aimportância da ética vinculada ao amor para um efetivo ensinar e aprender, o que, em um primeiro momento,constatou-se na pesquisa documental e após confirmou-se através dos resultados das entrevistas
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