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Filosofia da Educação e Paciência do conceito
Trata-se aqui, uma vez mais, de pensar e discutir sobre a identidade (ou identidades) e o sentido (ou sentidos) da Filosofia da Educação. Nada mais filosófico, posto que se interrogar sobre si mesma, buscando produzir sentido(s) para suas atividades, é o que a filosofia faz desde suas origens, e nunca cessou de fazê-lo.No Brasil, a Filosofia da Educação constituiu-se como uma disciplina da área dos chamados “fundamentos da educação”, nos cursos de Pedagogia e nos demais cursos de formação de professores para as diversas áreas do saber. Com a abertura dos primeiros cursos de pós-graduação em Educação, logo no início da década de setenta do século passado, a Filosofia da Educação constitui-se como uma das mais importantes áreas de concentração de pesquisa e produção
Repensar a Educação: Foucault
O presente texto procura abordar a fecundidade da produção foucaultiana para tornar o pensamento de novo possível em Educação. Pretende ser, portanto, um texto de filosofia da educação e, também, uma introdução ao pensamento do filósofo – em suas interfaces com a educação. Com este intento, debate a problemática da Epistemologia e da Pedagogia, a partir do conceito de episteme que Foucault desenvolve em As palavras e as coisas; a analítica foucaultiana do poder e suas implicações nas relações pedagógicas; as relações saber-poder no terreno educacional; e deixa em suspenso, na conclusão, a produção de Foucault em torno da ética do “cuidado de si”, que traria importantes elementos para se (re)pensar a educação
Modernity/postmodernity: tensions and repercussions in the production of knowledge in education
The article discusses the repercussions that the debate around the overcoming of modernity and the supposed coming of postmodernity has brought to education as a field of knowledge, and more particularly to the research in this field. A critical discussion is made of the thesis that we live in postmodernity, placing emphasis on this statement in the sphere of social thinking, especially for understanding that such expression does not have the strength and intensity of a philosophical concept, resulting devoid of meaning. It is stressed that of the first uses of that expression in the field of philosophy, by Lyotard, was as an adjective, and not as a noun, which is significantly different. Moving beyond the debate about the end of modernity or otherwise, the notion of hypermodernity proposed by Lipovetsky is adopted as a way of characterizing the contemporary world and trying to understand its implications. Notwithstanding that, the author recognizes the important contributions of the thesis that affirms postmodernity, especially in its epistemological and political aspects, in so far as it represents a shift of the focus of analysis. The text characterizes the current debate as the tension between two images of the thought that are not at all new, but that have gained special attention in contemporaneity, defending that we must accept this tension in what it brings in terms of a creative possibility, without paralyzing the thought.Discutem-se nesse artigo as repercussões que o debate em torno de uma superação da modernidade e a suposta instauração de uma pós-modernidade traz para a Educação como campo de conhecimento, mais especialmente para a pesquisa nesse campo. Discute-se criticamente a tese de que viveríamos na pós-modernidade, dando ênfase a essa afirmação no âmbito do pensamento social, principalmente por compreender-se que essa expressão não tem a força e a intensidade de um conceito filosófico, acabando vazia de sentido. Ressalta-se que um de seus primeiros usos no campo da filosofia, por Lyotard, deu-se como um adjetivo e não como um substantivo, o que faz significativa diferença. Para além do debate sobre o fim ou não da modernidade, opta-se pela noção de hipermodernidade, proposta por Lipovetsky, como forma de caracterização do mundo contemporâneo, buscando compreender suas implicações. Por outro lado, o autor reconhece as importantes contribuições da tese que afirma a pós-modernidade, principalmente em seus aspectos epistemológicos e políticos, na medida em que desloca o foco de análise. Caracteriza o presente debate como a tensão entre duas imagens do pensamento que não são absolutamente novas, mas que ganham especial destaque na contemporaneidade, defendendo que devemos tomar essa tensão naquilo que ela apresenta de possibilidade criativa, sem paralisar o pensamento
Pesquisa em Educação: o debate modernidade e pós-modernidade
This article discusses the effects that the debate on the overcoming of modernity and the supposed establishment of a postmodernity has on education as a knowledge field, especially on the research in this field. We propose a critical discussion on the thesis that we live in postmodernity, because of the importance given to such an idea in social thought. Our main point is that the expression 'postmodernity' doesn't have the strength or power of a philosophical concept, and thus it has no sense. Beyond the debate on the end or not of modernity, the notion of hypermodernity appears as an option. Proposed by Lipovetsky, it is a way to characterize the contemporary world, searching for its implications. In this article, we work on the epistemological and political issues of the modernity/ postmodernity discussion, as well as its meaning to education research. Finally, we conclude by taking a position on this discussion in the name of the thought and the creative power of the research in education.O artigo discute as repercussões que o debate em torno de uma superação da modernidade e da suposta instauração de uma pós-modernidade traz para a educação como campo de conhecimento, mais especialmente para a pesquisa nesse campo. Discute-se criticamente a tese de que viveríamos na pós-modernidade, dada a ênfase dessa afirmação no âmbito do pensamento social, principalmente por compreender-se que essa expressão não tem a força e a intensidade de um conceito filosófico, acabando vazia de sentido. Para além do debate sobre o fim ou não da modernidade, opta-se pela noção de hipermodernidade, proposta por Lipovetsky, como forma de caracterização do mundo contemporâneo, buscando compreender suas implicações. O artigo trabalha as questões epistemológicas e políticas da discussão modernidade/pós-modernidade, com suas implicações para a pesquisa em educação. Conclui com uma tomada de posição em nome do pensamento e da criação no campo da pesquisa educacional
Em Torno de uma Educação Menor
Falando sobre Kafka, Deleuze e Guattari afirmaram que O Castelo possui muitas entradas; da mesma forma, penso que a análise das interfaces da obra de Deleuze com a problemática da Educação é um empreendimento de múltiplas entradas. Neste artigo, escolhi essa entrada kafkiana: se há uma literatura menor, por que não pensarmos numa educação menor? Para aquém e para além de uma educação maior, aquela das políticas, dos ministérios e secretarias, dos gabinetes, há também uma educação menor, da sala de aula, do cotidiano de professores e alunos. É essa educação menor que nos permite sermos revolucionários, na medida em que alguma revolução ainda faz sentido na educação em nossos dias. A educação menor constitui-se, assim, num empreendimento de militância
Le problème et l’expérience de la pensée : implications pour l’enseignement de la philosophie
Cette intervention partira de la notion de problème comme moteur de la pensée, telle que Gilles Deleuze la concevait dans Différence et répétition. Dans ce cadre, c’est le problème qui mobilise l’expérience de la pensée et, par conséquent, son produit qu’est le concept (voir Deleuze et Guattari, Qu’est-ce que la philosophie ?). Si nous pensons à un enseignement actif de la philosophie, mobilisé pour que l’élève soit capable de penser par soi-même, il faut que ce dernier fasse l’expérience du concept, l’expérience de la pensée conceptuelle. Pour ce faire, le processus éducatif doit partir de l’expérience du problème en tant que mobilisateur et moteur de la pensée pour que la création conceptuelle soit possible. Des possibilités didactiques seront envisagées pour cette mobilisation de la pensée, afin d’inciter des expériences d’apprentissage de la philosophie
Imagens Do Outro Na Filosofia: O Desafio Da Diferença
Este artigo tem por objetivo problematizar a tematização do outro pela Filosofia. Dialogando com imagens do cinema e da televisão, procura identificar quais as imagens ou os conceitos do outro, produzidos na história da Filosofia. De forma esquemática, apresenta as imagens do outro como bárbaro (Aristóteles); exótico (Montaigne); civilizado (Voltaire); inferno (Sartre), para, ao final, ensaiar uma não-imagem" do outro como diferença radical, proposta pela filosofia da diferença de Deleuze. "141160-178EducaçãoFilosofi
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