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EDUCAÇÃO DE ADULTOS COMO DIREITO HUMANO
A educação é necessária para a sobrevivência do ser humano. Para que ele não precise inventar tudo de novo, necessita apropriar-se da cultura, do que a humanidade já produziu. Se isso era importante no passado, hoje é ainda mais decisivo, numa sociedade baseada no conhecimento. O direito à educação é reconhecido no artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, como direito de todos ao “desenvolvimento pleno da personalidade humana” e como uma necessidade para fortalecer o “respeito aos direitos e liberdades fundamentais”. Com base nesses pressupostos, Moacir Gadotti, neste artigo, sustenta que esse direito não se limita às crianças e jovens e, como tal, ele deve ser garantido pelo Estado a todos, estabelecendo-se prioridade à atenção dos grupos sociais mais vulneráveis. Para ele, o direito à educação não pode ser desvinculado dos direitos sociais. Os direitos humanos são todos interdependentes. O direito à educação está associado aos outros direitos
A conectividade radical de Paulo Freire. Algumas notas para esperançar em tempos obscuros
El texto aborda la vigencia del pensamiento educativo de Paulo Freire. Parte de la crítica sin sustento que se ha hecho a la propuesta de Freire, por parte del gobierno actual de Brasil. Se rescatan conceptos medulares que, a pesar de haber sido creados hace algunas décadas, sirven para entender y actuar ante los problemas sociales, políticos, culturales y, por supuesto, los educativos; que aquejan actualmente al mundo.
La deconstrucción es necesaria en un ambiente de injusticia y violencia, también porque las fake news prevalecen hoy día, sin examinar la veracidad de lo que difunden sobre la obra de Freire. Educación de adultos, praxis, derechos humanos, democracia, diálogo, educación liberadora, opresor-oprimido, etc.; son algunos de los conceptos que pueden rescatarse y ponerse en conversación junto con la influencia que ejercieron en Freire diversos pensadores. El pensamiento de Freire es integrador, que no ecléctico, de ahí la complejidad de su pensamiento.Todo esto fue plasmado en obras como Pedagogía del Oprimido, Pedagogía de la Esperanza o Pedagogía de la Autonomía. Releerlas cobra relevancia, si como educadores. . . “No renunciamos a nuestro deber de dejar este mundo un poco mejor de lo que lo encontramos. Ese debería ser el sueño de todas las personas. No habría nada de humano en nosotros si este no es nuestro mayor propósito.”O texto trata da validade do pensamento educativo de Paulo Freire. Se origina nas críticas não fundamentadas à proposta de Freire pelo atual governo brasileiro. São resgatados conceitos centrais que, apesar de terem sido criados há algumas décadas, servem para entender e agir sobre os problemas sociais, políticos, culturais e, claro, educacionais que afligem o mundo de hoje. A desconstrução é necessária em um ambiente de injustiça e violência, também porque hoje prevalecem as fake news ou notícias falsas, sem examinar a veracidade do que difundem sobre o trabalho de Freire. Educação de adultos, práxis, direitos humanos, democracia, diálogo, educação libertadora, opressor-oprimido, etc., são alguns dos conceitos que podem ser resgatados e colocados em conversa junto com a influência que vários pensadores tiveram no Freire. O pensamento de Freire é integrativo, não eclético, daí a complexidade de seu pensamento. Tudo isso foi expresso em trabalhos como Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Esperança ou Pedagogia da Autonomia. A releitura dos mesmos torna-se relevante, se como educadores... “Não renunciamos ao nosso dever de deixar este mundo um pouco melhor do que o encontramos. Esse deveria ser o sonho de todos. Não haveria nada de humano em nós se este não fosse nosso maior propósito"
Pedagogia da Terra e Cultura de Sustentabilidade
O presente artigo pretende ser um desafio à reflexão sobre os grandes problemas que se colocam aos seres humanos nas sociedades actuais. As reflexões que se fazem têm, sobrtudo, um carácter antropológico e ético. Antropológico porque se trata de promover uma nova concepção de homm que, insrido no Cosmos, se questiona sobre o sntido da vida, qu, por sua vez, não está separado do sentido do Planeta; ético, porque os novos princípios reguladores da actividade humana terão de se basear num novo paradigma que tenha a Terra como fundamnto e centro. A mudança de paradigma terá, por certo, implicações na Educação. A Pdagogia da Terra, ou Ecopedagogia, entendida como movimento pedagógico, como abordagem curricular e como movimento social e político, representa um projecto altenativo global que tem por finalidades, por um lado, promover a aprendizagem do sentido das coisas a partir da vida quotidiana e, por outro, a promoção de um novo modelo de civilização sustentável do ponto de vista ecológico. A educação para a cidadania planetária implica uma revisão dos nossos curriculos, uma reorientação da nossa visão do mundo, da educação como espaço de inserção do indivíduo, não numa comunidade local, mas numa comunidade que é, ao mesmo tempo, local e global. Uma cidadania planetária é, por essência, uma cidadania integral, portanto, uma cidadania activa e plena o que implica, também, a existência de uma democracia planetária
Os processos comunicacionais na política de formação de professores a distância
O artigo apresenta o resultado da pesquisa sobre os processos comunicacionais na Política de Formação de Professores a distância na perspectiva dialógica, tomando como base empírica o curso de Pedagogia de um polo da Universidade Aberta do Brasil. O objetivo que norteou a pesquisa foi analisar o tipo de comunicação entre tutor e alunos. A metodologia utilizada foi o estudo de caso com abordagem dialética. Os resultados apontaram para a negação da comunicação como diálogo construtivo, crítico e emancipador. O discurso explícito foi o da contra-hegemonia capitalista, porém as práticas analisadas foram ideológicas, de falsa consciência, não expressando a superação da alienação. Como conclusão, pontua-se que a possibilidade de ocorrer uma comunicação emancipadora nos cursos de formação de professores somente será possível a partir de uma política de formação que articule teoria e prática, discurso e realidade numa construção coletiva do sentido da práxis que transforme e supere a hegemonia tecnicista, de gerenciamento e da massificação
Workshopping the revolution? On the phenomenon of joker training in the Theatre of the Oppressed
The article brings together observations and insights on the emerging phenomenon of training the trainers, also known as joker training in the Theatre of the Oppressed (TO). The concerns raised in this article are twofold: first, how does the modularised, workshop format of joker training affect the core principles of TO? Second, what are the implications of professionalising the work of the joker? These questions relate to the critique of ‘creative industries’ and debates around precarisation that profoundly impact arts and humanities education in contemporary Europe. They also serve as a call to interrogate concepts central to TO, such as participation, empowerment and community, in terms of how these concepts are appropriated and made docile in the increasingly neoliberal environment of European cultural and educational policies. The article proposes that a training in TO must view the dissemination of techniques and methods of joker practice as inseparable from a deep commitment to a ‘conscientised’ understanding of the complex social problems that the theatre seeks to address. The focus on a technical training alone bears the danger of reinforcing Freire's ‘banking method’ of pedagogy, which is counterproductive to the political objectives of TO. The article observes that professional jokers work in precarious conditions far removed from the promises of the economic rewards of creative enterprise. The proliferation of project-based freelance work creates a situation where jokers tend to become de-territorialised and alienated from actual problems, thus propagating biographic and short-term approaches to systemic contradictions. The study aims to problematise these issues and contribute to a debate that might lead to politically and professionally viable paths for the future of TO
Fatores de caracterização da educação não formal: uma revisão da literatura
Resumo O presente artigo relata os resultados de uma investigação de caráter documental, na área da educação não formal. A educação não formal é uma área em expansão, à qual tem sido dada crescente atenção e importância. No entanto, é um setor do conhecimento, em geral, mal definido e ambíguo, no sentido em que os termos empregados são polissêmicos e não há consenso sobre seus usos e definições. Assim, com o objetivo de clarificar as definições das diferentes tipologias educativas, incluindo a educação não formal, perguntamos: que características têm estas tipificações educativas? Que critérios ou fatores são utilizados na literatura para defini-las? Com vista a responder a estas questões de pesquisa, realizamos uma revisão da literatura, analisando 28 documentos, entre literatura nacional e internacional, valendo-nos de técnicas de análise documental e análise de conteúdo. Apuramos que, na maioria da literatura nacional, a terminologia educação formal – não formal – informal é a mais utilizada. Confirmamos a dificuldade em se definir e estabelecer fronteiras entre as diferentes tipologias educativas e sublinhamos que as definições das mesmas envolvem um número elevado de fatores de diferentes naturezas. Investigamos 21 fatores usados nas caracterizações das diferentes tipologias educativas, divididos por quatro dimensões de análise: estrutura, processos, propósitos e conteúdos. Apuramos que, apesar da diversidade de fatores utilizados nas definições, há um núcleo adotado com mais frequência, associado principalmente a características estruturais, como localização, grau de planejamento ou duração da aprendizagem
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