12 research outputs found

    Fisiopatologia e tratamento da síndrome nefrótica: conceitos atuais

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    Our objective is to review the pathophysiology and treatment of the nephrotic syndrome. This article includes definitions and causes of nephrotic syndrome, and an assessment of the pathophysiology of the nephrotic edema as well as of the causes and treatment of refractory edema. An algorithm for the treatment nephrotic edema is proposed taking into account the complexity of refractory edema. We also address measures aimed at reducing proteinuria, such as the use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, hypoprotein diet, and the roles of non-steroidal anti-inflammatory drugs in this context. We also review the complications of nephrotic syndrome such as hyperlipidemia and the hypercoagulability with regards to their pathophysiology and current treatment.Foram revisados aspectos da fisiopatologia e do tratamento sindrômico do estado nefrótico. São citados o conceito e as causas de síndrome nefrótica. Foram revisadas a fisiopatologia do edema, bem como as causas e o tratamento do edema refratário. É apresentado um fluxograma para o manejo clínico do edema nefrótico, considerando a complexidade do edema refratário. Foram abordadas medidas para redução de proteinúria, como o uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina, a dieta hipoproteica e o papel dos antiinflamatórios não esteróides neste contexto. Foram revistas as complicações da síndrome nefrótica, como dislipidemia e hipercoagulabilidade, no que concerne à sua fisiopatologia e tratamento atual

    Hiponatremia no calazar

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    There are few reports linking hyponatremia and visceral leishmaniasis (kala-azar). This is a study of 55 consecutive kala-azar patients and 20 normal individuals as a control group. Hyponatremia and serum hypo-osmolality were detected in 100% of kala-azar patients. High first morning urine osmolality (750.0 ± 52.0 vs. 894.5 ± 30.0mOsm/kg H2O, p < 0.05), and high 24-hour urine osmolality (426.0 ± 167.0 vs. 514.6 ± 132.0 mOsm/kg H2O, p < 0.05) demonstrated persistent antidiuretic hormone secretion. Urinary sodium was high (82.3 ± 44.2 vs.110.3 ± 34.7 mEq/L, p < 0.05). Low seric uric acid occurred in 61.8% of patients and increased fractional urinary uric acid excretion was detected in 74.5% of them. Increased glomerular filtration rate was present in 25.4% of patients. There was no evidence of extracellular volume depletion. Normal plasma ADH levels were observed in kala-azar patients. No endocrine or renal dysfunction was detected. It is possible that most hyponatremic kala-azar patients present the syndrome of inappropriate antidiuretic hormone secretion.Existem poucos relatos relacionando hiponatremia com a leshmaniose visceral (calazar). Este é um estudo de 55 pacientes portadores de calazar e um grupo controle de 20 indivíduos normais. Hiponatremia e hipo-osmolalidade sérica foram detectados em 100% dos pacientes portadores de calazar. A presença de alta osmolalidade da primeira urina da manhã (750,0 ± 52,0 vs. 894,5 ± 30 mOsm/Kg H2O, p < 0,05) e da urina de 24h (426,0 ± 167,0 vs. 514,6 ± 132,0 mOsm/Kg H2O, p < 0,05), demonstraram a presença de persistente secreção de hormônio antidiurético. A concentração de sódio urinário foi elevada (82,3 ± 44,2 vs. 110,3 ± 34,7 mEq/L, p < 0,05). Hipouricemia ocorreu em 61,8% dos pacientes e aumento da fração de excreção urinária de ácido úrico foi detectada em 74,5% dos casos. Aumento da velocidade de filtração glomerular estava presente em 25,4% dos pacientes. Não havia evidência clínica de depleção de volume extracelular. Valores normais de ADH plasmático foram observados nos pacientes com calazar. Não foi detectada disfunção renal ou endócrina. É provável, que a maioria dos pacientes com calazar apresente uma síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético

    Tratamento da nefropatia lúpica severa: efeito da ciclofosfamida endovenosa prolongada e intermitente

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    OBJECTIVE: Intravenous cyclophosphamide is widely used in the treatment of lupus nephritis. In order to analyze long-term outcome in patients with severe lupus nephritis, we studied 54 patients treated with cyclophosphamide at our services between 1989 and 1999. MATERIALS AND METHODS: Our study included 42 patients. According to World Health Organization classification, the initial renal biopsy indicated lupus nephritis class III in 16.7% patients and class IV in 83.3%. The average serum creatinine and proteinuria at the beginning of treatment were, respectively 3.1 ± 2.5 mg/dl and 7.2 ± 5.4 g/24h/1.73m2. Eighty-eight percent of patients had nephrotic range proteinuria and 83.3% had serum creatinine levels higher than 1.2mg/dl. The mean duration of nephritis before treatment was 10 months; however, in 52% of patients it was less than 6 months. Average follow-up time from the beginning of treatment to outcome (end-stage renal disease or death) was 72.2 ± 36.3 months. Patients received immunosuppressive therapy according to the National Institutes of Health protocol and were classified, according to clinical and laboratory response into complete remission, partial remission, or treatment failure. RESULTS: Total or partial remission was achieved in 70% of patients by the end of the first year; 62.5 % of patients were kept in remission up to the third year. The 3, 5, and 10-year actuarial renal survival rates were of 90.2%, 90.2%, and 77.67%, respectively. One patient died and 5 had to start hemodialysis. The adverse effects of immunosuppression were respiratory infection (19.0%), Herpes Zoster (7.1%), temporary (9.5%) and permanent (2.3%) amenorrhea, avascular necrosis of the femoral head (4.7%), and sepsis (2.3%). Neither hemorrhagic cystitis nor neoplasia were observed during follow-up. CONCLUSIONS: We concluded that intravenous cyclophosphamide was effective in the control of acute lupus nephritis and in the maintenance of long-term renal function without serious adverse events. OBJETIVOS: A ciclofosfamida intravenosa é amplamente usada no tratamento da nefrite lúpica. Para analisar os desfechos a longo prazo, estudamos 54 pacientes tratados com ciclofosfamida no período compreendido entre 1989 e 1999. MATERIAIS E MÉTODOS: Quarenta e dois pacientes foram incluídos no estudo. As biópsias renais revelaram, de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde, nefrite lúpica classe III em 16,7% dos pacientes e classe IV em 83,3%. No início do tratamento, médias de creatinina sérica e proteinúria foram, respectivamente de 3,1 ± 2,5 mg/dl e 7,2 ± 5,4g/24h/1.73m2. Oitenta e oito por cento dos pacientes tinham proteinúria nefrótica, e em 83,3% a creatinina sérica era maior que 1,2 mg/dl. A duração média da nefrite anterior ao tratamento era de 10 meses, porém em 52% dos pacientes a duração era inferior a 6 meses. O seguimento médio desde o início do tratamento até os desfechos avaliados (insuficiência renal crônica terminal ou morte) foi de 72,2 ± 36,3 meses. Os pacientes receberam tratamento imunossupressor de acordo com o protocolo do National Institutes of Health dos Estados Unidos. Os pacientes foram classificados de acordo com a resposta clínico-laboratorial em remissãocompleta, remissão parcial ou falha do tratamento. RESULTADOS: Remissão total ou parcial foi alcançada em 70% dos pacientes no final do primeiro ano, e 62,5 % se mantiveram em remissão no final do terceiro ano. A sobrevida renal atuarial no 3º, 5º e 10º anos foram de 90,2%, 90,2% e 77,67%, respectivamente. Um paciente evoluiu para óbito e cinco necessitaram iniciar hemodiálise. Efeitos adversos do tratamento imunossupressor foram infecção respiratória (19,0%), Herpes Zoster (7,1%), amenorréia transitória (9,5%) e permanente (2,3%), necrose avascular de fêmur (4,7%) e sepse (2,3%). No período de seguimento não foi observada a ocorrência de cistite hemorrágica ou neoplasia. CONCLUSÕES: Concluímos que ciclofosfamida endovenosa foi efetiva no controle da nefrite lúpica aguda e na manutenção da função renal a longo prazo, sem a ocorrência de efeitos adversos sérios

    O destino dos rins transplantados tratados com OKT3 para rejeição córtico-resistente

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    OBJECTIVE: To evaluate the long-term effects of the monoclonal antibody anti-CD3 (OKT3), used to treat steroid-resistant acute renal allograft rejection, on allograft function and long-term allograft and patient survival. MATERIALS AND METHODS: We studied 231 kidney transplants from living and cadaver donors and with prednisone, azathioprine and cyclosporin used for baseline immunosuppression. Diagnosis of acute rejection was based on clinical and laboratory criteria. Sixty-three (27.2%) patients did not present acute rejection, 135 (58.4%) presented steroid-sensitive rejection, and 33 (14.2%) received OKT3 as a rescue therapy for steroid-resistant rejection. We evaluated demographic data, serum creatinine, and allograft and patient survival up to the 5th posttransplant year, as well as causes of graft loss and patient death. RESULTS: Vascular anastomosis time and prevalence of  acute tubular necrosis were significantly higher in OKT3- reated patients. Average serum creatinine was not different between steroid-sensitive and steroid-resistant patients. Graft survival in the first year was poorer in the OKT3 group as compared to the non-rejection (P = 0.001) and steroidsensitive rejection (P = 0.04) groups; there was no difference, however, in the survival up to the 5th posttransplant year. In transplants from cadaver donors, graft survival was statistically different only between OKT3 and non-rejection patients. Patient survival did not differ between the 3 groups up to the end of the follow-up. There were no differences in causes of graft loss, but the proportion of deaths associated with infection was greater in patients treated with OKT3. CONCLUSIONS: OKT3 used for rescue therapy in steroid--resistant acute rejection was not associated with poorer renal graft function or survival over the 5-year follow-up period. However, graft survival in the first year was significantly poorer in patients that needed OKT3. The use of a more potent immunosuppression did not result in higher mortality rates up to the 5th year of posttransplant, but OKT3-treated recipients presented a higher incidence of deaths related to infection. OBJETIVO: Avaliar o efeito do anticorpo monoclonal anti-CD3 (OKT3), utilizado para tratamento de rejeição aguda córtico-resistente em pacientes transplantados renais, em relação à função do rim transplantado e à sobrevida do enxerto e do paciente a longo prazo.PACIENTES E MÉTODOS: Foram estudados 231 pacientes transplantados renais de doador vivo e cadavérico, tendo como imunossupressão de base prednisona, azatioprina e ciclosporina. O diagnóstico de rejeição aguda baseou-se em critérios clínicos e laboratoriais. Sessenta e três (27,2%) pacientes não apresentaram rejeição aguda, 135 (58,4%) tiveram rejeição córtico-sensível e 33 (14,2%) receberam OKT3 para rejeição córtico-resistente. Foram avaliados dados demográficos, função do enxerto, sobrevida do enxerto e do paciente até o quinto ano de transplante, bem como as causas de perda do rim transplantado e de óbito.RESULTADOS: O tempo de anastomose vascular e a prevalência de necrose tubular aguda foram significativamente maiores nos pacientes que receberam OKT3. A média da creatinina sérica do grupo OKT3 não diferiu do grupo com rejeição córtico-sensível. A sobrevida do enxerto no primeiro ano foi significativamente pior no grupo tratado com OKT3 em relação ao pacientes sem rejeição (P = 0,001) e com rejeição córticoresponsiva (P = 0,04), mas a sobrevida ao final do seguimento não diferiu. Nos transplantes cadavéricos, a diferença ocorreu apenas entre o grupo OKT3 e os pacientes sem rejeição. A sobrevida do paciente em 5 anos foi semelhante entre os 3 grupos. Não houve diferença nas causas de perda do enxerto, mas a proporção de óbitos associados à infecção foi maior nos pacientes que utilizaram OKT3.CONCLUSÕES: O uso de OKT3 como terapia de resgate não esteve associado a uma pior função ou pior sobrevida do enxerto renal em 5 anos, mas no primeiro ano a sobrevida do enxerto foi significativamente menor nos pacientes tratados com OKT3. O emprego de uma imunossupressão mais potente não se refletiu em maior mortalidade até o 5º ano do transplante, mas o grupo que utilizou OKT3 apresentou uma maior incidência de óbitos associados à infecção

    Fisiopatologia e tratamento da síndrome nefrótica: conceitos atuais

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    Our objective is to review the pathophysiology and treatment of the nephrotic syndrome. This article includes definitions and causes of nephrotic syndrome, and an assessment of the pathophysiology of the nephrotic edema as well as of the causes and treatment of refractory edema. An algorithm for the treatment nephrotic edema is proposed taking into account the complexity of refractory edema. We also address measures aimed at reducing proteinuria, such as the use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, hypoprotein diet, and the roles of non-steroidal anti-inflammatory drugs in this context. We also review the complications of nephrotic syndrome such as hyperlipidemia and the hypercoagulability with regards to their pathophysiology and current treatment.Foram revisados aspectos da fisiopatologia e do tratamento sindrômico do estado nefrótico. São citados o conceito e as causas de síndrome nefrótica. Foram revisadas a fisiopatologia do edema, bem como as causas e o tratamento do edema refratário. É apresentado um fluxograma para o manejo clínico do edema nefrótico, considerando a complexidade do edema refratário. Foram abordadas medidas para redução de proteinúria, como o uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina, a dieta hipoproteica e o papel dos antiinflamatórios não esteróides neste contexto. Foram revistas as complicações da síndrome nefrótica, como dislipidemia e hipercoagulabilidade, no que concerne à sua fisiopatologia e tratamento atual

    Tratamento da nefropatia lúpica severa: efeito da ciclofosfamida endovenosa prolongada e intermitente

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    OBJECTIVE: Intravenous cyclophosphamide is widely used in the treatment of lupus nephritis. In order to analyze long-term outcome in patients with severe lupus nephritis, we studied 54 patients treated with cyclophosphamide at our services between 1989 and 1999. MATERIALS AND METHODS: Our study included 42 patients. According to World Health Organization classification, the initial renal biopsy indicated lupus nephritis class III in 16.7% patients and class IV in 83.3%. The average serum creatinine and proteinuria at the beginning of treatment were, respectively 3.1 ± 2.5 mg/dl and 7.2 ± 5.4 g/24h/1.73m2. Eighty-eight percent of patients had nephrotic range proteinuria and 83.3% had serum creatinine levels higher than 1.2mg/dl. The mean duration of nephritis before treatment was 10 months; however, in 52% of patients it was less than 6 months. Average follow-up time from the beginning of treatment to outcome (end-stage renal disease or death) was 72.2 ± 36.3 months. Patients received immunosuppressive therapy according to the National Institutes of Health protocol and were classified, according to clinical and laboratory response into complete remission, partial remission, or treatment failure. RESULTS: Total or partial remission was achieved in 70% of patients by the end of the first year; 62.5 % of patients were kept in remission up to the third year. The 3, 5, and 10-year actuarial renal survival rates were of 90.2%, 90.2%, and 77.67%, respectively. One patient died and 5 had to start hemodialysis. The adverse effects of immunosuppression were respiratory infection (19.0%), Herpes Zoster (7.1%), temporary (9.5%) and permanent (2.3%) amenorrhea, avascular necrosis of the femoral head (4.7%), and sepsis (2.3%). Neither hemorrhagic cystitis nor neoplasia were observed during follow-up. CONCLUSIONS: We concluded that intravenous cyclophosphamide was effective in the control of acute lupus nephritis and in the maintenance of long-term renal function without serious adverse events. OBJETIVOS: A ciclofosfamida intravenosa é amplamente usada no tratamento da nefrite lúpica. Para analisar os desfechos a longo prazo, estudamos 54 pacientes tratados com ciclofosfamida no período compreendido entre 1989 e 1999. MATERIAIS E MÉTODOS: Quarenta e dois pacientes foram incluídos no estudo. As biópsias renais revelaram, de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde, nefrite lúpica classe III em 16,7% dos pacientes e classe IV em 83,3%. No início do tratamento, médias de creatinina sérica e proteinúria foram, respectivamente de 3,1 ± 2,5 mg/dl e 7,2 ± 5,4g/24h/1.73m2. Oitenta e oito por cento dos pacientes tinham proteinúria nefrótica, e em 83,3% a creatinina sérica era maior que 1,2 mg/dl. A duração média da nefrite anterior ao tratamento era de 10 meses, porém em 52% dos pacientes a duração era inferior a 6 meses. O seguimento médio desde o início do tratamento até os desfechos avaliados (insuficiência renal crônica terminal ou morte) foi de 72,2 ± 36,3 meses. Os pacientes receberam tratamento imunossupressor de acordo com o protocolo do National Institutes of Health dos Estados Unidos. Os pacientes foram classificados de acordo com a resposta clínico-laboratorial em remissãocompleta, remissão parcial ou falha do tratamento. RESULTADOS: Remissão total ou parcial foi alcançada em 70% dos pacientes no final do primeiro ano, e 62,5 % se mantiveram em remissão no final do terceiro ano. A sobrevida renal atuarial no 3º, 5º e 10º anos foram de 90,2%, 90,2% e 77,67%, respectivamente. Um paciente evoluiu para óbito e cinco necessitaram iniciar hemodiálise. Efeitos adversos do tratamento imunossupressor foram infecção respiratória (19,0%), Herpes Zoster (7,1%), amenorréia transitória (9,5%) e permanente (2,3%), necrose avascular de fêmur (4,7%) e sepse (2,3%). No período de seguimento não foi observada a ocorrência de cistite hemorrágica ou neoplasia. CONCLUSÕES: Concluímos que ciclofosfamida endovenosa foi efetiva no controle da nefrite lúpica aguda e na manutenção da função renal a longo prazo, sem a ocorrência de efeitos adversos sérios

    O destino dos rins transplantados tratados com OKT3 para rejeição córtico-resistente

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    OBJECTIVE: To evaluate the long-term effects of the monoclonal antibody anti-CD3 (OKT3), used to treat steroid-resistant acute renal allograft rejection, on allograft function and long-term allograft and patient survival. MATERIALS AND METHODS: We studied 231 kidney transplants from living and cadaver donors and with prednisone, azathioprine and cyclosporin used for baseline immunosuppression. Diagnosis of acute rejection was based on clinical and laboratory criteria. Sixty-three (27.2%) patients did not present acute rejection, 135 (58.4%) presented steroid-sensitive rejection, and 33 (14.2%) received OKT3 as a rescue therapy for steroid-resistant rejection. We evaluated demographic data, serum creatinine, and allograft and patient survival up to the 5th posttransplant year, as well as causes of graft loss and patient death. RESULTS: Vascular anastomosis time and prevalence of  acute tubular necrosis were significantly higher in OKT3- reated patients. Average serum creatinine was not different between steroid-sensitive and steroid-resistant patients. Graft survival in the first year was poorer in the OKT3 group as compared to the non-rejection (P = 0.001) and steroidsensitive rejection (P = 0.04) groups; there was no difference, however, in the survival up to the 5th posttransplant year. In transplants from cadaver donors, graft survival was statistically different only between OKT3 and non-rejection patients. Patient survival did not differ between the 3 groups up to the end of the follow-up. There were no differences in causes of graft loss, but the proportion of deaths associated with infection was greater in patients treated with OKT3. CONCLUSIONS: OKT3 used for rescue therapy in steroid--resistant acute rejection was not associated with poorer renal graft function or survival over the 5-year follow-up period. However, graft survival in the first year was significantly poorer in patients that needed OKT3. The use of a more potent immunosuppression did not result in higher mortality rates up to the 5th year of posttransplant, but OKT3-treated recipients presented a higher incidence of deaths related to infection. OBJETIVO: Avaliar o efeito do anticorpo monoclonal anti-CD3 (OKT3), utilizado para tratamento de rejeição aguda córtico-resistente em pacientes transplantados renais, em relação à função do rim transplantado e à sobrevida do enxerto e do paciente a longo prazo.PACIENTES E MÉTODOS: Foram estudados 231 pacientes transplantados renais de doador vivo e cadavérico, tendo como imunossupressão de base prednisona, azatioprina e ciclosporina. O diagnóstico de rejeição aguda baseou-se em critérios clínicos e laboratoriais. Sessenta e três (27,2%) pacientes não apresentaram rejeição aguda, 135 (58,4%) tiveram rejeição córtico-sensível e 33 (14,2%) receberam OKT3 para rejeição córtico-resistente. Foram avaliados dados demográficos, função do enxerto, sobrevida do enxerto e do paciente até o quinto ano de transplante, bem como as causas de perda do rim transplantado e de óbito.RESULTADOS: O tempo de anastomose vascular e a prevalência de necrose tubular aguda foram significativamente maiores nos pacientes que receberam OKT3. A média da creatinina sérica do grupo OKT3 não diferiu do grupo com rejeição córtico-sensível. A sobrevida do enxerto no primeiro ano foi significativamente pior no grupo tratado com OKT3 em relação ao pacientes sem rejeição (P = 0,001) e com rejeição córticoresponsiva (P = 0,04), mas a sobrevida ao final do seguimento não diferiu. Nos transplantes cadavéricos, a diferença ocorreu apenas entre o grupo OKT3 e os pacientes sem rejeição. A sobrevida do paciente em 5 anos foi semelhante entre os 3 grupos. Não houve diferença nas causas de perda do enxerto, mas a proporção de óbitos associados à infecção foi maior nos pacientes que utilizaram OKT3.CONCLUSÕES: O uso de OKT3 como terapia de resgate não esteve associado a uma pior função ou pior sobrevida do enxerto renal em 5 anos, mas no primeiro ano a sobrevida do enxerto foi significativamente menor nos pacientes tratados com OKT3. O emprego de uma imunossupressão mais potente não se refletiu em maior mortalidade até o 5º ano do transplante, mas o grupo que utilizou OKT3 apresentou uma maior incidência de óbitos associados à infecção
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