99 research outputs found
Em que espelhos andamos nos projetando? Entre representações e saberes – o professor universitário
Atuando na docência universitária há alguns anos e fazendo do espaço da sala de aula, tanto nos cursos de graduação quanto nos de pós-graduação, uma experiência produtora de aprendizagens, porque é assim que tenho me projetado neste lugar, como alguém que está aprendendo sempre, trago neste trabalho a referência do meu envolvimento com a docência no ensino superior, seja como professora, seja como pesquisadora desta cultura docente. O texto segue dois movimentos propositivos ao pensamento: que saberes e representações trazemos para o exercício da docência no espaço e no tempo da universidade? Que saberes podemos desenvolver, assumindo a experiência como uma das fontes produtoras de conhecimentos, de posturas éticas e estéticas na condição docente? Os movimentos propostos têm como referência o encontro/desencontro de gerações de professores em formação e em processo de desenvolvimento pessoal e profissional. Que espelhos são estes onde nos refletimos e nos refletem? O texto traz como referência a convivência entre diferentes gerações de professores no espaço do ensino superior da Universidade Federal de Santa Maria, no sul do Brasil. A experiência de compartilhar a sala de aula é uma proposta inovadora no ensino superior, onde acontecem diferentes aprendizagens produzidas por professores formadores (responsáveis na instituição) e professores (mestrandos no programa de pós-graduação) que são desafiados à atuação na sala de aula da universidade
Isso aqui está virando brasil… Cinema e produções audiovisuais no espaço da formação de professores
In the present text, we bring the discussion on the potential of cinema at school and in teachers’ training. Seen in its aesthetic dimension, the cinematographic language is an experience of art in the educational space, amplified in the conception that the cinema enters education as creation, as production. From this perspective, we report an experience carried out in the context of teachers’ initial education in the daytime Pedagogy Major at Federal University of Santa Maria, where the proposal is the development of observation and recording of the daily life of the city and school as spaces of unlearning and learning other ways of feeling and living. Learning cinematographic grammar came along with another challenge – documenting the occupation movements of public schools and the university spaceNo presente texto, trazemos a discussão sobre o potencial do cinema na escola e na formação de professores. Pela dimensão estética a linguagem cinematográfica é uma experiência de arte no espaço educacional, ainda, ampliada na concepção de que o cinema entra na educação como criação, como produção. Nessa perspectiva, apresentamos uma experiência realizada no âmbito da formação inicial de professores (as) no curso de Pedagogia diurno da Universidade Federal de Santa Maria, onde a proposição é o desenvolvimento da observação e registro do cotidiano da cidade e da escola como espaços de desaprendizagem e aprendizagem de outras formas de sentir e viver. Aprender a gramática cinematográfica apresentou-se junto com outro desafio – documentar os movimentos de ocupações nas escolas públicas e no espaço universitário. Enviado em: 06 de junho de 2017.Aprovado em: 13 de julho de 2017
IMAGINÁRIO, COTIDIANO E EDUCAÇÃO: por uma ética do instante
An imagining reason is triggered by the wish to contribute to the debate which brings daily life to a hermeneutical exercise. My exercise will approach two important focuses in the field of the imaginary: the ethics of instant, in the sociology of the present, in which daily life takes on a different perspective, besides some provocation towards educational routines. I have based the analysis of these issues on Michel Maffesoli’s chapter “Style and Daily Life”, in his book “The Contemplation of the World” (1995) and on the topic of experience which he proposes in his book “Praise of the Sensitive Reason” (1998). The possibility of thinking of life as a piece of art and instant as non-determination, beyond the connotation of habit, which is also found in the definition of daily life, make us face an intentional apprehension of the world that comprises interests, wishes and dreams. It is an imagining reason which experiments the symbolic dimension and brings another meaning to daily life: life that can be created. Thus, school education has some work to construct, i. e., it must pay attention to the discourses, to the practices, to the voices and to the movements of child and adolescent cultures. Therefore, it may participate in the production of other narratives and other processes which believe in creative subjects who are able to take decisions and take on the multiple possibilities of life.Uma razão imaginante é acionada no desejo de contribuir com o debate que traz o cotidiano para um exercício hermenêutico. Meu exercício se valerá de dois focos impotantes no campo do imaginário: uma ética do instante, na esteira da sociologia do presente, em que o cotidiano toma outra visibilidade; e algumas provocações aos cotidianos educacionais. Retomo estes focos inspirada no capítulo intitulado por Michel Maffesoli (1995) de “Estilo e Quotidiano”, na sua obra “A Contemplação do Mundo”, e na questão da experiência, proposta na obra “Um elogio à razão sensível” (1998). A possibilidade de pensar a vida como obra de arte e o instante como não determinação, para além da conotação de hábito, também encontrada na definição de cotidiano, coloca-nos diante de uma apreensão do mundo que é intencional, constituída de interesses, de desejos, de sonhos. Trata-se de uma razão imaginante que transita e experimenta a dimensão simbólica dando ao cotidiano outra configuração, a da vida que pode ser inventada. A educação escolar tem, dessa forma, um trabalho a construir – dedicar atenção aos discursos, às práticas, às vozes e aos movimentos das culturas infantis, das culturas juvenis, participando, assim, da produção de outras narrativas e de outros processos que vislumbram sujeitos criativos e singularmente capazes de tomar decisões que digam sim à vida em suas múltiplas possibilidades
Movimentos para Pensar a Relação da Pós-Graduação com a Escola Básica
Para introduzir alguns ângulos de análise às questões do nosso tema, sem a pretensão de esgotá-los, pensei numa estrutura textual que chamarei, aqui, de movimentos. O movimento (envolvimento) dos professores e alunos da pós-graduação; o movimento das políticas públicas; o movimento das lógicas próprias das escolas de educação básica e das instituições de ensino superior; o movimento de construção de parcerias a partir de outras concepções de pesquisas produzidas na pós-graduação. Por último, o movimento da criação de outras parcerias e modos de aliança entre a escola básica e a pós-graduação. Proponho pensarmos a ambiência da pós-graduação como um lugar da aprendizagem da investigação, senão, para, além disto: espaço das vivências, experimentações e troca de saberes que produzam experiências formadoras. Neste espaço/lugar, nossa interlocução com os professores e as escolas pode nos desafiar a nos constituirmos mais formadores culturais, não limitando nossa atuação à formação profissional
Historia de vida de un grupo de investigación: significando los procesos de formación de docentes
This text aims to show a small and significant part of the life history of the Group of Studies and Research in Education and Social Imaginary [GEPEIS], of Education Center, from Federal University of Santa Maria, analyzed in the research project The group as teacher training device held from 2007 to 2012. The main objective was to investigate whether a group space can be thought as a device for teacher training. In times of complexity and also the net and ephemeral relations, talking about relationships and collective learning may seem a little off today, provided the guidelines and current projects in the personal and professional life and institutional environments with established conceptions of individualism and competitiveness. Since this is a group that has its conception and organization referenced in the field of the social imaginary, we move the conceptual tools of creation, reading of an introduced and the new introduction on educational research, but above all, the formative experiences provided by device group in the university space.Este texto tiene como objetivo mostrar una pequeña y significativa parte de la historia de vida del Grupo de Estudios e Investigación en Educación e Imaginario Social [GEPEIS], del Centro de Educación, de la Universidad Federal de Santa Maria, analizados en el ámbito del proyecto de investigación El grupo como dispositivo de formación de profesores fue realizado de 2007 a 2012. El principal objetivo fue investigar un espacio de grupo, proyectado como un dispositivo de formación docente. En tiempos de complejidad y de relaciones efímeras y líquidas, hablar de relaciones y de aprendizaje coletivo puede parecer un poco fuera de actualidad, dadas las directrices y proyectos actuales en la vida personal y profesional y en los ambientes institucionales con concepciones de individualismo y competitividad. Por tratarse de un grupo que tiene una organización y concepción referenciadas en el campo del imaginario social, se movilizaron herramientas conceptuales, de creación, de lectura de lo instituído e instituyente, en las investigaciones educacionales, y sobretodo en las experiencias formativas proporcionadas por el dispositivo grupal en el espacio de la universidad
DISPOSITIVO GRUPAL E FORMAÇÃO DOCENTE
The Research and Study Group in Education and Social Imaginary – GEPEIS has come to question about the importance of the group space for the professor formation. We direct towards getting to know the possibilities of considering the group as a formation tool; identifying knowledge and the representations built by the people that share the experience of the collective production in a research and study group; also, contributing for the support of the theoretical alternatives in the professor formation field. Through the different subject formation paths we aim at cognizing learning, the imaginary significations and the possibility of perceiving the group as a formation tool by utilizing master’s dissertations, images, oral interviews and written narratives. The diversity as a positive factor in the group, the exchange of ideas and thoughts, the acquired learning and life experiences that this collective space is able to provide was a strong characteristic which was mentioned by the subjects once we analyzed the results. Questions that go beyond the academic demands have been raised by the groundwork group from this coexistence and interaction among the group participants. Therefore, we are able to realize the importance of the group as a tool for the professor formation, as a territory which makes possible to have the mobilizing experience of knowledge, constituted representations and other ways of thinking about such formation. O Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Imaginário Social (GEPEIS) começou a questionar-se sobre a importância do grupo de pesquisa para a formação docente. Almejamos nesta pesquisa conhecer as possibilidades de pensar o grupo como um dispositivo de formação; identificar os saberes e as representações construídas pelas pessoas que compartilham a experiência da produção coletiva em um grupo de estudos e pesquisas e contribuir para a sustentação de alternativas teóricas no campo da formação de professores. Buscamos, através das trajetórias de formação dos sujeitos, conhecer as aprendizagens, as significações imaginárias e a possibilidade de ver o grupo como um dispositivo de formação; para tal, utilizamos dissertações de mestrado, imagens, entrevistas orais e narrativas escritas. Em nossos resultados, uma característica forte mencionada pelos sujeitos foi a diversidade como fator positivo no grupo, o intercâmbio de ideias, pensamentos, aprendizagens e vivências que esse espaço coletivo pode proporcionar. Também foi possível perceber como essa trama de significados e opiniões se constitui em um olhar grupal, em uma visão homogênea, oriunda da heterogeneidade do grupo. Assim, percebemos a importância do grupo como um dispositivo na formação de professores, como um território que possibilita a experiência mobilizadora de saberes, representações instituídas e outras formas de pensar a formação docente
Ultrapassando barreiras: professoras diante da inclusão
Este artigo apresenta algumas considerações sobre o processo de inclusão, elaboradas a partir da análise dos relatos de vida de três professoras que trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais incluídos em classes regulares de uma escola pública de Santa Maria, RS. Um outro olhar foi possível, considerando que as professoras não possuem formação em Educação Especial. As narrativas de vida das professoras deram visibilidade aos desafios enfrentados por elas, principalmente em relação à estrutura escolar. No entanto, percebeu-se a importância atribuída à interação e as trocas realizadas entre os alunos. Palavras-chave: Educação. Escola Inclusiva. Interação
Educação e Cinema / Education and Cinema
Rosália Duarte é professora do Departamento de Educação edo Programa de Pós-Graduação em Educação, da PUC do Rio deJaneiro. É graduada em Psicologia, mestre e doutora em Educação,pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Fundação GetúlioVargas, respectivamente. Atualmente coordena o Grupo dePesquisa Educação e Mídia na PUC/Rio de Janeiro, trabalhandotemas como cinema, mídias, televisão na educação
Imagens na pesquisa com professores: o oral e a fotografia
A proposta deste texto é pensar o oral e a fotografia como ferramentas, mas
também como dispositivos que dão voz e imagens as leituras de realidades e,
mais especificamente, à investigação no território das ciências sociais. Nosso
lugar de fala é o das ciências sociais, onde nosso envolvimento mais específico
no campo da pesquisa é o da educação. Temos trabalhado com um
projeto interinstitucional e transdisciplinar, porque sendo de lugares diferentes
e desconhecidos, também, e principalmente, aprendemos muito destes
e com estes. A experiência de investigação em rede é, uma das grandes
aprendizagens que temos feito, na perspectiva de melhor compreensão do
que estamos chamando de imaginários docentes. Nossa abordagem de investigação/
formação com professores privilegia o trabalho da memória, capaz de reconstruir imagens e processos de subjetivação, ressignificando as trajetórias
de vida pessoal e profissional.
Images in the research into teachers: verbal and the photograph
Abstract
The proposal of this text is to think oral and the photograph as instruments,
but also as devices that give voice and images for the readings of realities
and, more specifically to the inquiry in the territory of social sciences. Our
place of speaks is of social sciences where, our more specific envolvement in
the field of the research is of the education. We have worked with a
interinstitucional project and to transdisciplinar, because being of different
and unknown places, also and, mainly, we learn very of these and with these.
The experience of inquiry in net is, one of the great learnings that we have
fact, in the perspective of better understanding that we are calling imaginary
professors. Our boarding of inquiry/formation with professors privileges
the work of the memory, capable to reconstruct images and subjetivities of
subjetivação, resignifying the trajectories of personal and professional life
Imagens na pesquisa com professores: o oral e a fotografia
A proposta deste texto é pensar o oral e a fotografia como “ferramentas”, mas também como dispositivos que dão “voz” e “imagens” as leituras de realidades e, mais especificamente à investigação no território das ciências sociais, onde já temos uma história em torno das abordagens quantitativas e qualitativas. Nosso lugar de fala é o das ciências sociais onde, nosso envolvimento mais específico no campo da pesquisa é o da educação. Nossa abordagem de investigação / formação com professores privilegia o trabalho da memória, capaz de reconstruir imagens (representações) e processos de subjetivação, ressignificando as trajetórias de vida pessoal e profissional, através da história oral e das possibilidades que se abrem a partir da utilização da fotografia e as possibilidades digitais na pesquisa / formação com professores.A proposta deste texto é pensar o oral e a fotografia como "ferramentas", mas também como dispositivos que dão "voz" e "imagens" as leituras de realidades e, mais especificamente à investigação no território das ciências sociais, onde já temos uma história em torno das abordagens quantitativas e qualitativas. Nosso lugar de fala é o das ciências sociais onde, nosso envolvimento mais específico no campo da pesquisa é o da educação. Nossa abordagem de investigação / formação com professores privilegia o trabalho da memória, capaz de reconstruir imagens (representações) e processos de subjetivação, ressignificando as trajetórias de vida pessoal e profissional, através da história oral e das possibilidades que se abrem a partir da utilização da fotografia e as possibilidades digitais na pesquisa / formação com professores.Palavras-chave: Imagens, História Oral, Fotografia, Memórias, Professores
- …