12 research outputs found

    Saúde e desenvolvimento: uma análise a partir do conceito de desenvolvimento de Amartya Sen

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    O artigo propõe uma discussão sobre o conceito ampliado de saúde construído a partir da legalização do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição federal de 1988, em especial, consolidado através das Estratégias de Saúde da Família (ESF) com as ideias sobre desenvolvimento defendidas pelo economista Amartya Sen. Parte-se do pressuposto que a saúde abrange aspectos amplos e complexos, tais como questões sociais, econômicas, políticas e ambientais e quando entendida dessa forma, dialoga com as ideias apresentadas por Sen em seu livro “Desenvolvimento como Liberdade”. O presente artigo pretende assim, através de uma revisão bibliográfica, trazer as aproximações entre os ideais e ações da Política de Saúde vigente no Brasil, em especial no que tange a Atenção Básica e os conceitos defendidos por Sen. Conclui-se que os avanços alcançados pelo SUS, fazem dessa política de saúde um modelo mundial, na medida em que incentiva o desenvolvimento focado nas pessoas e na sua condição de vida buscando a construção de cidadãos livres

    Work and autonomy of health workers: considerations about theoretical and methodological assumptions of health work analysis

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    As questões abordadas no artigo estão relacionadas com o tema do trabalho e autonomia no trabalho em saúde. Questiona-se sobre a possibilidade de criação de espaços de autonomia para os trabalhadores em contextos de padronizações e normatizações advindas das políticas públicas, mas também dos condicionamentos decorrentes dos processos históricos de reestruturação do trabalho em saúde. A perspectiva teórica adotada atenta para as condições de resistência, de lutas e de atuação ativa dos trabalhadores nos espaços de concepção e de execução dos processos de trabalho, mas não relativiza a importância dos condicionamentos estruturais nesse processo. Assim, afirma-se a importância de não se tomar a autonomia no trabalho como um dado, nem como um ausente, mas como uma construção social que decorre da experiência concreta dos trabalhadores em saúde. Sem negar a importância de estudos que enfatizam o protagonismo dos sujeitos no trabalho em saúde, a análise destaca, portanto, os condicionamentos estruturais na análise do trabalho e da autonomia (possível) dos trabalhadores em saúde.The issues addressed in the article are related to the topic of work and autonomy in health work. The possibility of creating spaces of autonomy for workers in contexts of standardization and norms from public policies is questioned, but also from the constraints arising from the historical processes of restructuring health work. The theoretical perspective adopted considers the conditions of resistance, struggles, and active action of the workers in the spaces of conception and execution of work processes, but does not relativize the importance of structural conditioning in this process. Thus, we affirm the importance of not taking autonomy at work as a given, neither as an absence, but as a social construction that stems from the concrete experience of health workers. Without denying the importance of studies that emphasize the protagonism of the subjects in health work, the analysis emphasizes, therefore, the structural constraints in the analysis of the work and the autonomy (possible) of health workers

    IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL

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    O objetivo deste estudo foi identificar os movimentos realizados em 13 municípios pertencentes à 28ª Região de Saúde do RS para a implementação das práticas integrativas e complementares - PICs na rede básica de saúde nos anos de 2017 a 2019. É um estudo quali-quantitativo, e para a obtenção dos dados foram aplicados um questionário para os gestores das secretarias municipais de saúde e profissionais indicados por eles, totalizando 29 participantes. Os dados foram analisados por meio do método de análise temática. Dos 13 municípios, apenas um não desenvolve nenhuma PICs na rede básica, os demais afirmaram que existe mobilização por parte dos gestores e que profissionais da área desenvolvem ou participam dessas atividades e buscam capacitações e estão se dedicando a essas atividades por acreditarem em seus benefícios e na promoção de políticas de saúde pública, o que tem gerado movimentos crescentes em busca da implantação dessas práticas

    Participação popular no Sistema Único de Saúde: olhar de usuários de serviços de saúde

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    Objetivou-se conhecer o cenário da participação dos usuários de serviços de saúde no planejamento, monitoramento e controle das ações de saúde, verificando potencialidades, fragilidades, perspectivas e desafios da participação popular no SUS. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem quantitativa e qualitativa, realizada nos 13 municípios da 28ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul, com 46 usuários de serviços de saúde, sendo 20 integrantes de Conselhos Municipais de Saúde e 26 não integrantes. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário composto por questões fechadas e abertas. A análise quantitativa ocorreu por estratificação numérica relativa e absoluta dos dados através do programa Microsoft® Excel 2010. Para os dados qualitativos optou-se pela Análise de Conteúdo na modalidade temática. Evidenciou-se que os usuários conselheiros utilizam, principalmente, Conselhos e Conferências de Saúde para o planejamento e monitoramento das ações de saúde, enquanto os usuários não conselheiros apresentaram restrita participação nesse campo. Ainda, foram destacados obstáculos para a participação popular no SUS, sendo sugerida pelos sujeitos maior divulgação das ações referentes a esse tema e ampliação do interesse da comunidade sobre essas atividades, com vistas a fortalecer a união de movimentos sociais em busca de melhorias no SUS

    Participação popular no Sistema Único de Saúde: olhar de usuários de serviços de saúde

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    Objetivou-se conhecer o cenário da participação dos usuários de serviços de saúde no planejamento, monitoramento e controle das ações de saúde, verificando potencialidades, fragilidades, perspectivas e desafios da participação popular no SUS. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem quantitativa e qualitativa, realizada nos 13 municípios da 28ª Região de Saúde do Rio Grande do Sul, com 46 usuários de serviços de saúde, sendo 20 integrantes de Conselhos Municipais de Saúde e 26 não integrantes. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário composto por questões fechadas e abertas. A análise quantitativa ocorreu por estratificação numérica relativa e absoluta dos dados através do programa Microsoft® Excel 2010. Para os dados qualitativos optou-se pela Análise de Conteúdo na modalidade temática. Evidenciou-se que os usuários conselheiros utilizam, principalmente, Conselhos e Conferências de Saúde para o planejamento e monitoramento das ações de saúde, enquanto os usuários não conselheiros apresentaram restrita participação nesse campo. Ainda, foram destacados obstáculos para a participação popular no SUS, sendo sugerida pelos sujeitos maior divulgação das ações referentes a esse tema e ampliação do interesse da comunidade sobre essas atividades, com vistas a fortalecer a união de movimentos sociais em busca de melhorias no SUS

    Saúde e desenvolvimento: uma análise a partir do conceito de desenvolvimento de Amartya Sen

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    O artigo propõe uma discussão sobre o conceito ampliado de saúde construído a partir da legalização do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição federal de 1988, em especial, consolidado através das Estratégias de Saúde da Família (ESF) com as ideias sobre desenvolvimento defendidas pelo economista Amartya Sen. Parte-se do pressuposto que a saúde abrange aspectos amplos e complexos, tais como questões sociais, econômicas, políticas e ambientais e quando entendida dessa forma, dialoga com as ideias apresentadas por Sen em seu livro “Desenvolvimento como Liberdade”. O presente artigo pretende assim, através de uma revisão bibliográfica, trazer as aproximações entre os ideais e ações da Política de Saúde vigente no Brasil, em especial no que tange a Atenção Básica e os conceitos defendidos por Sen. Conclui-se que os avanços alcançados pelo SUS, fazem dessa política de saúde um modelo mundial, na medida em que incentiva o desenvolvimento focado nas pessoas e na sua condição de vida buscando a construção de cidadãos livres

    A ATIVIDADE DOS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM NUMA UNIDADE HOSPITALAR: ENTRE NORMAS E RENORMALIZAÇÕES

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    ResumoEste artigo é fruto de pesquisa que teve como objetivo compreender como ocorrem as relações entre normas e renormalizações numa instituição hospitalar, no contexto da divisão social do trabalho. Os sujeitos foram dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem do setor de um hospital situado na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Os métodos utilizados para a coleta de dados foram entrevista semiestruturada, observação participante, análise de documentos e diário de campo. Como resultado, foi possível compreender que o trabalho em saúde gera continuamente, no seu fazer diário, saberes imprescindíveis à sua realização. Porém, pelo caráter espontâneo de sua produção, tais saberes não são reconhecidos. Além disso, apesar de no trabalho prescrito a divisão do trabalho de enfermagem prever normas quanto à divisão de saberes, na atividade concreta de trabalho revelam-se trocas e produção de conhecimentos

    Trabalho e autonomia dos trabalhadores em saúde: considerações sobre pressupostos teórico e metodológicos de análise do trabalho em saúde

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    Resumo As questões abordadas no artigo estão relacionadas com o tema do trabalho e autonomia no trabalho em saúde. Questiona-se sobre a possibilidade de criação de espaços de autonomia para os trabalhadores em contextos de padronizações e normatizações advindas das políticas públicas, mas também dos condicionamentos decorrentes dos processos históricos de reestruturação do trabalho em saúde. A perspectiva teórica adotada atenta para as condições de resistência, de lutas e de atuação ativa dos trabalhadores nos espaços de concepção e de execução dos processos de trabalho, mas não relativiza a importância dos condicionamentos estruturais nesse processo. Assim, afirma-se a importância de não se tomar a autonomia no trabalho como um dado, nem como um ausente, mas como uma construção social que decorre da experiência concreta dos trabalhadores em saúde. Sem negar a importância de estudos que enfatizam o protagonismo dos sujeitos no trabalho em saúde, a análise destaca, portanto, os condicionamentos estruturais na análise do trabalho e da autonomia (possível) dos trabalhadores em saúde

    HUMANIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE COMO OBJETIVO DA INTERVENÇÃO E PESQUISA NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS

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    O artigo parte de nossa preocupação, como pesquisadores das práticas educativas em educação e saúde, em construir práticas de pesquisa e intervenção no trabalho que resultem na produção de conhecimentos sobre as relações entre os saberes formalizados e a experiência dos trabalhadores, assim como em melhorias na realização de sua atividade. Nosso objetivo principal é apresentar uma reflexão abordando três questões a nosso ver essenciais à compreensão desse tema, quais sejam, o significado da intervenção nas relações de trabalho, as condições em que ocorrem e o que pensamos ser seus principais objetivos. Apoiamo-nos especialmente nos conceitos elaborados pela ergologia, tais como atividade, normalizações, renormalizações e écart, além do materialismo histórico e dialético e a teoria crítica, teorias que pensamos ser essenciais para a compreensão das práticas educativas em saúde realizadas nas relações de produção. Embora se trate de um artigo de caráter mais teórico, tem como pano de fundo pesquisas que temos desenvolvido em serviços de saúde. Assim, em alguns momentos traremos informações levantadas nesses estudos. Concluímos a exposição destacando algumas das contribuições metodológicas da ergologia para a compreensão e a intervenção nas práticas educativas nas relações de produção
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