11 research outputs found

    AS RELAÇÕES ENTRE UNIVERSIDADE E SOCIEDADE A PARTIR DA EXTENSÃO OU POR QUE NÃO É SUFICIENTE IR ÀS PRAÇAS MOSTRAR O QUE A UNIVERSIDADE FAZ

    Get PDF
    Em tempos de crise de legitimidade e orçamentária, muitos têm ido às praças explicar às pessoas comuns o que a universidade faz. Este texto propõe uma reflexão sobre as relações entre universidade e sociedade a partir da extensão universitária. Para tal apresenta reflexões sobre a universidade a partir do incômodo no qual estamos envoltos. Se também temos críticas à universidade, que caminhos podemos trilhar para que possamos defendê-la e, ao mesmo, tempo reinventá-la? Como se aliar aos que estão fora da universidade sem considerá-los como aqueles que precisam ser esclarecidos sobre as benesses da ciência e da universidade? Como inspiração para a reflexão proposta, apresentamos o livro O ideal de universidade de Robert Paul Wolff e algumas experiências extensionistas. Tendo como pano de fundo diferentes visões de universidade, argumenta-se que se almejamos uma sociedade democrática, precisamos buscar caminhos de desenvolvimento da ciência e da tecnologia e, portanto, da universidade coerentes com essa perspectiva

    Food Engineering Undergraduate Course from UNICAMP : an analysis based in the science, technology and society education

    Get PDF
    Orientador: Renato Peixoto DagninoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de GeocienciasResumo: A necessidade de repensar o processo de formação nas engenharias tem sido ressaltada por autores que centram sua crítica na concentração dos currículos em aspectos técnicos em detrimento dos aspectos sociais e políticos. O que levaria engenheiros e engenheiras a atuar de forma limitada e, principalmente, alienada diante da complexidade das relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Partindo desse entendimento, a pesquisa que originou este trabalho analisou o currículo do curso de graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP (FEA) à luz do campo da Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Na primeira etapa, as disciplinas foram classificadas segundo uma taxonomia elaborada a partir de três critérios: ênfase nos aspectos técnicos, aplicabilidade do conteúdo e flexibilidade da disciplina. O que sugere a existência de quatro tipos de disciplina que foram denominados: básica, aplicada, múltiplos aspectos e fechada. A seguir, observou-se o modo como esses tipos de disciplina se distribuem ao longo do curso. Essa primeira etapa apontou que o currículo possui as seguintes características: tecnicista, fechado, com clara separação entre teoria e prática e com foco na indústria. A segunda etapa da pesquisa consistiu numa interpretação desse resultado à luz das críticas que a Educação CTS faz à educação tecnocientífica convencional. Foram utilizadas as contribuições de Gordillo e Galbarte (2002), que apresentam sete ¿visões distorcidas¿ presentes na educação convencional; de Gordillo, Osório e Lopéz Cerezo (2000), que apresentam cinco ¿dicotomias¿ nela presentes; e Dagnino (2006), que organiza sua crítica em quatro possíveis visões da tecnociência. As duas primeiras críticas permitem evidenciar que o currículo da FEA apresenta ¿visões distorcidas¿ e ¿dicotomias¿. A terceira mostra que ele está fortemente influenciado pela ¿concepção instrumentalista da tecnociência¿. A conclusão indica que as críticas feitas pela Educação CTS são pertinentes ao curso da FEA: que ele traz implícita uma visão neutra de tecnociência e que, por ter como foco a indústria, não é plural. O contraste do resultado alcançado com a idéia de onde se partiu, de que a ausência de uma formação humanística não prepara o engenheiro para a crítica do sistema socioeconômico e político em que está inserido, levou a outra conclusão: não parece que a introdução de humanidades no currículo seja capaz de torná-lo mais plural. Isto é, de proporcionar ao engenheiro a capacidade de conceber formas tecnológicas que atendam a outros atores que não os que formam a ¿indústria¿ (leia-se a empresa privada). Alavancar uma sociedade alternativa, baseada em outros valores, interesses e atores, exige do engenheiro(a) uma reflexão sobre o caráter da tecnociência e de sua relação de coorganização com as forças que estruturam a sociedadeAbstract: The necessity of rethinking the formation process in the engineering courses has been pointed out by authors that focus their criticism on the emphasis given on the curriculum to technical aspects compared to the social and political aspects. What would take engineers to act in a limited way and, mainly, alienated before the complexity of the relations between science, technology and society. Based on this understanding, the research that originated this project analyzed the curriculum of the undergraduate course from the Food Engineering Faculty of UNICAMP (FEA) enlighten by Science, Technology and Society Education field (STS). On the first stage, the disciplines were classified according to a taxonomy elaborated based on three criterions: emphasis on technical aspects, applicability of contents and disciplines flexibility. Which suggests the existence of four kinds of disciplines that were denominated: basic, applied multiple aspects and closed. After that, the way these kinds of discipline are distributed along the course was observed. This first stage indicated that the curriculum has the following characteristics: emphasis on technical aspects, closed, with clear segregation between theory and practice and focused in the industry. The second stage of the research consisted on an interpretation of these results enlighten by the criticism STS Education makes to conventional technoscientific education. For this propos we used contributions from Gordillo and Galbarte (2002), which bring seven ¿distorted visions¿ present in conventional education; from Gordillo, Osório and Lopéz Cerezo (2000), who present five ¿dichotomies¿ within this education; and Dagnino (2006), who organizes its criticism in four possible visions of technoscience. The two first criticisms make it evident that FEA's curriculum presents ¿distorted visions¿ and ¿dichotomies¿. The third shows that it is strongly influenced by the ¿instrumentalist conception of technoscience¿. The conclusion indicates that the criticism made by STS Education is pertinent to FEA's course: that it brings implied a neutral vision of technoscience and that, for being focused on industries, is not plural. The contrast of the results achieved with the initial idea, that the absence of a humanistic formation doesn't prepare the engineer to criticize the socioeconomic and political system in which he is inserted, led to another conclusion: it doesn't seem that the introduction of humanities in the curriculum is capable of making it plural. That is, making the engineer capable of conceiving technological forms that answer to the need of other actors besides the ¿industry¿ (meaning private companies). To stimulate an alternative society, based on other values, interests and actors, demands from the engineer a reflection on the character of technoscience and on its coorganizational relations with the forces that give structure to societyMestradoMestre em Política Científica e Tecnológic

    Tecendo conexões entre feminismo e alternativas sociotécnicas

    Get PDF
    Neste artigo fazemos uma releitura, com lentes feministas, de duas infl uências históricas do pensamento latino-americano sobre a tecnologia social. Em um primeiro momento, olhamos para o movimento independentista da Índia, na primeira metade do século xx, que incorpora à sua causa uma política de disseminação da charkha, uma espécie de roca de fi ar. Difundida no período em que Gandhi liderou o movimento, a fi ação passou a ser símbolo da luta nacionalista, e é tida como exemplo emblemático de alternativa sociotécnica. Em um segundo momento, analisamos o “movimento de tecnologia apropriada”, como um conjunto de refl exões e iniciativas que se popularizam nos anos 1970 para a disseminação de tecnologias supostamente adequadas à realidade das regiões empobrecidas do sul. Ocupando-nos de preencher as lacunas analíticas de gênero, destacamos as contribuições de autoras que desvelaram o caráter androcêntrico de tais políticas, explicando como se produzem tecnologias inadequadas a partir da oclusão do trabalho das mulheres e das demandas comunitárias de cuidados no meio rural africano e asiático. Por fi m, tecemos conexões entre o gênero e a construção de alternativas sociotécnicas e argumentamos que é na invisibilidade do caráter feminizado do cuidar e na incorporação acrítica da lógica produtivista que a tecnologia social encarna o androcentrismoIn this article we read, with feminist lens, two historical infl uences of Latin American thinking on Social Technology. At fi rst, we look at the independence movement of India in the fi rst half of the twentieth century, which fostered a policy of dissemination of the Charkha, a kind of spinning wheel. Widespread in the period in which Gandhi led the movement, the wheel has become a symbol of the nationalist struggle, and is seen as an emblematic example of a socio-technical alternative. In a second step, we analyze the Appropriate Technology Movement, as a set of ideas and initiatives that popularize in the 1970s the dissemination of technologies supposedly appropriate to the reality of the impoverished regions of the “south”. In order to fi ll in the analytical gender gaps, we highlight the contributions of authors who unvail the androcentric character of such policies, and explain how inadequate technologies were produced because women’s work and community care needs in rural Africa and Asia were hidden. Finally, we weave connections between gender and the construction of socio-technical alternatives, and argue that it is in virtue of the invisibility of the feminized character of care, and of an uncritical incorporation of productivist logic that Social Technology embodies androcentris

    Transferência de conhecimento e suas armadilhas na extensão universitária brasileira

    Get PDF
    A ideia de transferência de conhecimento sempre esteve presente na relação entre universidade e sociedade. A noção de que a universidade deveria oferecer às classes populares o conhecimento que produz está na origem do termo extensão e segue presente em toda a sua trajetória histórica. Este artigo tem como objetivo explorar a relação entre extensão e transferência de conhecimento a partir da análise das influências internacionais na extensão universitária brasileira. A literatura sobre extensão no Brasil reconhece duas influências internacionais na prática extensionista no país: as Universidades Populares europeias e os Land Grant Colleges dos EUA. A essas duas influências soma-se o movimento reformista de Córdoba como marco da origem da extensão no Brasil. Inicialmente são abordadas as três influências internacionais na extensão universitária no Brasil e a maneira como a ideia de transferência de conhecimento aparece em cada uma delas. Em seguida, apresenta-se a crítica à ideia de transferência de conhecimento a partir de dois autores referência para a extensão universitária brasileira: Paulo Freire e Michel Thiollent. Por fim, na última seção, analisa-se as três influências diante da crítica à ideia de transferência de conhecimento. Os resultados apresentados sugerem que as influências europeia e dos EUA têm como fundamento a perspectiva da transferência de conhecimento. As universidades populares latino-americanas, por sua vez, parecem apontar para a autocrítica da universidade e para a superação de uma extensão que fomenta uma relação de tutela entre universidade e as classes populares

    Transferência de conhecimento e suas armadilhas na extensão universitária brasileira

    No full text
    A ideia de transferência de conhecimento sempre esteve presente na relação entre universidade e so-ciedade. A noção de que a universidade deveria oferecer às classes populares o conhecimento que produz está na origem do termo extensão e segue presente em toda a sua trajetória histórica. Este artigo tem como objetivo explorar a relação entre extensão e transferência de conhecimento a partir da análise das influências internacionais na extensão universitária brasileira. A literatura sobre extensão no Brasil reconhece duas influências internacionais na prática extensionista no país: as Universidades Populares europeias e os Land Grant Colleges dos EUA. A essas duas influências soma-se o movimento reformista de Córdoba como marco da origem da extensão no Brasil. Inicialmente são abordadas as três influências internacionais na extensão universitária no Brasil e a maneira como a ideia de transferência de conhecimento aparece em cada uma delas. Em seguida, apresenta-se a crítica à ideia de transferência de conhecimento a partir de dois autores referência para a extensão universitária brasileira: Paulo Freire e Michel Thiollent. Por fim, na última seção, analisa-se as três influências diante da crítica à ideia de transferência de conhecimento. Os resultados apresentados sugerem que as influências europeia e dos EUA têm como fundamento a perspectiva da transferência de conhecimento. As universidades populares latino-americanas, por sua vez, parecem apontar para a autocrítica da universidade e para a superação de uma extensão que fomenta uma relação de tutela entre universidade e as classes populares

    Food Engineering Undergraduate Course from UNICAMP : the technological incubators of Popular Cooperatives

    No full text
    Orientador: Renato Peixoto DagninoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de GeocienciasResumo: A ideia de transferência de conhecimento sempre esteve presente na relação entre universidade e sociedade. Ela está na origem do termo extensão e segue presente em toda a sua trajetória histórica. A partir dessa constatação, esta tese tem como objetivo central compreender as origens e as conseqüências da ideia de transferência de conhecimentos na atuação das ITCPs, compreendidas na trajetória histórica da extensão do país. Reconhecidamente, a primeira ITCP surge derivada da ideia das incubadoras de empresas, mas, em cada local, elas se conformam a partir da reorganização da extensão incentivada pelo processo de redemocratização que havia passado o país, da mobilização da universidade diante do desemprego e, por fim, do aumento do financiamento no governo Lula. Esses fatores levam parte da extensão a um novo caminho que tem como centro a geração de trabalho e renda e a utopia da autogestão. Com intuito de compreender a ideia de transferência de conhecimento, dois referenciais teórico-metodológicos foram utilizados de maneira complementar: a Educação e os Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia (ESCT). No campo da educação, foram abordadas as contribuições de educadores que partem de uma reflexão teórica sobre a relação entre universidade, trabalhadores e trabalhadoras combinada com a prática educativa no âmbito da extensão. Os autores são Paulo Freire, Michel Thiollent e Orlando Fals Borda. Buscou-se compreender, por meio deles, de que maneira a ideia de transferência de conhecimento se relaciona com um tipo específico de tutela, via conhecimento, entre educandos e educadores. A partir dos ESCT, campo acadêmico multidisciplinar que surge no contexto do pós-guerra, buscou-se compreender a relação entre conhecimento tecnocientífico e o setor produtivo, principalmente, a partir da negação do modelo ofertista de conhecimento. Tendo como fundamento a assertiva de que a ciência e a tecnologia são construções sociais, aprofundou-se a crítica à ideia de transferência de conhecimento por meio de três ideias-força: o conhecimento não é neutro, o conhecimento não gera apenas benefícios para a sociedade e o conhecimento não se transfere. Por fim, com intuito de contribuir com o processo de reflexão-ação das incubadoras, apontamos algumas reflexões e sugestões para tornar viável o potencial das mesmas como aglutinadoras do processo de politização da universidade. Nesse sentido, apontamos alguns caminhos do que acreditamos ser fazer ciência (e tecnologia) politizada, como almejava Oscar Varsavsky, ou Adequação Sociotécnica com o povo, como preconiza Renato Dagnino. Nessa perspectiva, consideramos que as ITCPs como potenciais articuladoras de ações de ensino, pesquisa e extensão com vistas a produzir conhecimento e formar pessoas a partir de uma lógica para além do capitalAbstract: The idea of knowledge transfer has always been present in the relationship between universities and society. It is at the heart of the term 'extension' and has remained present since its inception. From this observation, this thesis aims to understand the origins and the consequences of the idea of knowledge transfer in the field of Technological Incubators of Popular Cooperatives (ITCPs) throughout the history of extension in the country. Admittedly, the first ITCP arose from the idea of enterprise incubators, but in each location, they were formed from the reorganization of the extension, encouraged by the process of democratization that Brazil had recently been through, the mobilization of universities against unemployment and, finally, the increase of funding during Lula's presidency. These factors took a part of extension in a new direction that has at its center the generation of work and income and the utopia of self-management. In order to understand the idea of knowledge transfer, two theoretical and methodological tools were used in a complementary way: Education and the Social Studies of Science and Technology (SSTS). In the field of Education, this thesis addresses the contributions of educators who have done a theoretical analysis of the relationship between universities and workers combined with educational practice in the context of extension. The authors are Paulo Freire, Michel Thiollent and Orlando Fals Borda. We sought to understand, through the aforementioned educators, how the idea of knowledge transfer relates to a specific type of tutelage, via knowledge, among learners and educators. From the SSTS, a multidisciplinary academic field that arose in the context of the post-war period, we strove to determine the relationship between techno-scientific knowledge and the productive sector, especially from the denial of the model of supply and demand of knowledge. Using as a basis the assertion that science and technology are social constructions, this body of work deepens the critique of the idea of knowledge transfer through three key points: knowledge is not neutral, knowledge does not stop at generating benefits for society and knowledge is not transferred. Finally, in order to contribute to the process of reflection-action of the incubators, we provide some suggestions so that their potential, as agglutinating of the process of politicization of the university, is viable. In this regard, we indicate some ways of what we believe politicized science (and technology) should be like, as Oscar Varsavsky aimed for, or Sociology-technical Adequacy with the people, as advocated by Renato Dagnino. From this perspective, we considered ITCPs as potential vehicles for teaching, research and extension in order to produce knowledge and train people beyond the logic of capitalDoutoradoPolitica Cientifica e TecnologicaDoutora em Política Científica e Tecnológic

    Na trilha da contra-hegemonia da engenharia no Brasil: da engenharia e desenvolvimento social à engenharia popular

    No full text
    This paper aims at considering the benefits of putting scientific and technological development at the service of those who are most in need. We are dealing here, therefore, with John Bernhard Kleba’s ideas related to the creation of an “engaging” engineering. The makeup of the Engineering and Social Development (ESD) field —from 2003 onwards— is analyzed within the context of a progressive administration in the Brazilian government. In a project clearly designed for the expansion of universities, this administration created public policies that encouraged university extension, solidarity-based economy and social technology, which both made the field possible and strengthened it. Methodologically, this paper combines the analysis of documents with participant observation of the National and Regional Meetings of Engineering and Social Development (ENEDS and EREDS, due to their initials in Portuguese). Among our main conclusions, we highlight the consolidation of the ESD field in engineering, as well as its progressive transformation through time, which resulted in the creation of the People’s Engineering Network Oswaldo Sevá. Said transformation is made explicit by the progressive participation of social movements, which started to take part of the ENEDS and EREDS, showing a horizon in the field that abandons the idea of development without the participation of concrete subjects and assumes the ideal of constructing sociotechnical alternatives together with the popular classes.Este trabalho se insere na perspectiva da engenharia que busca colocar o desenvolvimento científico e tecnológico a serviço dos mais pobres. Trata-se aqui, então, de um dos distintos ramos da engenharia engajada de John Bernhard Kleba. No artigo, analisa-se a conformação do campo da engenharia e desenvolvimento social (EDS), a partir de 2003, no contexto de uma administração progressista no Executivo Federal brasileiro. Em um claro projeto de expansão universitária, esse governo criou políticas públicas de incentivo à extensão, à economia solidária e à tecnologia social, que potencializaram o surgimento e o fortalecimento do campo. Metodologicamente, o artigo combina análise de documentos com observação participante dos Encontros Nacionais e Regionais de Engenharia e Desenvolvimento Social (ENEDS e EREDS). Como principais conclusões, destaca-se a consolidação do campo EDS na engenharia e a sua progressiva transformação ao longo do tempo, que culminará com a criação da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá. Essa transformação é evidenciada pela aproximação com movimentos sociais, que passam a estar presentes nos ENEDS e EREDS, e evidencia um novo horizonte para o campo, que se distancia de uma ideia de desenvolvimento sem sujeitos concretos, aproximando-se do ideal de construção de alternativas sociotécnicas com as classes populares.Este trabajo se inserta en la perspectiva de la ingeniería que busca colocar el desarrollo científico y tecnológico al servicio de los más pobres. Hablamos de la “ingeniería comprometida” que ideó John Bernhard Kleba. A lo largo del artículo se analiza la conformación del campo de la ingeniería y el desarrollo social (EDS) a partir de 2003, en el contexto de una administración progresista en el Ejecutivo Federal brasilero. En el marco de un claro proyecto de expansión universitaria, se llevaron a cabo políticas públicas de incentivo a la extensión, la economía solidaria y la tecnología social que potenciaron el surgimiento y el fortalecimiento del campo. Metodológicamente, este artículo combina análisis de documentos con observación participante de los Encuentros Nacionales y Regionales de Ingeniería y Desarrollo Social (ENEDS y EREDS). Como principales conclusiones, se destacan la consolidación del campo EDS en la ingeniería y su progresiva transformación, que culmina con la creación de la Red de Ingeniería Popular Oswaldo Sevá. Esta transformación se evidencia en el acercamiento a los movimientos sociales que ahora están presentes en los ENEDS y EREDS, y muestra un horizonte que se aleja de una idea de desarrollo sin sujetos concretos y se acerca al ideal de construcción de alternativas sociotécnicas con las clases populares

    Neotropical freshwater fisheries : A dataset of occurrence and abundance of freshwater fishes in the Neotropics

    No full text
    The Neotropical region hosts 4225 freshwater fish species, ranking first among the world's most diverse regions for freshwater fishes. Our NEOTROPICAL FRESHWATER FISHES data set is the first to produce a large-scale Neotropical freshwater fish inventory, covering the entire Neotropical region from Mexico and the Caribbean in the north to the southern limits in Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay. We compiled 185,787 distribution records, with unique georeferenced coordinates, for the 4225 species, represented by occurrence and abundance data. The number of species for the most numerous orders are as follows: Characiformes (1289), Siluriformes (1384), Cichliformes (354), Cyprinodontiformes (245), and Gymnotiformes (135). The most recorded species was the characid Astyanax fasciatus (4696 records). We registered 116,802 distribution records for native species, compared to 1802 distribution records for nonnative species. The main aim of the NEOTROPICAL FRESHWATER FISHES data set was to make these occurrence and abundance data accessible for international researchers to develop ecological and macroecological studies, from local to regional scales, with focal fish species, families, or orders. We anticipate that the NEOTROPICAL FRESHWATER FISHES data set will be valuable for studies on a wide range of ecological processes, such as trophic cascades, fishery pressure, the effects of habitat loss and fragmentation, and the impacts of species invasion and climate change. There are no copyright restrictions on the data, and please cite this data paper when using the data in publications
    corecore