38 research outputs found

    Fios de memórias... Sobre possibilidades de escritas de si e invenção de mundos...

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    Trata-se de artigo que tem como objetivo problematizar diferentes acontecimentos vividos na imanência de uma vida, a partir de alguns fios de memórias assumidos como possibilidades de escritas de produção de si e de invenção de mundos. Nesse sentido, busca escapar, das representações e das explicações que se insinuam como atestados de verdade do vivido, aliados à hipertrofia do Eu, marcas do capítulo da Modernidade que celebra o surgimento de um sujeito autocentrado e dotado de uma consciência plena. Para tanto, busca enredar diferentes temporalidades que se constituíram como processos de autoformação, em meio a epistemologias e experimentações de vida, assumidas como dobras que nos permitiram evidenciar questões afetas às rupturas e às descontinuidades, de modo a nos ajudar a defender que uma vida está sempre em excesso em relação a qualquer escrita que se faça sobre ela. Se, ao final da leitura, surgir um fio de Ariadne que se mostre como um enredo preestabelecido por nós trata-se, certamente, de um efeito que reverberou com o próprio ato da escrita e não como efeito de uma intenção-causa primeira. Se me perguntarem: Houve esse memorial ou você inventou? Eu diria: Se não houve, agora, porque escrevi, passou a existir. Ele nunca aconteceu como verdade a priori para que possa insurgir como invenção, quantas vezes forem necessárias

    Práticas-políticas curriculares cotidianas como possibilidades de resistência aos clichês e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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    O texto problematiza as relações entre currículo e cotidiano escolar assumindo como pressuposto básico a dimensão política das práticas a partir de resultados de pesquisas realizadas em escolas públicas do Espírito Santo. Utiliza como principais intercessores teóricos Certeau, Alves, Deleuze e Guattari, buscando estabelecer enredamentos entre as pesquisas com os cotidianos. Defende a potência das práticas-políticas curriculares tecidas em redes nos cotidianos das escolas como possibilidades de resistência frente aos clichês e aos mecanismos de controle, de apagamento das diferenças e de diminuição da vida produzidos pela atual proposta de uma base nacional comum curricular

    POLÍTICAS CURRICULARES E COTIDIANOS: porque resistir é preciso!

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    É com muita alegria e compromisso político que apresentamos mais uma Sessão Temática na Revista Espaço do Currículo (REC), que tem nas pesquisas com os cotidianos em composições com as políticas de currículo sua principal força. No presente número fomos agraciados com interessantes discussões que versam sobre políticas curriculares em composições com diferentes níveis e/ou espaços-tempos educacionais e, ainda, seus desdobramentos e efeitos nos cotidianos escolares, mas não só nesses. É preciso ressaltar com muito otimismo e responsabilidade que, desde a sua primeira publicação em 2016, a Sessão Temática sobre Pesquisas com os Cotidianos tem recebido cada vez mais artigos de Instituições e de grupos de pesquisa de diferentes estados brasileiros, fato que evidencia um aumento do interesse pela proposta-atitude política de se fazer pesquisa com os diferentes cotidianos educacionais. No presente número, essa diversidade pode ser comprovada em termos dos pesquisadores e pesquisadoras pertencentes a diferentes instituições (UFF, UFES, UEMS, FACELI, UESB, UNEB, UERN, UFTM, UFMA, UFPB, UFPA e UFCG) que tiveram seus artigos aprovados para publicação neste número. Motivados pela possibilidade de que os artigos aqui apresentados possam tanto afirmar a proposta política de pesquisa com os cotidianos, quanto ajudar na complexificação e no alargamento das discussões do campo do currículo, em especial no âmbito das políticas de currículo, desejamos uma leitura potente e fértil e que, possa incentivar cada vez mais, propostas de artigos para a referida Sessão Especial

    IMANÊNCIA E CONHECIMENTO: PARA ALÉM DA INTERDISCIPLINARIDADE, A REDE E O RIZOMA

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    This article aims to problematize the idea of interdisciplinarity, in order to point out its epistemological limits when considering its connection with the logic of disciplinary organization of knowledge. Departing from the contextualization of contemporary society in terms of its dynamicity, instability, indeterminacy and, also, of the multiple educational processes that take place in the different spaces-times that constitute it, we advocate a network dimension to think about knowledge instead of reducing it to a compartmentalization and hierarchization of school subjects. Thus, we maintain that despite its apparent innovative proposal, there is no way to defend interdisciplinarity without taking as its basic assumption and keeping intact the existence of school subjects, that is, the dimension that reduces knowledge to its organization into subject areas in delimited fields.Trata-se de artigo que tem como objetivo problematizar a ideia de interdisciplinaridade, de modo a apontar seus limites epistemológicos ao considerar sua vinculação à lógica de organização disciplinar dos conhecimentos. Partindo da contextualização da sociedade contemporânea em termos de sua dinamicidade, instabilidade, indeterminação e, ainda, dos múltiplos processos educativos que acontecem nos diferentes espaços-tempos que a constituem, defendemos uma dimensão de redes para pensar o conhecimento no lugar de reduzi-lo a uma compartimentalização e hierarquização em disciplinas escolares. Assim, busca-se sustentar que apesar de sua aparente proposta inovadora, não há como defender a interdisciplinaridade sem tomar como pressuposto básico e manter intacta a existência das disciplinas, isto é, a dimensão que reduz o conhecimento a sua organização das disciplinas em campos delimitados

    A escrita como experiência cotidiana: pistas para pensar a formação de professores

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    This work presents part of the research “Curriculum, school everyday life and cliché” (CNPq, 2015-2018) that aims especially at thinking about teacher education processes and curricular movements that emphasize writing in the multiplicity of everyday life in different schools. Writing is assumed as a way of producing knowledges that triggers teacher education processes as teachers and students produce different learnings through writing. Last, it highlights writing experimentations during initial and/or continuing teacher education as a tool to deterritorialize prescriptive education policies through textual production.Trata-se de um dos desdobramentos da pesquisa “Currículo, cotidiano escolar e clichê” (CNPq, 2015-2018), que tem como um de seus principais objetivos pensar os processos formativos em meio aos movimentos curriculares nos quais a escrita é potencializada na multiplicidade dos cotidianos de diferentes instituições escolares. Para tanto, defende que a formação também acontece com os processos de escrita que se realizam com as experiências e os acontecimentos vivenciados cotidianamente por estudantes e educadores. Entende que, ao se permitirem escrever, os professores e os alunos produzem saberes-fazeres que potencializam seus processos formativos. Destaca as experimentações escritas durante as formações iniciais e/ou continuadas como práticas para o surgimento e/ou afirmação de produções textuais que possam desterritorializar as políticas prescritivas de formação

    Políticas da diferença nos cotidianos escolares: ou sobre problematizações das práticas curriculares com ênfase na diversidade

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    O texto tem como objetivo problematizar as práticas relativas aos currículos realizados nos cotidianos de escolas públicas, tecidos em redes com as teoriaspráticas inventadas pelos seus sujeitos praticantes, com destaque para as relações estabelecidas por eles entre currículo e cultura, com ênfase na noção de diversidade. Trata-se de um desdobramento de uma pesquisa maior cuja intenção principal foi entender os diferentes sentidos negociados pelos educadores e pelos alunos em relação aos processos curriculares que acontecem nessas escolas, ao mesmo tempo em que apostava em uma perspectiva teorico-metodológica que buscava questionar as múltiplas determinações espaçotemporais do currículo e, com isso, contribuir para a ampliação das possibilidades dos saberesfazeres desses praticantes. O destaque dado às relações entre currículo e cultura, com ênfase na noção de diversidade resultou da nossa condição de pesquisadores com os cotidianos das escolas, quando nos foi possível perceber que, mesmo quando engajados em projetos que visam a combater os processos de discriminação cultural presentes nas instituições, educadores e estudantes produzem outras formas de exclusão, ao mesmo tempo em que, no anonimato do cotidiano escolar, inventam táticas e estratégias de sobrevivência, inspiradas em micro resistências que fundam micro liberdades e, com isso, potencializam a vida. Assim, em nossa pesquisa, compreender as redes tecidas entre cultura e currículo com base na noção de diversidade não implica avaliar se os educadores seguem corretamente ou não os documentos prescritivos curriculares da Secretaria de Educação em vigor e os projetos de ensino com base em aspectos da cultura que delas decorrem, muito menos levar propostas de ações para que sejam executadas nas salas de aula, mas implica problematizar as teoriaspráticas inventadas por esses praticantes durante os próprios movimentos de tessitura de suas redes, de modo a potencializar políticas da diferença nos cotidianos das escolas

    IMANÊNCIA E CONHECIMENTO: PARA ALÉM DA INTERDISCIPLINARIDADE, A REDE E O RIZOMA

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    This article aims to problematize the idea of interdisciplinarity, in order to point out its epistemological limits when considering its connection with the logic of disciplinary organization of knowledge. Departing from the contextualization of contemporary society in terms of its dynamicity, instability, indeterminacy and, also, of the multiple educational processes that take place in the different spaces-times that constitute it, we advocate a network dimension to think about knowledge instead of reducing it to a compartmentalization and hierarchization of school subjects. Thus, we maintain that despite its apparent innovative proposal, there is no way to defend interdisciplinarity without taking as its basic assumption and keeping intact the existence of school subjects, that is, the dimension that reduces knowledge to its organization into subject areas in delimited fields.Trata-se de artigo que tem como objetivo problematizar a ideia de interdisciplinaridade, de modo a apontar seus limites epistemológicos ao considerar sua vinculação à lógica de organização disciplinar dos conhecimentos. Partindo da contextualização da sociedade contemporânea em termos de sua dinamicidade, instabilidade, indeterminação e, ainda, dos múltiplos processos educativos que acontecem nos diferentes espaços-tempos que a constituem, defendemos uma dimensão de redes para pensar o conhecimento no lugar de reduzi-lo a uma compartimentalização e hierarquização em disciplinas escolares. Assim, busca-se sustentar que apesar de sua aparente proposta inovadora, não há como defender a interdisciplinaridade sem tomar como pressuposto básico e manter intacta a existência das disciplinas, isto é, a dimensão que reduz o conhecimento a sua organização das disciplinas em campos delimitados

    exuality and education : the Counseling Center and Youth Guidance (CAOJ) of Coimbra, Portugal, as a training space

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    Esse artigo objetiva relatar o desenvolvimento de uma formação de voluntários para intervenção no Projeto Nacional de Educação pelos pares da Fundação Portuguesa 'A Comunidade Contra a SIDA' - trata-se de uma pesquisa de pós-doutorado realizada em Coimbra, Portugal. A abordagem metodológica adotada foi a da pesquisa nos/dos/com os cotidianos, discutindo a formação continuada de docentes, a partir dos cotidianos escolares e dos regimes de verdade partilhados sobre sexualidades, especialmente em relação à população LGBTTI. Considera-se a experiência portuguesa relevante para refletir sobre as ausências de discursos que promovam o debate de outras vidas possíveis no ambiente escolar a partir de formação docente em Portugal e no Brasil.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    CURRÍCULOS E FORMAÇÕES DE PROFESSORES: SOBRE A FORÇA DAS NARRATIVAS E DAS REDES COTIDIANAS

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    Com a escrita deste artigo buscamos enunciar que os processos de tessituras curriculares e de formações de professores, em nossos estudos, são pensados de modo interdependente, considerando as inventividades e produções dos diferentes praticantes que habitam os cotidianos das escolas públicas onde realizamos as pesquisas. Com esses sujeitos praticantes e suas narrativas, procuramos transitar nas redes que tecem currículos e processos de formações, prestando atenção nas pistas deixadas a partir dos usos que fazem dos discursos oficiais, resultando, muitas vezes, em movimentos de resistência a esses discursos que, de certo modo, negligenciam e/ou desqualificam o que é realizado nas escolas. Defendemos, portanto, a importância de pensar os temas currículo e formação de professores como processos complexos e interdependentes, que dizem respeito à produção e à negociação de políticas educacionais que não se reduzem às prescrições oficiais, geralmente marcadas pelas lógicas dos distanciamentos e da negação das produções docentes, assim como pela ideia de uniformização dos currículos escolares. Assumimos, como perspectiva teórico-epistemológicometodológica, as redes de conhecimento e as práticas de pesquisa com os cotidianos, buscando problematizar os conhecimentos tecidos nas ações cotidianas a partir das narrativas, usos e negociações que os praticantes fazem dos textos prescritivos, produzindo, nesse contexto, políticas educacionais. Apostamos, assim, que as práticas-políticas de currículos produzidas nessas tessituras se constituem como possibilidades de alargamento das experiências vividas entre os praticantes das escolas nos diferentes contextos culturais que habitam, indicando processos inventivos efetivados em redes compartilhadas de conhecimentos

    As práticas-políticas curriculares em seus atravessamentos com as operações culturais cotidianas

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    O presente texto refere-se a pesquisas realizadas em escolas públicas de ensino fundamental e médio. Trata das tessituras dos currículos como criações anônimas produzidas nas operações culturais entre os praticantes cotidianos. Esses estudos problematizam os modos como são tecidos os currículos, considerando que essa tessitura diz respeito às ações culturais e políticas que se constituem nas redes de saberes-fazeres, e afirmam que as políticas curriculares expressam a potência dessas redes tecidas pelos praticantes para além do estabelecido nas propostas e/ou prescrições curriculares. Consideram os currículos como práticas-políticas e reconhecem a multiplicidade de conhecimentos tecidos nessas operações culturais como movimentos permanentes atravessados pelos movimentos inventados pelos sujeitos cotidianos. Assumem como perspectiva teórico-epistemológica as redes de conhecimento e como opção metodológica as práticas de pesquisa com os cotidianos, compreendendo narrativas, encontros e conversas como possibilidades para a produção dos dados. Os resultados dessas pesquisas indicam que as práticas-políticas de currículos pensadas a partir das articulações teóricas e dos diálogos entre os campos dos estudos culturais e pós-coloniais e das pesquisas com os cotidianos têm produzido o alargamento das experiências vividas entre os praticantes das escolas nos diferentes contextos culturais que habitam
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