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    AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA CRIANÇA SOROPOSITIVA: UMA ANÁLISE DO PENSAMENTO SOCIAL DE ENFERMEIROS HOSPITALARES

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    INTRODUÇÃOO presente resumo integra o Projeto de pesquisa intitulado: Análise do cuidado de enfermagem no contexto do HIV/Aids: Representações sociais e memórias de enfermeiros e portadores nos 25 anos da síndrome. A Aids apresentou-se, desde o seu início, como uma síndrome que se enraizou no imaginário social e cultural de diversas maneiras, construindo imagens, atitudes, conhecimentos e práticas, em que os saberes do senso comum e científicos se entrecruzaram. De uma morbidade ligada a atitudes socialmente condenáveis passou a ser considerada como uma síndrome presente naqueles que podem ser considerados como vítimas, especialmente as crianças que possuem alto grau de vulnerabilidade.OBJETIVOSNeste sentido, adotou-se, como objetivo, analisar a representação social da criança soropositiva para o HIV, especialmente em sua dimensão imagética, e sua relação com a assistência de enfermagem.METODOLOGIATrata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS) em sua abordagem processual (MOSCOVICI, 1978, 291; JODELET, 2001, p. 17-44) desenvolvido com 20 enfermeiros que trabalham no contexto de dois hospitais universitários do Rio de Janeiro, na atenção direta às crianças soropositivas para o HIV e seus familiares. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas e analisados através da análise de conteúdo temática norteada pelos preceitos de Bardin (BARDIN, 1977, p. 221) sistematizada por Oliveira (OLIVEIRA, 2008, p. 569-576). A análise do conjunto das entrevistas gerou seis categorias a partir do recorte de 2.070 UR, representando 100% do material analisado. As categorias foram denominadas da seguinte maneira: Aspectos sociais, temporais, biológicos e culturais que envolvem o universo da Aids (284 UR, equivalendo a 13,7% do material), a imagem da criança e o futuro que a Aids lhe aparenta reservar (253, 12,3%), o processo de cuidar e sentimentos que a criança com Aids reserva (514, 24,8%), Tratamento e adesão da criança com Aids na perspectiva do enfermeiro (176, 8,5%), a família da criança com HIV/Aids (555, 26,8%) e práticas e atitudes profissionais: as condições existentes no manuseio da AIDS (285, 13,7%). Nesse estudo, será aprofundada a segunda categoria que diz respeito a imagem da criança e o futuro que a Aids aparenta reservar.RESULTADOSA Aids pediátrica trouxe uma nova representação da patologia devido a inserção de uma nova clientela soropositiva em seu contexto, uma vez que há uma diminuição do processo de culpabilização do portador, embora este fato ainda exista no que tange ao responsável pela inserção do vírus no seio familiar. Evidencia-se, nos profissionais que cuidam desta criança soropositiva, certa particularidade na ânsia de um trabalho mais complexo ou mesmo no despertar de sentimentos e emoções oriundos deste cuidado, já que a recuperação clínica desta criança muitas vezes é dificultada por seu estado. Ao mesmo tempo, empenhado na melhora do quadro clinico desta criança soropositiva, o profissional sofre um impacto significativo que pode influenciar seu trabalho ao sentir dificuldades em lidar com a morbidade e mortalidade da criança, uma vez que possui uma imagem sempre ligada a futuro, causando uma sensação de desconforto nesse profissional. Este relacionamento entre profissional e criança ainda sofre uma maior complexidade pela figura do familiar-cuidador, normalmente a mãe. Por isso, ao citarmos a criança com Aids não podemos esquecer deste familiar e suas vivências, pois este compreende toda a estigmatização enfrentada, bem como a gravidade e a letalidade da Aids. A hospitalização altera de forma significativa a vida de uma criança e a dinâmica familiar que, por sua vez, é levada a reorganizar seu cotidiano e suas atividades. A hospitalização promove sentimentos de angústias, impotência, preocupação e incerteza, além de instaurar o sofrimento a ambas as partes, devido à íntima ligação família-criança que se tem neste período (OLIVEIRA, I. ANGELO, M. 2000, p. 202-204). Observou-se, ainda, que a expectativa de melhora do quadro clínico da criança é modificada quando o profissional se depara com a Aids e suas peculiaridades, vivenciando, em seu imaginário, uma representação simultânea de vida e morte. A vida geralmente está associada à infância e ao futuro e a morte à velhice e ao passado. As internações e reinternações carregam consigo toda uma cooperação coletiva tanto da criança, como da família e da equipe de saúde. Sendo a Aids até então incurável, os comprometimentos causados por ela impõem limitações de funções ao indivíduo e envolvem todos os obstáculos e desvios da fisiologia normal (SILVA, F. M. CORREIA, I. 2006. p. 18-23). As incertezas a cada reinternação são muitas, pois a criança encontra-se num território onde o próximo passo sempre será uma incógnita. Esta dificuldade de conviver com a Aids se dá a cada novos sintomas e exames. Os profissionais, ao longo dos mais de 20 anos da síndrome no Brasil, referiram à imagem da Aids semelhante à do Cazuza na década de 80, exposta na mídia. Ao mesmo tempo, classificam como negativa a imagem que fazem da criança com Aids (como aquela sem expectativa de futuro) e utilizam adjetivos como sofrida e sentida em relação à sua restrição ao leito, quando esta encontra-se em estado grave. O sentimento de pesar é notório nos enfermeiros devido não só à incapacidade de deambular de algumas crianças, mas pela própria estrutura física da enfermaria que muitas das vezes se faz precária. Uma nomenclatura utilizada pelos depoentes foi o termo isolamento infantil, que faz referência a um local onde os leitos são fechados e formam quartos que abrigam somente a criança e seus familiares, sem o contato com as demais. A solidão devido ao isolamento desta criança no ambiente hospitalar é nítida durante a fase aguda da doença, em função da ausência da intensa atividade de uma criança saudável. Mas observa-se, como pontuou alguns autores, a construção de uma nova identidade nessas crianças, qual seja, ligada ao processo de hospitalização e de adoecimento, assim como à dependência tecnológica. Destaca-se que a Aids traçou uma nova forma de ser criança em que, em alguns momentos de sua história, permanece tempo considerável internada em hospitais, longe da escola, dos amigos, de diversões e, muitas vezes, da própria família (GOMES, A. M. T. 2005). Mas levando em consideração que esta criança não é associada à imagem de futuro, hoje, com o advento dos anti-retrovirais e tecnologias em saúde, nota-se uma tímida transformação nesta representação, englobando a possibilidade de sobrevivência à adolescência em alguns casos e para alguns profissionais. CONCLUSÃOConclui-se que a Aids ainda permeia num contexto de forte influência imaginária, de sofrimento,  de ausência de um futuro e muito atrelado à morte. Os profissionais, principalmente os enfermeiros, lidam com a criança com muito pesar, tristeza e com significativa percepção de abandono e solidão. Estes profissionais ainda encontram muita dificuldade de criar uma relação de confiança e aceitação com a criança soropositiva que apresenta maior confiança nos familiares por conta do convívio extra-hospitalar mais intenso. Contudo, graças à ao desenvolvimento da tecnologia em saúde e do tratamento medicamentoso, já se pode notar uma pequena evolução no discurso desses profissionais

    AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA CRIANÇA SOROPOSITIVA: UMA ANÁLISE DO PENSAMENTO SOCIAL DE ENFERMEIROS HOSPITALARES

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    INTRODUÇÃO O presente resumo integra o Projeto de pesquisa intitulado: Análise do cuidado de enfermagem no contexto do HIV/Aids: Representações sociais e memórias de enfermeiros e portadores nos 25 anos da síndrome. A Aids apresentou-se, desde o seu início, como uma síndrome que se enraizou no imaginário social e cultural de diversas maneiras, construindo imagens, atitudes, conhecimentos e práticas, em que os saberes do senso comum e científicos se entrecruzaram. De uma morbidade ligada a atitudes socialmente condenáveis passou a ser considerada como uma síndrome presente naqueles que podem ser considerados como vítimas, especialmente as crianças que possuem alto grau de vulnerabilidade. OBJETIVOS Neste sentido, adotou-se, como objetivo, analisar a representação social da criança soropositiva para o HIV, especialmente em sua dimensão imagética, e sua relação com a assistência de enfermagem. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS) em sua abordagem processual (MOSCOVICI, 1978, 291; JODELET, 2001, p. 17-44) desenvolvido com 20 enfermeiros que trabalham no contexto de dois hospitais universitários do Rio de Janeiro, na atenção direta às crianças soropositivas para o HIV e seus familiares. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas e analisados através da análise de conteúdo temática norteada pelos preceitos de Bardin (BARDIN, 1977, p. 221) sistematizada por Oliveira (OLIVEIRA, 2008, p. 569-576). A análise do conjunto das entrevistas gerou seis categorias a partir do recorte de 2.070 UR, representando 100% do material analisado. As categorias foram denominadas da seguinte maneira: Aspectos sociais, temporais, biológicos e culturais que envolvem o universo da Aids (284 UR, equivalendo a 13,7% do material), a imagem da criança e o futuro que a Aids lhe aparenta reservar (253, 12,3%), o processo de cuidar e sentimentos que a criança com Aids reserva (514, 24,8%), Tratamento e adesão da criança com Aids na perspectiva do enfermeiro (176, 8,5%), a família da criança com HIV/Aids (555, 26,8%) e práticas e atitudes profissionais: as condições existentes no manuseio da AIDS (285, 13,7%). Nesse estudo, será aprofundada a segunda categoria que diz respeito a imagem da criança e o futuro que a Aids aparenta reservar. RESULTADOS A Aids pediátrica trouxe uma nova representação da patologia devido a inserção de uma nova clientela soropositiva em seu contexto, uma vez que há uma diminuição do processo de culpabilização do portador, embora este fato ainda exista no que tange ao responsável pela inserção do vírus no seio familiar. Evidencia-se, nos profissionais que cuidam desta criança soropositiva, certa particularidade na ânsia de um trabalho mais complexo ou mesmo no despertar de sentimentos e emoções oriundos deste cuidado, já que a recuperação clínica desta criança muitas vezes é dificultada por seu estado. Ao mesmo tempo, empenhado na melhora do quadro clinico desta criança soropositiva, o profissional sofre um impacto significativo que pode influenciar seu trabalho ao sentir dificuldades em lidar com a morbidade e mortalidade da criança, uma vez que possui uma imagem sempre ligada a futuro, causando uma sensação de desconforto nesse profissional. Este relacionamento entre profissional e criança ainda sofre uma maior complexidade pela figura do familiar-cuidador, normalmente a mãe. Por isso, ao citarmos a criança com Aids não podemos esquecer deste familiar e suas vivências, pois este compreende toda a estigmatização enfrentada, bem como a gravidade e a letalidade da Aids. A hospitalização altera de forma significativa a vida de uma criança e a dinâmica familiar que, por sua vez, é levada a reorganizar seu cotidiano e suas atividades. A hospitalização promove sentimentos de angústias, impotência, preocupação e incerteza, além de instaurar o sofrimento a ambas as partes, devido à íntima ligação família-criança que se tem neste período (OLIVEIRA, I. ANGELO, M. 2000, p. 202-204). Observou-se, ainda, que a expectativa de melhora do quadro clínico da criança é modificada quando o profissional se depara com a Aids e suas peculiaridades, vivenciando, em seu imaginário, uma representação simultânea de vida e morte. A vida geralmente está associada à infância e ao futuro e a morte à velhice e ao passado. As internações e reinternações carregam consigo toda uma cooperação coletiva tanto da criança, como da família e da equipe de saúde. Sendo a Aids até então incurável, os comprometimentos causados por ela impõem limitações de funções ao indivíduo e envolvem todos os obstáculos e desvios da fisiologia normal (SILVA, F. M. CORREIA, I. 2006. p. 18-23). As incertezas a cada reinternação são muitas, pois a criança encontra-se num território onde o próximo passo sempre será uma incógnita. Esta dificuldade de conviver com a Aids se dá a cada novos sintomas e exames. Os profissionais, ao longo dos mais de 20 anos da síndrome no Brasil, referiram à imagem da Aids semelhante à do Cazuza na década de 80, exposta na mídia. Ao mesmo tempo, classificam como negativa a imagem que fazem da criança com Aids (como aquela sem expectativa de futuro) e utilizam adjetivos como sofrida e sentida em relação à sua restrição ao leito, quando esta encontra-se em estado grave. O sentimento de pesar é notório nos enfermeiros devido não só à incapacidade de deambular de algumas crianças, mas pela própria estrutura física da enfermaria que muitas das vezes se faz precária. Uma nomenclatura utilizada pelos depoentes foi o termo isolamento infantil, que faz referência a um local onde os leitos são fechados e formam quartos que abrigam somente a criança e seus familiares, sem o contato com as demais. A solidão devido ao isolamento desta criança no ambiente hospitalar é nítida durante a fase aguda da doença, em função da ausência da intensa atividade de uma criança saudável. Mas observa-se, como pontuou alguns autores, a construção de uma nova identidade nessas crianças, qual seja, ligada ao processo de hospitalização e de adoecimento, assim como à dependência tecnológica. Destaca-se que a Aids traçou uma nova forma de ser criança em que, em alguns momentos de sua história, permanece tempo considerável internada em hospitais, longe da escola, dos amigos, de diversões e, muitas vezes, da própria família (GOMES, A. M. T. 2005). Mas levando em consideração que esta criança não é associada à imagem de futuro, hoje, com o advento dos anti-retrovirais e tecnologias em saúde, nota-se uma tímida transformação nesta representação, englobando a possibilidade de sobrevivência à adolescência em alguns casos e para alguns profissionais. CONCLUSÃO Conclui-se que a Aids ainda permeia num contexto de forte influência imaginária, de sofrimento,  de ausência de um futuro e muito atrelado à morte. Os profissionais, principalmente os enfermeiros, lidam com a criança com muito pesar, tristeza e com significativa percepção de abandono e solidão. Estes profissionais ainda encontram muita dificuldade de criar uma relação de confiança e aceitação com a criança soropositiva que apresenta maior confiança nos familiares por conta do convívio extra-hospitalar mais intenso. Contudo, graças à ao desenvolvimento da tecnologia em saúde e do tratamento medicamentoso, já se pode notar uma pequena evolução no discurso desses profissionais

    role of female sex hormone receptors

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    Funding Information: Funding: This study was supported by grant IECT-FAPEMA-05796/18 and FAPEMA IECT 30/2018-IECT Saúde, by the Research Center of the Portuguese Oncology Institute of Porto (project no. PI86-CI-IPOP-66-2017); by European Investment Funds by FEDER/COMPETE/POCI—Operational Competitiveness and Internationalization Program, and national funds by FCT—Portuguese Foundation for Science and Technology under projects UID/AGR/04033/2020, UIDB/CVT/00772/2020 and by Base Funding-UIDB/00511/2020 of the Laboratory for Process Engineering, Environment, Biotechnology, and Energy—LEPABE—funded by national funds through the FCT/MCTES (PID-DAC); Project 2SMART-engineered Smart materials for Smart citizens, with reference NORTE-01-0145-FEDER-000054, supported by Norte Portugal Regional Operational Programme (NORTE 2020), under the PORTUGAL 2020 Partnership Agreement, through the European Regional Development Fund (ERDF). Publisher Copyright: © 2021 by the authors. Licensee MDPI, Basel, Switzerland.A growing proportion of oropharyngeal squamous cell carcinomas (OPSCC) are associated with infection by high-risk human papillomavirus (HPV). For reasons that remain largely unknown, HPV+OPSCC is significantly more common in men than in women. This study aims to determine the incidence of OPSCC in male and female HPV16-transgenic mice and to explore the role of female sex hormone receptors in the sexual predisposition for HPV+ OPSCC. The tongues of 30-weeks-old HPV16-transgenic male (n = 80) and female (n = 90) and matched wild-type male (n = 10) and female (n = 10) FVB/n mice were screened histologically for intraepithelial and invasive lesions in 2017 at the Centre for the Research and Technology of Agro-Environmental and Biological Sciences (CITAB), Por-tugal. Expression of estrogen receptors alpha (ERα) and beta (ERβ), progesterone receptors (PR) and matrix metalloproteinase 2 (MMP2) was studied immunohistochemically. Collagen remodeling was studied using picrosirius red. Female mice showed robust ERα and ERβ expression in intraepithelial and invasive lesions, which was accompanied by strong MMP2 expression and marked collagen remodeling. Male mice showed minimal ERα, ERβ and MMP2 expression and unaltered collagen patterns. These results confirm the association of HPV16 with tongue base cancer in both sexes. The higher cancer incidence in female versus male mice contrasts with data from OPSCC patients and is associated with enhanced ER expression via MMP2 upregulation.publishersversionpublishe

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    As representações sociais da criança soropositiva: Uma análise do pensamento social de enfermeiros hospitalares

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    INTRODUÇÃOO presente resumo integra o Projeto de pesquisa intitulado: Análise do cuidado de enfermagem no contexto do HIV/Aids: Representações sociais e memórias de enfermeiros e portadores nos 25 anos da síndrome. A Aids apresentou-se, desde o seu início, como uma síndrome que se enraizou no imaginário social e cultural de diversas maneiras, construindo imagens, atitudes, conhecimentos e práticas, em que os saberes do senso comum e científicos se entrecruzaram. De uma morbidade ligada a atitudes socialmente condenáveis passou a ser considerada como uma síndrome presente naqueles que podem ser considerados como vítimas, especialmente as crianças que possuem alto grau de vulnerabilidade.OBJETIVOSNeste sentido, adotou-se, como objetivo, analisar a representação social da criança soropositiva para o HIV, especialmente em sua dimensão imagética, e sua relação com a assistência de enfermagem.METODOLOGIATrata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS) em sua abordagem processual (MOSCOVICI, 1978, 291; JODELET, 2001, p. 17-44) desenvolvido com 20 enfermeiros que trabalham no contexto de dois hospitais universitários do Rio de Janeiro, na atenção direta às crianças soropositivas para o HIV e seus familiares. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas e analisados através da análise de conteúdo temática norteada pelos preceitos de Bardin (BARDIN, 1977, p. 221) sistematizada por Oliveira (OLIVEIRA, 2008, p. 569-576). A análise do conjunto das entrevistas gerou seis categorias a partir do recorte de 2.070 UR, representando 100% do material analisado. As categorias foram denominadas da seguinte maneira: Aspectos sociais, temporais, biológicos e culturais que envolvem o universo da Aids (284 UR, equivalendo a 13,7% do material), a imagem da criança e o futuro que a Aids lhe aparenta reservar (253, 12,3%), o processo de cuidar e sentimentos que a criança com Aids reserva (514, 24,8%), Tratamento e adesão da criança com Aids na perspectiva do enfermeiro (176, 8,5%), a família da criança com HIV/Aids (555, 26,8%) e práticas e atitudes profissionais: as condições existentes no manuseio da AIDS (285, 13,7%). Nesse estudo, será aprofundada a segunda categoria que diz respeito a imagem da criança e o futuro que a Aids aparenta reservar.RESULTADOSA Aids pediátrica trouxe uma nova representação da patologia devido a inserção de uma nova clientela soropositiva em seu contexto, uma vez que há uma diminuição do processo de culpabilização do portador, embora este fato ainda exista no que tange ao responsável pela inserção do vírus no seio familiar. Evidencia-se, nos profissionais que cuidam desta criança soropositiva, certa particularidade na ânsia de um trabalho mais complexo ou mesmo no despertar de sentimentos e emoções oriundos deste cuidado, já que a recuperação clínica desta criança muitas vezes é dificultada por seu estado. Ao mesmo tempo, empenhado na melhora do quadro clinico desta criança soropositiva, o profissional sofre um impacto significativo que pode influenciar seu trabalho ao sentir dificuldades em lidar com a morbidade e mortalidade da criança, uma vez que possui uma imagem sempre ligada a futuro, causando uma sensação de desconforto nesse profissional. Este relacionamento entre profissional e criança ainda sofre uma maior complexidade pela figura do familiar-cuidador, normalmente a mãe. Por isso, ao citarmos a criança com Aids não podemos esquecer deste familiar e suas vivências, pois este compreende toda a estigmatização enfrentada, bem como a gravidade e a letalidade da Aids. A hospitalização altera de forma significativa a vida de uma criança e a dinâmica familiar que, por sua vez, é levada a reorganizar seu cotidiano e suas atividades. A hospitalização promove sentimentos de angústias, impotência, preocupação e incerteza, além de instaurar o sofrimento a ambas as partes, devido à íntima ligação família-criança que se tem neste período (OLIVEIRA, I. ANGELO, M. 2000, p. 202-204). Observou-se, ainda, que a expectativa de melhora do quadro clínico da criança é modificada quando o profissional se depara com a Aids e suas peculiaridades, vivenciando, em seu imaginário, uma representação simultânea de vida e morte. A vida geralmente está associada à infância e ao futuro e a morte à velhice e ao passado. As internações e reinternações carregam consigo toda uma cooperação coletiva tanto da criança, como da família e da equipe de saúde. Sendo a Aids até então incurável, os comprometimentos causados por ela impõem limitações de funções ao indivíduo e envolvem todos os obstáculos e desvios da fisiologia normal (SILVA, F. M. CORREIA, I. 2006. p. 18-23). As incertezas a cada reinternação são muitas, pois a criança encontra-se num território onde o próximo passo sempre será uma incógnita. Esta dificuldade de conviver com a Aids se dá a cada novos sintomas e exames. Os profissionais, ao longo dos mais de 20 anos da síndrome no Brasil, referiram à imagem da Aids semelhante à do Cazuza na década de 80, exposta na mídia. Ao mesmo tempo, classificam como negativa a imagem que fazem da criança com Aids (como aquela sem expectativa de futuro) e utilizam adjetivos como sofrida e sentida em relação à sua restrição ao leito, quando esta encontra-se em estado grave. O sentimento de pesar é notório nos enfermeiros devido não só à incapacidade de deambular de algumas crianças, mas pela própria estrutura física da enfermaria que muitas das vezes se faz precária. Uma nomenclatura utilizada pelos depoentes foi o termo isolamento infantil, que faz referência a um local onde os leitos são fechados e formam quartos que abrigam somente a criança e seus familiares, sem o contato com as demais. A solidão devido ao isolamento desta criança no ambiente hospitalar é nítida durante a fase aguda da doença, em função da ausência da intensa atividade de uma criança saudável. Mas observa-se, como pontuou alguns autores, a construção de uma nova identidade nessas crianças, qual seja, ligada ao processo de hospitalização e de adoecimento, assim como à dependência tecnológica. Destaca-se que a Aids traçou uma nova forma de ser criança em que, em alguns momentos de sua história, permanece tempo considerável internada em hospitais, longe da escola, dos amigos, de diversões e, muitas vezes, da própria família (GOMES, A. M. T. 2005). Mas levando em consideração que esta criança não é associada à imagem de futuro, hoje, com o advento dos anti-retrovirais e tecnologias em saúde, nota-se uma tímida transformação nesta representação, englobando a possibilidade de sobrevivência à adolescência em alguns casos e para alguns profissionais. CONCLUSÃOConclui-se que a Aids ainda permeia num contexto de forte influência imaginária, de sofrimento,  de ausência de um futuro e muito atrelado à morte. Os profissionais, principalmente os enfermeiros, lidam com a criança com muito pesar, tristeza e com significativa percepção de abandono e solidão. Estes profissionais ainda encontram muita dificuldade de criar uma relação de confiança e aceitação com a criança soropositiva que apresenta maior confiança nos familiares por conta do convívio extra-hospitalar mais intenso. Contudo, graças à ao desenvolvimento da tecnologia em saúde e do tratamento medicamentoso, já se pode notar uma pequena evolução no discurso desses profissionais

    Corn genotypes for baby corn production in an organic cultural system

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    Minimilho é o nome dado à inflorescência feminina do milho antes da polinização, ou seja, é a espiga de milho em desenvolvimento colhida dois a três dias após a emissão dos estilos-estigmas. De textura fina, delicado e sabor adocicado, o minimilho tem se tornado um produto promissor para o mercado tanto interno quanto externo, sobretudo porque, no Brasil, o produto industrializado era, em sua maioria, importado da Tailândia. O objetivo com esse trabalho foi realizar análise produtiva de genótipos de milho para produção de minimilho em um sistema de cultivo orgânico. O experimento foi realizado no Instituto Federal do Espírito Santo campus Alegre, utilizando-se o delineamento em blocos casualizados com sete genótipos em quatro repetições. A variedade crioula Aliança e o híbrido duplo BM 207 apresentaram as maiores produtividades de espigas comerciais, com média de 2,92 t ha-1, e maior número de espigas comercias (365 495 espigas ha-1). Apesar da variedade crioula Aliança não ter apresentado estande final de plantas dentro do intervalo ideal para produção de minimilho, esta obteve comportamento prolífico com um dos maiores números de espigas por planta (3,35 espigas planta-1) além de ter um dos maiores comprimentos de espigas comerciais (8,10 cm). Diante dos dados obtidos a variedade crioula Aliança é uma ótima opção para ser utilizada pelos pequenos produtores devido ao seu custo baixo de aquisição de sementes e, também, por apresentarem uma ampla adaptação em sistemas de baixo nível de investimento tecnológico além de manter a variabilidade genética nas condições naturais de cultivo.Baby corn is the name given to the female inflorescence of maize before pollination, that is, it is the ear of corn in development harvested two to three days after the issuance of the styles-stigmas. With a fine, delicate texture and sweet taste, the baby corn has become a promising product for the domestic and foreign market, especially since in Brazil the processed product was mostly imported from Thailand. The objective of this work was to perform productive analysis of maize genotypes for the production of baby corn in organic production system. The experiment was conducted at the Alegre campus of the IFES, with a randomized block design with seven genotypes in four replicates. The Alliance creole variety and the double hybrid BM 207 presented the highest yields of commercial ears, with an average of 2.92 t ha-1, and a higher number of commercial ears (365,495 ears ha-1). Although the creole Alliance variety did not present a final stand of plants within the ideal range for corn production, it had a prolific behavior with one of the highest number of ears per plant (3.35 ears plant-1) and besides the largest lengths of commercial ears (8.10 cm). In view of the data obtained, the creole Alliance variety is a great option to be used by small producers due to their low cost of seed acquisition and also because they have a wide adaptation in systems of low level of technological investment besides maintaining the genetic variability in the natural conditions of cultivation

    Regeneração in vitro de anteras de arroz irrigado (Oryza sativa L.) e mapeamento de QTL associado

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    A baixa taxa de regeneração in vitro de alguns cultivares de arroz da subespécie indica limita a utilização de técnicas de cultura de anteras como ferramenta para o desenvolvimento de novos cultivares. A identificação de regiões genômicas associadas à formação de calos e regeneração de plantas, a partir do cultivo de anteras, poderá permitir a transferência do caráter por seleção assistida. Duas populações de retrocruzamento foram utilizadas para o mapeamento genético e estudo destes caracteres, sendo Taipei 309// BRS 7 "Taim"/Taipei 309 (53 genótipos) e BRS 7 "Taim"// BRS 7 "Taim"/Taipei 309 (74 genótipos). Duzentas anteras imaturas de cada genótipo utilizado no estudo foram inoculadas em meio NL líquido e, após 40 dias, os calos formados foram transferidos para o meio MS sólido para regeneração de plantas. Todas as plantas doadoras de anteras foram usadas na extração de DNA genômico e sete primers RAPD foram utilizados na geração de marcadores para a construção dos mapas de ligação dos retrocruzamentos estudados. A taxa de formação de calos variou de 2,27 a 3,36% e a taxa de regeneração de plantas 1,38 a 1,82%, não se diferenciando significativamente. Seis grupos de ligação foram obtidos, três em cada população. Um QTL com LOD 3,10 foi detectado para o caráter formação de calos na população Taipei 309 // BRS 7 "Taim" / Taipei 309. Nenhum QTL foi detectado para a característica regeneração de plantas
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