23 research outputs found

    Investigação e intervenção das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental da Prefeitura do Recife, Pernambuco, Brasil no caso de óbito por raiva humana em 2017

    Get PDF
    Objetivou-se descrever ações das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental da Prefeitura do Recife, mediante caso de raiva humana. A metodologia empregada foi a descrição das intervenções baseadas em roteiro do Ministério da Saúde. Em 26/06/2017, foi notificado caso suspeito de raiva em mulher de 35 anos, ativista da causa animal, agredida por gato de rua, não vacinado em 26/04/2017. A pesquisa em saliva e folículo piloso confirmou a infecção pelo vírus rábico em 30/06/2017 e a paciente evoluiu para óbito. Foi identificada a variante antigênica AgV3, espécie-específica para morcegos hematófagos (Desmodus rotundus). Quatro pessoas contactantes foram identificadas e encaminhadas para avaliação médica. Três delas necessitaram da profilaxia antirrábica. A Vigilância Ambiental visitou 81% dos imóveis na área focal, vacinou 1.182 animais cães/gatos. Outros postos fixos de vacinação foram abertos e 3.283 cães/gatos foram vacinados. Ações de mobilização comunitária e educação em saúde foram iniciadas com o curso de sensibilização para ativistas da causa animal e as capacitações sobre a raiva urbana e silvestre para os Agentes de Saúde Ambiental e Controle às Endemias (ASACE). Uma equipe especial foi formada para captura, identificação de espécies, manejo ambiental e envio de amostras de morcegos para exame. No município do Recife-PE foram diagnosticados morcegos positivos para o vírus da raiva, mas não foram notificados outros casos de raiva em cães, gatos ou humanos. Conclui-se que a raiva silvestre em ambiente urbano necessita das articulações de setores e saberes no contexto de Saúde Única, bem como, a implementação de políticas públicas para garantir um ambiente saudável

    Investigação e intervenção das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental da Prefeitura do Recife, Pernambuco, Brasil no caso de óbito por raiva humana em 2017

    Get PDF
    The objective of this article is to describe the actions of health surveillance in the city of Recife, after the notification of a suspected case of human rabies. On 06/26/2017, a suspected case of rabies was reported in a 35-year-old woman, activist for the animal cause, with a history of aggression by a stray cat, not vaccinated on 04/26/2017. Virus research in saliva and hair follicle confirmed the patient's rabies virus infection. On 06/30/2017 the patient evolves to death. The antigenic variant AgV3, species specific for vampire bats (Desmodus rotundus), was identified. Four contact persons were identified and referred for medical evaluation. Three of them required anti-rabies prophylaxis. Environmental Surveillance visited 81% of the properties in the focal area, vaccinated 1,182 dogs/cats. Other fixed vaccination posts were opened in the city and another 3,283 dogs/cats were vaccinated. Community mobilization actions and health education were initiated. The Environmental Surveillance promoted an awareness course for these activists of the animal cause. Training was carried out on urban and wild rabies for Agents of Environmental Health and Control of Endemic Disease. A special team was formed to capture, identify the species, manage the environment, and send samples of bats for examination. In Recife-PE, bats continue to be diagnosed with rabies, but without cases in dogs or cats or humans at the time of this writing. We conclude that wild rabies in an urban environment is a good example of the importance of linking sectors and knowledge into a One Health context to ensure a healthy environment.Objetivou-se descrever ações das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental da Prefeitura do Recife, mediante caso de raiva humana. A metodologia empregada foi a descrição das intervenções baseadas em roteiro do Ministério da Saúde. Em 26/06/2017, foi notificado caso suspeito de raiva em mulher de 35 anos, ativista da causa animal, agredida por gato de rua, não vacinado em 26/04/2017. A pesquisa em saliva e folículo piloso confirmou a infecção pelo vírus rábico em 30/06/2017 e a paciente evoluiu para óbito. Foi identificada a variante antigênica AgV3, espécie-específica para morcegos hematófagos (Desmodus rotundus). Quatro pessoas contactantes foram identificadas e encaminhadas para avaliação médica. Três delas necessitaram da profilaxia antirrábica. A Vigilância Ambiental visitou 81% dos imóveis na área focal, vacinou 1.182 animais cães/gatos. Outros postos fixos de vacinação foram abertos e 3.283 cães/gatos foram vacinados. Ações de mobilização comunitária e educação em saúde foram iniciadas com o curso de sensibilização para ativistas da causa animal e as capacitações sobre a raiva urbana e silvestre para os Agentes de Saúde Ambiental e Controle às Endemias (ASACE). Uma equipe especial foi formada para captura, identificação de espécies, manejo ambiental e envio de amostras de morcegos para exame. No município do Recife-PE foram diagnosticados morcegos positivos para o vírus da raiva, mas não foram notificados outros casos de raiva em cães, gatos ou humanos. Conclui-se que a raiva silvestre em ambiente urbano necessita das articulações de setores e saberes no contexto de Saúde Única, bem como, a implementação de políticas públicas para garantir um ambiente saudável

    Síndrome de Chiari e Hidrossiringomielia com comprometimento neurológico: um relato de caso

    Get PDF
    A Malformação de Chiari (MC) pertence a um amplo grupo de raras deformidades estruturais da junção craniocerebelomedular. O tipo I da doença caracteriza-se pela herniação tonsilar ou amigdaliana cerebelar devido à anomalia da base do crânio e da parte superior da coluna cervical, além de a porção medial do lobo inferior do cerebelo pelo canal cervical também se protuberar através do forame magno, impedindo que o líquor flua normalmente através do canal. A real prevalência da doença é desconhecida, pois muitos pacientes com herniação cerebelar são assintomáticos e o problema agrava-se na fase adulta, com queixas de cefaleia intensa e, por vezes, parestesia. O objetivo deste estudo é relatar um caso de síndrome de Chiari (SC) em uma paciente de 53 anos, ao abordar sua apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Paciente do sexo feminino, 53 anos, foi admitida em um hospital da rede pública de referência se queixando de cefaleia occipital intensa e cervicalgia com irradiação da dor para os membros superiores, acompanhada de parestesia nos quatro segmentos. Relatou já sentir dor há 2 anos, mas apresentou piora do quadro clínico há 8 meses. Foi, também, observada incontinência urinária devido à dissinergia detrusora-esfincteriana por provável bexiga neurogênica. Foi, então, realizado exame de imagem de ressonância magnética (RNM) do crânio e da coluna cervical, com obtenção de sequências ponderadas em T1, T2 e STIR, nos planos sagital e transverso com contraste, o qual evidenciou leve alargamento medular, além de sinais de hidrossiringomielia difusa, com hipossinal na sequência T2 intramedular na altura de D1-D2 (coluna dorsal). Foi notada discreta herniação das tonsilas cerebelares junta ao forame magno, típica da SC, sendo, por fim, confirmado o diagnóstico. A paciente, no entanto, não apresentava hidrocefalia, mesmo com a interrupção do fluxo do líquido cefalorraquidiano (LCR) para o canal vertebral. Ela encaixou- se nos parâmetros de indicação cirúrgica, sendo realizada craniotomia occipital, com acesso ao plexo coroide do quarto ventrículo do tronco encefálico com o intuito de elevar as tonsilas cerebelares baixas, herniadas no canal espinhal cervical e bloqueando o fluxo do LCR. Após a descompressão craniocervical, o curso do líquor foi restaurado e a paciente foi, por fim, encaminhada à sala de recuperação pós-operatória. A SC é uma rara doença que apresenta quadro clínico e alterações radiológicas complexas e extensas e, por vezes, o diagnóstico é retardado devido à inespecificidade dos sintomas confundidos com cervicalgias e cefaleias comuns. A hipótese diagnóstica deve ser embasada nas queixas do paciente, na anamnese minuciosa, exame clínico e nos exames de imagens, sendo a prevalência desta patologia de difícil definição e com faixas etárias distintas

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

    Get PDF
    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

    Get PDF

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

    Get PDF
    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

    ATLANTIC EPIPHYTES: a data set of vascular and non-vascular epiphyte plants and lichens from the Atlantic Forest

    Get PDF
    Epiphytes are hyper-diverse and one of the frequently undervalued life forms in plant surveys and biodiversity inventories. Epiphytes of the Atlantic Forest, one of the most endangered ecosystems in the world, have high endemism and radiated recently in the Pliocene. We aimed to (1) compile an extensive Atlantic Forest data set on vascular, non-vascular plants (including hemiepiphytes), and lichen epiphyte species occurrence and abundance; (2) describe the epiphyte distribution in the Atlantic Forest, in order to indicate future sampling efforts. Our work presents the first epiphyte data set with information on abundance and occurrence of epiphyte phorophyte species. All data compiled here come from three main sources provided by the authors: published sources (comprising peer-reviewed articles, books, and theses), unpublished data, and herbarium data. We compiled a data set composed of 2,095 species, from 89,270 holo/hemiepiphyte records, in the Atlantic Forest of Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay, recorded from 1824 to early 2018. Most of the records were from qualitative data (occurrence only, 88%), well distributed throughout the Atlantic Forest. For quantitative records, the most common sampling method was individual trees (71%), followed by plot sampling (19%), and transect sampling (10%). Angiosperms (81%) were the most frequently registered group, and Bromeliaceae and Orchidaceae were the families with the greatest number of records (27,272 and 21,945, respectively). Ferns and Lycophytes presented fewer records than Angiosperms, and Polypodiaceae were the most recorded family, and more concentrated in the Southern and Southeastern regions. Data on non-vascular plants and lichens were scarce, with a few disjunct records concentrated in the Northeastern region of the Atlantic Forest. For all non-vascular plant records, Lejeuneaceae, a family of liverworts, was the most recorded family. We hope that our effort to organize scattered epiphyte data help advance the knowledge of epiphyte ecology, as well as our understanding of macroecological and biogeographical patterns in the Atlantic Forest. No copyright restrictions are associated with the data set. Please cite this Ecology Data Paper if the data are used in publication and teaching events. © 2019 The Authors. Ecology © 2019 The Ecological Society of Americ

    Identificação das espécies de morcegos, áreas de risco de transmissão da raiva silvestre e ações de educação em saúde em Recife, Pernambuco, Brasil: 2018 a 2020

    Get PDF
    A raiva é uma virose zoonótica caracterizada por uma encefalite progressiva aguda e letalidade de aproximadamente 100%. Ocorre em mais de 150 países e territórios, causando mais de 60 mil mortes ao ano. A maior quantidade de mortes em humanos ocorre na Ásia e na África em áreas rurais em cerca de 95%. A transmissão geralmente ocorre pela mordida ou arranhadura profunda de um mamífero infectado, sendo os cães nesses continentes ainda responsáveis por até 99% dos casos humanos. Nas Américas a transmissão por morcegos vem aumentando, enquanto por cães vem diminuindo. Objetivou-se identificar as espécies de morcegos capturados, verificar as áreas de risco de transmissibilidade da raiva silvestre e realizar ações de Educação Permanente em Saúde em Recife, Pernambuco, Brasil, no período de 2018 a 2021. Para a escolha dos locais de captura dos morcegos, elaborou-se um desenho amostral utilizando variáveis socioambientais dos domicílios dos setores censitários, que resultou em nove grupos urbanísticos e 18 pontos de coletas. As capturas foram realizadas com redes de neblina, no período de 2018 a 2020. Dos 208 morcegos capturados, foram identificados 17 espécies, 14 gêneros, quatro famílias e sete tipos de dietas, predominando frugívoras. Foram elaborados dois mapas de calor com o software Qgis (2021) com o georreferenciamento dos endereços dos morcegos com raiva, no período de 2018 a 2021, pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia - LACEN/BA, e outro com endereços de criatórios urbanos ou colônias de animais (animais de interesse econômico, cães e gatos) oriundos das inspeções zoosanitárias da Gerência de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses (GEVACZ) da Prefeitura do Recife. Os mapas de calor indicaram três bairros com maiores chances de aparecimento de morcegos com raiva e áreas quentes em quatro bairros para presença de criatórios. Com relação as atividades de Educação em Saúde, foram capacitados sete profissionais, que participaram ativamente da captura de 199 morcegos, bem como, identificação de nove morcegos recebidos pela GEVACZ. No total, foram ministrados quatro cursos com a participação de aproximadamente 1.000 pessoas. Por fim, elaborou-se uma proposta de roteiro para vigilância da raiva silvestre em áreas urbanas e foi descrito um Relato de Caso das ações da GEVACZ no caso de raiva humana em 2017. Estes resultados são úteis na implementação de políticas públicas auxiliando o direcionamento das ações de vigilância, prevenção e controle da raiva em Recife, Pernambuco, na perspectiva da Saúde Única.Rabies is a zoonotic virus characterized by an acute progressive encephalitis and lethality of approximately 100%. It occurs in more than 150 countries and territories, causing more than 60.000 deaths a year. The largest number of human deaths (95%) occurs in the rural areas of Asia and Africa. Transmission usually occurs through the bite or deep scratch of an infected mammal, being dogs on these continents still responsible for up to 99% of human cases. In the Americas, transmission by bats has been increasing, while that by dogs has been decreasing. The objective was to identify the species of captured bats, verify the areas at risk of transmission of wild rabies and carry out Permanent Health Education actions in Recife, Pernambuco, Brazil, from 2018 to 2021. The bat capture sites were selected after drawing up a sample design using socio-environmental variables of the households in the census tracts, which resulted in nine urban groups and 18 collection points. The captures were carried out with mist nets, from 2018 to 2021. Of the 208 bats captured, 17 species, 14 genera, four families and seven types of diets were identified, predominantly frugivorous. Two kernel density maps were made with QGISs software (2021), with the georeferencing of the addresses of the rabid bats, from 2018 to 2021, by the Central Laboratory of Public Health of Bahia, and another with addresses of urban breeding sites or colonies of animals (animals of economic interest, dogs, and cats), coming from the zoo sanitary inspections of the Environmental Surveillance and Zoonosis Control Management of the Recife City Hall. The heat maps indicated three neighborhoods with 40% more chances of the appearance of rabid bats and hot areas in four neighborhoods for the presence of breeding farms. Regarding Health Education activities, seven professionals were trained, who actively participated in the capture of 199 bats, as well as the identification of nine bats received by Environmental Surveillance and Zoonosis Control Management of the Recife City. In total, four courses were given with the participation of approximately 1.000 participants. Finally, a proposal for a roadmap for the surveillance of wild rabies in urban areas was prepared and a Case Report of the investigation and intervention actions of the Animal Rabies Surveillance of Recife in the case of human rabies in 2017 was described. These results are useful in the implementation of public policies helping to direct surveillance, prevention, and control of rabies in Recife, Pernambuco, from the perspective of One Health
    corecore