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    Queixas musculoesqueléticas em uma Unidade Básica de Saúde: implicações para o planejamento das ações em saúde e fisioterapia

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    OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de queixas musculoesqueléticas em adultos em uma Unidade Básica de Saúde. MÉTODO: Foram avaliados os usuários atendidos na recepção espontânea no período de março de 2010 a maio de 2011. Ao todo, foram estudados 1.023 indivíduos. A caracterização das queixas foi realizada por meio de questionário com dados sociodemográficos e motivo da procura por atendimento. RESULTADOS: Os dados mostraram que a maioria dos usuários pertence ao sexo feminino (71,2%), está na faixa etária de 31 a 60 anos (50,0%), é solteira (31,6%), aposentada (14,2%) e apresenta queixas em vários sistemas (77,1%). O sistema musculoesquelético é o mais acometido (14,4%), representando o segundo motivo de procura por atendimento (31,0%). Analisando as razões de chance de ocorrência de queixas musculoesqueléticas com relação às variáveis estudadas, verificou-se que pessoas com idade entre 40 e 59 anos apresentaram 3,49 (IC95% 2,17-5,57) vezes mais chances de associação com essas dores do que as demais. Não houve associação entre outros sistemas e variáveis. CONCLUSÃO: A alta prevalência de queixas musculoesqueléticas requer um novo olhar de gestores em saúde para o atendimento destas demandas, pensando em incluir o fisioterapeuta na atenção básica para tratamento de dores de menor complexidade

    Primary healthcare and the construction of thematic health networks: what role can they play?

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    The enhancement of primary healthcare has been a core strategy for the empowerment of the Brazilian Unified Health System (SUS). Recent guidelines issued by OPAS and the Ministry of Health highlight the role it has played as a thematic communication network center, a regulating agent for the access and use of services required for comprehensive healthcare. Sponsored by PPSUS/Fapesp, this study examines the possibilities of the primary healthcare network exercising such a strategic function. Life narratives involving 15 regular users were produced in two cities of ABC Paulista, which have adopted the Family Health Strategy for the organization of their primary healthcare networks. The study presents three main findings: the primary healthcare network serves as an outpost of SUS by producing user values even for high complexity service users; the primary network is perceived is a place for simple care needs; there is shared impotence between users and teams when it comes to the network functioning as the coordinator of care, indicating that it does not possess the technological, operational and organizational material conditions or symbolic conditions (values, meanings, and representations) to be in a central position in the coordination of thematic healthcare networks.O fortalecimento da atenção básica tem sido valorizado como estratégia central para a construção do SUS. Diretrizes recentes emanadas pela OPAS e pelo MS destacam seu papel como centro de comunicação de redes temáticas, como reguladora do acesso e utilização dos serviços necessários para a integralidade do cuidado. O presente estudo, financiado com recursos PPSUS/Fapesp, problematiza as possibilidades da rede básica exercer tal função estratégica. Foram produzidas narrativas de vida de 15 usuários altamente utilizadores de serviços de saúde em dois municípios do ABC paulista, que adotaram a Estratégia de Saúde da Família para organização de suas redes básicas. O estudo apresenta três achados principais: a rede básica funciona como posto avançado do SUS, produzindo valores de uso mesmo para os pacientes utilizadores de serviços de alta complexidade; a rede básica é vista como lugar de coisas simples; há uma impotência compartilhada entre usuários e equipes quando se trata da rede básica funcionar como coordenadora do cuidado, indicando como ela não reúne condições materiais (tecnológicas, operacionais, organizacionais) e simbólicas (valores, significados e representações) de deter a posição central da coordenação das redes temáticas de saúde.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de Medicina PreventivaInstituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Instituto Universitário de Lisboa Faculdade de Ciências Médicas Departamento de Saúde ColetivaUniversidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências Médicas Departamento de Saúde ColetivaUNIFESP, EPM, Depto. de Medicina PreventivaSciEL
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