36 research outputs found

    Between truth and respect – towards an ethics of care in journalism

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    This article seeks to explore the contributions of an ethic of care for journalism. Far from refusing the objectivity paradigm, the ethics of care emphasizes the role of journalism in its engagement with the public sphere and democracy, stressing the social responsibility dimension based on respect for the different stakeholders in the complex process of information: the subject who informs, the public and the information sources; journalism as a professional culture. This perspective can be a response to the contradictions that we find across the normative field of journalism, tightly placed between the paradigm of objectivity, freedom of speech and the market demands. In a communication where the logics of commodification, entertainment and audiences prevail, the ethics of care based on respect can become an alternative response towards a new public contract and journalism’s credibility

    Novas responsabilidades do jornalismo face à liquidificação da profissão: fundamentos normativos, valores, formação

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    O impacte das tecnologias no ecossistema mediático alterou alguns axiomas sobre o papel do jornalismo nas democracias contemporâneas e está a promover a diluição e a banalização da profissão. Essas alterações colocam o jornalismo perante a responsabilidade ética de se refundar, reforçando os seus laços com a democracia num mundo crescentemente global, definindo o núcleo de saberes mínimos e dos percursos formativos exigíveis e adotando modelos organizativos e de representação profissional consonantes com as suas novas responsabilidades sociais

    Entre verdade e respeito – por uma ética do cuidado no jornalismo

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    Este artigo procura explorar os contributos de uma ética do cuidado para o jornalismo. Bem longe de recusar o paradigma da objetividade, a ética do cuidado põe em destaque o papel do jornalismo no seu envolvimento com a esfera pública e com a democracia, sublinhando a dimensão da responsabilidade social assente no respeito para com os diferentes intervenientes no complexo processo da informação: o sujeito que informa; o público e as fontes de informação; o jornalismo enquanto cultura profissional. Esta perspetiva pode ser uma resposta às contradições que atravessam o campo normativo do jornalismo, espartilhado entre o paradigma do respeito da objetividade, da liberdade de expressão e as exigências do mercado. Na era da comunicação, onde pontificam as lógicas da comercialização, das audiências e do entretenimento, a ética do cuidado, fundada no respeito, pode constituir-se como uma resposta alternativa com vista a um novo contrato público e de credibilidade do jornalismo

    Portugal : le poids de l’État sur l’autorégulation

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    This article makes a critical analysis of Portuguese journalists' self-regulatory efforts and offers an analysis of history based on five periods. Particular attention is paid to the period from 1934, when the National Union of Journalists was founded, to nowadays. Research shows that the Portuguese journalists' self-regulation has been imposed or induced by the state. Despite this context, journalists achieved a real regulation of the profession, between the revolution of April 25th, 1974, and the 90s. The end of the Press Council accelerated a crisis in professional autonomy, which revealed to be very fragile, and paved the way for a strong comeback of state regulation in competition with self-regulation of journalists, in the 21st century.Cet article propose une analyse critique de l’autorégulation des journalistes portugais structurée par une lecture historique en cinq périodes. Une attention particulière est accordée à la période allant de 1934, date de la fondation du Syndicat national des Journalistes, jusqu’à nos jours. Cette recherche montre que l’autorégulation des journalistes portugais a été imposée ou induite par l’État. Malgré ce contexte, les journalistes sont parvenus à instaurer une autorégulation très significative de la profession, en particulier entre la révolution du 25 avril 1974 et les années 1990. La fin du Conseil de Presse, en 1990, a précipité une crise de l’autonomie professionnelle, qui s’est avérée bien fragile, et a ouvert la voie à un retour en force de la régulation étatique en concurrence de l’autorégulation des journalistes au XXIe siècle

    Justiça e Comunicação: diálogo impossível

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    The growing porosity of the boundaries between the justice system and the media should be considered with reference to the demands of the present age. It is difficult for contemporary societies to deal with a justice system that is closed in upon itself and oriented by a strict rationality. They demand more scrutiny of judicial decisions, clearer and more transparent discursive practices, and more accountability to the public and the media. However, these societies do not have any structure for mediating social reality and the formation of communicative opinion, which means that the communicational exchanges that take place in the various fields of collective life are amplified by being managed within a broad public area and used to construct a multiplicity of relations.ALT_QUEBRA_LINHADespite the areas of tension involved, the justice system and the media are, we believe, in a position to foster a better understanding, not only on a normative level, given the public responsibilities accruing to both institutions in contemporary democracies, but also empirically, as this book attempts to show. In fact, by stimulating reflection about the boundaries that join and separate the different levels of formal public deliberation, as represented by the courts, and the informal level represented by the media, this collection of texts manages to redeem the traditional theorization in this domain from a revived scepticism

    The legal construction of the concept of journalist (1910-1999)

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    DOI Livro 10.34619/xpg1.jl58Este capítulo centra-se no modo como se construiu e como evoluiu o conceito de jornalista em termos jurídicos. A partir de uma análise inicial de 82 documentos, o estudo de base desta abordagem incide em particular sobre os textos legais que definem e regulamentam a atividade dos jornalistas. Deste exame resulta a ideia de que esta profissão se constituiu no quadro de uma luta de afirmação socioprofissional dos jornalistas e de tensões institucionais e políticas com as empresas de media e com os governos, em particular durante o Estado Novo. Num recorte temporal de quase um século, destacam-se as diferentes abordagens legislativas promovidas em ditadura e em democracia, as primeiras mais centradas na regulação estrita das categorias profissionais e as segundas já orientadas para a especificidade da atividade socioprofissional.This chapter focuses on how the concept of journalist was constructed and evolved in legal terms. Starting from an initial analysis of 82 documents, the baseline study of this approach focuses on the legal texts that define and regulate the journalists’ activity. This examination suggests that this profession was established within the framework of a struggle for the socio-professional affirmation of journalists and institutional and political tensions with media companies and the government, particularly during the ‘Estado Novo’. In a time frame of almost a century, the different legislative approaches promoted in dictatorship and democracy stand out, the first more focused on the strict regulation of professional categories and the second oriented towards the specificity of socio-professional activity

    50 anos de estudos sobre o agendamento – Caminhos de uma teoria dos media

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    Com o presente número da revista Mediapolis pretendemos marcar os 50 anos decorridos sobre o seminal estudo de Chapel Hill, que deu origem a uma das áreas mais consistentes de estudos das Ciências da Comunicação, realizados sobre os media: a teoria do agenda setting ou do agendamento. O início desta história teve origem quando Maxwel McCombs e Donald Shaw, então dois jovens investigadores, decidiram analisar como, a propósito das eleições presidenciais norte- americanas de 1968, que opuseram Hubert Humphrey e Richard Nixon, os media poderiam, de algum modo, influenciar a opinião pública. Para o efeito, realizaram um estudo tendo por base 100 eleitores indecisos, residentes em Chapel Hill, na Carolina do Norte, acabando por encontrar um coeficiente muito forte de correlação entre a agenda mediática e a agenda dos eleitores. A agenda setting, numa fase inicial, começou por afirmar que pessoas acabam por conhecer determinados assuntos pelo efeito da seleção realizada pelos media que, deste modo, transforma temas, pessoas e acontecimentos em matéria privilegiada do debate público, marcando um paralelismo entre a agenda dos media e a agenda da opinião pública.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Estudo sobre os Efeitos do Estado de Emergência no Jornalismo no Contexto da Pandemia Covid-19. Relatório

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    A análise às respostas ao inquérito, realizado entre os dias 22 de maio e 8 de junho de 2020, a 890 profissionais detentores de um título de jornalista ou de equiparado, inscritos na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), dá-nos a imagem geral de que o jornalismo também viveu tempos de confinamento, na sequência das seis semanas em que decorreu a Declaração de Estado de Emergência (DEE), em Portugal. O domicílio dos jornalistas substituiu as redações, o número dos profissionais que deixaram de fazer reportagem aumentou, uma percentagem significativa enfrentou as consequências do lay-off e viu os seus rendimentos ou os do seu agregado familiar baixarem. As tendências de precarização da profissão e a crise dos média agudizaram-se. Estes são alguns dos resultados do Estudo sobre os Efeitos da Declaração do Estado de Emergência no Jornalismo no Contexto da Pandemia Covid-19, uma iniciativa realizada em parceria por investigadores do Centro de Administração de Políticas Públicas e do Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho e do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, da Universidade de Coimbra, com o apoio da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), do Sindicato de Jornalistas (SJ) e da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom).info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    [Review] Ash, G. T. (2017). Liberdade de Expressão – Dez princípios para um mundo interligado

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    https://doi.org/10.14195/2183-6019_6_7</jats:p
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