35 research outputs found

    The spaces/times of the research on teachers

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    The article analyzes how the issue of the teacher appears in the Brazilian scientific literature. It is based on the discourse found at the Brazilian Society for the Progress of Science (SBPC) Meetings, a society that congregates scientists from all areas of knowledge, and is representative of the scientific production of teachers and graduate students from various Brazilian regions and institutions. The work makes use of a historical-documental approach; its sources of information are the abstracts published in the Society's Annals of 2001 and from the 1980s. Results show: a. an extraordinary increase in the number of papers on the teacher, and the continuing evidence of their institutional (public university) and regional (Southeastern) origin; b. a change of emphasis in the themes, from the education of higher education teachers to the pedagogical practice that takes place in the Elementary School everyday life; c. a change in the methodological approach, from the exploratory-descriptive studies to the critical research-action concerned with the intervention in the Elementary School everyday life. The article asserts the negation of the spaces/times of the scientific production on the teacher, because spaces/times are actions of historical agents, exhibiting exchanges and collective sharing, and not the determination of the "proper place" of the researcher and/or of "stamped authorship". The discourses presented seemed, each one of them, to occupy their isolated "proper place", preventing their understanding as the whole of the work on the issue of the teacher, failing to reveal the fabric of a collective theme with its genesis in the spaces/times of the academy in its relationship with the social and educational reality of Brazil.Analisa como a questão do professor se apresenta na produção científica brasileira. Toma como base o discurso apresentado na SBPC, por, entre outros fatores, ser originário de entidade que congrega cientistas de todas as áreas de conhecimento e ser representativo da produção docente e discente de graduação e pós-graduação das várias regiões e instituições do país. Usa como metodologia a abordagem histórico-documental. Utiliza como fontes os resumos publicados nos anais de 2001 e da década de 1980. Os resultados evidenciam: 1) um aumento extraordinário do número de trabalhos sobre o professor, a permanência da origem institucional (universidade pública) e territorial (Sudeste); 2) alteração do predomínio do enfoque temático, da formação do professor, em nível superior e médio, para a prática pedagógica exercida no cotidiano escolar do ensino fundamental; 3) alteração no enfoque metodológico, passando dos estudos exploratório-descritivos para a pesquisa-ação crítica voltada para a intervenção no cotidiano escolar do ensino fundamental. Conclui pela negação dos espaços/tempos da produção científica sobre o professor, visto que os espaços/tempos são ações de sujeitos históricos, que exibem operações de troca, intercâmbios, compartilhamentos coletivos e não a determinação do "lugar próprio" do pesquisador e/ou da "autoria marcada". Os discursos expressos pareceram, cada um, ocupar um "lugar próprio" e isolado, não permitindo a sua acepção como conjunto da obra sobre a questão do professor, não se vislumbrando uma tessitura temática coletiva, com gênese nos espaços/tempos da academia em sua relação com a realidade educacional e social do Brasil

    INVENTANDO TEMPOS OUTROS COM BERGSON E DELEUZE EM COLETIVOS ESCOLARES: A POTÊNCIA DA IMAGEM-MOVIMENTO E DA IMAGEM-TEMPO NAS PRODUÇÕES CURRICULARES

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    O artigo objetiva, a partir de problematizações estabelecidas em redes de conversações no encontro entre professores e imagens fílmicas, discutir os conceitos de tempo vivido, afetivo, e percebido. Tomando como intercessores teóricos Bergson e Deleuze, aposta no uso de imagens fílmicas (imagem-movimento e imagem-tempo) como disparadora de modos mais potentes de viver as tramas do tempo no cotidiano escolar e, nesse sentido,  enfoca a imagem como máquina de pensar

    Potência das redes de conversações no cotidiano escolar: entre formas, forças e modos de constituição

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    O texto promove uma reflexão acerca dos processos curriculares desenvolvidos nos cotidianos de escolas, nasredes de conhecimentos e significados que seus praticantes, em suas conversações e ações, formam com osoutros tantos cotidianos que os atravessam em zonas interpenetradas, dentre as quais as políticas curricularesoficiais e/ou documentadas. O grupo/sujeito da pesquisa é constituído por alunos/alunas, professores/professoras, enfim, pelos atores sociais que integram o cotidiano de uma escola de Ensino Fundamental,situada na periferia do Sistema Municipal de Ensino de Vitória/ES, assim como por educadores que integram aequipe pedagógica responsável pela política curricular municipal. O enfoque metodológico está voltado paraos múltiplos contextos cotidianos e para a formação de comunidades compartilhadas em que vivenciamos aspráticas discursivas político-pedagógicas. A pesquisa se dá na intercessão entre procedimentos dos estudoscom o cotidiano e pesquisa cartográfica, buscando uma aproximação da materialidade constitutiva dasrelações entre os documentos/concepções e a vivência da lógica das redes de conhecimentos, linguagens,afetos/afecções que se enredam no cotidiano escolar, reconhecendo e defendendo a natureza eminentementemicropolítica e conversacional do trabalho em educação, em seus diferentes contextos e em seus efeitos sobrea produção do currículo escolar

    Currículos E Signos Artísticos Em Torno De Uma Educação Contracultural

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    The article argues about how curricula that use art with their sensitive signs can enable a movement of thought around a countercultural education that affirms life in counterpoint to capitalist processes. It dialogues, with post-fundamentalist theoretical intercessors, the concepts of cultures, curricula, teachings, images of artistic signs in their relationship with the formation of a people to come. Methodologically it is a training research carried out with teachers of a municipal school network, virtually via Google Meet, in the year 2021.Objective, therefore, to think about the strength of artistic signs in cultural and curricular inventions and compositions. It exemplifies, in the results, some destabilizing that teachers, in encounters with the signs of the arts, excavate, open fissures in dogmatic thinking – thought as representation —, opening gaps for the passage of a nomadic, inventive thought, the one that escapes, that experiences and creates possibilities for the passage of flows of forces, in order to expand processes of differentiation and thus invent new images for the curricula, for cultures and schools with the force of difference.El artículo argumenta cómo los currículos que utilizan los signos sensibles del arte pueden permitir un movimiento de pensamiento en torno de una educación contracultural que afirma la vida como contrapunto de los procesos de sujeción capitalista. Dialoga, con intercesores teóricos postfundamentalistas, los conceptos de culturas, currículos, enseñanzas, imágenes de signos artísticos en su relación con la formación de un pueblo por venir. Metodológicamente se trata de una investigación formativa realizada con profesores de una red de escuelas municipales, de forma virtual a través de Google Meet, en el anõ 2021. Objetiva, por tanto, de pensar la fuerza de los signos artísticos en invenciones y composiciones culturales e curriculares. Ejemplifica algunos factores desestabilizadores que los profesores, en encuentros con los signos de las artes, excavan, abren fisuras en el pensamiento dogmático ¬el pensamiento como representación-, abriendo brechas para el paso de un pensamiento nómada,  escapa, que experimenta y crea aberturas para pasar los flujo de imágenes y fuerzas conversacionales con el fin de expandir los procesos de diferenciación y así inventar nuevas imágenes para los currículos, las culturas y las escuelas con la fuerza de la diferencia.O artigo argumenta sobre o modo como os currículos que utilizam a arte com seus signos sensíveis podem possibilitar um movimento do pensamento em torno de uma educação contracultural que, afirma a vida em contraponto aos processos de sujeição capitalistas. Dialoga, com intercessores teóricos pós-fundamentalistas, acerca das conceituações de culturas, de currículos, de docências, das imagens de signos artísticos em sua relação com a formação de um povo por vir. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa-formação realizada com professoras de uma rede municipal de ensino, de modo virtual via Google Meet, no ano de 2021.Objetiva, portanto, pensar a força dos signos artísticos nas invenções e composições culturais e curriculares. Exemplifica, nos resultados, alguns desestabilizadores   que professoras, nos encontros com os signos das artes, escavam, abrem fissuras no pensamento dogmático — pensamento como representação —, abrindo frestas para a passagem de um pensamento nômade que escapa, que experimenta e cria aberturas para passagem dos fluxos de forças imagéticas e conversacionais de modo a expandir processos de diferenciação e assim inventar novas imagens para as escolas, para as culturas e para os currículos com a força da diferença

    As crianças e suas fabulações

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    This article discusses children’s play as non-standard processes, since, in creative movements, they create both toys and unusual games in early childhood education centers. Thus, it problematizes the ways in which children update the plan of virtuality, opening up to other worlds to be inhabited. The study eses cartographic research as a methodological strategy, following processes that occur in school in everyday life. It argues that fabulation involves artistry and encounters between bodies, shifting the ordinary way of thinking to the extraordinary. It is concluded that children, when involved in fabulations, stimulate other ways of existing and (re)existing in life by their inventive force.Neste artigo, discute-se a brincadeira das crianças como processos não padronizáveis, visto que, em movimentos criativos, inventam tanto brinquedos como brincadeiras inusitadas nos centros de educação infantil. Problematiza-se, assim, os modos pelos quais as crianças atualizam o plano da virtualidade, abrindo-se para outros mundos a serem habitados. Como estratégia metodológica, adota-se a pesquisa cartográfica, acompanhando processos ocorridos no cotidiano escolar. Ao longo desta investigação, argumenta-se que o fabular envolve ‘artistagens’ e encontros entre corpos, deslocando o pensamento ordinário para o extraordinário. Conclui-se que as crianças, ao fabularem, estimulam outros modos de existir e (re)existir na vida devido a sua força inventiva

    Docências em narrações cristalinas transversalizando como sujeitos do conhecimento: o homem, a natureza e a tecnologia

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    Objetiva destacar a docência em narrações cristalinas e fabulatórias que interligam como sujeitos do conhecimento o homem, a natureza e a tecnologia e, para tanto, aborda o movimento do pensamento na rede de conversação produzidas em processos de formação continuada com professoras do Ensino Fundamental de um sistema público municipal. Apresenta um campo problemático que se dedica a compreender que movimentos do pensamento são produzidos a partir das narrativas estabelecidas em rede de conversação. Utiliza, para a produção de dados, a observação participante e os registros em diário de campo das narrativas cristalinas e fabulatórias que emergiram na rede de conversação com as personagens-escolas (docentes), que se configuram como imagens-narrativas de pesquisa como imagem-cristal e imagem-fábula. No decorrer da pesquisa, a questão central assume duas dimensões interligadas: por um lado a relação entre imagem-cristal e imagem-fábula potencializando o movimento do pensamento dos docentes; por outro, a relação homem, natureza e tecnologia entendidos como sujeitos do conhecimento. As personagens-escolas, em suas narrativas, visualizam os possíveis na docência para contribuir com uma vida e/ou a constituição de mundos não “antropocenos”, onde os sujeitos do conhecimento são o homem, a natureza e a tecnologia

    NA PRODUÇÃO DA EXISTÊNCIA À NECESSÁRIA COMPOSIÇÃO ENTRE CURRÍCULOS E TECNOLOGIAS

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    O presente artigo problematiza as relações de forças heterogêneas que atravessam o cotidiano escolar, considerando-o como um campo macro e micropolítico. Aposta na produção de uma existência múltipla tecida entre formas, forças e fluxos que modelam e/ou criam os espaços-tempos escolares. Para tanto, busca estabelecer, de modo remoto, no período pandêmico, no ano de 2021, encontros formativos com professores de escolas públicas do município de Serra, Espírito Santo, na tentativa de potencializar currículos e aprendizagens menos compartimentalizados no encontro com os signos artísticos. Assim, em redes de conversações com professores, questiona a educação dogmática baseada na reprodução do pensamento em prol da prática de uma educação inventiva que se desloca a pensar outros possíveis com a arte e com a tecnologia. Discute a relação tecnologia e sociedade, bem como as investidas constantes do capitalismo de se apropriar dos corpos na produção de subjetividades homogêneas. Por fim, afirma uma educação que não se aprisiona diante da sujeição maquínica dos corpos, mas que se tece enquanto resistência e criação

    Entre o azul e o sol, as narrativas cristalinas e fabulatórias nos processos de pesquisa: do si às multiplicidades

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    Enfoca, este artigo, a escrita de si (Foucault, 1992) em sua relação com a análise de implicação (Lourau, 2004) com o outro, em uma perspectiva de pesquisa narrativa que visa a superação do regime orgânico, sensório-motor, em direção a narrativas cristalinas e fabulatórias. Apresenta exemplos de diários de campo ilustrativos de escritas de si para chegar ao encontro dos outros em universos interconectados, ou seja, escritas de si potencializando análises no plano coletivo da pesquisa. Argumenta que os signos da arte, como via de acesso a movimento do pensamento até então desconhecidos, auxiliam pesquisadores e pesquisados implicados a desenvolver narrativas cristalinas-fabulatórias e compartilhar experiências. Conclui apontando que, se a cultura e a arte exercem seus sentidos quando criam, que seja então um encontro com a pesquisa sem corpo-ensinante, um encontro de trocas e de aprendizagens, uma pesquisa como um grande e afirmativo pensar-agir-criar coletivo na escola pública

    Entre Culturas, Pesquisas, Currículos e Cotidianos: uma conversa com José Machado Pais

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    Aborda a sociologia da vida cotidiana, nas dimensões epistemológica e metodológica, como abordagem para a compreensão das atividades das culturas juvenis, das práticas curriculares escolares e dos processos de aprendizagem e criatividade no ensino e na pesquisa. Pontua como princípio orientador para o currículo escolar, a aprendizagem e o desenvolvimento da interconectividade entre escola e sociedade e, nesse sentido, argumenta sobre a abundância de informação e o caráter fragmentário do conhecimento no mundo contemporâneo. Afirma consoante a perspectiva da sociologia da vida cotidiana, a necessidade de verter conhecimentos cotidianos em processos de observação, experimentação e criatividade e focar, como meta educativa, o desenvolvimento de um saber que faça desse caráter fragmentário um princípio e um método, reunindo condições para que estudantes conectem o desconectado, potencializando experiências afetivas e político-sociais
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