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    Migração e mobilidade espacial em uma rede multilocal: o caso dos Pataxó na RMBH:

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    Indigenous migrations have received increasing attention from scholars from different countries, both because of their intensification and because of the interpretive challenges brought by the phenomenon. This article investigates the migration and spatial mobility of a group of Pataxó indigenous people who live between the Metropolitan Region of Belo Horizonte and the south of the State of Bahia. The analyzes were carried out based on a qualitative research methodology, based on interviews with the migrants. The theoretical framework used in the text highlights the transformations that the migratory phenomenon has been going through, with the creation of hybrid spaces and multi-local territorial networks of survival. These aspects are observed among different types of migrants, including indigenous people from several Latin American countries. The results of the present analysis are in line with these studies, as they describe the process by which the Pataxó articulate different points of the territory in a multilocal network, created through a process of migration and spatial mobility that has strong connections between these places. The study also highlights the dynamic elements of spatial displacements, which guarantee their perpetuation over time.Las migraciones indígenas han recibido una atención creciente por parte de académicos de diferentes países, tanto por su intensificación como por los desafíos interpretativos que trae consigo el fenómeno. Este artículo investiga la migración y la movilidad espacial de un grupo de indígenas Pataxó que viven entre la Región Metropolitana de Belo Horizonte y el sur del Estado de Bahía. Los análisis se realizaron con base en una metodología de investigación cualitativa, a partir de entrevistas con los migrantes. El marco teórico utilizado en el texto destaca las transformaciones que ha venido atravesando el fenómeno migratorio, con la creación de espacios híbridos y redes territoriales multilocales de sobrevivencia. Estos aspectos se observan entre diferentes tipos de migrantes, incluidos los indígenas de varios países de América Latina. Los resultados del presente análisis están en línea con estos estudios, ya que describen el proceso por el cual los Pataxó articulan diferentes puntos del territorio en una red multilocal, creada a través de un proceso de migración y movilidad espacial que tiene fuertes conexiones entre estos lugares. El estudio también destaca los elementos dinámicos de los desplazamientos espaciales, que garantizan su perpetuación en el tiempo.  As migrações dos indígenas têm recebido atenção crescente de estudiosos de diversos países, tanto por sua intensificação quanto pelos desafios interpretativos trazidos pelo fenômeno. O presente artigo investiga a migração e a mobilidade espacial de um grupo de indígenas Pataxó que vive entre a Região Metropolitana de Belo Horizonte e o sul do Estado da Bahia. As análises foram realizadas com base em uma metodologia qualitativa de pesquisa, a partir de entrevistas feitas com os migrantes. O referencial teórico utilizado no texto destaca as transformações por que vem passando o fenômeno migratório, com  criação de espaços híbridos e redes territoriais multilocais de sobrevivência. Esses aspectos são observados entre diversos tipos de migrantes, incluindo indígenas de vários países latinoamericanos.  Os resultados da presente análise alinham-se com esses estudos, ao descreverem o processo pelo qual os Pataxó articulam pontos do território em uma rede multilocal, criada através de um processo de migração e mobilidade espacial que cria conexões entre esses locais. O estudo também especifica os elementos dinamizadores dos deslocamentos espaciais que garantem sua perpetuação ao longo do tempo

    A URBANIZAÇÃO DOS INDÍGENAS À LUZ DA TEORIA URBANA CRÍTICA: INTERPRETAÇÕES A PARTIR DOS PATAXÓ NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (MINAS GERAIS, BRASIL)

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    A presença de indígenas nas cidades tem crescido em todas as regiões do Brasil. Esse fenômeno apresenta uma série de desafios para esses indivíduos, que enfrentam dificuldades para encontrar moradia, acessar serviços básicos e inserirem-se nos mercados de trabalho locais, além de viverem situações de discriminação, violência e privação. Apesar de crescente, a relação entre indígenas e ambientes urbanos ainda passa ao largo dos estudiosos da realidade urbana do país. Acreditamos que os arcabouços analíticos desenvolvidos nas últimas décadas por estudiosos da questão urbana podem contribuir significativamente para uma melhor compreensão do modo como os indígenas ocupam e interagem com os ambientes urbanos. Destacam-se, nesse sentido, as elaborações teórico-metodológicas surgidas no campo da teoria crítica urbana. O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa colaborativa realizada com um grupo de indígenas Pataxó que vivem entre as aldeias da Bahia e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, analisando-a à luz da teoria crítica urbana. As evidências mostram o alcance explicativo dessa abordagem e sua adequação para o entendimento do caso em questão

    Pesos e medidas em estudos de gênero: os desafios para a mensuração de mudanças sociais

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    A dimensão espacial das redes migratórias

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    Migration scholars have highlighted the crucial role that social networks play in migration flows. The fact that individuals live in specific locations, both before and after the migration, makes their movements set up a network of places, called migration spaces. The objective of this paper is to discuss the spatialization process of migration networks. By relying on personal contacts, networks are configured for a kind of proximity. The flow of information and the recruitment of individuals belonging to the migratory network shape the borders of these networks, due to the internal nature of the diffusion processes. Thus, the multidimensional nature of migration networks includes socio-cultural and spatial processes. All these aspects are articulated in different levels, acting as agents of a continuous spatial creation.Os estudiosos da migração têm destacado o papel preponderante que as redes sociais exercem sobre os movimentos migratórios. O fato dos indivíduos residirem em localidades específicas, tanto antes como depois da migração, configura redes de lugares, que formam espaços de migração. O objetivo deste trabalho é discutir o processo de espacialização das redes migratórias. Por basearem-se em contatos pessoais, as redes configuram-se por proximidade. Isso decorre da mecânica dos processos de difusão, que fazem com que a circulação de informações e o recrutamento de migrantes moldem os contornos da rede. Pode-se afirmar que as redes migratórias apresentam um caráter multidimensional ao serem compostas, em uma posição, por relações entre pessoas, famílias ou organizações enquanto, em outra dimensão, localizam-se redes de domicílios, cidades e países. Essas redes articulam-se em escalas diferenciadas atuando como agentes da produção espacial

    Reversão Do Saldo Migratório Internacional Negativo Do Brasil? Evidências Preliminares Com Base Nos Dados Do Censo 2010

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    From country historically receiver of international migrants, over the last decades  Brazil started to lose population to other contries. The analysis of the first data released from Census 2010 suggests that this could be reversing itself. Based on the application of indirect  techniques to data from 2000 and 2010 census, I perceive that Brazil's international net migration was, in the 2000s, with values ​​around zero and may even to have been positive. This can be both a consequence of reduced emigration of individuals residing in the country, as the increase in total number of international immigrants. As the data on migration and census coverage have not been disclosed, the conclusions of this work should be taken in a preliminary way. However, there is evidence that Brazil's participation in the phenomenon of international migration is both a region of attraction as the expulsion of the populationDe país historicamente receptor de imigrantes internacionais, nas últimas décadas do século passado o Brasil passou a perder população para o resto do mundo. A análise dos primeiros dados divulgados do Censo 2010 sugere que esta situação pode estar revertendo-se. A partir da aplicação de técnicas indiretas de estimação aos dados dos censos 2000 e 2010, percebe-se que o saldo migratório internacional do Brasil situou-se, na década de 2000, em valores em torno de zero, podendo inclusive ter sido positivo no período. Isto pode ser consequência tanto da redução da emigração de indivíduos que residiam no País para o exterior, quanto do aumento do total de imigrantes internacionais. Como os dados referentes à migração e à cobertura censitária ainda não foram divulgados, as conclusões desse trabalho devem ser tomadas de forma preliminar. Contudo, há evidências de que a participação do Brasil no fenômeno das migrações internacionais é de uma região tanto de atração como de expulsão de população

    AGRUPAMENTOS DE EMIGRAÇÃO INTERNACIONAL NO BRASIL: O PAPEL DAS REDES SOCIAIS NA FORMAÇÃO DOS ESPAÇOS DE EMIGRAÇÃO

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    De país historicamente receptor de migrantes internacionais, o Brasil passou nas últimas décadas do século passado, a enviar um contingente significativo de população para o resto do mundo. Ao longo do tempo, este processo acarretou no estabelecimento de redes sociais de migração no País. Ao conectarem pessoas, essas redes acabam por conectar lugares e, assim, traduzem-se em redes espaciais de migração. O objetivo deste artigo é identificar as principais regiões de origem dos migrantes internacionais no território brasileiro, através do mapeamento de agrupamentos espaciais de emigração internacional. Fez-se isto utilizando um modelo de análise estatística espacial (Índice de Moran), com base nas informações do Censo Demográfico 2010 do IBGE. Os resultados encontrados mostraram uma elevada concentração espacial de emigrantes no território, inseridos em nove agrupamentos de emigração. Também foi verificada uma elevada concentração em termos de país de destino dos migrantes. Pode-se concluir que existe um padrão espacial de concentração dos municípios de origem dos migrantes internacionais no Brasil, e que este padrão está ligado ao estabelecimento de redes sociais de migraçã

    A força comunitária indígena: reflexões com os Xakriabá no Brasil em tempos de Covid-19

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    The article presents the first year of the pandemic in the Brazilian scenario in dialogue and action with indigenous peoples. The constant deconstruction of public policies and repeated aggressions against minorities in the country are aggravated by the displacements caused by Covid19. In view of this difficult context, we present a reflection on our experience with the Xakriabá indigenous people. We aim to contribute to the understanding of the processes to which we are all submitted in order to seek alliances capable of offering us alternatives and directions to face such a situation.O artigo apresenta um quadro sobre o primeiro ano de pandemia no cenário brasileiro em interlocução e atuação junto aos povos indígenas. A constante desconstrução de políticas públicas e as reiteradas agressões às minorias no país são agravadas pelos deslocamentos provocados pela disseminação da Covid19. Diante deste difícil contexto, apresentamos uma reflexão sobre nossa experiência com o povo indígena Xakriabá. Procuramos contribuir para a compreensão dos processos aos quais estamos todos submetidos para buscar alianças capazes de oferecer alternativas e direções de ação frente a tal quadro

    A URBANIZAÇÃO DOS INDÍGENAS À LUZ DA TEORIA URBANA CRÍTICA: INTERPRETAÇÕES A PARTIR DOS PATAXÓ NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (MINAS GERAIS, BRASIL)

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    A presença de indígenas nas cidades tem crescido em todas as regiões do Brasil. Esse fenômeno apresenta uma série de desafios para esses indivíduos, que enfrentam dificuldades para encontrar moradia, acessar serviços básicos e inserirem-se nos mercados de trabalho locais, além de viverem situações de discriminação, violência e privação. Apesar de crescente, a relação entre indígenas e ambientes urbanos ainda passa ao largo dos estudiosos da realidade urbana do país. Acreditamos que os arcabouços analíticos desenvolvidos nas últimas décadas por estudiosos da questão urbana podem contribuir significativamente para uma melhor compreensão do modo como os indígenas ocupam e interagem com os ambientes urbanos. Destacam-se, nesse sentido, as elaborações teórico-metodológicas surgidas no campo da teoria crítica urbana. O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa colaborativa realizada com um grupo de indígenas Pataxó que vivem entre as aldeias da Bahia e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, analisando-a à luz da teoria crítica urbana. As evidências mostram o alcance explicativo dessa abordagem e sua adequação para o entendimento do caso em questão
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