A URBANIZAÇÃO DOS INDÍGENAS À LUZ DA TEORIA URBANA CRÍTICA: INTERPRETAÇÕES A PARTIR DOS PATAXÓ NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (MINAS GERAIS, BRASIL)

Abstract

A presença de indígenas nas cidades tem crescido em todas as regiões do Brasil. Esse fenômeno apresenta uma série de desafios para esses indivíduos, que enfrentam dificuldades para encontrar moradia, acessar serviços básicos e inserirem-se nos mercados de trabalho locais, além de viverem situações de discriminação, violência e privação. Apesar de crescente, a relação entre indígenas e ambientes urbanos ainda passa ao largo dos estudiosos da realidade urbana do país. Acreditamos que os arcabouços analíticos desenvolvidos nas últimas décadas por estudiosos da questão urbana podem contribuir significativamente para uma melhor compreensão do modo como os indígenas ocupam e interagem com os ambientes urbanos. Destacam-se, nesse sentido, as elaborações teórico-metodológicas surgidas no campo da teoria crítica urbana. O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa colaborativa realizada com um grupo de indígenas Pataxó que vivem entre as aldeias da Bahia e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, analisando-a à luz da teoria crítica urbana. As evidências mostram o alcance explicativo dessa abordagem e sua adequação para o entendimento do caso em questão

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