26 research outputs found

    Lusofonia : políticas língüísticas e questões identitárias

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    A partir do Brasil com suas multiplicidades, podemos sentir, neste início de século XXI, a continuidade da presença de uma efervescência cultural em que americanos, europeus, africanos e asiáticos se misturam ao sentimento de nacionalidade do brasileiro na adoção de uma língua portuguesa, que segue parâmetros impostos por uma política lingüística arrastada desde o quinhentismo e determinante de uma unidade lingüística entre Brasil e Portugal, o que provocou o fortalecimento da língua portuguesa em território brasileiro. Nosso objetivo, neste trabalho, é apresentar resultados de pesquisas realizadas no sentido de comparar o sentimento lusófono no Brasil e em Portugal no que tange às representações escritas em que se observarão aspectos lingüísticoculturais. Em foco, estarão compositores portugueses e brasileiros, representativos da segunda metade do século XX, produtores de letras de músicas que dialogam entre si no que concerne às questões formadoras dos sujeitos lusófonos. Nossa análise fundamenta-se nos princípios e procedimentos da Análise do Discurso.Fundação Calouste GulbenkianFundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT

    Aspectos identitários na titulação do jornal Tais Timor

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    Colónia portuguesa desde o século XVI, Timor-Leste esteve ocupado pelo Japão durante três anos, na época da Segunda Guerra Mundial, e foi invadido pela Indonésia em Dezembro de 1975, num domínio que se arrastou até 1999. Ao longo desses quase vinte e cinco anos, vítimas de dura repressão (como tortura e assassinatos) e explora- ção (trabalho escravo e semi-escravo), cerca de 300 mil timorenses – de uma população de 800 mil habitantes – foram mortos..

    Aspectos da política linguística de Timor-Leste. Desvendando contracorrentes

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    Aborda-se aqui o papel da língua portuguesa como elemento indispensável para recuperar e preservar a identidade histórica, cultural e política dos timorenses, neste momento em que o país se torna independente (Maio de 2002), após vinte e quatro anos de dominação Indonésia (1975-1999) e três anos de Administração Transitória das Nações Unidas. Neste contexto, a língua portuguesa – elevada ao estatuto de língua oficial ao lado da língua nacional (o tétum) – consolida a sua posição de ter sido sempre, ao longo da história de Timor-Leste, uma parceira fiel do tétum. Apontam-se, aqui, os principais raciocínios contracorrentes à decisão parlamentar timorense, tentando entender-lhes as origens, a relevância e a natureza políticas.Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT

    Considerações em torno da relação entre língua e pertença identitária em contexto lusófono

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    A língua constitui-se como uma das dimensões da pertença identitária e, como tal, dependente tanto do conhecimento que dela se tem, quanto do reconhecimento que dela se faz. Assim, os critérios de pertença identitária se dão ora como fatores e expressões, ora como essência e significação: um enunciado como “falo português porque sou português” pode ter dois sentidos, fundamentalmente diferentes e estruturalmente inseparáveis: “minha língua é o produto de minha pertença a um grupo” (um traço de natureza social); “escolhi falar a língua que eu falo para assegurar minha pertença ao grupo” (uma marca significativa de vontade pessoal). Deste modo, se, por um lado, a língua avaliada apenas como sistema objetivamente analisável não caracteriza a pertença ao grupo; por outro, não basta à língua a qualidade de ser manifestação de uma vontade subjetiva de compartilhar um código. Abordar a identidade nacional é, portanto, esbarrar em aspectos multiculturais de uma sociedade. Tratar desse estado multicultural impõe considerar tanto etnias nacionais diversas – como acontece em Moçambique e ocorreu em Timor-Leste, por exemplo – quanto minorias migratórias – como se pode observar em Portugal atualmente ou mesmo com a chegada da Keeping Peace Force em Timor-Leste, a partir de 1999, com a instalação da força humanitária internacional e de uma verdadeira babel – ainda que a língua oficial de trabalho fosse o inglês. Nesta direção, o presente estudo, inserido numa pesquisa maior que versa a respeito das relações entre língua e identidade no âmbito da lusofonia, abordando o conceito de pertença identitária, apresenta o papel da língua portuguesa em realidades nacionais de diferentes regiões do globo e a sua relação com outras línguas locais

    Moçambique e Timor-Leste: onde também se fala o português

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    Comunicação apresentada no grupo de trabalho “Estudos Culturais e do Género” no segundo Congresso Ibérico de Ciências da Comunicação, acolhido pelo III.º Congresso Português da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), realizado por esta associação científica e pelo Conselho de Decanos de Ciências da Comunicação de Espanha, na Universidade da Beira Interior (Covilhã), de 22 a 24 Abril de 2004. Comunicação a ser publicada nas actas.Comumente, o termo “Lusofonia” refere-se ao sistema de comunicação linguístico-cultural da língua portuguesa e das suas variedades. E compreende não só os países que adotam esta língua, seja como língua materna, seja como língua oficial, seja ainda como língua de uso, mas também as muitas comunidades que constituem a “diáspora lusófona”. Abstraindo, no entanto, da sugestão idealista, que podemos associar ao conceito de lusofonia, a questão que nos colocamos é a seguinte: como entender o papel da lusofonia no contexto atual dos distintos espaços onde se fala português? O nosso estudo aponta, preliminarmente, considerações em torno do conceito de lusofonia. Em seguida, recupera dados históricos concernentes ao processo de introdução e desenvolvimento da língua portuguesa em Moçambique e Timor-Leste. Por fim, apresenta aspectos descritivos da situação do português falado atualmente nesses países e das influências recebidas no convívio com as diversas línguas maternas e locais

    "Hello, mister", "Obrigadu barak" e "boa tarde": desafios da expressão lingüística em Timor-Leste

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    From 1975 to 1999, East Timor lived a political period of "destimorization" carried out by the Indonesian dominator. In linguistic terms, it represented the inclusion of a new arrangement marked by the imposition of the Bahasa Indonesia (a variety of Malasian), in order to minimize the use of the national language, Tetum; it also introduced the discrimination of the Portuguese language. In 1999, the United Nations disembarked in the territory with the purpose of maintaining peace and initiating the reconstruction of the country; their officials took the English language with them, the language of work (English had previously been present there due to the proximity of Australia). After the Independence and the constitution of the Democratic Republic of East-Timor, in May 2002, Portuguese undertook an official language status, side-by-side with Tetum; not counting that in addition to this panel, dozens of other local languages went on being spoken there. This brief explanation allows us to outline the multilingualism found in East-Timor: we are greeted with "Hello, mister/miss!" as well as "Bom(n) dia!" (Good morning!); they apologize saying "Perdua" (Perdão), (I am sorry); they smile at us stating "Obrigadu barak" (Thank you); and murmur "Koitadu" (What a pity!) when we have to leave. Introducing different aspects of the present situation of the Portuguese language, its relation with the other languages and the future perspective for its activation in East-Timor is the aim of this presentationNo período compreendido entre 1975 e 1999, o Timor-Leste vivenciou uma política de "destimorização" aplicada pelo dominador indonésio, que, no plano lingüístico, representou a inclusão de uma nova forma, manifestada na imposição da "bahasa indonésia" (variante do malaio), na minimização do uso da língua nacional, o tétum, e na perseguição do português. Em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) chega ao território a fim de garantir a paz e iniciar a reconstrução do território, trazendo consigo o inglês, sua língua de trabalho (e que já se fazia presente devido especialmente à proximidade com a Austrália). Com a independência e a constituição da República Democrática de Timor-Leste, em maio de 2002, a língua portuguesa assume o estatuto de oficial, ao lado da língua tétum. Acrescente-se a esse painel, as outras dezenas de línguas locais ali faladas. Esta breve descrição permite delinear a situação multilingüística que é comum presenciarmos em Timor-Leste: somos saudados com "hello, mister/miss!" e com "bom(n) dia!", pedem-nos "Perdua" (Perdão) , sorriem um "Obrigadu barak" (muito obrigado) e um sentido "Koitadu" (Que pena!) quando temos que partir. Apresentar aspectos da situação atual do português, sua relação com as demais línguas e perspectivas para a sua agilização em Timor-Leste é o que se propõe nesta comunicaçã

    Health-related quality of life in patients with type 1 diabetes mellitus in the different geographical regions of Brazil : data from the Brazilian Type 1 Diabetes Study Group

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    Background: In type 1 diabetes mellitus (T1DM) management, enhancing health-related quality of life (HRQoL) is as important as good metabolic control and prevention of secondary complications. This study aims to evaluate possible regional differences in HRQoL, demographic features and clinical characteristics of patients with T1DM in Brazil, a country of continental proportions, as well as investigate which variables could influence the HRQoL of these individuals and contribute to these regional disparities. Methods: This was a retrospective, cross-sectional, multicenter study performed by the Brazilian Type 1 Diabetes Study Group (BrazDiab1SG), by analyzing EuroQol scores from 3005 participants with T1DM, in 28 public clinics, among all geographical regions of Brazil. Data on demography, economic status, chronic complications, glycemic control and lipid profile were also collected. Results: We have found that the North-Northeast region presents a higher index in the assessment of the overall health status (EQ-VAS) compared to the Southeast (74.6 ± 30 and 70.4 ± 19, respectively; p < 0.05). In addition, North- Northeast presented a lower frequency of self-reported anxiety-depression compared to all regions of the country (North-Northeast: 1.53 ± 0.6; Southeast: 1.65 ± 0.7; South: 1.72 ± 0.7; Midwest: 1.67 ± 0.7; p < 0.05). These findings could not be entirely explained by the HbA1c levels or the other variables examined. Conclusions: Our study points to the existence of additional factors not yet evaluated that could be determinant in the HRQoL of people with T1DM and contribute to these regional disparities

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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    Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Pervasive gaps in Amazonian ecological research

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