18 research outputs found

    Em segredo: a confissão como relação interdiscursiva

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    Abrir a temática do segredo e da confissão é abrir o campo da palavra dita, da oralidade e da voz. Passar do segredo à confidência, olhar a confidência como segredo, é entender como o sujeito se articula com a sua interioridade.A confissão, propiciadora do segredo, vem mostrar como a prática religiosa deu consistência a um “dentro” subjectivo e culpabilizante. A assunção da culpa é individuante.Por outro lado, a confissão revela-se, na escrita auto-bio-gráfica, uma escrita de si. De Agostinho a Derrida, passando por Rousseau, opera-se uma transposição, para o domínio da escrita, de procedimentos presenciais e dialógicos

    Configurações da subjectividade

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    UID/CCI/04667/2016De acordo com o investigadora do ICNOVA, “Culturas do Eu pretende ser um espaço de análise de práticas culturais e dos seus dispositivos. Práticas culturais que tenham por finalidade a construção do lugar de sujeito e do lugar de onde esse sujeito se assume enquanto tal. Falar de sujeito é, desde logo, nomear uma instância discursiva, aquele de quem se fala. Mas, focalizada na 1a pessoa, ela torna-se a instância a partir da qual se fala. Daí que o sujeito enquanto eu deva ser perspectivado nas diferentes formações discursivas nas quais se inscreve. A questão da subjectividade aqui colocada não visa justificar a existência de um sujeito pleno, um sujeito da vontade mas, antes, entender o quanto de aleatoriedade e de contingência perpassa no/pelo sujeito ao longo da sua existência.publishersversionpublishe

    Una mirada semiótica; Madrid, Lengua de Trapo, 2019, de Jorge Lozano e Miguel Martín (coord.)

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    UID/CCI/04667/2016Acaba de sair a público em Espanha, este livro que contém uma série de textos dedicados ao tema do Documento numa perspectiva semiótica e cujos autores são maioritariamente membros do GESC – Grupo de Estudos em Semiótica da Cultura – cujo Presidente é Jorge Lozano. Há a assinalar a participação de autores destacados como Lev Manovich, reputado especialista de cultura digital, Paolo Fabbri, o semiólogo mais marcante da contemporaneidade, e Tarcisio Lancioni, reconhecido especialista da semiótica da imagem e do texto.publishersversionpublishe

    FIGURAS DE LO MISMO Y DE LO OTRO: ENTRE LO SEMIÓTICO Y LO POLÍTICO

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    Abstract: In this presentation, we intend to expose the insoluble contradiction that allow us to define the Self in relation to the Other. The Other is a term that already includes an opposition to the Self. The Other is relational. We intend to analyze, in the various logical positions that the terms Other and Self can take in the semiotic square, the figures corresponding to the Same and the Other and to conceive that there is a political chess that is drawn in these confrontations that the semiotic square establishes. Establishing the border or the boundaries between the Self and the Other this allows us to think about the current geopolitical framework.Resumen: En esta presentación, pretendemos exponer las aporías que nos permiten definir el Mismo en relación con el Otro. El Otro es un término que ya incluye una oposición a Mismo. El Otro es relacional. Se trata de analizar, en las diversas posiciones lógicas que los términos Otro e Mismo pueden tomar en el cuadrado semiótico, las figuras correspondientes al Mismo y al Otro y concebir que hay un ajedrez político que se dibuja en estas confrontaciones que establece el cuadrado semiótico. Establecer el límite o los límites entre el Mismo y el Otro nos permite pensar sobre el marco geopolítico actual.Abstract: In this presentation, we intend to expose the insoluble contradiction that allow us to define the Self in relation to the Other. The Other is a term that already includes an opposition to the Self. The Other is relational. We intend to analyze, in the various logical positions that the terms Other and Self can take in the semiotic square, the figures corresponding to the Same and the Other and to conceive that there is a political chess that is drawn in these confrontations that the semiotic square establishes. Establishing the border or the boundaries between the Self and the Other this allows us to think about the current geopolitical framework

    Algumas considerações prévias sobre a cidade como espaço escritível

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    Amante da Cidade, é a sua configuração do espaço através dos tempos que se impõe como desafio ou ainda, a marca indelével dos tempos na vivência do espaço. Transformá-la em linguagem é talvez redator. Mas a atracção a considerá-la como "um tecido", "uma escrita", acarreta e desafia a sua leitura. Desta leitura se poderá dizer que ela é tanto o discurso que sobre a cidade se tece, lendo, apreendendo, articulando os elementos arquitectónicos e a sua inserção no espaço urbano, a rede de vias, acessos, comunicações que no seu interior se estabelece, como também a própria deambulação no espaço urbano, feita de vivências, ritmos e paragens: hipóstases e êxtases, enfim, o conjunto de prádcas citadinas a que poderemos chamar globalmente actos de enunciação

    Literacia para a cidadania

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    De que é feita a consciência de cidadania? Antes de mais, de uma formação na literacia. A escola deve ser de novo convocada a assumir a responsabilidade da preparação para a cidadania. Cidadania e literacia são indissociáveis. A entrada no universo da escrita terá de ser vista como a possibilidade, que passa pelo mundo do escrito, da formação da consciência cívica. A era do digital permite, hoje, desenvolver outras posturas do escrito de modo a reforçar os laços de cidadania. Trata-se de entender em que consistem esses dispositivos e de que forma podem potenciar o estatuto de cidadania nas nossas democracias contemporâneas

    Criticism of the gender dichotomy as a form of epistemic decolonization

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    UIDB/05021/2020 UIDP/05021/2020A análise crítica à problemática de género permite desmontar as falácias do pensamento eurologocêntrico e apontar os estereótipos que a episteme, tacitamente colonial, edificou. Trata-se de questionar, no conceito de género e na dicotomia nele subjacente – masculino/feminino –, a lógica do pensamento ocidental, de matriz binária, e como essa lógica se afigura ser aquela que impera face ao olhar de e sobre o Outro, o colonizado. O que acontece, tanto com os estudos de género, quanto com os estudos pós-coloniais, é eles abrirem novas epistemes e mostrarem, portanto, que a episteme ocidental, nas suas bases disciplinadoras, é reprodutora de estereótipos e de lógicas eurologocêntricas, e, ainda, que as ontologias que constrói são, antes de mais, epistemologias ancoradas historicamente e nos juízos avaliativos da chamada cultura ocidental moderna. A convocação da análise à Chora platónica permitiu sair do pensamento dicotómico e repensar os processos de subjectivação como processos transubjectivos.publishersversionpublishe

    A fotografia: um espelho da memória

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    As imagens especulares, como as refletidas no espelho, duram o tempo da própria reflexão. São imagens sem inscrição, sem registo. Mas toda imagem é idolatrada na medida em que nela prevalece a evencialidade do acto de presença. O mistério da presença, do toque, do ter estado lá, é a vulgar definição da imagem fotográfica. Aparentemente, a fotografia prolongaria o efeito especular na medida em que ela seria, tal como o espelho, um configurador de subjetividade. Sendo assim, o objetivo deste artigo é mostrar como a fotografia, definida como “espelho com memória”, não só leva aos limites sua própria fundamentação na reflexividade como o máximo de reflexividade coincide com a ruptura dessa mesma reflexividade para outros fluxos configuradores -- enceta uma outra configuração que poderíamos definir como objetualizante do corpo próprio refletido

    Práticas de vida contemporânea na cidade

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    UID/CCI/04667/2016Este título é de tal forma abrangente que é impossível desenvolver todas as suas implicações. Mas, desde logo, salientaria como nó desta proposta de reflexão, a intersecção entre uma dimensão espacial – territorial, para a qual o termo cidade aponta e em que se efectiva, e uma dimensão temporal que ela acolhe necessariamente e que tem a ver com os modos de vida, as acções, as rotinas, a vivência comum a uma determinada sociedade que a cidade faz aparecer como conjunto; uma partilha comum.publishersversionpublishe
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