Avanços na Cirurgia de Revascularização do Miocárdio: Comparação Entre Técnicas Convencionais e Minimamente Invasivas

Este artigo realiza uma comparação entre a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) tradicional e as técnicas minimamente invasivas (CMI), que incluem a cirurgia assistida por robô. O objetivo é avaliar a eficácia clínica, os resultados funcionais, as complicações e a relação custo-benefício. As abordagens minimamente invasivas apresentam diversas vantagens, como redução do trauma cirúrgico, recuperação mais ágil e melhoria na qualidade de vida. As análises comparativas mostram que não existem diferenças significativas quanto aos tempos de isquemia e ao uso de circulação extracorpórea nas duas técnicas, embora as CMIs se distingam por apresentar incisões menores, além de reduzir o tempo de ventilação mecânica e a duração da internação hospitalar. A investigação dos resultados clínicos indica que as CMIs mantêm taxas de mortalidade e complicações cardiovasculares que são similares ou até superiores às observadas nas abordagens tradicionais. As técnicas cirúrgicas minimamente invasivas têm apresentado elevadas taxas de sucesso, com uma menor frequência de complicações tanto durante quanto após os procedimentos. Apesar de exigirem um tempo de aprendizado mais acentuado, esses métodos aliviarem a dor no pós-operatório e encurtam o período de recuperação, mostrando-se vantajosos em termos de custo. A seleção da abordagem cirúrgica deve levar em conta as particularidades de cada paciente e a experiência do cirurgião, buscando uma prática que seja mais adaptada e eficaz. Assim, pode-se afirmar que as técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia robótica, se configuram como opções reais e promissoras em relação à cirurgia de revascularização miocárdica tradicional, resultando em melhores resultados clínicos e funcionais, além de elevarem a qualidade de vida dos pacientes com doenças coronarianas

The Barretos Cancer Hospital Animal Facility: implementation and results of a dedicated platform for preclinical oncology models

The Barretos Cancer Hospital Animal Facility (BCHAF) is a unique facility in Brazil exclusively dedicated to working with animal models for cancer research. In this article, we briefly present our modern facility and the main experiments performed, focusing on mutant strains of mice (PTCH-knockout and ApcMin mice), xenograft models, and patient-derived xenografts (PDXs). Our results show the progress and challenges in establishing these models and the need for having an appropriate representation of our cancer population to better understand tumor biology and to identify cancer biomarkers, which could be putatively targeted, allowing for personalized therapy.This study was funded by the Public Ministry of Labor Campinas (Research, Prevention and Education of Occupational Cancer) and by Pio XII Foundation, Barretos Cancer Hospital internal funds, Grant Number: 13/2021

PROTAGONISMO DISCENTE NA MODERAÇÃO DE LIVES EM TEMPOS DE PANDEMIA: um relato de experiência

INTRODUÇÃO: O surgimento da COVID-19, síndrome respiratória causada pelo SARS-COV-2, teve grande impacto em todos os aspectos relacionados à saúde pública. Além disso, a chuva de informações acerca da COVID-19, muitas destas, falsas, contribui para uma sensação de insegurança. Desse modo, uma comunicação eficaz de informações relacionadas à pandemia do novo coronavirus no Brasil gera um conjunto coletivo de conhecimentos nos ciberespaços, formando uma cultura digital. Nesse sentido, iniciativas transparentes, pautadas na cientificidade, que busquem informar a população, têm se mostrado essenciais nesse contexto. Com esse objetivo foi criado o Projeto de extensão “Enfermeet”, que visa oportunizar a educação digital em saúde, bem como estabelecer um espaço de discussões acerca da COVID-19. OBJETIVO: Relatar as experiências das discentes do curso de bacharelado em enfermagem de uma Universidade Federal no Sul do Piauí, na moderação de Lives promovidas pelo Projeto de extensão “Enfermeet”. METODOLOGIA: Tendo como plataforma central o Instagram, o projeto “Enfermeet” conta com a colaboração de alunos e professores, sendo que o papel de protagonismo dentro do projeto é dado ao aluno. Há incentivo ao diálogo com diversos profissionais de áreas distintas, através de Lives realizadas semanalmente, onde debate-se sobre um tema entre um convidado expertise na área e dois discentes que moderam a Live. Assim, o presente estudo é um relato da experiência de acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública no sul do Piauí sobre o protagonismo discente na moderação de debates que aconteceram entre julho e agosto de 2020. RESULTADOS: As Lives foram planejadas para acontecer da seguinte forma: elaboração de pauta condizente com o tema, treinamento prévio da pauta e utilização da plataforma, sob orientação da docente responsável pelo projeto. No dia da atividade, uma das discentes iniciou a Live pelo perfil do projeto, e a segunda entrou pelo seu perfil pessoal, apenas para apresentar o convidado, e em seguida saiu, deixando a primeira para a moderação. Na primeira Live, houve um problema técnico, e pôde-se observar, na prática, a importância de se ter mais de um discente disponível, pois imprevistos técnicos e/ou de oscilação de internet podem acontecer e, a pedido do convidado os comentários ficaram desativados. Na segunda live, os comentários permaneceram ativados, e obteve-se um feedback positivo por parte do público. Em ambas as Lives, tivemos uma boa interação entre convidados e discentes fazendo com que a conversa fluísse de forma didática e objetiva. Fica evidente a importância de o aluno ter a oportunidade de passar por essa experiência, uma vez que promove a obtenção de conhecimentos e habilidades, tanto profissionais quanto sociais, vencendo obstáculos, lidando com o público e com o nervosismo. CONCLUSÃO: A moderação de debates online mostrou-se uma ferramenta importante para o crescimento pessoal e profissional, pois o contato com profissionais expertises nos assuntos e a interação com o público é uma forma de agregar conhecimento como também proporciona aos alunos que aprendam a trabalhar em equipe, desenvolvam a criatividade, expressem suas ideias de forma consciente e atuem na promoção da saúde

SAÚDE PRIMÁRIA E PREVENÇÃO DE DSTS: COMO A ATENÇÃO BÁSICA PODE TRANSFORMAR A SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA

Introduction: Primary Health Care (PHC) is an essential model in the health system, focusing on health promotion and disease prevention, including combating Sexually Transmitted Diseases (STDs). In the context of sexual and reproductive health, PHC is a crucial strategy to improve access and awareness of the population about STD prevention, promoting safe sexual behaviors and early detection of infections, such as HIV. Therefore, this study aims to explore how Primary Health Care can transform sexual and reproductive health, reducing the incidence of STDs and promoting health equity. Methodology: This study used a methodology of bibliographic research and analysis of epidemiological data. Scientific articles published in the last ten years in databases such as PubMed and Google Scholar were selected, focusing on the relationship between primary care and STD prevention. Additionally, data were collected through DATASUS. Results: The data collected reveal that, although HIV notifications in Brazil remain significant, there has been a decrease in infection rates in recent years, possibly due to prevention and awareness-raising actions by PHC, such as the provision of rapid testing and the distribution of condoms. Final Considerations: Primary Health Care has proven to be a pillar in the promotion of sexual and reproductive health and in the prevention of STDs, especially in vulnerable populations. In order to effectively address the problem, it is essential to expand educational programs, strengthen the training of health professionals and ensure that public policies support a robust and accessible care structure.Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é um modelo essencial no sistema de saúde, com foco na promoção da saúde e na prevenção de doenças, incluindo o combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). No contexto da saúde sexual e reprodutiva, a APS é uma estratégia crucial para melhorar o acesso e a conscientização da população sobre a prevenção de DSTs, promovendo comportamentos sexuais seguros e a detecção precoce de infecções, como o HIV. Diante disso, o presente estudo visa explorar como a Atenção Básica pode transformar a saúde sexual e reprodutiva, reduzindo a incidência de DSTs e promovendo a equidade em saúde. Metodologia: Este estudo utilizou uma metodologia de pesquisa bibliográfica e análise de dados epidemiológicos. Foram selecionados artigos científicos publicados nos últimos dez anos em bases como PubMed e Google Scholar, com foco na relação entre atenção básica e prevenção de DSTs. Adicionalmente, foram coletados dados através do DATASUS, Resultados: Os dados coletados revelam que, embora as notificações de HIV no Brasil permaneçam significativas, houve uma diminuição nas taxas de infecção nos últimos anos, possivelmente devido às ações de prevenção e conscientização da APS, como a oferta de testagens rápidas e a distribuição de preservativos. Considerações Finais: A Atenção Primária à Saúde tem se mostrado um pilar na promoção da saúde sexual e reprodutiva e na prevenção de DSTs, sobretudo em populações vulneráveis. Para um enfrentamento efetivo, é essencial ampliar os programas educativos, fortalecer a capacitação dos profissionais de saúde e garantir que as políticas públicas sustentem uma estrutura robusta e acessível de atendimento

Pervasive gaps in Amazonian ecological research

Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

Tropical forests in the Americas are changing too slowly to track climate change

Understanding the capacity of forests to adapt to climate change is of pivotal importance for conservation science, yet this is still widely unknown. This knowledge gap is particularly acute in high-biodiversity tropical forests. Here, we examined how tropical forests of the Americas have shifted community trait composition in recent decades as a response to changes in climate. Based on historical trait-climate relationships, we found that, overall, the studied functional traits show shifts of less than 8% of what would be expected given the observed changes in climate. However, the recruit assemblage shows shifts of 21% relative to climate change expectation. The most diverse forests on Earth are changing in functional trait composition but at a rate that is fundamentally insufficient to track climate change

Pervasive gaps in Amazonian ecological research

Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

Pervasive gaps in Amazonian ecological research

Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost

International Impact of COVID-19 on the Diagnosis of Heart Disease

BACKGROUND The coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic has adversely affected diagnosis and treatment of noncommunicable diseases. Its effects on delivery of diagnostic care for cardiovascular disease, which remains the leading cause of death worldwide, have not been quantified.OBJECTIVES The study sought to assess COVID-19`s impact on global cardiovascular diagnostic procedural volumes and safety practices.METHODS The International Atomic Energy Agency conducted a worldwide survey assessing alterations in cardiovascular procedure volumes and safety practices resulting from COVID-19. Noninvasive and invasive cardiac testing volumes were obtained from participating sites for March and April 2020 and compared with those from March 2019. Availability of personal protective equipment and pandemic-related testing practice changes were ascertained.RESULTS Surveys were submitted from 909 inpatient and outpatient centers performing cardiac diagnostic procedures, in 108 countries. Procedure volumes decreased 42% from March 2019 to March 2020, and 64% from March 2019 to April 2020. Transthoradc echocardiography decreased by 59%, transesophageat echocardiography 76%, and stress tests 78%, which varied between stress modalities. Coronary angiography (invasive or computed tomography) decreased 55% (p < 0.001 for each procedure). hi multivariable regression, significantly greater reduction in procedures occurred for centers in countries with lower gross domestic product. Location in a low-income and lower-middle-income country was associated with an additional 22% reduction in cardiac procedures and less availability of personal protective equipment and teteheatth.CONCLUSIONS COVID-19 was associated with a significant and abrupt reduction in cardiovascular diagnostic testing across the globe, especially affecting the world's economically challenged. Further study of cardiovascular outcomes and COVID-19-related changes in care delivery is warranted. (C) 2021 The Authors. Published by Elsevier on behalf of the American College of Cardiology Foundation