52 research outputs found

    Fricções na Paisagem - sobre Roman Signer e Walter De Maria

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    O artigo busca identificar pontos de contato entre obras dos artistas visuais Walter De Maria (EUA, 1935-2013) e Roman Signer (SUI, 1938) a partir de uma ideia de paisagem como vetor de convergência para a experiência estética na produção de ambos. A paisagem é aqui entendida como matéria-prima para a prática artística no sentido de um plano de atuação sobre o qual interferir diretamente. Nas obras em questão as abordagens e registros oscilam entre a monumentalidade do campo de tensões instaurado por The Lightning Field, de De Maria, contraposta a uma estratégia em que o gesto ou ação estética é marcado pela aparente banalidade, além de um acentuado componente inventivo e experimental, como é o caso das peças de Signer

    Artistas sobre outras obras

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    A pós modernidade encerra a interrogação crítica do homem sobre o homem: a linguagem ameaça o que é significante, o que é corpo. O sujeito é falado, e assim constituído depois da linguagem (Althusser, 1976). O jovem Arthur Rimbaud sintetiza-o, aos dezassete anos, numa carta ao seu professor de retórica Georges Izambard, datada de 13 de maio 1871: «C’est faux de dire: je pense: on devrait dire on me pense. Pardon du jeu de mots. Je est un autre». (Rimbaud, 1999: 237) A identidade resiste à linguagem dos homens. A linguagem é transmitida entre as gerações e com ela transporta os sujeitos, ou, o que é dizer o mesmo, a possível interrogação: quem me fala? É esta também a perplexidade que motivou o tema desta revista Estúdio. Reuniram-se, nesta edição, 22 artigos, provenientes de diferentes autores da Argentina, Brasil, Portugal e Espanha, que se debruçam sobre artistas cuja identidade se mostra e merece ser interrogada: são espaços ‘ex-cêntricos,’ para se descobrir.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Potências no avesso: Apontamentos sobre arte e fracasso

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    Tese de Doutoramento em Arte Contemporânea, apresentada ao Colégio das Artes da Universidade de CoimbraA investigação aqui apresentada é de natureza eminentemente teórica, com seu escopo centrado na análise de práticas artísticas, enfocando a relação entre a noção de fracasso (e alguns fatores a ele inerentes tais como o erro, a falha e o acaso) e a produção artística, nomeadamente a que se dá no âmbito das artes visuais da contemporaneidade. Parte da hipótese de que o falhanço, a despeito da conotação negativa geralmente associada ao termo, pode ser um motor efectivo para a criação e a inventividade. Tem como principal objectivo trazer a discussão para o plano das prácticas atuais – após necessária contextualização histórica e recorte cronológico que permitam comentar suas condições de manifestação no mundo e na arte – e verificar, a partir da análise da produção de artistas atuantes nas últimas quatro décadas, a qualidade de potência contida naquilo que é usualmente associado ao malogro. Incorpora ainda uma vertente práctica, traduzida em um projecto de comissariado (hipotético) abrangendo um recorte da produção estudada. Tal proposição se deve em grande parte ao facto de a motivação primordial do estudo originar-se na práctica pessoal da crítica e da escrita de arte. Ao abarcar o convívio com a actividade de artistas em seus locais de trabalho, tal práctica permitiu – ou mesmo impôs – constatar a frequência com que instâncias relativas ao falhanço permeiam o processo criador, gerando uma inquietação que culmina nesta investigação.Fundação para a Ciência e Tecnologi
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