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O percurso patêmico do eu em "a terceira margem do rio"
"A terceira margem do rio", conto de Joao Guimaraes Rosa, é objeto de análise deste trabalho, que se utiliza do referencial teórico da semiótica francesa que, desde os anos 1980, constrói uma semântica da dimensao passional dos discursos e passa a considerar a paixao "como efeito de sentido inscrito e codificado na linguagem". Nosso texto focaliza os estados de alma do sujeito da história, que, projetado no presente da enunciaçao, ao rememorar o passado, já entrado em anos, toma consciência da anulaçao de sua existência, que foi marcada pela ausência do pai. Focalizamos o percurso patêmico do "eu" narrador, como sujeito do enunciado, em cenas enunciativas do texto nas quais se manifestam variantes da paixao da cólera , tendo em vista o modo como Jacques Fontanille (2005) a descreve em Dictionnaire de passsions Littéraires. Nossa hipótese é que o eu nao teve consciencia da raiva e da revolta que sentiu em relaçao ao distanciamento do pai e, nesse sentido, observamos como essa revolta, ao final, provoca-lhe o sentimento de culpa e de medo. Logo, o estado afetivo de medo o impede de seguir o percurso do pai ao final da históri
O EU E O OUTRO EM “O ESPELHO”, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA
Ignacio Assis Silva, in Figurativização e Metamorfose : o mito de Narciso (1995), reflects about the relation between Narcissus myth and the construction of the subject in Jacques Lacan. According to the author, Freud and Lacan read the Ovidian Narcissus “no more as a legend (as it seemed to be for the Greek and Romans), but as a myth: as a figurativization of the anthropogenesis of the subject. Based on Silva’s observation, we established a semiotics reading to the short story “The mirror”, by João Guimarães Rosa, aiming at analysing how the enunciator constructs in a myth poetic way the protagonist actor of the text, reading him also as a figurativization of the anthropogenesis of the subject his relation with the other.Ignacio Assis Silva, em sua obra >i>Figurativização e Metamorfose: o mito de Narciso (1995), reflete sobre a relação entre o mito de Narciso e a construção do sujeito em Jacques Lacan. Segundo o autor, Freud e Lacan leem o Narciso ovidiano não como lenda, tal qual o liam os gregos e os romanos, mas como mito: como figurativização da antropogênese do sujeito. Com base nas observações de Silva, estabelecemos uma leitura semiótica para o conto “O espelho” de João Guimarães Rosa, objetivando analisar como o enunciador constrói de forma mitopoética o ator protagonista do texto, lendo-o também como figurativização da antropogênese do sujeito em sua relação com o outro
Off-the-Vine Ripening of Tomato Fruit Causes Alteration in the Primary Metabolite Composition
The influence of postharvest fruit ripening in the composition of metabolites, transcripts and enzymes in tomato (Solanum lycopersicum L.) is poorly understood. The goal of this work was to study the changes in the metabolite composition of the tomato fruit ripened off-the-vine using the cultivar Micro-Tom as model system. Proton nuclear magnetic resonance (1H NMR) was used for analysis of the metabolic profile of tomato fruits ripened on- and off-the-vine. Significant differences under both ripening conditions were observed principally in the contents of fructose, glucose, aspartate and glutamate. Transcript levels and enzyme activities of -amino butyrate transaminase (EC 2.6.1.19) and glutamate decarboxylase (EC 4.1.1.15) showed differences in fruits ripened under these two conditions. These data indicate that the contents of metabolites involved in primary metabolism, and conferring the palatable properties of fruits, are altered when fruits are ripened off-the-vine.Fil: Sorrequieta, Augusto. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Rosario. Instituto de Biología Molecular y Celular de Rosario; ArgentinaFil: Abriata, Luciano Andres. Swiss Federal Institute Of Technology Zurich. Departament Informatik. Modeling And Simulation Research Group; SuizaFil: Boggio, Silvana Beatriz. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Rosario. Instituto de Biología Molecular y Celular de Rosario; ArgentinaFil: Valle, Estela Marta. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Rosario. Instituto de Biología Molecular y Celular de Rosario; Argentin
O percurso patêmico do eu em "a terceira margem do rio"
“A terceira margem do rio”, conto de João Guimarães Rosa, é objeto de análise deste trabalho, que se utiliza do referencial teórico da semiótica francesa que, desde os anos 1980, constrói uma semântica da dimensão passional dos discursos e passa a considerar a paixão “como efeito de sentido inscrito e codificado na linguagem”. Nosso texto focaliza os estados de alma do sujeito da história, que, projetado no presente da enunciação, ao rememorar o passado, já entrado em anos, toma consciência da anulação de sua existência, que foi marcada pela ausência do pai. Focalizamos o percurso patêmico do “eu” narrador, como sujeito do enunciado, em cenas enunciativas do texto nas quais se manifestam variantes da paixão da cólera , tendo em vista o modo como Jacques Fontanille (2005) a descreve em Dictionnaire de passsions Littéraires. Nossa hipótese é que o eu não teve consciencia da raiva e da revolta que sentiu em relação ao distanciamento do pai e, nesse sentido, observamos como essa revolta, ao final, provoca-lhe o sentimento de culpa e de medo. Logo, o estado afetivo de medo o impede de seguir o percurso do pai ao final da história.Área temática: Teorías del lenguajeFacultad de Humanidades y Ciencias de la Educació
The aesthetic event in “Muitas vozes” by Ferreira Gullar
Este artigo analisa o poema “Muitas vozes”, de Ferreira Gullar (2008), por meio dos pressupostos teóricos da Semiótica francesa. O objetivo é refletir sobre o modo como essa metodologia de análise discursiva pode contribuir para a apreensão da significação do texto poético. Focalizam-se as relações entre enunciação no enunciado e entre o plano de expressão e de conteúdo do poema com a finalidade de observar a forma como o enunciador narrador constrói o texto como um acontecimento estético, noção desenvolvida por A. J. Greimas em Da imperfeição (2002). Utilizam-se, ainda, a noção de acontecimento, desenvolvida por Claude Zilberberg (2006, 2007, 2011), e de semissimbolismo, estabelecida por Jean-Marie Floch (1985).This article analyzes the poem “Muitas Vozes”, by Ferreira Gullar, based on the theoretical assumptions of Paris School of Semiotics. The objective is to reflect on how this methodology of analysis of discourses can contribute to the apprehension of the meaning in the poetic text. We focus on the relations between enunciation and utterance and between the expression and content plans in the poem in order to observe how the subject of enunciation constructs the text as an aesthetic event, a notion developed by AJ Greimas in Da imperfeição (2002). We also use the notion of event, developed by Claude Zilberberg (2006, 2007, 2011) and of semi-symbolism, established by Jean-Marie Floch (1985)
O percurso patêmico do eu em "a terceira margem do rio"
“A terceira margem do rio”, conto de João Guimarães Rosa, é objeto de análise deste trabalho, que se utiliza do referencial teórico da semiótica francesa que, desde os anos 1980, constrói uma semântica da dimensão passional dos discursos e passa a considerar a paixão “como efeito de sentido inscrito e codificado na linguagem”. Nosso texto focaliza os estados de alma do sujeito da história, que, projetado no presente da enunciação, ao rememorar o passado, já entrado em anos, toma consciência da anulação de sua existência, que foi marcada pela ausência do pai. Focalizamos o percurso patêmico do “eu” narrador, como sujeito do enunciado, em cenas enunciativas do texto nas quais se manifestam variantes da paixão da cólera , tendo em vista o modo como Jacques Fontanille (2005) a descreve em Dictionnaire de passsions Littéraires. Nossa hipótese é que o eu não teve consciencia da raiva e da revolta que sentiu em relação ao distanciamento do pai e, nesse sentido, observamos como essa revolta, ao final, provoca-lhe o sentimento de culpa e de medo. Logo, o estado afetivo de medo o impede de seguir o percurso do pai ao final da história.Área temática: Teorías del lenguajeFacultad de Humanidades y Ciencias de la Educació
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