46,865 research outputs found

    Book Review: A Metrópole Imaginária.

    Get PDF

    A plasticidade da metrópole de São Paulo. Reprodução do espaço, financeirização e propriedade da terra

    Get PDF
    O presente artigo parte do pressuposto de que os processos extremos na constituição da cidade estão relacionados ao aprofundamento da crise capitalista das últimas décadas e da necessidade de tornar plástica a materialidade que expressa a cidade, de modo que se possa garantir a produção e/ou circulação e valorização do capital, através da transformação do uso e do sentido dos lugares. Esta transformação pressupõe, ou a desvalorização de parcelas da metrópole ou a negação da vida existente e do uso e do espaço produzido nas difentes faces da periferia. Deste modo, o uso da metrópole, até mesmo a partir de sua condição mais elementar que é o habitar está exposto à violência da lógica da produção de espaços produtivos, resultando na expulsão de milhares de habitantes, especialmente os mais pobres, para áreas cada vez mais distantes das centralidades de equipamentos, serviços públicos e comercio. Resumidamente, estamos diante de grandes quantidades de valor imobilizado (na forma de capital fixo e fundo de consumo), num momento em que, como apontam vários autores, a liquidez e rentabilidade da reprodução financeira se colocam como parâmetro reprodução concreta. Os ajustes entre o valor imobilizado e a necessidade de fluidez e liquidez, nos levam a refletir sobre a “plasticidade da metrópole” que se impõe como fluidez e liquidez e que acelera os processos de obsolescência. Como esta dinâmica se encerra num território de poder, o Estado se coloca como a mediação necessária para tentar mobilizar o que é imóvel, ampliando as possibilidades da “plasticidade”. Na metrópole de São Paulo que tem como produto e condição de sua própria realização, uma profunda segregação socioespacial, o momento atual se coloca como a intensificação deste processo, apontando para a quase impossibilidade de reproduzir a vida. Grande parte da população sofre coações, violações de direitos e vivem a impossibilidade de fixar-se, pois são frequentemente removidos. A apropriação, mesmo entendida no sentido reduzido do habitat se desvanece e as resistências se impõem. Tal é o nosso entendimento dos processos extremos em São Paulo

    Vulnerabilidade energética na metrópole de Buenos Aires

    Get PDF
    Argentina declaró el uso racional y la eficacia energética una prioridad nacional, en consonancia con las recomendaciones de la Agencia Internacional de la Energía. Buenos Aires se ha comprometido con varios programas internacionales de preparación al cambio climático. Así a distintas escalas surgen iniciativas para modificar las condiciones y modalidades de aprovisionamiento y consumo energéticos, que revelan la precariedad y vulnerabilidad del sistema y los servicios. Estetrabajo presenta una reflexión sobre los cambios que se dan en ese sentido, mostrando los inconvenientes del modelo energético argentino en Buenos Aires y las estrategias o medidas que tienden a revertirlos y a preparar la ciudad para situaciones críticas. En general, se trata de iniciativas que se implementan individual o parcialmente, sin que haya un plan integral promovido a escala colectiva.Las correcciones resultan marginales en el conjunto sin aliviar los problemas que se agravan por elcrecimiento vertiginoso de las demandas. Entonces la continuidad del modelo energético argentino basado en hidrocarburos, para abastecer infraestructura que trabaja al límite de su capacidad y servirterritorios que no se han preparado para las posibles crisis, explicaría la vulnerabilidad del sistema de abastecimiento metropolitano.In line with recommendations of the International Energy Agency, Argentina has recently made energy efficiency a national priority. Buenos Aires is committed to various international programs to rationalize the use of energy and tackle growing Climate Change challenges. Initiatives to modify the terms and conditions of energy supply and consumption are appearing at different scales, revealing the precariousness and vulnerability of the whole system. Thus, this paper sheds light on the main drawbacks of Argentine Energy Model and it presents some of the changes taking place regarding these issues. It focuses on strategies and measures promoted to prepare Buenos Aires metropolitan region for critical situations. In general initiatives are implemented individually and they result insufficient to meet the challenges. The continuity of Argentine Energy Model based on the intensive use of fossil fuels that serve infrastructure functioning near its maximum capacity and territories not prepared for potential crises, could explain metropolitan energy system vulnerabilityA Argentina declarou o uso racional e a eficácia energética uma prioridade nacional, em consonância com as recomendações da Agencia Internacional da Energia. Buenos Aires tem se comprometido com vários programas internacionais de preparação à mudança climática. Assim a diferentes escalas surgem iniciativas para modificar as condições e modalidades de aprovisionamento e consumo energéticos, que revelam a precariedade e vulnerabilidade do sistema e os serviços. Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as mudanças que se dão nesse sentido, mostrando os inconvenientes do modelo energético argentino em Buenos Aires e as estratégias ou medidas que tendem a revertê- los e a preparar a cidade para situações críticas. Em geral, trata-se de iniciativas que se implementam individual ou parcialmente, sem que exista um plano integral promovido a escala coletiva. As correções resultam marginais no conjunto sem aliviar os problemas que se agravam pelo crescimento vertiginoso das demandas. Então, a continuidade do modelo energético argentino baseado em hidrocarbonatos, para abastecer infraestrutura que trabalha ao limite de sua capacidade e servir territórios que não têm se preparado para as possíveis crises, explicaria a possível vulnerabilidade do sistema de abastecimento metropolitano.Fil: Carrizo, Silvina Cecilia. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Saavedra 15. Centro de Estudios Urbanos y Regionales; ArgentinaFil: Carre, Marie Noelle. Universite de Paris Iii. Instituto Des Hautes Etudes de L; FranciaFil: Michaux, Jean Igor. Universite de Paris Iii. Instituto Des Hautes Etudes de L; Franci

    Nós de mobilidade na metrópole de São Paulo: uma visão de intervenção sistêmica a partir do Plano Integrado de Transportes Urbanos de 2025

    Get PDF
    O artigo pretende abordar a noção de intervenção urbana sistêmica na metrópole de São Paulo, a partir da ativação de forças locais e metropolitanas representadas pelos nós de mobilidade, ou seja, as áreas de interseção das redes de infraestrutura de transporte público. O papel desempenhado por tais redes tem se destacado em muitas pesquisas recentes que apontam possibilidades de leitura, interpretação e ação urbana na metrópole contemporânea baseadas nesses elementos. Para tanto, temos como objeto de estudo o Plano Integrado de Transportes Urbanos de 2025 (PITU 2025), mais precisamente a partir de suas premissas urbanísticas, como o adensamento em áreas específicas e a proposição das estações intermodais como âncoras de desenvolvimento urbano local, garantindo a articulação entre a expansão do sistema de mobilidade estrutural com as áreas de grande potencial para intervenção urbana.The article aims to discuss the notion of systemic urban intervention in the São Paulo metropolis, from the activation of local and metropolitan forces represented by the mobility nodes, it means, the intersection areas of transport infrastructure network. The role of such networks has been highlighted in many recent urban debates that indicate the reading, interpretation and urban action possibilities in the contemporary metropolis based on these elements. Therefore, the Integrated Urban Transport Plan of 2025 (PITU 2025) is proposed as the object, more precisely from its urban issues, as the density improvement in specific areas and the proposition of intermodal stations as anchors of local urban development, ensuring the articulation between the expansion of the structural mobility system with potential areas for urban intervention.Peer Reviewe

    Metrópole: abstração

    Get PDF

    Curitiba: metrópole modelo ou urbe segregada? A questão habitacional e a apartação social em uma metrópole no Sul do Brasil

    Get PDF
    Referência no planejamento urbano brasileiro, Curitiba também se destaca no Brasil com bons índices econômicos e de qualidade de vida. Todavia, os diferenciais urbanos das regiões centrais da cidade contrastam com uma periferia marcada pelo baixo rendimento e informalidade habitacional. Regiões apartadas da cidade considerada “modelo” abrigam centenas de assentamentos precários e quase a totalidade da habitação de interesse social. A segregação socioespacial em Curitiba se revela especialmente na distância física e social entre as regiões que concentra alta renda àquelas de menores rendimentos. Historicamente, desde as primeiras políticas habitacionais da cidade, a população pobre foi deslocada para conjuntos habitacionais populares às margens da urbe. Mesmo após discussões e avanços legais relacionados à questão urbana e habitacional brasileira e o lançamento de um ousado programa federal habitacional em 2009, verifica-se que a prática de localizar os mais pobres nas piores e mais distantes áreas permanece, reforçando a segregação urbana.Reference in the Brazilian urban planning , Curitiba also stands out with good economic rates and quality of life . However, urban differentials of the central regions of the city contrast with a periphery marked by informality and low-income housing. Regions set apart the city considered "model " concentrate hundreds of slums and almost all of social housing. The socio-spatial segregation in Curitiba is revealed especially in the physical and social distance between regions that concentrates high income to those with lower incomes. Historically, since the first housing policies of the city, the poor population was displaced to reside the borders of the metropolis. Even after discussions and legal developments related to Brazilian urban and housing issues and launching a federal housing program in 2009, it is verified that the practice of locating the poorest in the worst and most remote areas remains, reinforcing the urban segregation.Peer Reviewe

    agentes da interculturalidade colonial

    Get PDF
    A questão dos retornados é ainda uma questão sensível na nossa sociedade. Alguns de nós conhecemos alguém, familiares ou amigos, que tiveram de fugir do Ultramar. No espaço de poucas décadas, o território ultramarino passava de Terra Prometida a pesadelo, com milhares de colonos a terem de regressar à metrópole, muitos apenas com a roupa que traziam colada ao corpo. Este artigo divaga sobre as razões pelas quais se iniciou a colonização de África, enumera os principais problemas da ocupação efectiva, principalmente no início do século passado, e fala sobre a vida social e económica no Ultramar até à independência dos territórios, com foco no caso angolano. Aborda ainda histórias contadas na primeira pessoa de situações sobre a fuga das colónias até à chegada a Portugal.The issue of the returnees is still a sensitive one in the Portuguese society. Some of us know someone, relatives or friends, who had to escape from the war overseas. Within a few decades, the overseas territory shifted from Promised Land to nightmare, with thousands of settlers returning to the metropolis, many of them only having what they were wearing. This article presents the reasons behind the colonization of Africa, lists the central problems of the land occupation, mainly in the beginnings of the last century, and talks about the economic and social life overseas until the independence of the African territories, focusing on Angola’s case. It also tells stories in the first person about the escape from the colonies until the arrival in Portugal
    corecore