8 research outputs found
Recommended from our members
Differences and similarities in mental health trajectories between sexual and gender minority youth
LGBT youth experience disproportionate rates of compromised mental health when compared to cisgender heterosexual peers. Experiences of victimization, family acceptance, and disclosure of their sexual or gender minority identity to family members are important factors associated with mental health. Studies have often categorized LGBT identities as only one group, neglecting differences between cisgender sexual minorities (LGB) and transgender gender diverse (TGD) youth. Moreover, there are few longitudinal studies that examine LGBT youth's mental health over time. Data come from a four-wave longitudinal, community-based sample of 661 LGB and TGD youths between the ages of 15–21 at baseline (Mage = 18.53) from two large cities in the United States. This study aims to: (1) elucidate how LGB and TGD youth experiences of positive and negative affect change over time, (2) explore whether family acceptance, and outness to family change, and experiences of victimization accumulate over time, (3) investigate differences in those patterns for LGB or TGD youth, and (4) examine whether cumulative experiences of victimization, family acceptance, and outness to family are associated with positive and negative affect over time. Hierarchical Linear Modeling analyses show both LGB and TGD youth experienced increasing levels of victimization over time, but TGD youth experienced higher levels of victimization and more accumulation of victimization over time. LGB youth had increasing levels of family acceptance over time. Over time, both groups on average were more out to their families. Despite decreasing levels of negative affect over time among LGB and TGD youth, participants also reported slight decreases in self-esteem over time. Additionally, TGD youth reported lower overall positive affect and higher overall negative affect throughout the study. Cumulative experiences of victimization were associated with higher negative and lower positive affect while being out to family and being accepted by family was associated with lower negative and higher positive affect. Implications of this study's findings and future study directions are considered.Human Development and Family Science
Vivência de traumas na infância e estigma e o impacto de eventos traumáticos na concentração sérica de citocinas inflamatórias em indivíduos portadores de disforia de gênero (DSM-5)
Gender Dysphoria (GD) has been more and more studied over the last years. This condition is characterized by marked incongruence between gender experienced and sex assigned at birth. GD is a rare condition, which although prevalence is not yet defined, is estimated in 1:20,000 (or 0.005%) to 1:10,000 (0.0.14%) for transsexual women and in 1: 50,000 (or 0.002%) to 1: 33,333 (or 0.003%). GD individuals are often exposed to rejection, aggression and other forms of hostile expression due to their gender identity, in addition to high rates of childhood maltreatment. These situations place GD individuals at higher risk for psychopathology, which is observed in many studies. The few studies that assess biomarkers in the GD population, so far, focus solely on BDNF. BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) is a neurotrophin and is related to synaptic plasticity, neuronal survival and normal maturation of neuronal pathways. Chronic stress through BDNF reduction leads to neurogenesis suppression. It has already been observed that, when compared to non-GD individuals, GD individuals present lower BDNF levels. Cytokines act as regulators of our immune system. Both chronic and acute exposure to cytokines, can lead to alterations in neurotransmitters in SNC that can mimic depressive symptoms. Cytokines, such as IL-1β, IL-6, IL-10 and TNF-α, when in abnormal levels, have been associated to a variety of psychiatric disorders, like mood and anxiety disorders. Currently, there are no studies that assess these inflammatory markers in GD individuals. The present study compared trauma exposure in childhood and situations of discrimination between transsexual women and men. Likewise, we sought to compare IL1β, IL-6, IL-10 and TNF-α levels between the groups, in order to search for biological evidence of a higher prevalence of psychopathology in GD individuals, in addition to exposure to discrimination and prejudice. We verified that transsexual women are more exposed to childhood maltreatment than are men (p = .046), similarly, they experience more discrimination than do men (p = .002). In addition, transsexual women also presented higher rates of suicidal thoughts (p <.001) and attempts (p = .001) than did men. However, no significant differences were observed in the assessed cytokine levels between both groups. Our study concluded that GD individuals suffer discrimination from childhood to adulthood, which places these individuals at higher risk of presenting suicidal behavior and other psychopathologies. Likewise, we suggest that GD alone is not a factor that directly influences such inflammatory biomarkers.A Disforia de Gênero (DG) vem sendo cada vez mais estudada nos últimos anos. Esta condição é caracterizada por acentuada incongruência entre o gênero vivenciado e o sexo de nascimento. A DG é uma condição rara, cuja prevalência ainda não está bem definida, sendo estimada de 1:20.000 (ou 0,005%) a 1:10.000 (ou 0.014%) para mulheres transexuais e de 1: 50.000 (ou 0,002%) a 1: 33.333 (ou 0,003%) para homens transexuais. Indivíduos com DG estão com frequência expostos a rejeição, agressão e outras formas de expressão hostil devido a sua identidade de gênero, além de apresentarem altos índices de maus-tratos na infância. Ambas situações colocam indivíduos com DG em maior risco para psicopatologia, o que é observado em diversos estudos. Os poucos estudos que avaliam biomarcadores na população com DG, até o momento, abordam BDNF. BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) ou Fator Neurotrófico derivado do Cérebro é uma neurotrofina e está relacionada à plasticidade sináptica, à neurogênese, à sobrevivência neuronal e à maturação normal das vias neuronais. O estresse crônico, através da redução do BDNF, leva à supressão da neurogênese. Já se observou que, quando comparados com indivíduos sem DG, indivíduos com DG apresentam níveis mais baixos de BDNF. Citocinas são reguladores do nosso sistema imune. Tanto a exposição crônica quanto aguda a citocinas, pode levar a alterações de neurotransmissores no SNC que podem mimetizar quadros depressivos. Citocinas, como IL1β, IL-6, IL-10 e TNF-α, quando estão em níveis anormais, tem sido associadas a diversos transtornos psiquiátricos, como Transtornos de Humor e de Ansiedade. Ainda não existem estudos que avaliem estes marcadores inflamatórios em indíviduos com DG. O presente estudo buscou comparar exposição a traumas na infância e situações de discriminação entre mulheres transexuais e homens. Da mesma forma, buscou-se comparar os níveis séricos de IL1β, IL-6, IL-10 e TNF-α entre os grupos, em vistas de buscar evidências biológicas para a maior prevalência de psicopatologia em indivíduos com DG, além da exposição à discriminação e preconceito. Verificamos que mulheres transexuais estão mais expostas a maus-tratos na infância do que homens (p = .046), assim como vivenciam mais situações de discriminação do que homens (p = .002). Da mesma forma, mulheres transexuais também apresentam maiores índices de pensamento (p <.001) e tentativa suicida (p = .001) do que homens. No entanto, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos nos níveis séricos das citocinas avaliadas. Nosso estudo conclui que indivíduos com DG sofrem discriminação da infância a vida adulta, o que os colocam em maior risco para apresentar comportamento suicida e outras psicopatologias. Igualmente, sugere-se que a DG, isoladamente, não é um fator que influencie diretamente em marcadores inflamatórios
Influência dos ácidos graxos ômega 3 e vitamina D na depressão: uma breve revisão
Objetivo: descrever uma revisão da literatura sobre a importância dos ácidos graxos ômega-3 e da vitamina D na prevenção e tratamento da depressão. Metodologia: essa revisão foi feita no período de agosto, setembro de 2016, incluindo as publicações de 2000 a 2016. Procedeu-se a busca nas bases de dados Pubmed, Science Direct, Bireme e periódicos CAPES com a utilização dos descritores: “ômega-3”, “docosahexaenoic acid”, “DHA”, “eicosapentaenoic acid”, “EPA”, “vitamin D” e “depression”. Resultados: a literatura reporta vários estudos sobre a eficácia dos ácidos graxos ômega-3 no tratamento da depressão. No entanto, existe um número considerável de trabalhos que não demonstram eficácia dos ácidos graxos ômega-3 na depressão. Os fatores responsáveis pelos resultados variados são: modelos experimentais, diferenças de tamanho da amostra, diferenças biológicas e genéticas entre os doentes, a variabilidade ambiental, e variabilidade na resposta à ácidos graxos ômega-3. Em relação a vitamina D, os resultados também são contraditórios, com evidências sugerindo que baixos níveis dessa vitamina podem estar associados a um maior risco de depressão. Conclusão: não é possível afirmar que consumir alimentos ricos em ômega-3 e vitamina D, juntamente com o uso de fármacos possam aliviar os sintomas depressivos
Vivência de traumas na infância e estigma e o impacto de eventos traumáticos na concentração sérica de citocinas inflamatórias em indivíduos portadores de disforia de gênero (DSM-5)
Gender Dysphoria (GD) has been more and more studied over the last years. This condition is characterized by marked incongruence between gender experienced and sex assigned at birth. GD is a rare condition, which although prevalence is not yet defined, is estimated in 1:20,000 (or 0.005%) to 1:10,000 (0.0.14%) for transsexual women and in 1: 50,000 (or 0.002%) to 1: 33,333 (or 0.003%). GD individuals are often exposed to rejection, aggression and other forms of hostile expression due to their gender identity, in addition to high rates of childhood maltreatment. These situations place GD individuals at higher risk for psychopathology, which is observed in many studies. The few studies that assess biomarkers in the GD population, so far, focus solely on BDNF. BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) is a neurotrophin and is related to synaptic plasticity, neuronal survival and normal maturation of neuronal pathways. Chronic stress through BDNF reduction leads to neurogenesis suppression. It has already been observed that, when compared to non-GD individuals, GD individuals present lower BDNF levels. Cytokines act as regulators of our immune system. Both chronic and acute exposure to cytokines, can lead to alterations in neurotransmitters in SNC that can mimic depressive symptoms. Cytokines, such as IL-1β, IL-6, IL-10 and TNF-α, when in abnormal levels, have been associated to a variety of psychiatric disorders, like mood and anxiety disorders. Currently, there are no studies that assess these inflammatory markers in GD individuals. The present study compared trauma exposure in childhood and situations of discrimination between transsexual women and men. Likewise, we sought to compare IL1β, IL-6, IL-10 and TNF-α levels between the groups, in order to search for biological evidence of a higher prevalence of psychopathology in GD individuals, in addition to exposure to discrimination and prejudice. We verified that transsexual women are more exposed to childhood maltreatment than are men (p = .046), similarly, they experience more discrimination than do men (p = .002). In addition, transsexual women also presented higher rates of suicidal thoughts (p <.001) and attempts (p = .001) than did men. However, no significant differences were observed in the assessed cytokine levels between both groups. Our study concluded that GD individuals suffer discrimination from childhood to adulthood, which places these individuals at higher risk of presenting suicidal behavior and other psychopathologies. Likewise, we suggest that GD alone is not a factor that directly influences such inflammatory biomarkers.A Disforia de Gênero (DG) vem sendo cada vez mais estudada nos últimos anos. Esta condição é caracterizada por acentuada incongruência entre o gênero vivenciado e o sexo de nascimento. A DG é uma condição rara, cuja prevalência ainda não está bem definida, sendo estimada de 1:20.000 (ou 0,005%) a 1:10.000 (ou 0.014%) para mulheres transexuais e de 1: 50.000 (ou 0,002%) a 1: 33.333 (ou 0,003%) para homens transexuais. Indivíduos com DG estão com frequência expostos a rejeição, agressão e outras formas de expressão hostil devido a sua identidade de gênero, além de apresentarem altos índices de maus-tratos na infância. Ambas situações colocam indivíduos com DG em maior risco para psicopatologia, o que é observado em diversos estudos. Os poucos estudos que avaliam biomarcadores na população com DG, até o momento, abordam BDNF. BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) ou Fator Neurotrófico derivado do Cérebro é uma neurotrofina e está relacionada à plasticidade sináptica, à neurogênese, à sobrevivência neuronal e à maturação normal das vias neuronais. O estresse crônico, através da redução do BDNF, leva à supressão da neurogênese. Já se observou que, quando comparados com indivíduos sem DG, indivíduos com DG apresentam níveis mais baixos de BDNF. Citocinas são reguladores do nosso sistema imune. Tanto a exposição crônica quanto aguda a citocinas, pode levar a alterações de neurotransmissores no SNC que podem mimetizar quadros depressivos. Citocinas, como IL1β, IL-6, IL-10 e TNF-α, quando estão em níveis anormais, tem sido associadas a diversos transtornos psiquiátricos, como Transtornos de Humor e de Ansiedade. Ainda não existem estudos que avaliem estes marcadores inflamatórios em indíviduos com DG. O presente estudo buscou comparar exposição a traumas na infância e situações de discriminação entre mulheres transexuais e homens. Da mesma forma, buscou-se comparar os níveis séricos de IL1β, IL-6, IL-10 e TNF-α entre os grupos, em vistas de buscar evidências biológicas para a maior prevalência de psicopatologia em indivíduos com DG, além da exposição à discriminação e preconceito. Verificamos que mulheres transexuais estão mais expostas a maus-tratos na infância do que homens (p = .046), assim como vivenciam mais situações de discriminação do que homens (p = .002). Da mesma forma, mulheres transexuais também apresentam maiores índices de pensamento (p <.001) e tentativa suicida (p = .001) do que homens. No entanto, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos nos níveis séricos das citocinas avaliadas. Nosso estudo conclui que indivíduos com DG sofrem discriminação da infância a vida adulta, o que os colocam em maior risco para apresentar comportamento suicida e outras psicopatologias. Igualmente, sugere-se que a DG, isoladamente, não é um fator que influencie diretamente em marcadores inflamatórios
Pseudomyxoma peritonei : case report and literature review
Pseudomixoma peritoneal (PMP) é uma doença incomum, caracterizada pela presença de coleções líquidas gelatinosas em abdome e pelve, com implantes mucinosos na superfície peritoneal. A maioria dos casos é associada a neoplasias apendiculares. Os sintomas mais importantes são aumento de volume abdominal, emagrecimento, dor abdominal e sintomas mimetizando apendicite aguda. Esta condição clínica progride com disseminação peritoneal, obstrução intestinal e comprometimento nutricional. O caso relatado é de uma paciente feminina, 68 anos, com emagrecimento, aumento de volume abdominal e massa anexial, causando hidronefrose bilateral. Laparotomia exploradora evidenciou massa ocupando cavidades intraperitonial e retroperitonial, originária de tumor apendicular. Após análise histopatológica, o diagnóstico final foi de pseudomixoma peritoneal secundário a neoplasia de apêndice.Pseudomyxoma peritonei (PMP) is an uncommon disease, characterized by the presence of gelatinous collections in abdominal and pelvic cavities, with mucinous implants on peritoneal surface. The majority of PMP cases are associated with appendiceal carcinomas. The most important symptoms are increasing abdominal girth, weight loss, abdominal pain, and symptoms mimicking an acute appendicitis. This entity has a borderline behavior with progression to peritoneal seeding, intestinal obstruction, and nutritional compromise. The case reported is of a 68-year-old woman with weight loss, increasing abdominal girth, and an adnexal mass. Exploratory laparotomy demonstrated a mass occupying intraperitonial and retroperitonial spaces, originating in an appendiceal tumor. After histopathology examination, the final diagnosis was pseudomyxoma peritonei, due to appendiceal tumor
Pseudomixoma peritoneal: relato de caso e revisão da literatura
Pseudomixoma peritoneal (PMP) é uma doença incomum, caracterizada pela presença de coleções líquidas gelatinosas em abdome e pelve, com implantes mucinosos na superfície peritoneal. A maioria dos casos é associada a neoplasias apendiculares. Os sintomas mais importantes são aumento de volume abdominal, emagrecimento, dor abdominal e sintomas mimetizando apendicite aguda. Esta condição clínica progride com disseminação peritoneal, obstrução intestinal e comprometimento nutricional. O caso relatado é de uma paciente feminina, 68 anos, com emagrecimento, aumento de volume abdominal e massa anexial, causando hidronefrose bilateral. Laparotomia exploradora evidenciou massa ocupando cavidades intraperitonial e retroperitonial, originária de tumor apendicular. Após análise histopatológica, o diagnóstico final foi de pseudomixoma peritoneal secundário a neoplasia de apêndice
Effects of estradiol therapy on resting-state functional connectivity of transgender women after gender-affirming related gonadectomy
An extreme incongruence between sex and gender identity leads individuals with gender dysphoria (GD) to seek cross-sex hormone therapy (CSHT), and gender-affirming surgery (GAS). Although few studies have investigated the effects of CSHT on the brain prior to GAS, no studies in the extant literature have evaluated its impact during hypogonadism in post-GAS individuals. Here, we aimed to evaluate the effects of estradiol on resting-state functional connectivity (rs-FC) of the sensorimotor cortex (SMC) and basal ganglia following surgical hypogonadism. Eighteen post-GAS (male-to-female) participants underwent functional magnetic resonance imaging (fMRI) and neuropsychiatric and hormonal assessment at two time points (t1, hormonal washout; t2, CSHT reintroduction). Based on the literature, the thalamus was selected as a seed, while the SMC and the dorsolateral striatum were targets for seed-based functional connectivity (sbFC). A second sbFC investigation consisted of a whole-brain voxel exploratory analysis again using the thalamus as a seed. A final complementary data-driven approach using multivoxel pattern analysis (MVPA) was conducted to identify a potential seed for further sbFC analyses. An increase in the rs-FC between the left thalamus and the left SCM/putamen followed CSHT. MVPA identified a cluster within the subcallosal cortex (SubCalC) representing the highest variation in peak activation between time points. Setting the SubCalC as a seed, whole-brain analysis showed a decoupling between the SubCalC and the medial frontal cortex during CSHT. These results indicate that CSHT with estradiol post-GAS, modulates rs-FC in regions engaged in cognitive, emotional, and sensorimotor processes