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    Utilização dos Cuidados de Saúde em Doentes com Multimorbilidade em Portugal, em 2015

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    Dissertação de Mestrado em Saúde Pública, apresentada à Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, 2019Orientação científica do Professor Doutor Carlos Matias Dias, Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo JorgeIntrodução: A presença de múltiplas doenças crónicas, em simultâneo, no mesmo indivíduo é um problema de saúde pública cada vez mais relevante para os sistemas de saúde. Os doentes com multimorbilidade têm necessidades de saúde acrescidas, o que representa um ónus elevado na utilização dos cuidados de saúde. Tanto nos Estados Unidos da América (EUA) como na Europa, estima-se que entre 70% a 80% do orçamento total de saúde seja destinado às doenças crónicas. Na Europa, os doentes com multimorbilidade são responsáveis por até 78% das consultas nos cuidados de saúde primários. O seu peso é igualmente elevado nos cuidados hospitalares nos EUA, com um risco até 14,6 vezes superior de internamento e com um tempo de hospitalização 25 vezes mais longo em relação aos doentes sem doenças crónicas. Métodos: Este estudo foca-se na análise da associação entre a multimorbilidade e a utilização dos cuidados de saúde na população portuguesa, entre os 25 e os 74 anos de idade, assim como na descrição da prevalência da multimorbilidade em Portugal e na análise da utilização dos cuidados de saúde por grupo de doenças crónicas específicas e por cada doença crónica adicional. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, analítico e transversal que tem como fonte de informação a base de dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) cuja recolha de dados decorreu em 2015. Foi estudada a associação entre as variáveis socioeconómicas e a utilização dos cuidados de saúde, nos doentes com multimorbilidade. Foi construído um modelo de regressão logística estratificado para o sexo e ajustado para as variáveis socioeconómicas. Resultados: A prevalência de multimorbilidade na população portuguesa foi de 38,3% (IC95% 35,4% a 41,3%). Nos doentes com multimorbilidade verificou-se uma maior utilização de consultas de cuidados de saúde primários, consultas hospitalares e internamentos. Nestes doentes foi observada associação estatisticamente significativa entre o sexo feminino, escalões etários mais velhos e níveis educacionais mais baixos e a maior utilização dos cuidados de saúde. A utilização dos serviços de saúde era mais elevada no grupo das doenças do foro mental e das patologias músculo-esqueléticas, embora não se tenha verificado o aumento proporcional da utilização dos cuidados por doença crónica adicional. Conclusões: Apesar da diversidade metodológica presente neste tipo de trabalhos, os resultados observados neste estudo estão em linha com a literatura internacional. A existência de evidência científica, para a realidade nacional, quanto à utilização dos serviços de saúde por doentes com multimorbilidade, poderá sustentar alterações nas políticas de saúde que permitam uma gestão mais eficiente destes doentes.Background: The presence of multiple chronic diseases in the same patient is a public health problem increasingly recognized as relevant to health systems. Individuals with multimorbidity have additional health needs, which represent a heavy burden for healthcare use. It is estimated that between 70% to 80% of the total health expenditure is used with chronic conditions, both in USA and in Europe. Patients with multimorbidity are responsible for up to 78% of primary care appointments in Europe. These patients are also high hospital services users, with up to 14.6 times more risk of hospitalization and with longer periods of hospital stay (up to 25 times) in USA. Methods: This study analyzes the association between multimorbidity and healthcare use in the Portuguese population aged 25 to 75, as well as the description of the prevalence of multimorbidity in Portugal and the analysis of healthcare use by group of chronic diseases and by additional chronic disease. An epidemiological, observational, analytic cross-sectional study was performed, based on data from Inquérito Nacional de Saúde com Exame Fisico (INSEF) which had data collected in 2015. In patients with multimorbidity, the association between socioeconomic variables and healthcare use was studied using logistic regression models, stratified by sex and adjusted for socioeconomic confounding variables. Results: The prevalence of multimorbidity in the Portuguese population was 38.3% (95% CI 35.4% to 41.3%). In patients with multimorbidity there was a more frequent use of primary health care consultations, hospital consultations and hospitalizations. In these patients an association was established between female sex, older age groups and lower educational levels, and increased use of healthcare. A more frequent healthcare use was observed with mental health and musculoskeletal diseases, although not showing a proportional increase in healthcare use for each additional medical condition. Conclusion: Despite the methodological diversity present in these type of works, the results found in this study are in line with the international literature. The availability of scientific evidence, in Portuguese context, regarding the use of healthcare services by multimorbidity patients, may support health policy changes which could allow a more efficient management of these patients.N/

    O papel do médico de família atribuído ao doente, no conhecimento do diagnóstico da sua diabetes mellitus

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    Menção Honrosa na categoria Investigação.Introdução: A Diabetes Mellitus (DM) apresenta uma história natural silenciosa, sendo um dos desafios atuais o seu subdiagnóstico. No entanto, o subdiagnóstico, quer por inexistência de médico, quer por deficiências na prestação de cuidados, não é o único fator associado ao awareness, também os fatores individuais o são. O aumento do conhecimento dos doentes e dos médicos que os seguem acerca da doença é fundamental para a prevenção de complicações e para diminuir o peso global da DM. O objetivo do estudo foi estimar a associação entre a existência de médico de Medicina Geral e Familiar (MGF) atribuído pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o awareness de DM, em doentes a residir em Portugal há mais de 12 meses, com idade entre os 25 e os 74 anos, no ano de 2015. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal analítico com base na análise secundária dos dados obtidos no Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) entre fevereiro e dezembro de 2015. Dos 4911 participantes, foram estudados os 495 que cumpriam pelo menos 1 dos critérios de inclusão: HbA1c ≥ 6,5% ou diagnóstico de DM ou estar sob terapêutica antidiabética. As variáveis foram divididas: na variável outcome awareness, na variável de exposição “ter médico de MGF atribuído” e num grupo de variáveis independentes considerados potencias fatores de confundimento da associação. A análise estatística teve uma parte descritiva, e uma parte inferencial, que permitiu estimar a associação entre o doente ter MGF atribuído pelo SNS, e o conhecimento e diagnóstico de DM ajustado para confundimento, recorrendo a um modelo de regressão de Poisson. Resultados: A maioria dos diabéticos portugueses identificados estavam aware da doença (87,7%) e tinham médico de MGF atribuído (89,6%). A proporção do awareness da DM em doentes é maior quando estes têm médico de MGF, comparativamente aos que não têm este profissional de saúde atribuído (90,8%vs.61,3%). Observou-se uma associação positiva entre a existência de médico de MGF atribuído e o awareness da DM em doentes, expressa por uma Razão de Prevalência=1,46 (IC95%:1,01-2,10), ajustada para o confundimento. Discussão: Apesar das limitações, a associação encontrada sugere que nos doentes com MGF o conhecimento da sua condição é 46% superior aos que não tem MGF. Este resultado reforça a importância da existência de MGF atribuído a utentes diabéticos, no sentido de melhorar o conhecimento da sua patologia e, assim, permitir ganhos em saúde nesta população.O INSEF foi desenvolvido como parte integrante do projeto “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal. Towards reduced inequalities, improved health, and bilateral cooperation”, beneficiando de apoio financeiro de 1.500.000€ concedido pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através das EEA Grants.N/

    Multimorbidity in Portugal: Results from The First National Health Examination Survey

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    Introduction: The simultaneous presence of multiple chronic diseases in the same individual is recognized as an important public health problem. Patients with multimorbidity have greater healthcare needs, which represents a higher burden on health services. Although there is no consensual definition of this concept, multimorbidity is usually defined as the presence of two or more chronic diseases in the same patient. The existence of evidence regarding multimorbidity will lead to more efficient management and treatment of these patients. Material and Methods: In order to estimate the prevalence of multimorbidity and to identify the associated factors, a cross-sectional epidemiological study was developed based on data from the INSEF, a population-based survey conducted on a representative probability sample of the Portuguese population (n = 4911). The prevalence of multimorbidity was estimated for the total population and separately for men and women, stratified by age group, region, education and income. The magnitudes of the associations were measured by the adjusted prevalence ratios calculated by the Poisson regression model. Results: Prevalence of multimorbidity was 38.3% (95% CI: 35.4% to 41.3%), with higher frequency in women, older people, Lisbon and Tagus Valley; Northern Portugal; Algarve and Alentejo regions and in those with lower academic qualifications. No association was found between multimorbidity and income. Discussion: Multimorbidity affects more than one third of the Portuguese population. Epidemiological data about multimorbidity in Portugal allows the identification of population groups with higher multimorbidity prevalence. Conclusion: Our results, which highlight the greater risk of multimorbidity among older and less instructed people, are in line with the literature. These results show the relevance of multimorbidity patients and are especially important in the way how healthcare is organized and provided

    Multimorbilidade em Portugal

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    Introdução: A multimorbilidade, definida habitualmente pela presença de duas ou mais doenças crónicas no mesmo individuo, é um problema relevante que importa considerar. Na Europa, estima-se que a multimorbilidade represente 70 a 80% da despesa em saúde em países como a Dinamarca e seja a causa de 8 em cada 11 internamentos hospitalares no Reino Unido. Estes doentes revelam um elevado número de prescrições e de referenciações hospitalares. Em 2005/2006 em Portugal, segundo os dados de Inquérito Nacional de Saúde, 36% da população apresentava três ou mais doenças crónicas. Internacionalmente os estudos apresentam valores variáveis, com prevalências entre 20% e 40%. Torna-se relevante compreender o padrão actual de multimorbilidade, num estudo de base populacional, com um intervalo etário alargado. Objectivo: Descrever e caracterizar a prevalência de multimorbilidade em Portugal. Material e Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico transversal analítico, tendo como unidade de observação todos os indivíduos que responderam ao Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico -indivíduos não institucionalizados, com idade compreendida entre os 25 e 74 anos residentes em Portugal-. O desenho da amostra pressupõe a representatividade da população portuguesa, sendo a amostra final constituída por 4911 indivíduos. A prevalência da multimorbilidade foi estimada para o total da população e para cada um dos sexos, estratificada por grupo etário, região de saúde, educação e rendimento. Para identificar os fatores associados à multimorbilidade foi utilizado o modelo de regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de multimorbilidade foi de 38,3% (IC95% 35,4% a 41,3%), com maior frequência nas mulheres, nos indivíduos mais velhos, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo e em níveis educacionais mais baixos. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre a multimorbilidade e o rendimento. No modelo de regressão multivariável continuou a verificar-se uma relação entre a multimorbilidade e a idade, com uma aRP nos escalões etários 55-64 e 65-74 de 5,67 (IC95% 2,54 a 12,65) e 5,68 (IC95% 2,47 a 13,05) nos homens e 6,71 (IC95% 4,01 a 11,21) e 7,51 (IC95% 4,52 a 12,51) nas mulheres, em comparação com o escalão etário 25-34. Conclusões: A multimorbilidade é um problema que afecta mais de um terço da população portuguesa. Os resultados por nós obtidos estão em consonância com a literatura ao mostrarem uma prevalência superior de multimorbilidade nas mulheres, nos indivíduos mais velhos e com habilitações literárias mais baixas. A existência de um estudo de base populacional, com representatividade nacional, possibilita a melhor caracterização destes doentes em Portugal. Esta evidência permitirá contribuir para a actual discussão quanto à necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem aos doentes com múltiplas doenças crónicas, com políticas que permitam tratar melhor e com maior eficiência.O INSEF foi desenvolvido como parte integrante do projeto “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal. Towards reduced inequalities, improved health, and bilateral cooperation”, beneficiando de apoio financeiro de 1.500.000€ concedido pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através das EEA Grants.N/

    Discutindo a educação ambiental no cotidiano escolar: desenvolvimento de projetos na escola formação inicial e continuada de professores

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    A presente pesquisa buscou discutir como a Educação Ambiental (EA) vem sendo trabalhada, no Ensino Fundamental e como os docentes desta escola compreendem e vem inserindo a EA no cotidiano escolar., em uma escola estadual do município de Tangará da Serra/MT, Brasil. Para tanto, realizou-se entrevistas com os professores que fazem parte de um projeto interdisciplinar de EA na escola pesquisada. Verificou-se que o projeto da escola não vem conseguindo alcançar os objetivos propostos por: desconhecimento do mesmo, pelos professores; formação deficiente dos professores, não entendimento da EA como processo de ensino-aprendizagem, falta de recursos didáticos, planejamento inadequado das atividades. A partir dessa constatação, procurou-se debater a impossibilidade de tratar do tema fora do trabalho interdisciplinar, bem como, e principalmente, a importância de um estudo mais aprofundado de EA, vinculando teoria e prática, tanto na formação docente, como em projetos escolares, a fim de fugir do tradicional vínculo “EA e ecologia, lixo e horta”.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació

    stairs and fire

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    Diagnóstico de vertigem no serviço de urgência

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    Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014The diagnosis of vertigo may be challenging for the doctor in the Emergency Department. This is a common symptom in this context and can be caused by a wide variety of pathologies. These range from benign diseases to those that can threaten the patient’s life. This differentiation should be done in an accurate way and, for this reason, the main features of each pathology should be recognized. In an initial stage the distinction between central and peripheral causes must be done in order to, in a second phase, being able to determine the specific cause of vertigo.The clinical judgment, based on the interview and in the examination, is the cornerstone for the diagnosis of the different etiologies in the Emergency Department. The skill to ommunicate with the patient, understanding if he has truly vertigo and also the ability to obtain information about the duration and characteristics of the vertigo, make possible the correct diagnosis and treatment.O diagnóstico de vertigem pode ser desafiante para os médicos no Serviço de Urgência. Trata-se de um sintoma comum neste contexto, podendo ter uma grande variedade de etiologias. Estas vão desde as mais benignas, até às que podem por em risco a vida do doente. É essencial que esta diferenciação seja feita de forma precisa e para isso as principais particularidades de cada patologia devem ser reconhecidas. Numa primeira fase urge fazer a distinção entre causas centrais ou periféricas para, num segundo tempo, se determinar a causa específica de vertigem. O raciocínio clinico, baseado na anamnese e no exame objetivo, é basilar para o diagnóstico das diferentes etiologias em contexto de urgência. A capacidade de comunicar com o doente, compreendo se este apresenta verdadeiramente um episódio de vertigem, bem como conseguir obter informação quanto à duração e características da mesma possibilitam o diagnóstico e o correto tratamento

    Healthcare use in patients with multimorbidity

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    Background: The existence of multiple chronic conditions in the same patient is a public health problem increasingly recognized as relevant to health systems. Individuals with multimorbidity have additional health needs, which imply a heavy burden in healthcare use. It is estimated that between 70% and 80% of the total health expenditure is used with chronic conditions. Patients with multimorbidity are responsible for up to 75% of primary care appointments. These patients are also high hospital users, with up to 14.6 times more risk of hospitalization. Methods: This study analyses the association between healthcare use and multimorbidity in the Portuguese population aged 25–74 years old. The association between socioeconomic variables and healthcare use was studied, based on data from the first Portuguese Health Examination Survey using a logistic regression model, stratified by sex and adjusted for socioeconomic confounding variables. Results: In patients with multimorbidity, there was a greater use of primary healthcare consultations, medical or surgical specialist consultations and hospitalizations. An association was established between female, older age groups and lower educational levels, and increased healthcare use. When adjusted to socioeconomic variables, the likelihood of using healthcare services can be as high as 3.5 times, when compared to patients without chronic conditions. Conclusion: Our results show a greater healthcare use in multimorbidity patients, both in primary and hospital care. The availability of scientific evidence regarding the use of healthcare services by multimorbidity patients may support health policy changes, which could allow a more efficient management of these patients.O primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico foi desenvolvido como parte integrante do projeto “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal. Towards reduced inequalities, improved health, and bilateral cooperation”, que beneficiou de um apoio financeiro de 1.500.000€ concedido pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através do Programa Iniciativas em Saúde Pública (PT06) financiado pelas EEA Grants 2009-2014.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Healthcare use in multimorbidity patients

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    Background: The existence of multiple chronic conditions in the same patient is a public health problem, recognized as relevant to health systems. Individuals with multimorbidity have additional health needs, which in the context of continuous increase of life expectancy, imply a heavy burden to healthcare services. Methods: We analysed the association between healthcare use (primary care, medical specialist consultations and hospitalizations) and multimorbidity in the Portuguese population aged 25-74 years old, using the Health Examination Survey (n = 4911) data. Logistic regression models adjusted for predisposing (age, education) and enabling (income, region of residence) factors were fitted separately for male and female. Odds ratios and CI95% were estimated. Results: Prevalence of multimorbidity was 38.3% (95%CI: 35.4%; 41.3%). In males, after adjustment for confounding and when compared to patients without chronic conditions, multimorbidity was associated with greater use of primary care (OR = 3.7; CI95%: 2.3-5.8), medical specialist consultations (OR = 1.9; CI95%: 1.1-3.4) and hospitalizations (OR = 1.8; CI95%: 1.2-2.7). In female, statistically significant association between multimorbidity and healthcare use was observed for primary care (OR = 2.6; CI95%: 1.6-4.3) and medical specialist consultations (OR = 2.8; CI95%: 2.0-3.9), but not for hospitalizations. Both male and female with multimorbidity reported greater use of primary care, compared to individuals with only one chronic condition (OR = 2.4; CI95%: 1.3-4.4 and OR = 1.7; CI95%: 1.1-2.8, respectively). Conclusions: Our results show a greater healthcare use in patients with multimorbidity, both in primary and hospital care. The availability of scientific evidence regarding the healthcare use, by patients with multimorbidity, may substantiate the discussion about the possible need for the Portuguese health system to adapt to these patients, with changes in policies that will allow better and more efficient treatment.Key messages: This study may support the discussion about the adaptation of Portuguese health system to patitents with multimorbidity; Further discussion on policy change is needed, targeting an efficient management of these patients.O INSEF foi desenvolvido como parte integrante do projeto “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal. Towards reduced inequalities, improved health, and bilateral cooperation”, beneficiando de apoio financeiro de 1.500.000€ concedido pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através das EEA GrantsN/

    Efeito do estilo de vida na pressão arterial em indivíduos sob medicação anti-hipertensiva: uma análise do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico

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    Introduction and Objectives: Hypertension is one of the main risk factors for disability and death from cardiovascular disease. Current guidelines include initiatives to control blood pressure in hypertensive patients that focus on lifestyle changes. The main objective of this study was to analyze the association between lifestyle and blood pressure in patients under antihypertensive medication. Methods: Data collected in the Portuguese National Health Examination Survey (INSEF) were analyzed. Individuals who met INSEF inclusion criteria and reported being under antihypertensive medication in the two weeks prior to the questionnaire were studied. Lifestyle variables (alcohol consumption, smoking, added salt intake, fruit and vegetable consumption, and physical activity) were assessed by questionnaire, and systolic and diastolic blood pressure were measured by physical examination. Associations between lifestyle factors and blood pressure, stratified by gender and adjusted for sociodemographic variables and obesity, were estimated through a multiple linear regression model. Results: Alcohol consumption (beta=6.31, p=0.007) and smoking (beta=4.72, p=0.018) were positively associated with systolic blood pressure in men. Added salt intake, fruit and vegetable consumption, and physical activity were not associated with blood pressure in men. In women, no association was observed for any behavioral variable. Conclusions: These conclusions highlight the need in the population under antihypertensive medication, particularly in men, to focus on the fight against high systolic blood pressure in the two modifiable and preventable behaviors of smoking and alcohol consumption.Introdução e objetivos: A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para incapacidade e morte por doenças cardiovasculares. Orientações atuais de controlo da pressão arterial em indivíduos hipertensos focam-se em alterações do estilo de vida. O principal objetivo deste estudo foi estimar a associação entre o estilo de vida e a pressão arterial em indivíduos sob medicação anti-hipertensiva. Métodos: Procedeu-se a uma análise dos dados colhidos no Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico. Indivíduos que cumpriram os critérios de inclusão e que referiram encontrar-se sob medicação anti-hipertensiva foram estudados. Variáveis de estilo de vida (consumo de álcool, hábito tabágico, consumo adicional de sal, consumo de fruta e vegetais, prática de atividade física) foram medidas por questionário e os valores de pressão arterial foram obtidos por exame físico. Associações entre fatores do estilo de vida e pressão arterial, estratificadas para o sexo e ajustadas a variáveis sociodemográficas e obesidade, foram estimadas através de um modelo de regressão lineal múltipla. Resultados: Consumo de álcool (b=6,31, p=0,007) e hábito tabágico (b=4,72, p=0,018) foram positivamente associadas à pressão arterial sistólica em homens. Consumo adicional de sal, consumo de fruta e vegetais e prática de atividade física não se encontraram associados à pressão arterial em homens. Em mulheres, nenhuma associação foi identificada para qualquer variável comportamental. Conclusões: Estas conclusões reforçam a necessidade, também na população sob medicação anti-hipertensiva, particularmente no sexo masculino, de centrar o combate à pressão arterial sistólica nestes dois comportamentos modificáveis e preveníveis: hábito tabágico e consumo de álcool.The Portuguese National Health Examination Survey is developed as a part of the project “Improvement of epidemiological health information to support public health decision and management in Portugal. Towards reduced inequalities, improved health, and bilateral cooperation”, that benefits from a 1.500.000€ Grant from Iceland, Liechtenstein and Norway through the EEA Grants.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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