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    Adolescer no limiar: percepções de adolescentes do coletivo ProJovem sobre território usado e efetivação de direitos

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    O objetivo desse estudo é compreender a percepção de adolescentes de Coletivo ProJovem sobre território usado e efetivação de direitos. Trata-se de pesquisa exploratória com metodologia qualitativa desenvolvida com oito adolescentes de Coletivo de município do interior de Minas Gerais. A construção de dados ocorreu com a técnica de grupo focal e a metodologia Photo Voice. A análise de conteúdo temática guiou o tratamento dos dados. A metodologia qualitativa permitiu o envolvimento dos adolescentes na reflexão sobre as vulnerabilidades presentes no território. O estudo permitiu a apreensão de diversas percepções sobre o território usado e os modos como, no limiar entre vulnerabilidades, violências e direitos, os adolescentes produzem sociabilidades e elaboram seus projetos de vida. Os resultados evidenciam que a promoção da saúde de adolescentes requer a superação de preconceitos e a criação de espaços de escuta e empoderamento dos sujeitos, fundamentais para a reformulação de políticas e programas sociais

    COMPROMISSO COM O ATEDIMENTO INTEGRAL E HUMANIZADO: REFLEXÕES ACERCA DA ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE UBERABA

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    Este artigo aborda a temática acerca dos serviços de atenção a saúde da criança e a articulação destes serviços, tendo em vista o princípio da integralidade e a humanização em saúde, a partir da visão das famílias atendidas no Ambulatório de Pediatria por meio da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde. Assim, resulta de uma pesquisa realizada com os objetivos de conhecer os serviços de atenção à saúde da criança no município de Uberaba, apresentar as demandas por atenção à saúde das famílias atendidas pela equipe da Residência no Ambulatório, analisar a articulação entre as instituições de saúde e as demais instituições da rede de proteção à infância e avaliar a acessibilidade/resolutividade da atenção à saúde da criança. Os resultados apontam que, apesar dos avanços, existem, ainda, muitos desafios a serem superados na atenção a saúde da criança referentes a dificuldades no acesso, a desarticulação da rede e a fragmentação das ações no atendimento das necessidades dos sujeitos de forma integral e humanizada

    A Arte de Ocupar: O Direito à Cidade e a Produção de Territórios Existenciais por Usuários(as)-Artistas Atendidos em Serviço Comunitário de Saúde Mental/ The art of occupy: the right to the city and the production of existential territories by user-artists assisted in a community mental health service

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    Introdução: Oficinas em serviços comunitários de saúde mental são espaços para produzir diferenças; romper com a normalização dos sujeitos, reinvenção de modos de ser, cuidar, viver e efetivar o direito à cidade. Experiências num programa de extensão em um Centro de Atenção Psicossocial agenciaram reflexões acerca da efetivação do direito à cidade por pessoas com transtornos mentais. Objetivos: Investigou-se possíveis contribuições das oficinas artísticas na produção de territórios existenciais, do cotidiano e da ocupação dos espaços da cidade por parte de usuários-artistas de um CAPS. Métodos: Desenvolvido com método etnográfico e entrevistas, o estudo envolveu dez usuários-artistas. Realizou-se análise de conteúdo temática dos dados. Resultados: A partir dessa análise, obteveram-se as seguintes categorias: Ocupações e cotidiano; Caminhar, habitar e resistir; Oficinas de arte: produção artística e afetos. Os participantes apresentam variados cursos e atividades profissionais. A estruturação da rotina e das atividades do cotidiano foram agenciadas a partir das idas ao serviço comunitário. Deslocamentos territoriais nos bairros que residem e suas imediações, em instituições de saúde, educacionais, religiosas e lugares para lazer revelam diferentes níveis de autonomia e circulação pela cidade. As repercussões da oficina de artes na cidade giram em torno de idas e vindas proporcionadas pelas exposições, acompanhamento terapêutico e desejos pessoais. Conclusão: O serviço alimenta a tessitura de linhas de fuga, trocas materiais e simbólicas desses usuários-artistas e de tantos outros que por lá transitam. A Terapia Ocupacional como Produção de Vida, pode contribuir para a produção de agenciamentos, criação de fazeres e afetos que povoem os acontecimentos da vida.Palavras-chave: Serviços Comunitários de Saúde Mental; Cidades; Arte; Terapia Ocupacional; Liberdade de CirculaçãoAbstractIntroduction: Workshops in community mental health services are spaces intended to produce differences; break with the normalization of subjects; reinvent ways of being, caring or living; and fulfilling the right to the city. Experiences in an extension program at a Psychosocial Care Center facilitated reflections on the realization of the right to the city by people with mental disorders. Objectives: To investigate possible contributions of the arts workshop in the production of existential territories and the occupation of spaces in the city by the artist-users. Methods: Developed using an ethnographic method and interviews, the study involved ten user-artists. Thematic content analysis of the data was performed. Results: From this analysis, the following categories were obtained: Occupations and daily life; Walk, dwell and resist; Art Workshops: artistic production and affections. The participants present varied courses and professional activities. The structuring of routine and daily activities were arranged based on trips to community service. Territorial displacements through neighborhoods where they reside and their surroundings, in health, educational or religious institutions and places for leisure reveal different levels of autonomy and circulation around the city. The repercussions of the arts workshop in the city revolve around comings and goings provided by the exhibitions, therapeutic follow-up and personal desires. Conclusion: The service feeds the texture of lines of flight, the basis of material and symbolic exchanges of these user-artists and many others who transit there. Occupational Therapy as a Production of Life can contribute to the production of agencies, creation of actions and affections that populate the events of life.Keywords: Community Mental Health Services; Cities; Art; Occupational Therapy; Freedom of MovemeResumemIntroducción: Los talleres en los servicios comunitarios de salud mental son espacios para producir derecho a la ciudad. Experiencias en un programa de extensión en un Centro de Atención Psicosocial facilitaron reflexiones diferencias, romper con la normalización de los sujetos, reinventar formas de ser, cuidar, vivir y realizar el sobre la realización del derecho a la ciudad por las personas con trastorno mental. Objetivos: Posibles contribuciones de usuarios-artistas en el talleres de artes para la producción de territorios existenciales y la ocupación de espacios en la ciudad por los artistas-usuarios. Métodos: Desarrollado mediante un método etnográfico y entrevistas, el estudio involucró a diez usuarios-artistas. Se realizó un análisis de contenido temático de los datos. Resultados: Se obtuvieron las siguientes categorías: Ocupaciones y vida cotidiana; Camina, habita y resiste; Talleres de Arte: producción artística y afectos. Los participantes presentan variados cursos y actividades profesionales, organizan su rutina y actividades diarias en función del servicio comunitario. Los talleres de arte tienen repercusiones en la ciudad en términos de exposiciones, acompañamiento terapéutico y deseos personales.  Los desplazamientos territoriales en los barrios donde residen y su entorno revelan diferentes niveles de autonomía y circulación por la ciudad. La Terapia Ocupacional como Producción de Vida puede contribuir a la producción de agencias, creación de acciones y afectos que pueblan los acontecimientos de la vida. Conclusión: La Terapia Ocupacional como Producción de Vida puede contribuir a la producción de agencias, creación de acciones y afectos que pueblan los acontecimientos de la vida.Palabras clave: Servicios Comunitarios de Salud Mental; Ciudades; Arte; Terapia Ocupacional; Libertad de Circulación

    Promoção da saúde da criança escolar e a identificação de determinantes sociais: relato de experiência

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    Este estudo tem como objetivo descrever e discutir atividades de promoção de saúde realizadas junto a escolares com idades entre oito e dez anos de uma escola pública em um município mineiro. As práticas foram realizadas por estudantes dos cursos de Terapia Ocupacional, Educação Física e Nutrição no período de fevereiro de 2017 a julho de 2018, três vezes por semana. Elas consistiam em estratégias lúdicas e no emprego de tecnologias leves capazes de promover acolhimento e incentivar a expressão das crianças, possibilitando a investigação dos determinantes sociais de saúde (DSS) que permeavam suas comunidades e estilos de vida. Destacaram-se dentre os DSS: diversidade de configurações familiares, rede comunitária proximal e informal ampla; subemprego, analfabetismo, acesso descontínuo a serviços públicos, violência doméstica, distanciamento da escola e alimentação inadequada. Neste cenário, a promoção da saúde dos escolares demanda comprometimento institucional amplo, envolvimento das famílias e sensibilização das crianças para o autocuidado

    A ABORDAGEM DAS FAMÍLIAS NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA: PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DO PAIF EM UBERABA/MG

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    Objetivou-se conhecer as percepções de profissionais do Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família (Paif) de Uberaba/MG sobre as famílias e seus impactos nas ações realizadas. Na coleta de dados desta pesquisa qualitativa, 21 profissionais responderam a questionários e entrevistas. Evidenciou-se a centralidade da abordagem da família na política de assistência social e uma tensão ideopolítica nas percepções dos profissionais, expressa, sobretudo, nas menções ao Programa Bolsa Família. Carente, desestruturada e vulnerável foram expressões utilizadas na definição das famílias. Tais percepções apontam as influências do modelo nuclear na concepção dos profissionais e indicam a importância de se ampliar o foco da leitura de realidade, que impacta na construção de práticas contextuais direcionadas ao empoderamento e à emancipação das famílias

    Adolescer no limiar: percepções de adolescentes do coletivo ProJovem sobre território usado e efetivação de direitos

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    O objetivo desse estudo é conhecer a percepção de adolescentes de Coletivo ProJovem sobre território usado e efetivação de direitos. Trata-se de pesquisa exploratória de abordagem qualitativa. Participaram oito adolescentes do Coletivo de município mineiro de médio porte. A coleta de dados foi conduzida com produção iconográfica sobre o território usado ancorada na metodologia Photo Voice, Grupo Focal e caderno de campo. Na análise de dados emergiram cinco categorias: território e vulnerabilidades, violências, direitos, CRAS e adolescer. A apreensão das diversas percepções sobre o território usado rompe com estigmas sociais, potencializa o empoderamento dos adolescentes e acena para a (re) formulação de políticas e programas sociais. No limiar entre vulnerabilidades, violências e direitos, os adolescentes produzem sociabilidades e elaboram seus projetos de vida

    Relações entre Estratégia Saúde da Família e Vigilância em Saúde na perspectiva de médicos de equipes de saúde da família em Minas Gerais, Brasil: uma análise qualitativa

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    This study evaluated the knowledge of the Family Health Strategy team physicians about Health Surveillance and related areas to verify the relation between these sectors, allowing to identify the positive points and critical nodes that undermine the integration between them. A focus group was conducted with eight physicians from municipalities in the countryside of Minas Gerais. The average working time of professionals in FHS was 5.7 ± 3.25 years and the average working time in SUS was 6.8 ± 3.33 years. Three thematic categories were identified, namely, “Understanding Health Surveillance”, “Recognized Surveillance” and “Relation of Primary Care Professionals with Health Surveillance”. Health Surveillance was perceived as responsible for disease control and prevention, as well as for guiding the planning of health actions. The most recognized types of vigilance was Epidemiological Surveillance and Sanitary Surveillance. The main critical nodes identified are associated with a lack of mutual knowledge and interaction between Primary Care and Health Surveillance, which consequently leads to the low involvement and integration of these areas in the process of notification, monitoring and resolution of diseases and grievances of shared responsibility.Este estudo avaliou o conhecimento de médicos de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a Vigilância em Saúde e suas áreas, de modo a compreender como se dá a relação entre estes setores e identificar os pontos positivos e os nós críticos que prejudicam a integração entre eles. Foi realizado grupo focal com oito médicos de municípios do interior de Minas Gerais. O tempo médio de atuação dos profissionais na ESF foi de 5,7 ± 3,25 anos e o tempo médio de atuação no Sistema Único de Saúde foi de 6,8 ± 3,33 anos. Foram identificadas três categorias temáticas, quais sejam: “Compreensões sobre Vigilância em Saúde”, “Vigilâncias Reconhecidas” e “Relações dos Profissionais da Atenção Básica com a Vigilância em Saúde”. A Vigilância em Saúde foi percebida como responsável pelo controle e prevenção de doenças e norteadora do planejamento das ações de saúde. As vigilâncias mais reconhecidas foram a Epidemiológica e Sanitária. Os principais nós críticos identificados estão associados à falta de conhecimento mútuo e interação entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde, que por conseguinte leva ao pouco envolvimento e integração dessas áreas no processo de notificação, acompanhamento e resolução de doenças e agravos de responsabilidade compartilhada

    Violências Sexuais: vivências de adolescentes nos coletivos “ProJovem” em Minas Gerais

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    A violência sexual impacta indivíduos, famílias a sociedade e os serviços de proteção. Objetivamos compreender as experiências de adolescentes frequentadores dos Coletivos “ProJovem” nos Centros de Referência e Assistência Social, de Uberaba, MG, Brasil acerca das violências sexuais vivenciadas em seus territórios. Trata-se de pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, cujos dados foram obtidos por Grupos Focais com 69 adolescentes, de ambos os sexos, de 12 a 17 anos, entre 2015 e 2016; as narrativas foram analisadas a partir da análise de conteúdo temática. Emergiram quatro categorias: assédio sexual, que demonstrou a investida de homens estranhos nos bairros, produzindo insegurança; a violência sexual intrafamiliar, demonstrando os desafios da convivência das meninas com homens que deveriam zelar por sua proteção; os olhares sobre os violentadores, destaca a cultura da violência recíproca, que pode ocasionar na morte do agressor; e o CRAS como lugar de proteção, que demonstra a importância de serviços e educadores na proteção a esse tipo de violência. A violência sexual está presente no cotidiano dos adolescentes e é vista de forma naturalizada, embora produza insegurança e mudanças nos hábitos, em especial, das meninas. Urge fortalecer as políticas de proteção social em sua face intersetorial aliada à capacitação dos profissionais, a fim de reduzir a vulnerabilidade social nesses territórios
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