A Arte de Ocupar: O Direito à Cidade e a Produção de Territórios Existenciais por Usuários(as)-Artistas Atendidos em Serviço Comunitário de Saúde Mental/ The art of occupy: the right to the city and the production of existential territories by user-artists assisted in a community mental health service

Abstract

Introdução: Oficinas em serviços comunitários de saúde mental são espaços para produzir diferenças; romper com a normalização dos sujeitos, reinvenção de modos de ser, cuidar, viver e efetivar o direito à cidade. Experiências num programa de extensão em um Centro de Atenção Psicossocial agenciaram reflexões acerca da efetivação do direito à cidade por pessoas com transtornos mentais. Objetivos: Investigou-se possíveis contribuições das oficinas artísticas na produção de territórios existenciais, do cotidiano e da ocupação dos espaços da cidade por parte de usuários-artistas de um CAPS. Métodos: Desenvolvido com método etnográfico e entrevistas, o estudo envolveu dez usuários-artistas. Realizou-se análise de conteúdo temática dos dados. Resultados: A partir dessa análise, obteveram-se as seguintes categorias: Ocupações e cotidiano; Caminhar, habitar e resistir; Oficinas de arte: produção artística e afetos. Os participantes apresentam variados cursos e atividades profissionais. A estruturação da rotina e das atividades do cotidiano foram agenciadas a partir das idas ao serviço comunitário. Deslocamentos territoriais nos bairros que residem e suas imediações, em instituições de saúde, educacionais, religiosas e lugares para lazer revelam diferentes níveis de autonomia e circulação pela cidade. As repercussões da oficina de artes na cidade giram em torno de idas e vindas proporcionadas pelas exposições, acompanhamento terapêutico e desejos pessoais. Conclusão: O serviço alimenta a tessitura de linhas de fuga, trocas materiais e simbólicas desses usuários-artistas e de tantos outros que por lá transitam. A Terapia Ocupacional como Produção de Vida, pode contribuir para a produção de agenciamentos, criação de fazeres e afetos que povoem os acontecimentos da vida.Palavras-chave: Serviços Comunitários de Saúde Mental; Cidades; Arte; Terapia Ocupacional; Liberdade de CirculaçãoAbstractIntroduction: Workshops in community mental health services are spaces intended to produce differences; break with the normalization of subjects; reinvent ways of being, caring or living; and fulfilling the right to the city. Experiences in an extension program at a Psychosocial Care Center facilitated reflections on the realization of the right to the city by people with mental disorders. Objectives: To investigate possible contributions of the arts workshop in the production of existential territories and the occupation of spaces in the city by the artist-users. Methods: Developed using an ethnographic method and interviews, the study involved ten user-artists. Thematic content analysis of the data was performed. Results: From this analysis, the following categories were obtained: Occupations and daily life; Walk, dwell and resist; Art Workshops: artistic production and affections. The participants present varied courses and professional activities. The structuring of routine and daily activities were arranged based on trips to community service. Territorial displacements through neighborhoods where they reside and their surroundings, in health, educational or religious institutions and places for leisure reveal different levels of autonomy and circulation around the city. The repercussions of the arts workshop in the city revolve around comings and goings provided by the exhibitions, therapeutic follow-up and personal desires. Conclusion: The service feeds the texture of lines of flight, the basis of material and symbolic exchanges of these user-artists and many others who transit there. Occupational Therapy as a Production of Life can contribute to the production of agencies, creation of actions and affections that populate the events of life.Keywords: Community Mental Health Services; Cities; Art; Occupational Therapy; Freedom of MovemeResumemIntroducción: Los talleres en los servicios comunitarios de salud mental son espacios para producir derecho a la ciudad. Experiencias en un programa de extensión en un Centro de Atención Psicosocial facilitaron reflexiones diferencias, romper con la normalización de los sujetos, reinventar formas de ser, cuidar, vivir y realizar el sobre la realización del derecho a la ciudad por las personas con trastorno mental. Objetivos: Posibles contribuciones de usuarios-artistas en el talleres de artes para la producción de territorios existenciales y la ocupación de espacios en la ciudad por los artistas-usuarios. Métodos: Desarrollado mediante un método etnográfico y entrevistas, el estudio involucró a diez usuarios-artistas. Se realizó un análisis de contenido temático de los datos. Resultados: Se obtuvieron las siguientes categorías: Ocupaciones y vida cotidiana; Camina, habita y resiste; Talleres de Arte: producción artística y afectos. Los participantes presentan variados cursos y actividades profesionales, organizan su rutina y actividades diarias en función del servicio comunitario. Los talleres de arte tienen repercusiones en la ciudad en términos de exposiciones, acompañamiento terapéutico y deseos personales.  Los desplazamientos territoriales en los barrios donde residen y su entorno revelan diferentes niveles de autonomía y circulación por la ciudad. La Terapia Ocupacional como Producción de Vida puede contribuir a la producción de agencias, creación de acciones y afectos que pueblan los acontecimientos de la vida. Conclusión: La Terapia Ocupacional como Producción de Vida puede contribuir a la producción de agencias, creación de acciones y afectos que pueblan los acontecimientos de la vida.Palabras clave: Servicios Comunitarios de Salud Mental; Ciudades; Arte; Terapia Ocupacional; Libertad de Circulación

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