7 research outputs found

    Dois autores e um vestido

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    Em meio a um conturbado período histórico-literário surgem, no Brasil, duas obras inovadoras, movidas pelos ecos modernistas: um significativo poema de Carlos Drummond de Andrade sob o título de Caso do vestido e uma precursora peça de teatro escrita por Nelson Rodrigues Vestido de noiva. O diálogo entre essas duas obras que a princípio se justifica pela presença da figura do vestido consolida-se à medida que essa figura mostra-se muito mais do que uma simples coincidência, mas o mecanismo propulsor de uma série de conflitos que partem dela e nela se encerram

    Augusto dos Anjos: um poeta multifacetado

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    Just because a didatc reason, since a long time, the brazilian literature writers have been named by some kind of style e manner presented in certain academics classification that doesn’t includes the poet Augusto dos Anjos called then as a trasition poet. In fact, he doesn’t take care of rules or writting ways. That’s the theme of this article.KEY WORDS: Augusto dos Anjos, style, didatic.Por uma questão didática, há muito tempo convencionou-se enquadrar poetas, prosadores e dramaturgos brasileiros em escolas literárias que nem sempre condizem com os aspectos imanentes em suas obras. Nesse rol de escritores “mal ajustados” destaca-se, nesse artigo, Augusto dos Anjos, poeta estudado durante a formação escolar e, muitas vezes até no ambiente acadêmico, como o poeta “de transição. É sobre essa óptica que se procura observar mais de perto a obra de Augusto dos Anjos, buscando ressaltar-lhe a variedade de estilos.PALAVRAS-CHAVE: Augusto dos anjos; estilos; didática

    Um vestido revestido

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    O vestido uma fi gura que representa originariamente o ser feminino. No dilogo entre o poema Caso dovestido de Carlos Drummond de Andrade e Vestido de noiva de Nelson Rodrigues, descobre-se um vestido revestido designifi cados que o tornam uma fi gura extremamente intrigante. Atravs disso se desenvolve toda uma trama movida ora pelolirismo em Caso do vestido ora pela dramaticidade em Vestido de noiva. Um olhar mais atento permite ainda observar ovestido enquanto uma fi gura que se revela envolvida por diversos confl itos que partem e se encerram em um nico ponto: ouniverso feminino

    Era uma vez “Tchau”: a recepção de Bojunga no ensino fundamental II

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    Tendo em vista que a literatura é muito importante para a formação do homem e pode ser oferecida aos alunos através de contações de histórias, a presente pesquisa tem por finalidade aplicar a contação do conto “Tchau” (2006), de Lygia Bojunga, sob a perspectiva recepcional, a partir de um conjunto de atividades, a alunos do nono ano de uma escola pública no município de Apucarana/PR. O objetivo central é averiguar a recepção dos alunos, antes, durante e após o ingresso da narrativa literária em sala de aula. Para tanta, essa prática terá como base a teoria Estética da Recepção, de Hans Robert Jauss (1993), que leva em conta não apenas a obra literária, mas também seu leitor e sua recepção, pois, segundo Jauss, é ele quem preenche as lacunas presentes nos textos e por isso deve ser considerado. Conforme preveem as DCE e os PCN, a oralidade é aspecto constitutivo da formação integral do aluno, por esse motivo, optou se pela contação de histórias, tendo em vista que é uma prática que estimula o desenvolvimento dessa habilidade

    (RE)LEITURAS DE CHAPEUZINHO VERMELHO: O CONTO DE FADAS E A RECEPÇÃO DO LEITOR JOVEM

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    Tendo como público-alvo o leitor jovem da fase inicial do Ensino Superior, esta pesquisa procurou investigar a recepção da leitura dos contos de fadas Chapeuzinho Vermelho que ele dispõe, levando em conta a importância que textos como este adquirem na dimensão pedagógica e nos aspectos que podem favorecer o desenvolvimento de um sujeito crítico reflexivo. O que leva a tal questionamento são interações sociais de que o indivíduo dispõe em uma rotina de leitura, influenciado pelos símbolos expressos nos contos de fadas. Para tanto esta pesquisa pautou-se na Estética da Recepção de Hans Robert Jauss (1979), em estudos sobre o conto de fadas, como o de Nelly Novaes Coelho (2000) e de Bruno Bettelheim (2002) e questões pertinentes acerca do papel formativo da literatura expostas por Antonio Candido (1972). A pesquisa de campo foi realizada com alunos de uma universidade pública ao Norte do Paraná com o objetivo de verificar o repertório de leituras e o horizonte de expectativas do leitor jovem universitário acerca do conto clássico Chapeuzinho Vermelho (2012), nas versões de Perrault e Grimm, e a eventual ruptura dessa expectativa através da releitura Uma Chapeuzinho Vermelho (2012), de Marjolaine Leray (2012). A partir de revisão literária e pesquisa de campo, foi possível perceber que o conto de fadas clássico faz parte do arsenal de leituras do jovem universitário, porém a releitura de Leray (2012) tende a romper com o horizonte de expectativas desse leitor e com isso ampliar sua visão de mundo e contribuir significativamente para sua formação enquanto sujeito crítico

    Clarice para menores: a inserção do leitor na narrativa infantil

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    Clarice Lispector é autora de uma obra vasta e complexa, marcada pelo fluxo de consciência e um diálogo interior difícil de mensurar. Diante disso seria igualmente desafiador imaginar que esses mesmos aspectos se mantivessem em suas narrativas voltadas ao leitor mirim, no entanto é exatamente isso o que acontece. Com a mesma originalidade com que (re)cria a existência humana nos livros não infantis, Clarice desenvolve uma linguagem dialógica em suas nas narrativas voltadas à criança, inserindo-a entre as personagens-bicho e personagens-gente, que vivenciam situações desafiadoras, mesmo para um adulto. De modo a verificar as dimensões que a inserção do leitor alcança na obra infantil clariceana, analisamos seus textos inaugurais, O Mistério do Coelho Pensante (1967) e Mulher que Matou os Peixes (1969), sob a perspectiva da ruptura do horizonte de expectativas que cada um promove no pequeno leitor, ao ingressar ora na história de um Coelho bem diferente dos demais ora na confissão reveladora de uma “assassina”.PALAVRAS-CHAVE: Horizonte de Expectativas. Literatura infantil. Clarice Lispector. Leitor. Inserção. Diálogo. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v9i3.259

    O POPULAR NA POESIA DE DRUMMOND: CONVERSAS POÉTICAS AO PÉ DA PRENSA: CONVERSAS POÉTICAS AO PÉ DA PRENSA

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          A relação de Carlos Drummond de Andrade com o popular vai além da apreciação da obra cordelística de Leandro Gomes de Barros, é o que se pretende evidenciar neste estudo acerca de dois textos poéticos dessa natureza: o cordel “Estória de João-Joana”, publicado em Versiprosa no ano de 1967, e o romanceiro moderno “Caso do vestido”, em Rosa do povo, publicado em 1945. À luz de Francisco C. A. Marques (2014), Paul Zumthor (1993), e também de poetas como Mário de Andrade e tantos outros autores que promovem estudos dos artefatos populares, toma-se como viés condutor desta pesquisa a incursão de Drummond pelo universo popular. Sob uma perspectiva investigativa, promove-se um estudo detalhado desses textos, partindo do contexto de produção e culminando na análise estética, levando em consideração ainda a estrutura, a linguagem e o modo como o popular se manifesta na obra poética do poeta modernista. &nbsp
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