25 research outputs found

    Quadro antigo do cemitério ecumênico São Francisco de Paula: história e memória

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    O objetivo principal deste trabalho é discutir a relação entre história e memória, tendo como pano de fundo a relação de Ricardo Rojas, ex-morador e ex-capataz, com o Quadro Antigo do Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula na cidade de Pelotas (RS). Portelli afirma que ao pesquisarmos um lugar, pesquisamos também sobre os que o criaram e que ali se formaram e sobre as circunstâncias particulares desse lugar e dessas pessoas. Assim, ao pesquisarmos o Quadro Antigo do Cemitério pesquisamos também o senhor Ricardo e sua família, que viveram e trabalharam no local entre 1914 e 2009. A história oral é uma metodologia que busca, através de suas fontes, um caminho para a produção de versões e interpretações sobre a história em suas múltiplas dimensões. Afinal, segundo Alberti a história oral permite ao pesquisador recuperar aquilo que não foi encontrado em documentos de outra natureza. No caso do Quadro Antigo do Cemitério os registros encontrados são pobres, existem apenas documentos administrativos da mantenedora, o que torna ainda mais importantes os relatos do senhor Ricardo

    Guardar para mirar, guardar para mostrar: acervos autorreferenciais, da gaveta ao museu

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    This article is about the publicization of self referential collections in a contemporary context of memorial search, in which are relevant Andreas Huyssen’s elaborations about "contemporary compulsion with memory" and François Hartog, around a change in " regime of historicity. Likewise, discusses the concept of self-production, through personal writings and archiving. Finally, we present the trajectories of launch and publicization of two self-referential documentary collections, letters of D. Joaquim, bishop of Pelotas, written between the years 1915 and 1940, Baroness Amelia's letters, written between 1889 and 1918.Este artigo trata da publicização de acervos autorreferenciais em um contexto contemporâneo de busca memorial, percurso no qual são relevantes as elaborações de Andreas Huyssen, sobre a “compulsão contemporânea pela memória”, e de François Hartog, em torno de uma mudança no “regime de historicidade”. Da mesma forma, discute o conceito de produção de si, por meio dos escritos autorreferenciais e de seu arquivamento. Por fim, são apresentadas as trajetórias de constituição e publicização de dois conjuntos documentais autorreferenciais, as cartas de D. Joaquim, bispo de Pelotas, escritas entre os anos de 1915 e 1940, e as cartas da baronesa Amélia, escritas entre 1889 e 1918

    PATRIMONIALIDADE, RECONHECIMENTO E POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO DE CONJUNTOS EPISTOLARES

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    Este artículo propone discutir los procesos de patrimonialización y salvaguardar las colecciones epistolares basadas en las nociones de valor, patrimonio y reconocimiento. Así, buscando comprender y exponer la importancia de estos valores socialmente difundidos y atribuidos a colecciones epistolares en diferentes contextos de preservación, especialmente en las acciones del Comité Nacional de Brasil - Programa Memoria del Mundo.O presente artigo propõe discutir os processos de patrimonialização e salvaguarda de acervos epistolares a partir das noções de valor, patrimonialidade e reconhecimento. Buscando, assim, compreender e expor a importância desses valores socialmente difundidos e atribuídos a acervos epistolares em diferentes contextos de preservação, em especial, nas ações do Comitê Nacional do Brasil – Programa Memória do Mundo

    O que são centros de documentação? O caso do Centro de Documentação do Centro de Estudos e Investigações em História da Educação

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    Este artigo faz uma reflexão teórica acerca de quatro tipos de instituições de memória: arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação, trazendo suas similaridades e suas diferenças, buscando entender o que diferencia o último das demais. Para isso, utiliza autores como Bellotto (2000) e Tessitore (2003). O artigo aborda, ainda, a constituição do Centro de Documentação do Centro de Estudos e Investigações em História da Educação – CEDOC-CEIHE – vinculado à Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas (RS), com importante atuação na preservação de patrimônio documental referente à História da Educação em Pelotas e região circunvizinha. Dessa forma, o presente trabalho estrutura-se da seguinte maneira: primeiramente uma discussão teórica acerca dos quatro tipos de instituições de memória e, na sequência, aborda-se o CEDOC-CEIHE, relacionando com a teoria explicitada no tópico anterior e por fim, alguns aspectos conclusivos da pesquisa.Palavras-chave: Instituições de Memória. Arquivos. Centro de Documentação. 

    HENRY CHICHELE E SUA TUMBA: SOBRE IMAGEM, MEMÓRIA E MATERIALIDADE NO MEDIEVO

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    Este artigo é um recorte da pesquisa em desenvolvimento no mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural (PPGMP-UFPEL), e pretendemos aqui nos focar na análise da tumba transi do arcebispo Henry Chichele do século XV, avaliando os elementos iconográficos que são utilizados para criar a sua memória e como estes elementos simbólicos podem ser associados a um contexto maior, associando os mesmos a discussões mais amplas sobre os usos da materialidade e da imagem durante o medievo

    FANTOCHES E PATRIMÔNIO - NESTA INTERSECÇÃO, A “TURMA DO QUINDIM” VISITA O MUSEU DO DOCE DA UFPEL

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    Este trabalho versa sobre uma atividade lúdico-educativa dirigida ao patrimônio imaterial, que tem por objetivo oportunizar uma primeira aproximação das crianças (público para o qual o enredo foi pensado), aos doces de Pelotas e ao processo pelo qual foram patrimonializados, bem como colaborar para que o Museu do Doce da UFPel (local preferencial de aplicação), cumpra sua função educativa. Trata-se de uma apresentação de teatro de fantoches - na qual os docinhos, transformados em personagens da Turma do Quindim, contam uma história que se passa no Museu - que foi criada no LEP, em 2018, por alunas e alunos do Curso de Museologia da UFPel, com o propósito de realizar uma nova ação educativa voltada às crianças visitantes do Museu do Doce. A opção por utilizar fantoches deveu-se não somente a seu potencial para diversão e aprendizagem mas, também, porque oferece às crianças oportunidade de lidar com os conhecimentos, as experiências, os sentimentos, que aparecem no mundo da criança, e enriquecem a vida em desenvolvimento. A peça foi encenada diversas vezes no Museu do Doce em atividades com escolas agendadas e no Largo do Mercado Público durante o evento Museus na Rua, promovido pela UFPel. Após as apresentações procedeu-se a ajustes e alterações em razão do feedback oferecido por alunos e professores que levaram a alterações no enredo, no linguajar e a utilização de microfones. A peça de teatro mostrou-se uma excelente maneira de iniciar a aproximação do público infantil (mas não somente), com o Museu do Doce e seu tema por excelência: os doces de Pelotas e a tradição doceira da cidade, o que pode ser constatado nas respostas dos diferentes públicos às encenações realizadas

    De correspondências e correspondentes : cultura escrita e práticas epistolares no Brasil entre 1880 e 1950

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    O objeto deste estudo foi o exame de práticas e artefatos mobilizados na escrita epistolar e sua relevância no Brasil no final do século XIX e primeira metade do século XX. Assim, usos da escrita, distribuição das capacidades de escrever e ler, materialidades do escrito, maneiras das escritas e leituras, foram pensados no âmbito da escrita epistolar. O alargamento dos processos de escolarização e a crescente alfabetização resultaram na ampliação do número de pessoas que tem acesso a esse universo, de pessoas capazes de escrever e de ler uma carta. Inscrito nos marcos de uma História Cultural da Educação, o estudo buscou acompanhar a afirmação das práticas epistolares numa sociedade da cultura escrita. Para isso, analisei três conjuntos de escritas epistolares: Família Maciel, Família D e Família G. Práticas de correspondência mobilizam habilidades gráficas e sociais dos correspondentes que se concretizam em papel e tinta. Essas materialidades das cartas - múltiplas e protocolares ao mesmo tempo, conforme a norma ou contra ela - indiciam competências gráficas, sociabilidades, práticas de escrita e leitura que perduram e reverberam em nosso tempo. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- The object of this study was the examination of practices and artifacts deployed in epistolary writing and its relevance in Brazil in the late nineteenth and first half of the twentieth century. Thus, in the context of epistolary writing, uses of writing, the distribution of abilities to write and read, materialities of writing, ways of writing and reading, were taken into cconsideration. The extension of the schooling processes and the increasing literacy resulted in increasing the number of people who have access to the universe of people capable of writing and reading letters. In the scope of Cultural History of Education, this study sought to establish epistolary literacy as social practice. For this purpose, I analyzed three sets of private correspondence: Maciel family, family D and family G. For the purpose of the analysis I also used civility manuals, epistolary novels and published correspondence. Epistolary practices involve graphic and social skills of the correspondent, taking form in paper and ink. This materiality of each letter - singular and ‘regulated’ at the same time, to the norm or against it – work as evidence indicating graphic skills, and sociability, writing and reading that last and reverberate in our tim

    Guardar para mirar, guardar para mostrar: acervos autorreferenciais, da gaveta ao museu <em>DOI: 10.5965/2175180305092013046</em>

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    Este artigo trata da publicização de acervos autorreferenciais em um contexto contemporâneo de busca memorial, percurso no qual são relevantes as elaborações de Andreas Huyssen, sobre a “compulsão contemporânea pela memória”, e de François Hartog, em torno de uma mudança no “regime de historicidade”. Da mesma forma, discute o conceito de produção de si, por meio dos escritos autorreferenciais e de seu arquivamento. Por fim, são apresentadas as trajetórias de constituição e publicização de dois conjuntos documentais autorreferenciais, as cartas de D. Joaquim, bispo de Pelotas, escritas entre os anos de 1915 e 1940, e as cartas da baronesa Amélia, escritas entre 1889 e 1918
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