19 research outputs found

    Os usos e abusos das ciências naturais pela história ambiental: interdisciplinaridade, diagnósticos e reflexões

    Get PDF
    Este artigo propõe entender como os fatos científicos adentram no escopo conceitual utilizado pelo historiador ambiental, levando-se em conta os possíveis abusos, em duas matrizes de interpretação: a primeira chamamos de diagnóstico estrutural e a segunda de diagnóstico epistemológico. O foco principal é a questão do anacronismo, investigada em obras de três autores de renome nesta disciplina histórica. Exploramos aquilo que consideramos uma deficiência no arcabouço teórico e metodológico da história ambiental e promovemos uma aproximação maior com a história das ciências

    MENARIN, Carlos Alberto. À Sombra dos Jequitibás: o Parque Estadual de Vassununga entre os interesses públicos e privados (1969-2005). São Paulo: Annablume; Fapesp, 2011.

    Get PDF
    Review of: MENARIN, Carlos Alberto. À Sombra dos Jequitibás: o Parque Estadual de Vassununga entre os interesses públicos e privados (1969-2005). São Paulo: Annablume; Fapesp, 2011.Resenha de: MENARIN, Carlos Alberto. À Sombra dos Jequitibás: o Parque Estadual de Vassununga entre os interesses públicos e privados (1969-2005). São Paulo: Annablume; Fapesp, 2011.&nbsp

    A ausência e o vácuo: Educação Ambiental e a Nova Lei do Ensino Médio brasileiro no século XXI | The absence and the vacuum : Environmental Education in the 21 st Century and the Brazilian New High School Law

    Get PDF
    Este artigo tem como objetivo analisar a Educação Ambiental junto ao Ensino Médio brasileiro no século XXI. Na mudança legislativa ocorrida em 2017, pode-se perceber que os antigos componentes curriculares foram agrupados por áreas de conhecimento. Diante disso, analisaremos o papel que a Educação Ambiental teria nessa nova conjuntura, na qual é notada uma espécie de ausência ou enfraquecimento da área. A partir de então procurou-se entender os motivos que levaram a essa situação, encontrando um vácuo de políticas públicas em Educação Ambiental desde 2012. A proposta aqui apresentada tem a intenção de entender essa ausência e esse vácuo dentro de uma análise histórica da Educação Ambiental e da legislação educacional brasileira no século XXI. Para compor a investigação, foram utilizados como fontes a Nova Lei do Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular, além de outros documentos sobre a Educação Ambiental, como a Política Nacional de Educação Ambiental, o Programa Nacional de Educação Ambiental e acordos nacionais e internacionais. Também, como base de interpretação dos resultados foram utilizados autores da área de Educação Ambiental ou sobre Epistemologia Ambiental. O método utilizado foi a pesquisa documental e análise qualitativa, tendo como parâmetro de investigação o campo ambiental e o campo das políticas públicas. Enquanto resultado, espera-se mostrar a ausência de novas políticas para a Educação Ambiental, tendo em vista os desafios educacionais para o século XXI

    Marx e o antropoceno: discussão teórico conceitual de um problema contemporâneo

    Get PDF
    Este artigo analisa as possibilidades de compreensão do antropoceno tendo em vista as proposições teóricas de Marx e Engels e do marxismo em geral. A noção de antropoceno surgiu no meio acadêmico no início do século XXI e até hoje é debatido entre várias áreas de conhecimento, linhas teóricas, autores, sendo que cada um reivindica uma definição ou mesmo a mudança de nome, ainda hoje não houve consenso na sua definição. O marxismo também contribuiu com as discussões a respeito desse termo, procurando entender a capacidade crítica dessa nova era, caso aceita pela comunidade científica. Em nossa análise de Marx, Engels e de alguns autores marxistas, observa-se que as interpretações mais populares sobre o antropoceno se afastam ou até negam a teoria e práxis revolucionária. Sob a ótica marxista, o antropoceno apresenta-se apenas como portador de reformas do capitalismo, sem avançar na discussão da sua superação

    1964 - O Brasil entre armas e livros: Negacionismos e revisionismo da história

    Get PDF
    Este artigo tem como objetivo analisar o documentário “1964: o Brasil entre armas e livros” produzido pela empresa Brasil Paralelo. Este filme apresenta ao público uma proposta revisionista para o período histórico da Ditadura Militar Brasileira, a partir de leituras da chamada extrema-direita, centrada na figura de Olavo de Carvalho. O documentário se baseia em outras interpretações de fatos históricos e análises contrafactuais, buscando enfatizar a suposta ameaça comunista que assombrou o Estado nacional ao longo do século XX até os dias atuais. Os responsáveis pelo documentário não são historiadores ou especialistas em qualquer aspecto da pesquisa histórica, mas baseiam suas declarações e argumentos em depoimentos e entrevistas com ex-guerrilheiros, intelectuais de direita e outros. Utilizando uma perspectiva histórica tradicional, o documentário enfatiza noções superficiais e problemáticas da história, com erros grotescos e outros mais sutis. A análise aqui proposta faz a discussão a partir da relação entre história, revisionismo histórico e negação, além de análises sobre o formato documental. Como resultado, a intenção aqui é destacar as formas como o revisionismo histórico e a negação estão sendo apresentados hoje pela extrema-direita nas redes sociais e utilizando filmes de fácil acesso

    A climate of uncertainty: the scientific controversies on climate change in the journals Science and Nature (1970-2005)

    No full text
    Esta tese de doutorado faz a análise das controvérsias referentes à construção do fato científico das mudanças climáticas entre os anos de 1970 a 2005 nas revistas Science e Nature, tendo como hipótese norteadora do estudo a noção de que a política foi um elemento definidor dos debates ocorridos nas páginas dessas publicações. Circunscrevemos nosso espaço de análise no contexto histórico referente aos Estados Unidos da América, por considerarmos que foi este país que articulou os principais acordos políticos e também os maiores impasses na execução desses, além dos grupos de pesquisa sobre o clima estudados estarem aí localizados. Esses trinta e cinco anos tiveram três eixos temáticos discutidos sob a denominação de mudanças climáticas: aquecimento global, degradação da camada de ozônio e inverno nuclear. Todos tiveram momentos específicos de hegemonia, estando presentes em textos de autoria de cientistas, editores, repórteres, burocratas e especialistas em diversas áreas do conhecimento. No ano de 1970 tivemos as primeiras discussões sobre a degradação da camada de ozônio, de caráter teórico, mas que suscitaram amplos debates relacionados à possibilidade real de tal fato acontecer. Ainda nos anos 1970, o aquecimento global teve um primeiro período de hegemonia, quando foi questionada a validade de seu enunciado em relação ao do resfriamento global. Ambos os temas foram sobrepujados a partir de 1983 pelo inverno nuclear, divulgado pelo grupo sob a sigla TTAPS liderado pelo astrofísico estadunidense Carl Sagan. O enunciado, relacionado diretamente à Guerra Fria, foi discutido na década de 1980 e sumiu paulatinamente do cenário científico no início dos anos 1990. De 1987 em diante, a degradação da camada de ozônio foi retomando seu protagonismo nas controvérsias, baseada então em estudos empíricos, quando os cientistas identificaram um buraco na camada acima da Antártica. Desde 1988 o aquecimento global está sendo discutido pela comunidade científica, mas retorna ao centro das atenções apenas em 1998, como resultado da assinatura, por muitos países, do Protocolo de Kioto e do consenso científico que este teria provocado. A hegemonia do aquecimento global foi analisada até o ano de 2005, quando uma série de dúvidas colocam em jogo o consenso e o acordo estabelecido em Kioto. Por fim, procuramos montar esse mosaico de enunciados e suas controvérsias, tendo como base teórica a História das CiênciasThis thesis analyzes the controversies regarding the construction of the scientific fact of climate change in the journals Science and Nature from 1970 to 2005, guided by the hypothesis that politics is a defining element in the discussions. We circumscribe our analysis in the historical context of the United States of America, reckoning they both articulated the major political agreements and the biggest dilemmas in implementing them, besides the research groups on climate studied here being located in this country. We identified three main themes discussed under the name of climate change: global warming, depletion of the ozone layer and nuclear winter. Each had specific moments of hegemony, present in texts written by scientists, editors, reporters, bureaucrats and experts in various fields of knowledge. In 1970, the first theoretical discussions on the depletion of the ozone layer appeared causing extensive controversies related to the real possibility of such an event to happen. In the 1970s, global warming gained an initial period of hegemony as the validity of the statement was questioned in relation to global cooling. In 1983, nuclear winter overpasses both themes, disclosed by the group known as TTAPS, led by the American astrophysicist Carl Sagan. The enunciation stood in direct relation to the Cold War and was present in the first years of 1980s and gradually fading from the scientific scene in the early 1990s. From 1987 onwards, degradation of the ozone layer resumed its role in the controversy based on empirical studies when scientists identified a hole in the layer above Antarctica. Since 1988, the scientific community had discussed global warming but it comes back into focus only in 1998 as a result the Kyoto Protocol and the scientific consensus that this would have caused. We analyze the hegemony of global warming until 2005 when a series of questions puts consensus and the Kyoto agreement at stake. Finally, we seek to build this mosaic of enunciations and controversies on the theoretical ground of the History of Scienc

    O mundo natural derrotou o neoliberalismo? O ambiente em meio a pandemia

    No full text
    This essay seeks to raise some discussions regarding the relationship between the Covid-19 pandemic and the neoliberal agenda. Debates, promoted by intellectuals of different strains, that revolve around the possibility of the virus, of natural origin, having defeated neoliberalism. I point out in the text that this did not happen and will hardly ever happen, with a greater probability of accentuating this agenda and joining it with authoritarianism and political extremism of a conservative nature.Esse ensaio procura levantar algumas discussões a respeito da relação entre a pandemia da Covid-19 e a agenda neoliberal. Debates, promovidos por intelectuais de diversas estirpes, giram em torno da possibilidade do vírus, de origem natural, ter derrotado o neoliberalismo. Aponto no texto que isto não ocorreu e, dificilmente, ocorrerá, com probabilidade maior de acentuação dessa agenda e sua junção a autoritarismos e extremismos políticos de cunho conservador.Este ensayo busca generar algunas discusiones sobre la relación entre la pandemia de Covid-19 y la agenda neoliberal. Los debates, promovidos por intelectuales de diferentes cepas, giran en torno a la posibilidad de que el virus, de origen natural, haya derrotado al neoliberalismo. En el texto, señalo que esto no sucedió y que casi nunca sucederá, con una mayor probabilidad de acentuar esta agenda y unirla con el autoritarismo y el extremismo político de naturaleza conservadora
    corecore