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O great game no Sudeste Asiático: a China, a ASEAN e o mar do Sul da China
A China contemporânea de Xi Jinping, para além de promotora de uma globalização com caraterísticas chinesas, em que a Belt and Road Initiative surge como epítome, tem procurado dominar o seu ambiente de inserção regional no Sudeste Asiático, organizado económica e politicamente em torno da Association of Southeast Asian Nations (ASEAN), convergindo os interesses económicos e estratégicos de uns e de outros no Mar do Sul da China, cuja riqueza em recursos energéticos e piscícolas está na origem de uma disputa de soberania. Acresce que se trata de um espaço por onde passa cerca um terço do comércio mundial. Nesta confluência de rotas marítimas comparam-se os poderes navais e expressa-se igualmente a coexistência competitiva China-EUA, onde se medem forças e a capacidade naval dos EUA, cuja presença e influência no Sudeste Asiático se consolidou durante a Guerra Fria. Nestas circunstâncias – que podem ser descritas como um novo Great Game –, não só a ASEAN não resolve o problema no Mar do Sul da China, como fica sujeita às pressões chinesa e norte-americana num triângulo em que é o elo mais fraco.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Ecos e reflexos do internacionalismo e da ideia wilsoniana de autodeterminação na política externa portuguesa
O presente texto pretende relacionar
e articular o conceito wilso‑
niano de autodeterminação, a forma
como foi acolhido na Conferência de
Paz de Versalhes e desembocou no
sistema de mandatos, com as posi‑
ções e debates da delegação portu‑
guesa à mesma conferência e o seu
impacto na política externa portu‑
guesa. Embora em Versalhes se tenha
confirmado a persistência das posses‑
sões africanas, a visão internaciona‑
lista de Wilson introduziu novos
desafios e encargos para Portugal,
quer pela necessidade de participar
de forma ativa nas novas instituições
internacionais então criadas, quer
pela necessidade de dar resposta aos
novos dispositivos de supervisão e
vigilância por elas lançados.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
A navegar entre gigantes: o Sudeste Asiático e o hedging
“MAS O QUE É CLARO É QUE OS ANOS 2020 vão ser decisivos para o poder global americano e chinês, num tempo em que o equilíbrio dos poderes estratégico, económico e tecnológico entre Washington e Pequim estão numa maior proximidade da paridade do que alguma vez estiveram. Os anos 20 vão, portanto, ser uma década em que se viverá perigosamente”, assim se expressava Kevin Rudd, ex-Primeiro-Ministro trabalhista da Austrália, num discurso proferido na Asia Society. É neste contexto e nesta era complexa que se lança o debate sobre o lugar e rumo do Sudeste Asiático.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Dimensões da segurança de Timor-Leste : balanço e perspectivas
Este artigo procura estabelecer um quadro para a compreensão dos principais desafios de segurança que Timor-Leste enfrenta. Num primeiro passo dar-se-á conta do contexto regional e num segundo, analisar-se-ão os principais factos, decisões e realizações dos últimos anos, em especial dos anos
2011-2012, no âmbito alargado da dimensão securitária articulada com a política externa, a economia e a justiça. Neste período foi atingido um clima
de estabilidade nos planos político e económico o qual, ainda que volátil, pode favorecer o modo como o Estado, o Governo e a sociedade-civil timorenses vão responder ao vasto conjunto de desafios que têm pela frente.
Posteriormente é incluída uma referência às eleições presidenciais e legislativas e ao fim da UNMIT. O termo do mandato das Nações Unidas determinará uma mais completa assunção das competências de soberania e consequentemente uma responsabilidade acrescida para a resolução dos problemas de segurança, designadamente para um cumprimento tão cabal quanto possível
das missões das F-FDTL e da PNTL. Ao fim de um multilateralismo mais presente sucederá um bilateralismo que tenderá a acentuar o protagonismo dos atores mais envolvidos: a Austrália, a Indonésia e a China
Duterte e a cultura política nas Filipinas
Existe um estilo de atuação política a que possamos chamar Dutertismo (termo proposto por Randy David)? Ou uma cultura política específica das Filipinas conjugada com uma tendência global para a afirmação dos personalismos? As perguntas não se excluem mutuamente, como procuraremos demonstrar. O fenómeno tem sido visto por alguns como a afirmação de um neoautoritarismo (Theehankee, 2016) ou mesmo de um caudillismo (Heydarian, 2017), mas a sua afirmação e liderança começam por ser uma hábil condução da oposição continuidade/mudança, do desgaste causado pelos problemas do quotidiano e do que alguns têm chamado de democracy fatigue. Duterte dá eco e voz aos oprimidos, à ideia de que a impunidade é intolerável e que o status quo deve ser revisto. Promete uma revolução que ele conduzirá, com violência se necessário for.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Multilateralismo e resiliência: Timor-Leste, o G7+ e a ASEAN
O presente artigo incide sobre o
lugar e a importância do multilateralismo na política externa de Timor-
-Leste, tendo como foco dois exemplos
de grande relevo para este país: o G7+,
organização que reúne Estados frágeis
da África, da Ásia, do Pacífico e das
Caraíbas que têm em comum a ocorrência de conflitos e o valor atribuído
ao conceito de resiliência, e a asean,
organização de integração regional do
Sudeste Asiático, com o seu modo
peculiar de atuação por consenso. Se
no primeiro dos casos, o impulso,
o envolvimento e a liderança de Timor-
-Leste são assinaláveis, no segundo,
o pedido de adesão, uma prioridade
dos sucessivos governos timorenses,
tem sido complexo e demorado. O que
se pretende analisar é a experiência
multilateral de Timor-Leste em ambas
as instituições, trazendo para discussão os resultados, as limitações e as
ambiguidades que caracterizam o envolvimento naquelas organizações.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Duterte e a cultura política nas Filipinas
Existe um estilo de atuação política a que possamos chamar Dutertismo (termo proposto por Randy David)? Ou uma cultura política específica das Filipinas conjugada com uma tendência global para a afirmação dos personalismos? As perguntas não se excluem mutuamente, como procuraremos demonstrar. O fenómeno tem sido visto por alguns como a afirmação de um neoautoritarismo (Theehankee, 2016) ou mesmo de um caudillismo (Heydarian, 2017), mas a sua afirmação e liderança começam por ser uma hábil condução da oposição continuidade/mudança, do desgaste causado pelos problemas do quotidiano e do que alguns têm chamado de democracy fatigue. Duterte dá eco e voz aos oprimidos, à ideia de que a impunidade é intolerável e que o status quo deve ser revisto. Promete uma revolução que ele conduzirá, com violência se necessário for
Elective Affinities: International Relations and Area Studies: The case of the Asian Studies at ISCSP
O presente artigo pretende fazer ressaltar a articulação e comunhão das Relações Internacionais com a Ciência Política, a Estratégia, a Geopolítica, a Economia ou a Antropologia com um foco local, constituindo assim um domínio que se autonomiza, os
Estudos de Área e em particular, dentro destes, os Estudos Asiáticos. Neles podemos
encontrar um conjunto de afinidades eletivas, recorrendo à expressão de Goethe, que
ancoram a cultura científica multidisciplinar. O que se ensaiará de seguida é descrever
a emergência, evolução e potencialidades destas afinidades eletivas, e será dado um
especial destaque para o caso do ISCSP na prática e divulgação dos Estudos de Área
em ligação com as Relações Internacionais.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
A navegar entre gigantes o Sudeste Asiático e o hedging
“MAS O QUE É CLARO É QUE OS ANOS
2020vão ser decisivos para o poder global
americano e chinês, num tempo em que o equilíbrio dos poderes estratégico, económico e
tecnológico entre Washington e Pequim estão
numa maior proximidade da paridade do
que alguma vez estiveram. Os anos 20 vão,
portanto, ser uma década em que se viverá
perigosamente”
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, assim se expressava Kevin
Rudd, ex-Primeiro-Ministro trabalhista da
Austrália, num discurso proferido na Asia Society. É neste contexto e nesta era complexa
que se lança o debate sobre o lugar e rumo
do Sudeste Asiático