77 research outputs found

    COREIA EM ADULTO JOVEM – UM RELATO DE CASO

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    A manifestação de coreia é um achado da clínica neurológica que pode estar associado a diversas etiologias. Quando se apresenta em um adulto jovem, pode relacionar-se a uma forma juvenil de Coreia de Huntington (CH), reativação imunológica cruzada na Coreia de Sydenham (CS), uso de anovulatórios e primeira manifestação de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), entre outras causas. No entanto, o caso aqui apresentado possui peculiaridades que não permitem enquadrá-lo perfeitamente nos achados dessas patologias que poderiam estar causando a coreia, sendo colocada em discussão a hipótese diagnóstica e a escolha da conduta

    PARALISIA DA MIRADA LATERAL RELACIONADA A CAVERNOMA DA PONTE

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    Paralisia da mirada lateral por hemorragia pontina, secundária a ca-vernoma, o qual apresenta prevalência estimada de 0,4% a 0,6%. O risco de sangramento de tal entidade é considerado baixo (0,1 a 3,1% ao ano). Relatamos o caso de paciente feminino, 38 anos, admitida no setor de emergência com quadro de cefaleia, vertigem, hipertensão (PA 200/120mmHg), rebaixamento do nível de consciência (Glasgow 13 e paralisia do olhar conjugado lateral à direita, com 24 horas de evolução. A tomografia de crânio revelou hemorragia pontina e a an-giorressonância evidenciou a presença de cavernoma no tegmento pontino. Foi optado por tratamento conservador e a paciente evoluiu com síndrome do encarceramento (Locked-in syndrome) por piora da hemorragia e edema perilesional. Os cavernomas são malforma-ções vasculares que podem cursar assintomáticas e passar desperce-bidas pelos exames de imagem até o evento hemorrágico. Apesar de raro, quando este ocorre no tronco encefálico pode apresentar alta morbimortalidade. Isso reforça a importância de se avaliar a chance de sangramento dessas lesões e instituir a melhor abordagem para cada cas

    BURNOUT SYNDROME IN STUDENTS OF MEDICINE OF A PUBLIC UNIVERSITY OF THE SOUTH REGION OF BRAZIL

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    To verify if there is fulfillment of the criteria for burnout syndrome diagnosis and its correlation with sociodemographic variables in students from the 1st to the 4th year of the medical course of the State University of the West of Paraná - UNIOESTE, campus of Francisco Beltrão is the objective of this study. It is a quantitative, descriptive and transversal study carried out with 126 scholars. Data collection was performed using the MBI-SS scale adapted by J. Maroco and M. Tecedeiro (11), and a sociodemographic survey. 39.68% (n = 50), 35.71% (n = 45), and 34.12% (n = 43) of the students respectively achieved positive score for emotional exhaustion, disbelief and decreased efficacy. 6.34% of the medical school students closed criterion for burnout syndrome. The analysis of the isolated questions matching the three syndrome features also revealed significant data. The results indicated a significant mean for the emotional exhaustion sub-item, considered as the first to present evidence and indicative of potential risk for the syndrome development. Disbelief and decreased efficacy also showed important indices and should not be neglected

    XANTOASTROCITOMA PLEOMÓRFICO EM FOSSA POSTERIOR: RELATO DE CASO

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    O xantoastrocitoma pleomórfico (PXA) é um tumor raro, de crescimento lento, localizado geralmente no compartimento supratentorial, principalmente no lobo temporal e pode envolver córtex superficial e meninges sobrejacentes. Afeta principalmente crianças e adultos jovens e corresponde a menos de um 1% das neoplasias astrocíticas. O objetivo com este resumo é relatar um caso raro de uma paciente de 60 anos de idade com xantoastrocitoma pleomórfico grau II localizado em fossa posterior. As informações presentes foram adquiridas por meio de análise do prontuário e revisão bibliográfica. Paciente do sexo feminino, 60 anos, branca, com história de cefaleia occipital há cerca de um ano antes do diagnóstico. A tomografia computadorizada de crânio revelou a presença de uma lesão cística em cisterna magna. Cerca de um mês após a tomografia, realizou-se uma ressonância magnética do crânio (RNM), que evidenciou uma lesão expansiva cística de 3,8 x 2,4 x 2,2 cm, com septações internas e paredes levemente espessadas em topografia de bulbo, com extensão abaixo do forame magno e realce parietal e septal após infusão de contraste (Imagem 1). Realizou-se craniotomia occipital com ressecção máxima e biópsia. O exame imuno-histoquímico revelou células neoplásicas imunorreativas para GFAP, S-100 e baixa atividade proliferativa ao Ki-67. Os achados levaram à hipótese de xantoastrocitoma pleomórfico grau II, e a conduta indicada foi radioterapia 50 Gy em 25 frações por um mês. Após cinco meses, a RNM de controle da lesão revelou pequena área de captação à direita do bulbo, com cerca de 1,0 x 0,7 cm, ao nível do forame magno, com possibilidade de lesão residual ou recidiva. O caso relatado é interessante em razão de dois fatores: localização anatômica do tumor e idade da paciente. Preferencialmente, o PXA é localizado no lobo temporal, em região supratentorial (LIM et al., 2013; MARTINEZ et al., 2014), enquanto no caso citado o tumor está presente no tronco cerebral, em região de fossa posterior. O PXA geralmente acomete pessoas na segunda e terceira décadas de vida e, na maioria dos casos, cursam com um desfecho favorável (LIM et al., 2013; MARTINEZ et al., 2014). Entretanto, a ocorrência em pacientes idosos pode indicar maior agressividade do tumor com pior prognóstico (SHARMA et al., 2014), como no caso da paciente relatada, que tem 60 anos de idade e apresentou recidiva nove meses após a ressecção.Palavras-chave: Neoplasias encefálicas. Astrocitoma. Xantoastrocitoma pleomórfico

    ESTRABISMO CONVERGENTE COMO SINAL DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA EM NEOPLASIAS ENCEFÁLICAS

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    O estrabismo convergente é um sinal neurológico frequentemente associado ao aumento da pressão intracraniana, tendo sua fisiopatologia no acometimento do VI nervo craniano (abducente). Entre as várias etiologias, as neoplasias encefálicas também compõem o grupo de patologias que podem gerar esse sinal. Com este trabalho objetivou-se levantar a incidência de lesões do nervo abducente (VI nervo craniano) em neoplasias encefálicas. Para tanto, realizou-se uma revisão retrospectiva em 150 prontuários de pacientes operados com neoplasias encefálicas entre os anos 2003 e 2010 na Policlínica Pato Branco, PR. Em relação à identificação da presença de paralisia de VI nervo craniano no momento de admissão e diagnóstico do paciente, encontrou-se o seguinte resultado: 51 casos (28,3%) com paralisia de nervos cranianos, dos quais, 15 casos do total (8,3%) e 29,4% dos pacientes com paralisia de nervos cranianos. Quando se compara o resultado com a literatura do excelente trabalho de Berlit et al. (1989), os autores relatam a revisão de 165 casos de pacientes com estrabismo convergente, destes, 18 casos (10,9%) eram decorrentes de neoplasias (primárias ou secundárias) do SNC. A presença de anamnese e de exame físico apurados contribui, sobremaneira, para o diagnóstico ou ao menos para a suspeita de uma possível neoplasia encefálica, além de promover a profissão e a arte médica (RODRIGUES, 2010). O presente trabalho, em consonância com a literatura, confirma que certa proximidade com a semiologia e o conhecimento anatômico, mesmo na era dos exames de imagem, auxiliam ao bom andamento da relação médico-paciente e devem fazer parte do dia a dia do neurologista, neurocirurgião e profissionais médicos de uma forma geral. A presença de paralisia de VI nervo craniano é fortemente indicativa de aumento da pressão intracraniana, e sua elevada prevalência no momento do diagnóstico (8,3%) indica que sua observação ao exame clínico é um fator que auxilia o médico em sua busca por um diagnóstico. Essa afirmação confirma-se no trabalho de Argolle e Lessa (2000) em que os autores demonstraram que a presença de paralisia de nervo craniano é o melhor grupo preditor para o diagnóstico de neoplasia encefálica e serve como indicativo para a solicitação de exames de imagens cranianas. O conhecimento do estrabismo convergente como possível consequência de hipertensão intracraniana decorrente de neoplasia encefálica pode ajudar no diagnóstico ou, ao menos, deve apontar para uma investigação mais detalhada.Palavras-chave: Estrabismo convergente. Nervo abducente. Semiologia

    Criteria for mitral regurgitation classification were inadequate for dilated cardiomyopathy

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    BACKGROUND: Mitral regurgitation (MR) is common in patients with dilated cardiomyopathy (DCM). It is unknown whether the criteria for MR classification are inadequate for patients with DCM. OBJECTIVE: We aimed to evaluate the agreement among the four most common echocardiographic methods for MR classification. METHODS: Ninety patients with DCM were included. Functional MR was classified using four echocardiographic methods: color flow jet area (JA), vena contracta (VC), effective regurgitant orifice area (ERO) and regurgitant volume (RV). MR was classified as mild, moderate or important according to the American Society of Echocardiography criteria and by dividing the values into terciles. The Kappa test was used to evaluate whether the methods agreed, and the Pearson correlation coefficient was used to evaluate the correlation between the absolute values of each method. RESULTS: MR classification according to each method was as follows: JA: 26 mild, 44 moderate, 20 important; VC: 12 mild, 72 moderate, 6 important; ERO: 70 mild, 15 moderate, 5 important; RV: 70 mild, 16 moderate, 4 important. The agreement was poor among methods (kappa=0.11; p<0.001). It was observed a strong correlation between the absolute values of each method, ranging from 0.70 to 0.95 (p<0.01) and the agreement was higher when values were divided into terciles (kappa = 0.44; p < 0.01) CONCLUSION: The use of conventional echocardiographic criteria for MR classification seems inadequate in patients with DCM. It is necessary to establish new cutoff values for MR classification in these patients.FUNDAMENTO: A insuficiência mitral (IM) é frequente nos pacientes com cardiomiopatia dilatada. Não se sabe se os critérios para classificação da IM são adequados para pacientes com cardiomiopatia dilatada OBJETIVO: Avaliar a concordância entre os quatro métodos ecocardiográficos mais utilizados para classificação da IM. MÉTODOS: Noventa pacientes com cardiomiopatia dilatada foram incluídos. A IM foi classificada por quatro métodos ecocardiográficos: área do jato regurgitante (AJ), vena contracta (VC), área do orifício regurgitante (AOR) e volume regurgitante (VR). A IM foi classificada em leve, moderada ou importante segundo os critérios da American Society of Echocardiography e também foi dividida em tercis conforme os valores absolutos. O teste de Kappa foi utilizado para avaliar a concordância entre os métodos. O coeficiente de Pearson foi utilizado para avaliar a correlação entre os valores absolutos por cada método. RESULTADOS: A classificação da IM, de acordo com cada método, foi a seguinte: AJ: 26 leve, 44 moderada, 20 importante; VC: 12 leve, 72 moderada, 6 importante; AOR: 70 leve, 15 moderada, 5 importante; VR: 70 leve, 16 moderada, 4 importante. A concordância entre os métodos foi ruim (kappa = 0,11; p < 0,001), porém foi observada uma forte correlação entre os valores absolutos de cada método (0,70 a 0,95; p < 0,01). A concordância foi melhor com a divisão dos valores em tercis (kappa = 0,44; p < 0,01). CONCLUSÃO: Os critérios para classificação da IM não são adequados para os pacientes com cardiomiopatia dilatada. É necessário estabelecer novos valores de corte para classificar a IM nestes pacientes.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Instituto do SonoUNIFESP, EPM, Instituto do SonoSciEL

    ANÁLISE DOS ANEURISMAS INTRACRANIANOS OPERADOS NO HOSPITAL POLICLÍNICA PATO BRANCO, PR

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    Os aneurismas intracranianos podem ser classificados em saculares, fusiformes e dissecantes. Aproximadamente 90% deles são saculares, apresentando-se com lobulações e localizados em bifurcações arteriais. Estima-se que a incidência na população seja entre 1 e 6%, dos quais a maioria é assintomática e diagnosticada apenas após seu rompimento. Diversos fatores são citados como influentes na sua gênese, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes, dislipidemia, fumo, uso de anticoagulantes, entre outros. Com este resumo teve-se por objetivo divulgar a análise dos aneurismas intracranianos tratados no Hospital Policlínica Pato Branco para pontuar a associação da patologia com alguns fatores de risco. O estudo foi realizado por meio de uma revisão de prontuários de todos os pacientes operados para tratamento de aneurismas intracranianos entre janeiro de 2003 e agosto de 2015, perfazendo a amostra de 65 pacientes. O artigo foi submetido à comissão de ética da Instituição, sendo aprovado sob o número 001/2016. Avaliaram-se, ainda, as seguintes variáveis: gênero, idade, história de HAS, tabagismo e diabetes mellitus, local do aneurisma e pontuação nas escalas de Hunt-Hess e Fisher no momento da admissão. A predominância foi do sexo feminino (46 pacientes – 70,7%), na faixa etária de 50 a 60 anos (26 pacientes – 40%), com história de HAS (39 pacientes – 60%). No momento da admissão hospitalar, o grau I na Escala de Hunt-Hess foi o mais frequente (20 pacientes – 30,7%), enquanto o grau IV na Escala de Fisher foi o de maior prevalência (17 pacientes – 26,1%). A maior parte dos aneurismas localizou-se na circulação anterior, acometendo a artéria cerebral média. Nesta pesquisa, as mulheres foram as mais afetadas, com predomínio após os 41 anos. Diversas hipóteses são levantadas para justificar esse fenômeno; uma delas seria o fato de que a diminuição dos hormônios sexuais no plasma, sobretudo após a menopausa, inibiria a formação do colágeno, afetando os vasos sanguíneos cerebrais (DE ROOIJ et al., 2007). Em relação aos fatores de risco abordados, a hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 60% dos pacientes encontrados neste estudo, e este, sabidamente, é um fator importante para o crescimento, desenvolvimento e ruptura dos aneurismas intracranianos. Estudos sobre a patogênese da arterioesclerose demonstraram alta tendência de a HAS causar lesão da parede íntima dos vasos, propiciando a formação aneurismática (STEHBENS, 1998). Em relação à localização dos aneurismas, 81,8% localizaram-se na circulação anterior e 18,2%, no sistema vertebro-basilar. Os resultados são bastante similares aos da literatura. A artéria cerebral média é o principal local de acometimento dos aneurismas cerebrais na presente amostra, ocorrendo em 40,2% dos pacientes. Outros trabalhos, como os de Ishibashi et al. (2009) e Suzuki et al. (1971), demonstram a artéria carótida interna como a mais afetada. Esta série aproxima-se muito da excelente série de Zamponi Junior (2012), acreditando-se que esse fato decorra da proximidade geográfica e da formação étnica e sociocultural. A despeito do grande progresso no diagnóstico, cuidados intensivos e avanços da microcirurgia, o aneurisma intracraniano permanece como a maior causa de morte e sequelas na prática neurocirúrgica. As estatísticas encontradas neste estudo são muito similares à literatura, sobretudo a nacional.Palavras-chave: Aneurismas intracranianos. Fatores de risco. Estudos retrospectivos

    ANÁLISE DOS ANEURISMAS INTRACRANIANOS OPERADOS NO HOSPITAL POLICLÍNICA PATO BRANCO, PR

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    Os aneurismas intracranianos podem ser classificados em saculares, fusiformes e dissecantes. Aproximadamente 90% deles são saculares, apresentando-se com lobulações e localizados em bifurcações arteriais. Estima-se que a incidência na população seja entre 1 e 6%, dos quais a maioria é assintomática e diagnosticada apenas após seu rompimento. Diversos fatores são citados como influentes na sua gênese, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes, dislipidemia, fumo, uso de anticoagulantes, entre outros. Com este resumo teve-se por objetivo divulgar a análise dos aneurismas intracranianos tratados no Hospital Policlínica Pato Branco para pontuar a associação da patologia com alguns fatores de risco. O estudo foi realizado por meio de uma revisão de prontuários de todos os pacientes operados para tratamento de aneurismas intracranianos entre janeiro de 2003 e agosto de 2015, perfazendo a amostra de 65 pacientes. O artigo foi submetido à comissão de ética da Instituição, sendo aprovado sob o número 001/2016. Avaliaram-se, ainda, as seguintes variáveis: gênero, idade, história de HAS, tabagismo e diabetes mellitus, local do aneurisma e pontuação nas escalas de Hunt-Hess e Fisher no momento da admissão. A predominância foi do sexo feminino (46 pacientes – 70,7%), na faixa etária de 50 a 60 anos (26 pacientes – 40%), com história de HAS (39 pacientes – 60%). No momento da admissão hospitalar, o grau I na Escala de Hunt-Hess foi o mais frequente (20 pacientes – 30,7%), enquanto o grau IV na Escala de Fisher foi o de maior prevalência (17 pacientes – 26,1%). A maior parte dos aneurismas localizou-se na circulação anterior, acometendo a artéria cerebral média. Nesta pesquisa, as mulheres foram as mais afetadas, com predomínio após os 41 anos. Diversas hipóteses são levantadas para justificar esse fenômeno; uma delas seria o fato de que a diminuição dos hormônios sexuais no plasma, sobretudo após a menopausa, inibiria a formação do colágeno, afetando os vasos sanguíneos cerebrais (DE ROOIJ et al., 2007). Em relação aos fatores de risco abordados, a hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 60% dos pacientes encontrados neste estudo, e este, sabidamente, é um fator importante para o crescimento, desenvolvimento e ruptura dos aneurismas intracranianos. Estudos sobre a patogênese da arterioesclerose demonstraram alta tendência de a HAS causar lesão da parede íntima dos vasos, propiciando a formação aneurismática (STEHBENS, 1998). Em relação à localização dos aneurismas, 81,8% localizaram-se na circulação anterior e 18,2%, no sistema vertebro-basilar. Os resultados são bastante similares aos da literatura. A artéria cerebral média é o principal local de acometimento dos aneurismas cerebrais na presente amostra, ocorrendo em 40,2% dos pacientes. Outros trabalhos, como os de Ishibashi et al. (2009) e Suzuki et al. (1971), demonstram a artéria carótida interna como a mais afetada. Esta série aproxima-se muito da excelente série de Zamponi Junior (2012), acreditando-se que esse fato decorra da proximidade geográfica e da formação étnica e sociocultural. A despeito do grande progresso no diagnóstico, cuidados intensivos e avanços da microcirurgia, o aneurisma intracraniano permanece como a maior causa de morte e sequelas na prática neurocirúrgica. As estatísticas encontradas neste estudo são muito similares à literatura, sobretudo a nacional.Palavras-chave: Aneurismas intracranianos. Fatores de risco. Estudos retrospectivos

    Estado de exceção como regra: Práticas nazistas nos trotes universitários / State of exception as a rule: Nazi practices on college hazing

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    Medidas excepcionais estão se tornando normais. Em nossa realidade próxima deparamo-nos com inúmeras situações que ilustram o estado de exceção, dentre elas, os trotes universitários. Situações de violência na recepção de calouros são justificadas com frases como: "é só uma brincadeira", "não faz mal nenhum", "também passamos por isso". Esse olhar de excepcionalidade justifica o injustificável e faz várias vítimas, desde quem sofre o trote, mas também quem o pratica, pois o fazem sem dimensionar a crueldade cíclica que aceitam e reafirmam a cada ano nas universidades. O hostis generis humanis, que comete seus atos sem perceber que faz algo de errado. E é na busca de sair desses atos impensados que propomos algumas reflexões e concluímos que, da mesma forma que o Mal era inerente ao estado nazista, e não havia leis que o identificassem como errado, assim o é quando se trata da tradição do trote universitário

    Uma reflexão bioética sobre a perspectiva de acadêmicos de medicina sobre abortamento e descriminalização

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    O abortamento é definido, pela Organização Mundial da Saúde, como a interrupção da gravidez antes da viabilidade fetal. Apesar de uma definição clara, o abortamento ou aborto aparece como uma questão de relevância bioética com diversas controvérsias muito discutida na “bioética de situações persistentes”. Este artigo tem por objetivo avaliar a opinião de acadêmicos de medicina de universidades públicas e privadas a respeito do abortamento, descriminalização e dos deveres do médico diante de uma situação de aborto provocado. Foram incluídas nesta pesquisa respostas de acadêmicos de Medicina (n=110) a questionário estruturado autoaplicado a respeito da descriminalização do abortamento. Os resultados demonstraram que a maioria dos alunos (89%) é favorável à descriminalização do aborto em várias situações, incluindo casos em que a lei brasileira ainda não permite o abortamento, como em caso de malformações compatíveis com a vida e alterações cromossômicas. Além disso, os alunos defendem que os principais responsáveis pela decisão sobre a realização do aborto sejam os dois progenitores. Discussões a respeito das implicações bioéticas do aborto e os direitos e deveres do médico nesse contexto são fundamentais, haja vista a ignorância que ainda existe sobre esse assunto.Abortion is defined by the World Health Organization as the termination of pregnancy before fetal viability. Despite the clear definition, abortion is a matter of bioethical relevance with several much-discussed controversies in the “bioethics of persistent situations." This article aims to assess the opinion of medical students from public and private universities regarding abortion, decriminalization, and the physician's duties in the face of an induced abortion. This survey included responses from medical students (n=110) to a self-administered structured questionnaire regarding the decriminalization of abortion. The results showed that most students (89%) are in favor of decriminalizing abortion in several situations, including cases where Brazilian law still does not allow it, such as in the case of malformations compatible with life and chromosomal alterations. In addition, students defend that the pregnant woman and the father should be the main ones responsible for deciding to carry out an abortion. Discussions about the bioethical implications of abortion and the physician's rights and duties in this context are fundamental, given the general ignorance on this subject
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