Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
Medidas excepcionais estão se tornando normais. Em nossa realidade próxima deparamo-nos com inúmeras situações que ilustram o estado de exceção, dentre elas, os trotes universitários. Situações de violência na recepção de calouros são justificadas com frases como: "é só uma brincadeira", "não faz mal nenhum", "também passamos por isso". Esse olhar de excepcionalidade justifica o injustificável e faz várias vítimas, desde quem sofre o trote, mas também quem o pratica, pois o fazem sem dimensionar a crueldade cíclica que aceitam e reafirmam a cada ano nas universidades. O hostis generis humanis, que comete seus atos sem perceber que faz algo de errado. E é na busca de sair desses atos impensados que propomos algumas reflexões e concluímos que, da mesma forma que o Mal era inerente ao estado nazista, e não havia leis que o identificassem como errado, assim o é quando se trata da tradição do trote universitário