8 research outputs found

    Occupational exposure to blood and body fluids among healthcare workers: epidemiology and factors associated with adherence to follow-up after injury

    No full text
    Introdução: Os profissionais da SaĂșde estao constantemente expostos a riscos em seu ambiente de trabalho, principalmente relacionados a exposicao acidental a fluidos corporeos e sangue que podem estar contaminados por diversos microrganismos, dentre eles podemos destacar os virus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e o virus da imunodefiCiĂȘncia humana (HIV). Objetivo: Caracterizar as variaveis epidemiologicas dos acidentes ocupacionais com material biologico; analisar a utilizacao de antirretrovirais como profilaxia pos-exposicao e os eventos adversos relacionados ao seu uso e avaliar a adesao ao acompanhamento pos-acidente ocupacional. Metodo: Foi realizado um estudo tipo coorte analisando os dados obtidos da ficha de atendimento dos acidentes ocupacionais com material biologico, notificados ao Servico de Prevencao e Controle de Infeccao Hospitalar do Hospital SĂŁo Paulo u Universidade Federal de SĂŁo Paulo no periodo de janeiro de 2005 a dezembro de 2011. Para avaliacao da adesao ao seguimento pos-acidente alem dos dados obtidos atraves das fichas, os profissionais que se acidentaram entre 2010 e 2011 e nao compareceram ao retorno agendado foram convocados. As causas para o nao retorno foram obtidas no momento da convocacao. Resultados: No periodo do estudo foram notificados 2102 acidentes. Avaliando o periodo estudado, observamos reducao da densidade de incidencia (total de acidentes por ano/ total de pacientes-dia no ano) de acidentes entre os anos de 2005 e 2011 (p<0,001). A notificacao foi realizada por profissional do sexo feminino em 73,6% dos casos, sendo a equipe de enfermagem a categoria profissional que mais notificou exposicoes com 45%, seguido por residentes (22%). Houve aumento das notificacoes em menos de duas horas do acidente (p<0,001), assim como a utilizacao de equipamento de protecao individual (p<0,001). Os acidentes ocorreram em sua maioria no centro cirurgico (20,1%) e durante o periodo da manha (41,4%). Das exposicoes, 77,4% foram percutaneas, sendo a agulha com lumen o artigo mais envolvido (76,2%). Houve reducao nas exposicoes ocorridas durante a realizacao de glicemia capilar, verificada apos a implantacao de lancetas com agulha retratil (p=0,001). Em relacao a sorologia dos pacientes-fontes 69% foram negativas, 16% desconhecidas, 7% positivas para HIV, 6% positivas para HCV, 1% positivo para HBV e 1,44% apresentou algum tipo de coinfeccao. A profilaxia pos-exposicao com anti-retrovirais (ARV) foi indicada em 35,3% dos acidentes considerados de risco para transmissao de HIV. Em 97,8% dos profissionais que utilizaram os ARV ocorreram eventos adversos e 71,7% utilizaram a profilaxia pelo tempo recomendado de 28 dias. Em relacao a adesao ao seguimento pos-acidente ocupacional este apresentou aumento (p=0,028) apos a convocacao formal dos profissionais e esteve diretamente relacionada ao genero feminino (p=0,009), as exposicoes envolvendo fonte conhecida (p=0,026), paciente-fonte positivo para HIV (p=0,029) e a nao ocorrencia de acidentes anteriores (p=0,047). Conclusao: No periodo do estudo houve uma reducao do numero de acidentes com material biologico notificados. Houve melhora nos indicadores de qualidade relacionados ao programa de atendimento ocorrendo um aumento das notificacoes em menos de 2 horas, aumento da utilizacao de EPI e reducao de exposicoes percutaneas apos implantacao de lancetas retrateis para realizacao de glicemia capilar. Grande parte dos profissionais que utilizaram ARV como profilaxia apresentaram eventos adversos, porem a maioria completou o tratamento. A adesao ao seguimento pos-acidente ocupacional esteve diretamente relacionada ao genero feminino, as exposicoes envolvendo fonte conhecida e positiva para HIV, e a nao ocorrencia de acidentes anterioresConselho Nacional de Desenvolvimento CientĂ­fico e TecnolĂłgico (CNPq)BV UNIFESP: Teses e dissertaçÔe

    MUDANÇAS NO PERFIL MICROBIOLÓGICO E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE ICS-CVC E INFECÇÕES PULMONARES APÓS COVI-19 EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO PAULO

    No full text
    Introdução: A pandemia por Covid-19 afetou gravemente a saĂșde em todo o mundo e levou ao uso excessivo de antimicrobianos e impacto nas medidas de prevenção de infecçÔes relacionadas Ă  assistĂȘncia Ă  saĂșde (IRAS). O objetivo deste estudo Ă© avaliar o perfil microbiolĂłgico de IRAS de acordo com as ondas de Covid-19. MĂ©todo: Estudo tipo coorte histĂłrico, realizado em hospital universitĂĄrio, SĂŁo Paulo. Foram avaliadas a evolução do perfil microbiolĂłgico e de resistĂȘncia das ICS-CVC e as infecçÔes pulmonares em UTI. O estudo foi divido em 7 fases de acordo com as ondas da covid-19 em SĂŁo Paulo: base (jan/2019-fev/20), 1ÂȘ onda (mar-ago/20), pĂłs-1ÂȘ onda (set-dez/20), 2ÂȘ onda (jan-jul/21), pĂłs-2ÂȘ onda (ago-dez/21), 3ÂȘ onda (jan-mai/22) e pĂłs-3ÂȘ onda (jun/22-mar/23). O perfil microbiolĂłgico foi analisado por 10.000 pacientes-dia e a resistĂȘncia antimicrobiana em frequĂȘncia. As seis fases apĂłs primeiro caso de Covid-19 foram comparadas com a fase base. Resultados: Em episĂłdios de ICS-CVC foram identificados 310 patĂłgenos e 636 em infecçÔes pulmonares. Entre as infecçÔes pulmonares, observamos aumento da incidĂȘncia de K. pneumoniae (8,51 vs 27,08 p = 0,018) e P. aeruginosa (4,05 vs 9,52, p = 0,029) na 1ÂȘ onda da covid-19. Na 2ÂȘ onda, tambĂ©m observamos aumento da incidĂȘncia de A. baumannii (4,37 vs 13,06, p < 0,001), Acinetobacter spp (1,09 vs 4,66, p = 0,015), alĂ©m de K. pneumoniae e P. aeruginosa. Na 3ÂȘ onda, manteve-se o aumento da incidĂȘncia de A. baumannii, Acinetobacter spp e K. pneumoniae. Foi observada redução importante da incidĂȘncia de S. aureus (7,67 vs 0,92, p = 0,020). ApĂłs a 3ÂȘ onda, as incidĂȘncias de A. baumannii, Acinetobacter spp. e K. pneumoniae retornaram a valores do perĂ­odo base. Mantivemos aumento da incidĂȘncia de P. aeruginosa e redução da incidĂȘncia de S. aureus. Nas ICS-CVC, observamos aumento da incidĂȘncia de C. albicans na 2ÂȘ onda (1,09 vs 5,99, p < 0,001), S. aureus (1,85 vs 4,44, p = 0,033) e BGN nĂŁo-fermentadores (0,00 vs 4,23, p = 0,041). Entre os BGN, tivemos aumento da resistĂȘncia aos carbapenĂȘmicos na 1ÂȘ e 2ÂȘ onda (45,7 vs 57,3%, p = 0,047, e 61,8%, p = 0,001). No geral, observamos aumento da resistĂȘncia Ă s cefalosporinas e Ă  amicacina a partir da 1ÂȘ onda. ConclusĂŁo: a covid-19 foi associada a aumento da incidĂȘncia de BGN nas infecçÔes pulmonares. Nas ICS-CVC, o aumento na incidĂȘncia de Candida albicans ocorreu na 2ÂȘ onda. TambĂ©m observamos aumento da taxa de resistĂȘncia a meropenem, cefalosporinas e amicacina a partir da 1ÂȘ onda da covid-19

    APLICAÇÃO DA METAGENÔMICA PARA INVESTIGAÇÃO DE UM SURTO DE LEGIONELOSE EM UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

    No full text
    Introdução/Objetivo: Surtos por Legionella spp sĂŁo comumente associados a edifĂ­cios ou estruturas que possuem sistemas de ĂĄgua com torres de resfriamento e aquecimento central, como hospitais. As fontes mais comuns incluem ĂĄgua usada para banho, fontes decorativas e torres de resfriamento. Surtos por esse agente podem ser de difĂ­cil identificação. Este estudo objetiva descrever a investigação de um surto de legionelose em uma unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO). MĂ©todos: Estudo realizado na unidade de TMO de um hospital de ensino terciĂĄrio, na cidade de SĂŁo Paulo. Foram incluĂ­dos todos os pacientes com diagnĂłstico laboratorial confirmado para legionelose de aquisição hospitalar (critĂ©rios do CDC/NHSN). A investigação inicial do ambiente foi realizada atravĂ©s de cultura de ĂĄgua e semeada em meio especĂ­fico. Na impossibilidade de identificação do patĂłgeno e persistĂȘncia do surto, nova coleta de ĂĄgua e swabs dos metais sanitĂĄrios foi realizada utilizando pesquisa molecular com metagenĂŽmica, pela tĂ©cnica de detecção de amplicon. Resultados: O primeiro caso de Legionella spp. foi detectado em agosto/2020, totalizando 8 casos atĂ© abril/2023. Todos os diagnĂłsticos foram realizados por teste de antĂ­geno urinĂĄrio. Seis eram do sexo feminino e a mĂ©dia de idade 51,3 (26-65) anos. A principal doença de base era LMA (62,5%) e 75% eram receptores de TCTH alogĂȘnico. ApĂłs o primeiro caso, foi coletada ĂĄgua dos chuveiros e torneiras dos banheiros da unidade e caixa d’água e realizada cultura, porĂ©m sem identificação do agente. Em 2022, apĂłs novos casos, foi identificado vĂ­nculo epidemiolĂłgico com dois quartos especĂ­ficos, sendo realizadas novas culturas de ĂĄgua de todos os pontos de ĂĄgua dos banheiros, sem isolamento do patĂłgeno. Em 2023, novas coletas de ĂĄgua e swabs de superfĂ­cie foram realizadas nos dois quartos (53 amostras) e realizado sequenciamento de amplicon. Foi identificada Legionella pneumophila em swab de superfĂ­cie interna de chuveiro/chuveirinho do quarto com maior nĂșmero de casos (n = 7). Amostra clĂ­nica respiratĂłria obtida de um dos pacientes com diagnĂłstico, foi submetida ao sequenciamento com identificação do agente, 100% compatĂ­vel com isolado ambiental. ApĂłs bloqueio do quarto, nĂŁo observamos novos casos na unidade. ConclusĂŁo: A metagenĂŽmica possibilitou a confirmação do vĂ­nculo epidemiolĂłgico do surto de Legionella pneumophila com ambiente, sendo possivelmente superior aos mĂ©todos tradicionais para identificação do patĂłgeno de amostras ambientais

    International Nosocomial Infection Control Consortiu (INICC) report, data summary of 43 countries for 2007-2012. Device-associated module

    No full text
    We report the results of an International Nosocomial Infection Control Consortium (INICC) surveillance study from January 2007-December 2012 in 503 intensive care units (ICUs) in Latin America, Asia, Africa, and Europe. During the 6-year study using the Centers for Disease Control and Prevention's (CDC) U.S. National Healthcare Safety Network (NHSN) definitions for device-associated health care–associated infection (DA-HAI), we collected prospective data from 605,310 patients hospitalized in the INICC's ICUs for an aggregate of 3,338,396 days. Although device utilization in the INICC's ICUs was similar to that reported from ICUs in the U.S. in the CDC's NHSN, rates of device-associated nosocomial infection were higher in the ICUs of the INICC hospitals: the pooled rate of central line–associated bloodstream infection in the INICC's ICUs, 4.9 per 1,000 central line days, is nearly 5-fold higher than the 0.9 per 1,000 central line days reported from comparable U.S. ICUs. The overall rate of ventilator-associated pneumonia was also higher (16.8 vs 1.1 per 1,000 ventilator days) as was the rate of catheter-associated urinary tract infection (5.5 vs 1.3 per 1,000 catheter days). Frequencies of resistance of Pseudomonas isolates to amikacin (42.8% vs 10%) and imipenem (42.4% vs 26.1%) and Klebsiella pneumoniae isolates to ceftazidime (71.2% vs 28.8%) and imipenem (19.6% vs 12.8%) were also higher in the INICC's ICUs compared with the ICUs of the CDC's NHSN

    Clinical and genetic characteristics of late-onset Huntington's disease

    No full text
    Background: The frequency of late-onset Huntington's disease (&gt;59 years) is assumed to be low and the clinical course milder. However, previous literature on late-onset disease is scarce and inconclusive. Objective: Our aim is to study clinical characteristics of late-onset compared to common-onset HD patients in a large cohort of HD patients from the Registry database. Methods: Participants with late- and common-onset (30–50 years)were compared for first clinical symptoms, disease progression, CAG repeat size and family history. Participants with a missing CAG repeat size, a repeat size of ≀35 or a UHDRS motor score of ≀5 were excluded. Results: Of 6007 eligible participants, 687 had late-onset (11.4%) and 3216 (53.5%) common-onset HD. Late-onset (n = 577) had significantly more gait and balance problems as first symptom compared to common-onset (n = 2408) (P &lt;.001). Overall motor and cognitive performance (P &lt;.001) were worse, however only disease motor progression was slower (coefficient, −0.58; SE 0.16; P &lt;.001) compared to the common-onset group. Repeat size was significantly lower in the late-onset (n = 40.8; SD 1.6) compared to common-onset (n = 44.4; SD 2.8) (P &lt;.001). Fewer late-onset patients (n = 451) had a positive family history compared to common-onset (n = 2940) (P &lt;.001). Conclusions: Late-onset patients present more frequently with gait and balance problems as first symptom, and disease progression is not milder compared to common-onset HD patients apart from motor progression. The family history is likely to be negative, which might make diagnosing HD more difficult in this population. However, the balance and gait problems might be helpful in diagnosing HD in elderly patients

    Guidelines for the use and interpretation of assays for monitoring autophagy (4th edition)

    No full text
    In 2008, we published the first set of guidelines for standardizing research in autophagy. Since then, this topic has received increasing attention, and many scientists have entered the field. Our knowledge base and relevant new technologies have also been expanding. Thus, it is important to formulate on a regular basis updated guidelines for monitoring autophagy in different organisms. Despite numerous reviews, there continues to be confusion regarding acceptable methods to evaluate autophagy, especially in multicellular eukaryotes. Here, we present a set of guidelines for investigators to select and interpret methods to examine autophagy and related processes, and for reviewers to provide realistic and reasonable critiques of reports that are focused on these processes. These guidelines are not meant to be a dogmatic set of rules, because the appropriateness of any assay largely depends on the question being asked and the system being used. Moreover, no individual assay is perfect for every situation, calling for the use of multiple techniques to properly monitor autophagy in each experimental setting. Finally, several core components of the autophagy machinery have been implicated in distinct autophagic processes (canonical and noncanonical autophagy), implying that genetic approaches to block autophagy should rely on targeting two or more autophagy-related genes that ideally participate in distinct steps of the pathway. Along similar lines, because multiple proteins involved in autophagy also regulate other cellular pathways including apoptosis, not all of them can be used as a specific marker for bona fide autophagic responses. Here, we critically discuss current methods of assessing autophagy and the information they can, or cannot, provide. Our ultimate goal is to encourage intellectual and technical innovation in the field
    corecore