27 research outputs found

    Os nativos para si, para nós e em si- Roberto Cardoso de Oliveira e o projeto de uma antropologia hermenêutica

    Get PDF
    Nn sua obra tardia Roberto Cardoso ile Oliveira refletiu sobre a história e ii epistemologia da antropologia por recurso a algumas das noções centrais (In hermenêutica filosófica de I leidegger e Gadamer. Apesar dessa influência, podemos caracterizar o seu projeto como uma recusa de neeitar a hermenêutica como paradigma para a antropologia. Neste ensaio discutimos criticamente as razões dessa recusa, argumentando que a filosofia hermenêutica tem um valor Inestimável para a antropologia como meio de deixar para trás os equívocos e os custos de assumir a oposição entre objetivismo e relativismo como pnrâmetro de avaliação e definição do conhecimento antropológico

    Tambores de mortos? Sobre um estudo etnográfico da democracia em Ihéus, a antropologia feita em casa e a falácia do apelo à crença

    Get PDF
    Nunca ninguém conseguiu explicar como é que trinta e nove seguidores do culto Heaven’s Gate chegaram a acreditar que se se matassem em simultâneo haveriam de alcançar outra vida a bordo de uma nave espacial escondida atrás do cometa Hale-Bopp. Evan Hughes Relativismo é a teoria segundo a qual a verdade (ou a falsidade) de qualquer proposição é sempre relativa a certos tipos de atitudes psicológicas daquele que afirma, crê ou julga sobre a verdade da proposição. John Searle Comecemos por um co..

    Tambores de mortos? Sobre um estudo etnográfico da democracia em Ilhéus, a antropologia feita em casa e a falácia do apelo à crença

    Get PDF
    Comecemos por um conjunto de lugares comuns. A antropologia tem a sua razão de ser na constatação da diferença cultural e do obstáculo compreensivo que esta implica. Em função desta constatação, ela nasce de um duplo gesto ”“ por um lado, da assunção do relativismo cultural, pré-condição da curiosidade sobre o diferente, que corre de outra forma o risco de ser simplesmente indiferente; por outro lado, pela procura de ser ciência, conjunto de princípios e regras de observação, análise e julgamento que, usando uma metáfora visual, tem por virtude tornar o opaco transparente, superar de uma forma objetiva e impessoal o obstáculo da diferença cultural. Onde viajantes, missionários ou outros (“amadores”) se haviam apenas cruzado com os mundos exóticos e haviam fracassado, o antropólogo (“profissional”, “cientista”) tinha um encontro e triunfava. E triunfou de fato

    A cristandade dos leopardos, a objectividade dos antropólogos e outras verdades igualmente falsas

    Get PDF
    O antietnocentrismo e os modelos holistas têm sido o contexto e a forma da solução dada pela antropologia ao problema da incomensurabilidade entre os planos culturais da verdade. Desde sempre repetiu-se na disciplina, sob diferentes vocabulários teóricos, a atitude de procurar explicar o que não se compreende, com o resultado repetido de esplêndidos falhanços explicativos do que permaneceu assim por compreender. Por recurso às ideias da filosofia hermenêutica moderna e a uma delimitação da noção de símbolo, propõe-se neste artigo uma estratégia não metodológica de consideração dessas questões e, por seu intermédio, uma reconsideração do estatuto da disciplina e das formas de conhecimento que ela toma como objecto.The anti-ethnocentrism and the holist models have been the context and form of the solution provided by anthropology to the problem of the incomensurability between the cultural planes of truth. As of always, it has been repeated within this discipline, under the guise of different theoretical vocabularies, the attitude of searching to explain what is not understood, with the repeated result of grand explicative failures of what has yet to be fully understood. By appealing to the ideas of the modern hermeneutic philosophy and a delimitation of the notion of symbol, this article proposes a non-methodological strategy of those questions and, by its intervention, a reconsideration of the discipline and the forms of knowledge that it adopts as its aim

    Evolução da biblioteca para replicação tolerante a faltas bizantinas BFT-SMaRt

    Get PDF
    Tese de mestrado em Engenharia Informática, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2011Numa época em que os sistemas informáticos são largamente utilizados, é natural que exista uma preocupação em garantir que um sistema informático seja resistente, tanto em termos de segurança como de tolerância a faltas. Devido a estes motivos, são criadas bibliotecas para tolerância a faltas bizantinas (ou arbitrárias), tal como a biblioteca BFT-SMaRt desenvolvida no Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Um dos principais objectivos da biblioteca BFT-SMaRt é o alto desempenho, logo é importante que exista um modo simples e eficiente de obter medidas sobre o desempenho da biblioteca, tal como um mecanismo de monitorização eficiente. Esta dissertação apresenta um módulo de monitorização e configuração para a biblioteca BFT-SMaRt, tal como um processo de avaliação de desempenho automatizada de modo a ser simples e eficiente. Serão também apresentados os resultados das sequências de testes efectuadas à biblioteca, de modo a avaliar o seu desempenho.In a time where computer-based information systems are widely used, it’s natural that there is a concern in assuring that a given information system is resilient in terms of security and fault tolerance. It is due to these reasons that Byzantine fault tolerant replication libraries are designed and created, like the BFT-SMaRt library developed in the Department of Informatics of Lisbon’s Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. One of the main objectives in the design of the BFT-SMaRt library is high performance, so it is important that there is a simple and efficient method of obtaining measurements regarding the library’s performance, including an efficient monitorization mechanism. This dissertation presents a monitorization and configuration module added to the BFT-SMaRt library, and also an automated performance evaluation process, designed to be simple and efficient. Finally, it presents the results of a set of tests to which we subjected the library as to evaluate its performance

    Forecasts for Dark Energy Measurements with Future HI Surveys

    Full text link
    We use two independent methods to forecast the dark energy measurements achievable by combining future galaxy redshift surveys based on the radio HI emission line with Cosmic Microwave Background (CMB) data from the {\sl Planck} satellite. In the first method we focus on the `standard ruler' provided by the baryon acoustic oscillation (BAO) length scale. In the second method we utilize additional information encoded in the galaxy power spectrum including galaxy bias from velocity-space distortions and the growth of cosmic structure. We find that a radio synthesis array with about 10 per cent of the collecting area of the Square Kilometre Array (SKA), equipped with a wide (10100 deg210-100 ~ {\rm deg}^2) field-of-view, would have the capacity to perform a 20,000 deg220{,}000 ~ {\rm deg}^2 redshift survey to a maximum redshift zmax0.8z_{\rm max} \sim 0.8 and thereby produce dark energy measurements that are competitive with surveys likely to be undertaken by optical telescopes around 2015. There would then be powerful arguments for adding collecting area to such a `Phase-1' SKA because of the square-law scaling of survey speed with telescope sensitivity for HI surveys, compared to the linear scaling for optical redshift surveys. The full SKA telescope should, by performing a 20,000 deg220{,}000 ~ {\rm deg}^2 HI redshift survey to zmax2z_{\rm max} \sim 2 around 2020, yield an accurate measurement of cosmological parameters independent of CMB datasets. Combining CMB ({\sl Planck}) and galaxy power spectrum (SKA) measurements will drive errors in the dark energy equation-of-state parameter ww well below the 1 per cent level. The major systematic uncertainty in these forecasts is the lack of direct information about the mass function of high-redshift HI-emitting galaxies.Comment: 19 pages; 2 tables; 18 figures. accepted by MNRA

    Tambores de mortos? Sobre um estudo etnográfico da democracia em Ihéus, a antropologia feita em casa e a falácia do apelo à crença

    No full text
    Comecemos por um conjunto de lugares comuns. A antropologia tem a sua razão de ser na constatação da diferença cultural e do obstáculo compreensivo que esta implica. Em função desta constatação, ela nasce de um duplo gesto – por um lado, da assunção do relativismo cultural, pré-condição da curiosidade sobre o diferente, que corre de outra forma o risco de ser simplesmente indiferente; por outro lado, pela procura de ser ciência, conjunto de princípios e regras de observação, análise e julgamento que, usando uma metáfora visual, tem por virtude tornar o opaco transparente, superar de uma forma objetiva e impessoal o obstáculo da diferença cultural. Onde viajantes, missionários ou outros (“amadores”) se haviam apenas cruzado com os mundos exóticos e haviam fracassado, o antropólogo (“profissional”, “cientista”) tinha um encontro e triunfava. E triunfou de fato

    Os nativos para si, para nós e em si- Roberto Cardoso de Oliveira e o projeto de uma antropologia hermenêutica

    No full text
    Nn sua obra tardia Roberto Cardoso ile Oliveira refletiu sobre a história e ii epistemologia da antropologia por recurso a algumas das noções centrais (In hermenêutica filosófica de I leidegger e Gadamer. Apesar dessa influência, podemos caracterizar o seu projeto como uma recusa de neeitar a hermenêutica como paradigma para a antropologia. Neste ensaio discutimos criticamente as razões dessa recusa, argumentando que a filosofia hermenêutica tem um valor Inestimável para a antropologia como meio de deixar para trás os equívocos e os custos de assumir a oposição entre objetivismo e relativismo como pnrâmetro de avaliação e definição do conhecimento antropológico
    corecore