49 research outputs found

    Sexualidade, Gênero e Educação: a subjetivação de mulheres pelo cinema

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    O artigo, fundamentado a partir do pós-estruturalismo, tem como foco os efeitos da imagem cinematográfica na constituição das identidades de gênero. Com base em resultados de pesquisa, analiso o caráter contingencial do processo de apropriação das imagens por mulheres educadoras, assim como o papel da imagem como âncora para que o sujeito pense sobre si mesmo e se modifique em relação a questões de gênero e sexualidade. Discuto por fim possibilidades de ampliação da percepção sobre questões de gênero através da introdução de mediações na leitura da imagem

    Ensino de Gênero e Sexualidade: diálogo com a perspectiva de currículo CTS

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    Neste artigo desenvolvemos uma reflexão sobre desafios e possibilidades na abordagem de gênero e sexualidade no currículo de ciências em diálogo com a concepção CTS. Realizamos reflexão pautada nos Estudos Culturais que postula o sujeito sempre em processo de constituição identitária; pressupomos gênero e sexualidade como construções históricas e sociais constituídas por discursos e práticas e entendemos o cotidiano escolar como espaço formativo onde ocorrem importantes processos de disciplina e normalização. A discussão aponta a centralidade das disciplinas de ciências nas abordagens de gênero e sexualidade; ressalta que tais abordagens possuem repercussões amplas que envolvem práticas sociais e políticas públicas; aborda, com base nas reflexões promovidas pelo currículo CTS, as críticas ao currículo prescritivo, ressaltando o papel do/a professor/ano estabelecimento de pontes entre as experiências cotidianas e os conteúdos de sexualidade. Estudos como este contribuem para ampliação das possibilidades de abordagem dos conteúdos de gênero e sexualidade na escola.

    O ataque à liberdade docente e a discussão sobre gênero e direitos humanos na educação. O multiculturalismo como proposta de resistência

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    Este artigo situa e discute o ataque à liberdade docente, conforme vem se dando nos últimos anos, cerceando o debate sobre gênero no ambiente escolar. Nesse sentido, em um primeiro momento apresentamos uma reflexão acerca das propostas aprovadas ou em discussão em diferentes casas legislativas no Brasil que visam limitar a liberdade docente, e identificamos os movimentos de resistência que se opõem a estes ataques, principalmente juridicamente. A seguir abordamos a relação entre construção identitária, gênero e multiculturalismo como um referencial importante para subsidiar processos de resistência que contribuam para minimizar o impacto da censura prévia no chão de escola. Discutimos o que este cerceamento de liberdade implica para a pedagogia e para a educação, argumentando sobre o papel político do/a professor/a, e sobre a importância da pluralidade de ideias no ambiente escolar, conforme concebida a partir de uma determinada visão de multiculturalismo, essencial para garantir relações mais simétricas na sociedade. Palavras-chave: Gênero e direitos humanos. Interculturalidade. Escola sem partido

    O dispositivo da sexualidade no uso da literatura escolar

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    Neste artigo apresentamos um estudo baseado em pressupostos foucaultianos, centrado na análise de discursos de uma professora e de seus alunos sobre o uso de livros paradidáticos para a abordagem de questões de sexualidade em sala de aula, trazendo à baila aspectos sobre a preocupação tão atual sobre a sexualidade de jovens e crianças na escola. Levamos em consideração principalmente o conceito de “dispositivo da sexualidade”, em que o tripé ensino, literatura e sexualidade é enfocado. Acionamos conceitos das fases genealógica e ética da teoria foucaultiana e alguns pressupostos da história cultural para investigar os discursos que circulam na escola, mediados pela literatura, buscando compreender como o dispositivo da sexualidade mobiliza discursos e práticas quando o assunto é discutido. Na análise da trama discursiva produzida pelos/as participantes, notamos o privilégio conferido às práticas de si, em que se tornam preponderantes formas de auto reflexividade inscritas nos aparatos do dispositivo da sexualidade

    O dispositivo da sexualidade no uso da literatura escolar

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    Neste artigo apresentamos um estudo baseado em pressupostos foucaultianos, centrado na análise de discursos de uma professora e de seus alunos sobre o uso de livros paradidáticos para a abordagem de questões de sexualidade em sala de aula, trazendo à baila aspectos sobre a preocupação tão atual sobre a sexualidade de jovens e crianças na escola. Levamos em consideração principalmente o conceito de “dispositivo da sexualidade”, em que o tripé ensino, literatura e sexualidade é enfocado. Acionamos conceitos das fases genealógica e ética da teoria foucaultiana e alguns pressupostos da história cultural para investigar os discursos que circulam na escola, mediados pela literatura, buscando compreender como o dispositivo da sexualidade mobiliza discursos e práticas quando o assunto é discutido. Na análise da trama discursiva produzida pelos/as participantes, notamos o privilégio conferido às práticas de si, em que se tornam preponderantes formas de auto reflexividade inscritas nos aparatos do dispositivo da sexualidade

    O hip hop como pedagogia das juventudes: Encontro possível entre o multiculturalismo crítico, a pedagogia social e a educação popular

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    Em um período marcado por profundas mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas, em que se acentuam os processos de exclusão social, é necessário avançar no entendimento de como a pedagogia e suas práticas podem contemplar os desafios colocados para o atendimento dos direitos de educação e de cultura, particularmente de sua juventude. Emergem novas perspectivas de educação pautadas por concepções multiculturais e críticas, compromissadas com os direitos dos indivíduos e com a problemática da inclusão social da juventude, como a Pedagogia das Juventudes. Esta, aliada aos elementos disponibilizados pela crescente produção acadêmica sobre o hip hop no Brasil e em outros países, em suas intersecções com a educação alimentam a nossa reflexão sobre o potencial pedagógico dessa manifestação. Neste artigo evidenciamos como esta expressão juvenil, entendida como um lugar de construção identitária dos jovens em que são mobilizados processos simbólicos, sociais e materiais, pode ser entendida e apropriada em processos de pedagógicos críticos, inclusive na educação escolarizada, não só pelo caráter cotidiano e problematizador dos raps, senão também, pelo tipo de interação e modelo educacional que o embasam em suas diferentes manifestações. Ganha relevo neste artigo, a partir da contribuição das mencionadas perspectivas pedagógicas, a centralidade da realidade e dos problemas juvenis e a ideia de que temas urgentes como o da violência e exclusão social – tão presentes nas manifestações do hip hop – devem ser contemplados, seja em espaços formais ou não formais, como um dos eixos orientadores para se pensar a pedagogia e as práticas pedagógicas. Palavras-chave: hip hop; multiculturalismo crítico; pedagogia social; educação popular; pedagogia das juventudes

    O cinema e a formação docente: um diálogo sobre as questões de gênero

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    The article indicates the potential of some motion pictures as mediators in the denaturalization of sexuality and gender issues. It also offers a reflection on the pertinence and contribution of this matter for the teachers’ education. Based in the Cultural Studies, this analysis highlights the importance of cinema for building the individual cultural identity. The examination of sequences of three cinematographic productions from the Sixties and Seventies — Chuvas de Verão, by Cacá Diegues; Julieta dos Espíritos, by Federico Fellini; and Vivre sa Vie, by Jean Luc Godard — supports the deconstruction of stereotypes and redeem the complexity of the sexuality and gender issues. As object of reflection and analysis by teachers, cinema shows to be a tool capable of leveraging change and meaning shifts of life and social roles. O artigo aponta para o potencial de algumas obras cinematográficas como mediadoras na desnaturalização de questões de sexualidade e gênero. Elabora, ainda, uma reflexão sobre a pertinência e a contribuição deste tema para a formação docente. Com base nos estudos culturais, a análise destaca a importância do cinema para a construção das identidades culturais dos indivíduos. O exame de seqüências de três produções cinematográficas das décadas de 1960 e 1970 – Chuvas de Verão, de Cacá Diegues, Julieta dos Espíritos, de Federico Fellini, e Viver a vida, de Jean Luc Godard – colabora para a desconstrução de estereótipos e resgata a complexidade das questões de gênero e sexualidade. Como objeto de reflexão e análise por educadores, o cinema se mostra uma ferramenta capaz de alavancar transformações e ressignificações sobre a vida e os papéis sociais.

    Elderly subjectivation in materials on health education/communication: an analysis from a Foucauldian perspective

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    Recentes investimentos na velhice mostram uma mudança de racionalidade que implica a construção de novas dinâmicas de poder, principalmente o biopolítico. A inauguração do discurso de “envelhecimento ativo e saudável” marca tal deslocamento do âmbito da assistência social ao da saúde, com ações de prevenção e promoção. Este artigo, fundamentado em noções foucaultianas sobre o saber/poder, com ênfase na questão do biopoder, a partir da contextualização de articulações entre processos de subjetivação da velhice acionadas em cenário neoliberal, apresenta um recorte da análise desenvolvida em uma pesquisa maior, concluída em 2013, a respeito de materiais de educação, prevenção e promoção de saúde dirigidos ao público idoso. Examina de que forma uma tecnologia de governamentalidade - a Caderneta de saúde da pessoa idosa, publicada pelo Ministério da Saúde do Brasil - viabiliza práticas de normalização de comportamentos e significados sobre saúde e velhice, atuando como um dispositivo de poder que se relaciona a discursos construídos em um determinado contexto sócio-histórico-cultural.Recent investments in the elderly population show a change in the general way of thinking, which implies the construction of new power dynamics, mainly the biopolitical one. The growing discourse of “active and healthy aging” marks a displacement from the scope of social assistance to that of health, with prevention and promotion actions. In this article, backed by Foucauldian notions on power/knowledge, emphasizing the biopower matter, we put into context some articulations between old age subjectivation processes triggered in a neoliberal scenario, presenting part of an analysis made in a 2013 research, about materials of education and health prevention and promotion directed to the elders. From this, we examine the means through which a governmentality technology - the Elderly Health Handbook, of the Brazilian Ministry of Health - enables normalization practices of the behaviors and meanings concerning health and old age, acting as a power dispositive related to discourses constituted within a given sociohistorical and cultural context

    Literatura e Sexualidade: visibilidades e silenciamentos nas apropriações docentes

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    RESUMO - Literatura e Sexualidade: visibilidades e silenciamentos nas apropriações docentes.  Este artigo, com enfoque preferencial nos pressupostos foucaultianos, volta-se para a análise dos sentidos construídos por um grupo de professores (as) na apropriação de livros literários que abordam a temática da gravidez na adolescência. Com a apreciação dos discursos dos(as) docentes foi possível perceber espaços de visibilidade e silenciamento, na preocupação hegemônica com a sexualidade adolescente e com o propósito primeiro de veicular a informação sobre a temática abordada. Concluímos que a apropriação do livro literário, como artefato cultural, necessita de proposições mais críticas num contexto de mudanças significativas, não apenas no arcabouço de idéias do campo educacional

    Percursos de autoria e subjetivação: entre rodas, rimas e clipes

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    Neste artigo analisamos a construção de autoria e processos de subjetivação por um coletivo de hip hop que organiza rodas culturais, no complexo de favelas de Manguinhos, Rio de Janeiro. As rodas culturais são iniciativas de caráter público, ligadas ao movimento hip hop e de recente surgimento na cena carioca. Com esse cenário, buscamos entender tais eventos e textos, em sua modalidade ao vivo, bem como nas mídias digitais. Compreendemos as rodas como instâncias culturais geradoras de processos de subjetivação e posições de sujeito, em suas dimensões: política, pedagógica, identitária e simbólica. Com base nos estudos culturais em sua vertente pós-estruturalista, assumimos as rimas, os eventos e as performances presentes nas rodas como artefatos discursivos, os quais nos fazem acreditar que na construção de autoria os/as jovens manifestam relevante agência na esfera cultural (urbana e digital), que é ao mesmo tempo pedagógica e política. Ao vislumbrarmos aspectos da construção de autoria, observamos os mecanismos de apropriação e criação de posições de sujeito que operam na produção e circulação de subjetivações, evidenciando como os/as jovens metaforizam e ironizam, a fim de denunciar e refletir sobre as violências e opressões diretas sobre a vida e os corpos, bem como sobre as objetivações normalizandoras e inferiorizantes que atuam nas formas de pensar, relacionar-se, e construir suas identidades. Palavras-chave: Autoria. Subjetivação. Juventudes. Hip hop
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