135 research outputs found

    Clever animals: Naturalcultural interactions in Karitiana hunting practices (Rondônia, Brazil)

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    This article addresses hunting practices and human-animal relations among the Karitiana, a Tupi-Arikém-speaking indigenous people in the southwestern Brazilian Amazon, asserting that if humans can learn from animals in long-lasting hunting experiences in the forest, animals can also learn how to deal with their human predators as well as their knowledge and techniques. Furthermore, animals must be understood here as species and individuals. This is an almost natural conclusion drawn from Amazonian ethnography, which suggests that distinctions between humans and the nonhumans that we call animals are not classified according to a categorization in which human beings have resourcefulness and creative adaptability and animals only possess instinctive and mechanical reactions, following certain widespread (and rather simplistic) Cartesian naturalistic ontologies. Thus, if Amazonian landscapes were manufactured over millennia of human and non-human interactions, there is no reason to exclude animals from these historical processes of mutual co-constitution, which have already been described in detail in the literature focusing on plants (especially palm trees), soils, and landscapes

    Cacos de espíritos: aproximações entre antropologia e arqueologia no caso Karitiana em Rondônia

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    Este artigo discute vestígios materiais – fragmentos cerâmicos e objetos industriais (de ferro e vidro) encontrados no território Karitiana, Rondônia, bem como as interpretações indígenas destes no processo de definição de sua territorialidade, algo que leva a consequências teóricas importantes para uma renovada reflexão sobre a história e a etnicidade na Amazônia indígena. A partir disso, especula algumas aproximações entre a Antropologia e a Arqueologia, na forma de uma crítica indígena aos vestígios arqueológicos e na reflexão acerca de uma mútua fertilização das disciplinas em contextos de pesquisa de campo

    OS ÍNDIOS DO BOM JESUS CONSELHEIRO: NOTAS SOBRE HISTÓRIA E PRESENÇA INDÍGENA NO SERTÃO DE CANUDOS

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    A diversidade étnica, sociocultural e mesmo linguística do movimento de Canudos ainda resta por ser analisada em detalhes. Sabe-se, por exemplo, da existência de um notável contingente indígena no arraial conselheirista, formado por gente oriunda de pelo menos quatro povos no sertão nordeste da Bahia (Kiriri, Kaimbé, Tuxá e Kantaruré). Mas quem eram esses indígenas, e como podem ter sido afetados pela trajetória histórica da região, pela guerra subsequente e pela própria trajetória dos estudos sobre o fenômeno? A partir da documentação disponível (especialmente os Relatórios da Presidência da Província da Bahia, redigidos no seculo XIX), este artigo oferece um panorama étnico e demográfico dos aldeamentos no sertão de Canudos ao longo do século XIX, de modo a contextualizar a presença e a participação indígena nos eventos conduzidos por Antônio Conselheiro. Com isso, espera-se estimular pesquisas que possam contribuir para elucidar aspectos da diversidade social, cultural e étnica de Canudos, que atentem para eventuais novos documentos ainda não explorados e para as memórias e histórias orais dos povos indígenas no sertão baiano nos dias de hoje

    Before Brasília: frontier in Central Brazil

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    Resenha do livro da historiadora brasilianista Before Brasilia: frontier in Central Brazil, publicado pela University of New Mexico Press. Trata-se de uma soberba reconstituição da história e da formação social da capitania de Goiás entre os séculos XVI e XIX, com foco nos segmentos minorizadas (povos indígenas, negros escravizados, mulheres, quilombolas). Um livro de história, mas que traz abundante informação de grande interesse para estudos antropológicos que focalizam populações no Brasil Central

    A doença comunista e a sopa de morcegos. Sobre tráfico de animais, orientalismo e pandemia

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    Qual foi, afinal, a origem do novo coronavirus, o SARS-CoV2, que provocou a crise sanitária pandêmica que vem transformando nosso mundo contemporâneo? De qual ou quais espécie(s) animal ou animais emergiu e em que país começou a se espalhar? Utilizando especialmente fontes da web, este artigo busca mostrar que as discussões em torno das origens do novo vírus e da doença que provoca articulam o biológico e o nacional, e o político e o viral, de formas complexas, e que estão intrinsecamente vinculadas à certas formas de relação entre humanos e animais, especialmente aquelas relacionadas ao seu consumo e ao seu tráfico em escalas internacionais

    Referências em estudo : Controvérsias sobre natureza, cultura e etnicidade dos povos indígenas isolados em Rondônia

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    The forests of Rondônia harbor a significant number of references to uncontacted indigenous peoples. As the region is home to considerable linguistic and cultural diversity, the definition of the ethnolinguistic belonging of these peoples-references is quite problematic. In addition to this lack of definition at an ethnolinguistic level, several of the references to uncontacted peoples – especially those “under study” or “not confirmed” or those called simply “information” – have also lent themselves to discussions at levels that we will call interethnic and specific, which discuss both the indigeneity and humanity of these collectives. These are cases in which the ghostly character of these peoples seems even more pronounced, and discussions happens not only about whether traces are indigenous products, but whether they are the result of human actions. However, the so-called “unconfirmed references” have been little studied in their multiple dimensions. This article advocates for greater attention to such scenarios as a way of expanding our reflection on the nature of what can constitute an indigenous and a human collective.As florestas de Rondônia abrigam um conjunto significativo de referências a povos indígenas isolados. Como a região abriga considerável diversidade linguística e cultural, a definição do pertencimento etnolinguístico desses povos-referências é bastante problemática. Para além desta indefinição em nível etnolinguístico, várias das referências aos isolados – sobretudo aquelas “em estudo” ou “não confirmadas”, ou chamadas simplesmente de “informação” – têm se prestado também à discussões em níveis que chamaremos de interétnico e específico, que discutem tanto a indianidade como a própria humanidade desses coletivos. Tratam-se de casos em que o caráter fantasmagórico desses povos parece ainda mais pronunciado, e de discussões não apenas sobre se vestígios são produtos de indígenas, mas mesmo se são resultantes de ações humanas. Entretanto, as denominadas “referências não confirmadas” têm sido pouco estudadas em suas múltiplas dimensões. Este artigo advoga por uma maior atenção a tais cenários como forma de expandir nossa reflexão sobre a natureza do que pode constituir um coletivo indígena e humano

    OS ÍNDIOS DO BOM JESUS CONSELHEIRO: NOTAS SOBRE HISTÓRIA E PRESENÇA INDÍGENA NO SERTÃO DE CANUDOS

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    A diversidade étnica, sociocultural e mesmo linguística do movimento de Canudos ainda resta por ser analisada em detalhes. Sabe-se, por exemplo, da existência de um notável contingente indígena no arraial conselheirista, formado por gente oriunda de pelo menos quatro povos no sertão nordeste da Bahia (Kiriri, Kaimbé, Tuxá e Kantaruré). Mas quem eram esses indígenas, e como podem ter sido afetados pela trajetória histórica da região, pela guerra subsequente e pela própria trajetória dos estudos sobre o fenômeno? A partir da documentação disponível (especialmente os Relatórios da Presidência da Província da Bahia, redigidos no seculo XIX), este artigo oferece um panorama étnico e demográfico dos aldeamentos no sertão de Canudos ao longo do século XIX, de modo a contextualizar a presença e a participação indígena nos eventos conduzidos por Antônio Conselheiro. Com isso, espera-se estimular pesquisas que possam contribuir para elucidar aspectos da diversidade social, cultural e étnica de Canudos, que atentem para eventuais novos documentos ainda não explorados e para as memórias e histórias orais dos povos indígenas no sertão baiano nos dias de hoje

    NAHUM-CLAUDEL, Chloe. Vital diplomacy: the ritual everyday on a dammed river in Amazonia. New York: Berghanh, 2018. 302 p.

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    We know about dams because we too build dams for Yanwka.Discurso do líder Halataikwa Enawenê Nawê (p. 226) Em tempos em que o país discute, enquanto sofre amargamente, os muitos efeitos trágicos e perversos de diferentes qualidades de barragens (Belo Monte, Santo Antônio, Mariana, Brumadinho...), a sensível etnografia de Chloe Nahum-Claudel entre os Enawenê-Nawê, povo de língua Arawak no noroeste do Mato Grosso, é mais do que oportuna. O absurdo representado pelos Enawenê, na vinheta que abre..

    A Tapuya “equestrian nation”?: horses and native peoples in the backlands of colonial Brazil

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    Horizon 2020(H2020)715423Museum Studie
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