31 research outputs found

    Læringsrum for integration og social retfærdighed: Succeshistorier fra elever med indvandrerbaggrund og skolesamfund i fire nordiske lande

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    Forskning i forskellige multikulturelle samfund og skoler i de seneste årtier har vist, at mange indvandrere og indvandrerbørn er marginaliserede. Dette har været et incitament for en række publikationer i de seneste årtier om skoleudvikling, læseplaner, pædagogik, skoleledelse, læreruddannelse og andre emner relateret til skole og uddannelse i multikulturelle kontekster. Forskningen har også vist eksempler på god praksis i sådanne sammenhænge,2 og i denne artikel vil vi præsentere et projekt som drejer sig om succeshistorier på dette område i Norden

    The diaphragm as a contraceptive method in the experience of users in the public health services

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    This study, started in August 1989, describes the acceptability of diaphragms as part of the daily routine of 194 women enrolled at five public health care centers in Osasco, (Greater São Paulo). Follow-up of the cohort was performed by semestral home interviews until August 1991. Our data indicate that the diaphragm can be a viable alternative within the public health care setting. Women, including those from low-income groups, are interested in new alternatives to currently available contraceptive practices. Nevertheless, the cumulative rate of continuity for use of the method was only 25.7% (39 women) after a period of 12 months. Only 37.1% of women opting for the diaphragm confirm its use during every act of sexual intercourse. Most of the women (72.7%) only learned about diaphragms during the process of choosing a contraceptive method. The main reasons for discontinued use were partners' complaints, discomfort, and difficulty in handling. The findings point to the need for reformulating family planning activities to provide greater support for women, introduce initiatives to enhance male participation, and promote on-going training of health professionals with regard to the management of the method and support for its users.Este estudo objetiva descrever como o diafragma foi incorporado ao cotidiano de 194 mulheres que o escolheram como contraceptivo, em cinco serviços públicos da região de Osasco, Grande São Paulo, no período de agosto de 1989 a agosto de 1991. O seguimento dessa coorte foi realizado por meio de entrevistas domiciliares semestrais. Constatou-se que o diafragma pode ser uma escolha viável, pois as mulheres, mesmo as de baixa renda, interessam-se por inovações que possam representar alternativas às suas práticas contraceptivas. No entanto, a taxa acumulada de continuidade de uso aos 12 meses foi de 25,7%; após 365 dias, 39 mulheres mantiveram o seu uso contínuo. Do total de mulheres que escolheram o diafragma, 37,1% referiram usá-lo em todas as relações durante o período de observação. Os resultados mostram a necessidade de os serviços readequarem a atividade de planejamento familiar, no sentido de dar um maior suporte às mulheres que optaram pelo diafragma, envolvendo seus parceiros nesta tomada de decisão. Além disso, a equipe de planejamento familiar da unidade também precisaria de um reforço contínuo visando aprimorar as técnicas de medição e o apoio à mulher frente as suas dificuldades iniciais com o método.Secretaria de Estado da Saúde de São PauloUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)UNIFESPSciEL

    Black women's childbirth assistance in a countryside hospital in Maranhão, Brazil

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    Há no Brasil poucos estudos que considerem a cor como um possível fator de aumento de vulnerabilidade à perda da saúde, que analisem a morbidade levando em consideração a cor/raça das pessoas, especialmente os que abordam a saúde reprodutiva. Estudos realizados nos últimos anos evidenciaram diferenças importantes entre as taxas de mortalidade materna de mulheres de cor branca, parda e preta. Supõe-se que essas diferenças sejam decorrentes de falta de acesso a serviços de saúde e/ou da pior qualidade da assistência prestada amulheres negras. Há poucos estudos que analisam como se dá o atendimento pré-natal e ao parto considerando a cor das mulheres, especialmente em pequenos municípios, em regiões mais carentes do país. Este estudo objetiva descrever como ocorre a assistência ao ciclo gravídico puerperal de mulheres negras residentes no município de Icatu, no Maranhão. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória desenvolvida com puérperas que tiveram parto no Hospital Municipal da cidade. Foram entrevistadas 26 mulheres negras que aceitaram participar da pesquisa. A idade variou de 10 a 39 anos, com 50% de 20 a 24 anos. A maioria estava em união estável, 46,2% iniciaram a vida sexual antes de 15 anos, e 53,8%, entre 16 e 20 anos. Constatou-se que a maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre e teve seis consultas ou mais durante o acompanhamento. Todas as mulheres de cor preta e a maioria das de cor parda tiveram anemia ferropriva no período gestacional. Elas gostariam de ser escutadas na hora do parto e de receberem mais atenção, com maior acolhimento.In Brazil, there is a limited number of studies that consider color as a possible factor of increased vulnerability of health losing and analyze morbidity regarding the color/race of the people, especially those that address reproductive health. Studies conducted in recent years have highlighted important differences between the rates of maternal mortality in white, mulatto and black women. These differences are likely a result of the lack of access to health and/or poorer quality of care services provided for black women. There are few studies that analyze prenatal care and childbirth considering the color of women, especially in small municipalities in the poorest regions of the country. This study aims to describe the assistance in puerperal cycle of pregnancy of black women residing in the city of Icatu, Maranhão. This is an exploratory and descriptive study developed with black women who gave birth at the city's hospital. Twenty-six women who agreed to participate in the research were interviewed. Their age ranged from 10 to 39 years, with 50% with 20-24 years. Most women were in a stable relationship, 46.2% reported sexual initiation before 15 years and 53.8% between 16 and 20 years. We found that the majority began prenatal care in the first quarter of pregnancy period and had six or more visits during its course. All the black women and most of the mulatto women had iron deficiency anemia during pregnancy. They would like to receive a more proper, caring and welcoming treatment in childbirth

    Humanization in health care and racial inequalities : an intervention proposal

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    O artigo relata a proposta de ação/intervenção "Humanização do parto e nascimento: questões étnico/racial e de gênero", desenvolvida no Hospital Geral de São Mateus Dr. Manoel Bifulco em São Paulo (SP), que objetivou sensibilizar a equipe do hospital para a mortalidade materna de mulheres negras. Foram utilizados como fontes documentais relatórios de gestão, convênio estabelecido, relatórios de ordenamento de despesas e o livro Nascer com equidade. São descritas as sete etapas desenvolvidas: sensibilização e negociação na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP); negociação com o Ministério da Saúde; sensibilização e pactuação com o serviço de saúde; diagnóstico da situação; sensibilização dos profissionais para as questões de gênero e raça/cor, com a introdução do quesito "cor" nos sistemas de informação; formação dos profissionais do hospital; e formação do movimento social. O projeto teve como resultados a inclusão do quesito "cor" na Autorização de Internação Hospitalar; a sensibilização da equipe para as especificidades da saúde da mulher negra; e a mudança de percepção da equipe em relação à presença do pai na hora do nascimento, gerando a campanha "Pai não é visita". O projeto foi efetivo na abordagem de temas complexos.The study reports the project "Humanização do parto e nascimento: questões étnico/racial e de gênero" [Humanization of childbirth care: ethnic/race and gender issues], an action/intervention research developed in the Hospital Geral de São Mateus Dr. Manoel Bifulco, in São Paulo (SP), Brazil. The objective was to sensitize the hospital team about maternal mortality among black women and discuss the impact of racism in health care. The following documents were used as documental sources: management reports, established partnerships, official letters, expenditure reports and the book Nascer com Equidade [Born with equity]. The project's seven stages were: sensitization and negotiation within the Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) [State Secretariat of Health of São Paulo]; sensitization and negotiation with the Brazilian Ministry of Health; sensitization and establishment of an agreement with the health service; diagnosis of the situation in the hospital; sensitizing the professionals towards gender and race issues, introducing the race data collection in the forms of the hospital's data bank; training hospital staff; forming social movements within the neighborhood. The project's results were: the collection of data on race became routine, and prompted the Ministry of Health to adopt this information request in all its forms; professionals were trained in women's health care and sensitized to the specificities of the black population; and there were changes in how the health care team perceives the presence of the father at birth, creating the campaign "Fathers are not visitors". The project was effective in broaching those complex issues and it may be replicated elsewhere

    Institutional Racism: a challenge to equity in the National Health System (SUS)?

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    Institutional racism is defined as the collective failure of an organization to provide appropriate and professional services for people because of their color, culture or ethnic roots. It can be seen or detected in processes, attitudes and behaviors that produce discrimination due to unintentional prejudice, ignorance, negligence and racism stereotypes, causing dis-advantage to people belonging to ethnic minorities. The practice of institutional racism in the health area affects specially the black and indigenous populations. The present article aims to present an investigation into opinions about the existence of racism in the health services. To achieve this, an exploratory study was conducted, approved by the Committee for Research Ethics of the Health Institute (Instituto de Saúde do Estado de São Paulo), with the analysis of a self-administered survey delivered to those who attended the 2nd Black Population Health Seminar of the state of São Paulo, which was held in the city of São Paulo on May 17, 2005. The results show that the black population has been discriminated in the health units, both as users and as professionals. It was verified that the health services, through their professionals, increase the vulnerability of those groups, enlarging access barriers, reducing the possibility of dialog and causing the withdrawal of users. In light of these findings, it is believed that it is important to stimulate discussions about the topic and develop studies to give visibility to the inequities and, therefore, contribute to the understanding of how discrimination acts in the black population's health.O racismo institucional é definido como o "fracasso coletivo de uma organização para prover um serviço apropriado e profissional para as pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Ele pode ser visto ou detectado em processos, atitudes e comportamentos que totalizam em discriminação por preconceito involuntário, ignorância, negligência e estereotipação racista, que causa desvantagens a pessoas de minoria étnica". A prática do racismo institucional na área da saúde afeta preponderantemente as populações negra e indígena. Este artigo tem como objetivo relatar a sondagem de opinião sobre a existência de racismo nos serviços de saúde. Para isso, foi realizado um estudo exploratório, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Saúde, com análise de questionário auto-aplicável entregue aos participantes do 2º Seminário de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo, ocorrido no Município de São Paulo, em 17 de maio de 2005. Os resultados evidenciam que a população negra vem sendo discriminada nas unidades de saúde, como usuários e como profissionais. Verificou-se que os serviços de saúde, por meio de seus profissionais, aumentam a vulnerabilidade desses grupos populacionais, ampliando barreiras ao acesso, diminuindo a possibilidade de diálogo e provocando o afastamento de usuários. Diante do encontrado, acredita-se ser importante estimular discussões sobre o tema e desenvolver estudos que além de dar visibilidade às iniqüidades possam contribuir para a compreensão de como as discriminações atuam na saúde da população negra

    Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e procura da contracepção de emergência em farmácias e drogarias do município de São Paulo

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    São apresentados aspectos da experiência do projeto de intervenção educativa voltado à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da síndrome de imunodeficiência adquirida (DST/Aids) realizado com profissionais de farmácias e drogarias da área metropolitana de São Paulo. Discute-se a aquisição de contracepção de emergência como importante motivo de procura de farmácias e drogarias e seu uso como fonte de dúvidas para os profissionais. Concluiu-se que a intervenção educativa, realizada pelos profissionais nos estabelecimentos farmacêuticos, contribui na prevenção de DST/Aids, visto que o balcão de farmácia é meio frequentemente utilizado pela população na busca por orientação e indicação de produtos farmacêuticos, além de informações sobre saúde. Pode-se afirmar que é possível e indispensável a incorporação dessa estratégia educativa na prevenção de DST/Aids por estabelecimentos farmacêuticos, em situações cotidianas de risco ou preocupação com doenças presumíveis e com a gravidez por meio de proposição de condutas eficazes de saúde para a população. Extraíram-se lições sobre a experiência quanto à importância de ações de educação para jovens e para profissionais de farmácias em que se enfatizem os direitos sexuais e reprodutivos e a promoção do uso racional de fármacos.The present study discusses results of an educational intervention project directed at preventing sexually transmitted diseases and the acquired immunodeficiency syndrome (STD/Aids), carried out with professionals from pharmacies in the metropolitan area of São Paulo (Brazil). The acquisition of emergency contraception was found to be an important reason for seeking help from pharmacies as well as a source of doubts for the professionals. Educational intervention carried out by the professionals at pharmaceutical establishments contributes toward the prevention of STD/Aids, as the population often uses the pharmacy as a source of orientation and indication of pharmaceutical products, as well as a source of health information. The incorporation of this educational strategy in pharmaceutical establishments is indispensable to the prevention of STD/Aids in daily situations of risk or concern for disease and pregnancy, through the proposal of effective health conducts for the population. Lessons were extracted from the experience regarding the importance of educational actions for youths and pharmacy professionals, and emphasis is given to sexual and reproductive rights and to the promotion of the rational use of drugs

    Desigualdades sociodemográficas e na assistência à maternidade entre puérperas no Sudeste do Brasil segundo cor da pele: dados do inquérito nacional Nascer no Brasil (2011-2012)

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    Historically, in Brazil, the health indicators of mothers and babies by skin color show an unfavorable picture to black and brown-skinned women. In the last decade, the reduction of disparities in income and education, as well as the universalization of health care, may have altered this situation to some extent. The objective of this study was to analyze the changes in socio-demographic inequalities and maternity care in Southeastern Brazil, by race/color, in the last decade. We used data from the national survey Born in Brazil (2011-2012). Descriptive statistical analysis was performed in order to define socio-demographic characteristics, access to antenatal care, clinical and obstetric history, and characteristics of birth assistance. We found differences unfavorable to black and brown-skinned women in education, income, and paid work; white women had more private health insurance plans, and increased age. Black and brown women had fewer medical appointments, fewer ultrasounds, more antenatal care considered inadequate, higher parity, and more hypertensive disorders. In childbirth, they had fewer companions and more vaginal deliveries, although the cesarean rate has grown twice as high among black women. More often they went into labor and had children born full term. There was no statistically significant difference in marital status, pregnancy complications, diabetes mellitus, anemia, syphilis, HIV, pilgrimage to delivery, neonatal or maternal near miss, and most of the interventions in vaginal delivery. Although major disparities persist, there was some reduction in sociodemographic differences as well as increased access to both appropriate and unnecessary and potentially harmful interventions.Historicamente, no Brasil, os indicadores de saúde de mães e bebês segundo cor da pele mostram quadro desfavorável às negras (pretas e pardas). Na última década, a redução das disparidades de renda e escolaridade, assim como a universalização da assistência à saúde, podem ter alterado esse quadro, em alguma medida. O objetivo deste artigo foi analisar as mudanças nas desigualdades sociodemográficas e na assistência à maternidade no Sudeste do Brasil, segundo raça/cor, na última década. Utilizamos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil (2011-2012). Análise estatística descritiva foi realizada para a caracterização sociodemográfica, do acesso à assistência pré-natal, antecedentes clínicos e obstétricos, e características da assistência ao parto. Encontramos diferenças desfavoráveis às pretas e pardas quanto à escolaridade, renda e ao trabalho remunerado; as brancas tinham mais planos de saúde privados e maior idade. As pretas e pardas tiveram menor número de consultas, menos ultrassonografias, mais cuidado pré-natal considerado inadequado, maior paridade e mais síndromes hipertensivas. No parto, tiveram menos acompanhantes, mais partos vaginais, embora a cesárea tenha dobrado entre as negras, que com mais frequência entraram em trabalho de parto e tiveram filhos nascidos de termo pleno. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à situação conjugal, intercorrências da gestação, diabetes mellitus, anemias, sífilis, HIV, peregrinação para o parto, near miss materno ou neonatal e na maioria das intervenções no parto vaginal. Ainda que importantes disparidades persistam, houve alguma redução das diferenças sociodemográficas e um aumento do acesso, tanto a intervenções adequadas quanto às desnecessárias e potencialmente danosas

    Assistência ao parto de mulheres negras em um hospital do interior do Maranhão, Brasil

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    Resumo Há no Brasil poucos estudos que considerem a cor como um possível fator de aumento de vulnerabilidade à perda da saúde, que analisem a morbidade levando em consideração a cor/raça das pessoas, especialmente os que abordam a saúde reprodutiva. Estudos realizados nos últimos anos evidenciaram diferenças importantes entre as taxas de mortalidade materna de mulheres de cor branca, parda e preta. Supõe-se que essas diferenças sejam decorrentes de falta de acesso a serviços de saúde e/ou da pior qualidade da assistência prestada amulheres negras. Há poucos estudos que analisam como se dá o atendimento pré-natal e ao parto considerando a cor das mulheres, especialmente em pequenos municípios, em regiões mais carentes do país. Este estudo objetiva descrever como ocorre a assistência ao ciclo gravídico puerperal de mulheres negras residentes no município de Icatu, no Maranhão. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória desenvolvida com puérperas que tiveram parto no Hospital Municipal da cidade. Foram entrevistadas 26 mulheres negras que aceitaram participar da pesquisa. A idade variou de 10 a 39 anos, com 50% de 20 a 24 anos. A maioria estava em união estável, 46,2% iniciaram a vida sexual antes de 15 anos, e 53,8%, entre 16 e 20 anos. Constatou-se que a maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre e teve seis consultas ou mais durante o acompanhamento. Todas as mulheres de cor preta e a maioria das de cor parda tiveram anemia ferropriva no período gestacional. Elas gostariam de ser escutadas na hora do parto e de receberem mais atenção, com maior acolhimento

    Desigualdades sociodemográficas e na assistência à maternidade entre puérperas no Sudeste do Brasil segundo cor da pele: dados do inquérito nacional Nascer no Brasil (2011-2012)

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    Resumo Historicamente, no Brasil, os indicadores de saúde de mães e bebês segundo cor da pele mostram quadro desfavorável às negras (pretas e pardas). Na última década, a redução das disparidades de renda e escolaridade, assim como a universalização da assistência à saúde, podem ter alterado esse quadro, em alguma medida. O objetivo deste artigo foi analisar as mudanças nas desigualdades sociodemográficas e na assistência à maternidade no Sudeste do Brasil, segundo raça/cor, na última década. Utilizamos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil (2011-2012). Análise estatística descritiva foi realizada para a caracterização sociodemográfica, do acesso à assistência pré-natal, antecedentes clínicos e obstétricos, e características da assistência ao parto. Encontramos diferenças desfavoráveis às pretas e pardas quanto à escolaridade, renda e ao trabalho remunerado; as brancas tinham mais planos de saúde privados e maior idade. As pretas e pardas tiveram menor número de consultas, menos ultrassonografias, mais cuidado pré-natal considerado inadequado, maior paridade e mais síndromes hipertensivas. No parto, tiveram menos acompanhantes, mais partos vaginais, embora a cesárea tenha dobrado entre as negras, que com mais frequência entraram em trabalho de parto e tiveram filhos nascidos de termo pleno. Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à situação conjugal, intercorrências da gestação, diabetes mellitus, anemias, sífilis, HIV, peregrinação para o parto, near miss materno ou neonatal e na maioria das intervenções no parto vaginal. Ainda que importantes disparidades persistam, houve alguma redução das diferenças sociodemográficas e um aumento do acesso, tanto a intervenções adequadas quanto às desnecessárias e potencialmente danosas
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