74 research outputs found

    The Tombeau of the Avant-gardes: the "pluralization of the possible poetics" as a contemporary critical paradigm

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    Este ensaio propõe uma leitura de "Poesia e modernidade: Da morte da arte à constelação. O poema pós-utópico", de Haroldo de Campos, texto que busca selar o fim das vanguardas, ao mesmo tempo em que empreende sua legitimação crítica e histórica. O conflito entre a sobrevivência dos valores de vanguarda e a interpretação do contemporâneo como época de "pluralidade" (ou "diversidade") faz do texto de Haroldo de Campos um acontecimento histórico decisivo para a discussão contemporânea sobre poesia162421443This essay proposes a reading of Haroldo de Campos' "Poetry and modernity: from the death of art to constellation. The post-utopian poem", a text that attempts to decree the end of the avant-gardes at the same time that it carries out their critical and historical legitimation. The conflict between the survival of avant-garde values and the interpretation of the contemporary as a time of "plurality" (or "diversity") makes Campos' text a decisive historical event for the contemporary debate on poetrysem informaçã

    As desilusões da crítica de poesia

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    Parte da crítica brasileira de poesia expressa com frequência um sentimento de insatisfação em relação à produção contemporânea, em específico pelo enfraquecimento dos desafios que essa produção se coloca a si mesma. Se é pertinente analisar as questões que a poesia se coloca, também é sensato analisar a natureza das questões que a crítica tem colocado à poesia. As “ilusões perdidas“ atribuídas à poesia, não deixam de designar o impasse que é enfrentado pela própria escrita críticaPart of Brazilian criticism of poetry has frequently expressed a feeling of dissatisfaction towards the contemporaneous production, especially because of the weakening challenges this kind of production has brought to itself Nevertheless, if it is im ­ portant to analyze the questions poetry puts to itself it is also sensible to ask what kind of questions criticism has made in relation to poetry. The “lost delusions of poetry’ seem to indicate an impasse which is faced by critical writing itsel

    Marcos Siscar

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    Poesia no contratempo: Samuel Beckett

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    O trânsito entre as línguas é constitutivo da produção literária de Beckett. Muito embora sejam questões conhecidas da crítica beckettiana, a tradução e a autotradução ganham outra perspectiva se consideradas a partir da discussão sobre os gêneros, no contexto da passagem da poesia para a prosa. Beckett não é prioritariamente ou programaticamente um poeta. Ele opta por distanciar-se da tradição do verso, mas mantém a prática episódica do poema durante toda a extensão de sua obra. A hipótese deste artigo é que a passagem de Beckett àquilo que entende como obra é uma passagem relacionada à poesia, entendida como prática de escrita que tem historicidade e sentido próprios. “Poesia” e “tradução”, em Beckett, são nomes do acesso ao sentido, movimentos expostos ao contratempo

    A dignidade e o ridículo da poesia: autoria, história e destinação em Le Spleen de Paris

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    Leituras tradicionais de textos de Le Spleen de Paris, como as de Jean Starobinski e Walter Benjamin, dão destaque para a figura do bufão e para a atitude burlesca. Nessas análises, os poemas em prosa baudelairianos são vistos como testemunhos travestidos de uma experiência biográfica e histórica. O presente artigo procura apontar os inconvenientes da associação mecânica entre autor histórico e sujeito poético, colocando em primeiro plano elementos da obra de Baudelaire que levariam a considerar de outro modo a ideia do “declínio” do gênero poético

    Tradução em ensaio

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    Um dos primeiros volumes da revista Remate de Males (“Território da Tradução”, de 1984) tinha a tradução de poesia como tema e como ideia de repertório. O presente número temático entende revisitar essa proposta, trazendo reflexões sobre tradução juntamente com exercícios de tradução de poesia, ou relacionados com questões poéticas. Em outras palavras, o Dossiê “Tradução em ensaio” (expressão que explora a cumplicidade entre o ensaio como forma de escrita e a experimentação como abordagem possível do traduzir) resulta do desejo de reabrir o espaço de uma revista especializada para a experiência tradutória, ao mesmo tempo em que procura tratar essa proposta de modo mais entranhado com o debate universitário contemporâneo, para o qual o ensaio se tornou um gênero de escrita comum de divulgação e de militância intelectual

    Entrevista com Marcos Siscar

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    Marcos Siscar é poeta, tradutor, professor da Unicamp e pesquisador do CNPq. É autor de Jacques Derrida: rhétorique et philosopohie (1998), Poesia e crise (2010) e De volta ao fim(2016, prêmio Jabuti), entre outros livros de ensaio. Traduziu autores como Tristan Corbière, Félix Fénéon, Michel Deguy, Jacques Roubaud e Samuel Beckett. Seus livros de poesia incluem Metade da Arte (2003), O roubo do silêncio (2006), Interior via satélite (2010), Manual de flutuação para amadores (2015) e Isto não é um documentário (2019). Tem livros traduzidos e poemas publicados em revistas e antologias na Alemanha, Argentina, Bélgica, Espanha, França, EUA, Hungria, Inglaterra e Portugal20218519
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