390 research outputs found

    Para a compreensão das práticas institucionais, o envolvimento e as perceções de desenvolvimento dos estudantes em contexto de ensino superior: a complementaridade de diferentes designs de investigação

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    As instituições de ensino superior têm revelado um interesse considerável pela melhoria das políticas e práticas educativas a nível institucional, em parte fruto da quantidade considerável de investigação desenvolvida, que tem revelado que aquilo que as instituições fazem apresenta o impacto mais importante no desenvolvimento integral do estudante. A investigação tem-se revelado, assim, um meio para compreender as especificidades das dinâmicas existentes entre as práticas institucionais e o desenvolvimento integral dos estudantes, e tem-se também assumido como uma ferramenta fundamental para o planeamento de políticas e práticas educativas de qualidade, junto de decisores e educadores. Pretende-se, neste espaço, através de um estudo sobre as dinâmicas de envolvimento e desenvolvimento do estudante, no contexto de uma instituição de ensino superior portuguesa, explorar a complementaridade de diferentes abordagens de investigação não só para a compreensão do fenómeno em estudo, como também para o desenho de intervenções educativas ricas e envolventes

    Questionário de perceção de competências académicas: Resultados do estudo exploratório

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    Quando se analisa a vasta literatura sobre o ensino superior, há um domínio que se destaca fortemente, em parte por se constituir num dos grandes objetivos do ensino superior: a aprendizagem e aprofundamento de conhecimentos em determinadas áreas disciplinares (e.g. História, Filosofia) e competências académicas gerais ou fundamentais (e.g. Língua Materna, Cálculo). Embora não seja um resultado completamente concordante entre diferentes estudos, a maioria das investigações encontradas, quer de natureza quantitativa (com recurso a provas estandardizadas ou de autorrelato) como qualitativa, conclui que os estudantes revelam aumentos no domínio da aquisição de conhecimentos em ambos os domínios do 1.º para os últimos anos do ensino superior. O objetivo da presente investigação prendeu-se com a construção de um questionário que avaliesse a perceção de ganhos alcançados durante os anos de frequência do ensino superior no domínio das competências académicas considerando as características culturais e educativas de uma instituição do ensino superior politécnico. Para a construção do Questionário de Perceção de Competências Académicas, partiu-se dos resultados da análise de conteúdo de entrevistas realizadas junto de 31 estudantes e do confronto das categorias que foram emergindo dessa análise com os principais resultados da investigação no domínio das competências académicas. A versão final do Questionário, após sucessivas análises fatoriais exploratórias para seleção dos melhores itens a reter, resultou numa solução constituída por 13 itens que avaliam a perceção de ganhos obtidos pelos estudantes num conjunto de competências fundamentais e de conhecimentos e competências profissionais. Esta versão final apresentou um nível de consistência interna considerado bastante aceitável (α =.91). Concluímos pela importância de se desenvolverem e validarem instrumentos de investigação fundados na culturas das instituições de ensino superior portuguesas, assim como pela necessidade de se conduzirem estudos institucionais que monitorizem regularmente a concretização das missões e objetivos educativos institucionais (incluindo os meios para os atingir). Neste contexto, esperamos que o Questionário de Perceção de Competências Académicas se possa constituir num desses instrumentos de monitorização

    Construção e Estudo Exploratório do Questionário de Interação com os Pares em Contexto de Ensino Superior

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    São em número considerável os investigadores que defendem que o grupo de pares desempenha um papel central no modo como os estudantes se ajustam e no quanto aprendem nos contextos formais e informais do ensino superior. A investigação refere-se com particular ênfase à qualidade dos relacionamentos interpessoais entre estudantes com efeitos desejáveis positivos ao nível não apenas da integração e ajustamento cultural do estudante como no seu sucesso académico, desenvolvimento  intelectual e psicossocial. De facto há o reconhecimento de que a aprendizagem (em contexto académico e social) efetuada pelo estudante é socialmente construída e, por essa razão, com importantes implicações para o seu desenvolvimento. Tendo em linha de conta a importância que o grupo de pares desempenha no ajustamento e desenvolvimento do estudante no contexto de ensino superior, procurámos construir e testar um instrumento que avalie a interação do estudante com os pares, adaptado às características culturais dos estudantes portugueses. A partir de uma revisão da literatura no domínio e apoiados na análise de conteúdo de 31 entrevistas semi-estruturadas realizadas junto de estudantes do ensino superior politécnico, procedemos à construção dos itens do Questionário de Interação com os Pares, que após análises fatoriais exploratórias resultaram numa versão final constituída por duas dimensões: i) Perceção de Suporte (PS); ii) Participação em Atividades Recreativas (PAR). As análises efetuadas (análise fatorial exploratória em componentes principais com rotação varimax e análise da consistência interna pelo alpha de Cronbach) ao Questionário de Interação com os Pares, revelaram uma estrutura fatorial com sentido teórico e valores de consistência interna aceitáveis para ambos os fatores (PS: a =.92; PAR: a =.73). Esperamos que o Questionário de Interação com os Pares se constitua não apenas num instrumento útil em contexto de investigação, mas sobretudo como um instrumento de diagnóstico do ambiente relacional entre estudantes, permitindo identificar situações que necessitem de uma intervenção institucional

    Ambiente institucional: construção e estudo exploratório de um questionário em contexto de ensino superior

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    A literatura sobre ensino superior tem dado destaque ao estudo do ambiente institucional, indicando que as perceções dos estudantes acerca da qualidade dos ambientes institucionais apresentam impacto no seu ajustamento e desenvolvimento. Com este estudo pretendeu-se desenvolver um questionário para avaliar a perceção do estudante sobre o Ambiente Institucional (Questionário do Ambiente Institucional - QAI). Assim, partimos da análise de conteúdo de entrevistas realizadas a 31 estudantes e do seu confronto com a literatura. A versão final do QAI resultou numa solução de dois fatores, com níveis de consistência interna bastante aceitáveis: Estímulo Intelectual (α=.90), Sentimento de Comunidade (α=.88).

    Dinâmica da interação professor-estudante em contexto de ensino superior: construção e estudo exploratório do questionário da interação professor-estudante

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    O presente estudo procurou, a partir da análise das perceções de professores e estudantes do ensino superior sobre o que são para si interações de qualidade, construir o Questionário da Interação Professor-Estudante (QIPE). Para o efeito, partimos da análise de conteúdo de entrevistas realizadas junto de 31 estudantes e de 21 professores e do seu confronto com a literatura. A versão final do QIPE resultou numa solução de três fatores, com um nível de consistência interna bastante aceitável: Gestão da Relação Pedagógica (α=.90), Contacto com os Professores (α=.87) e Perceção de Suporte (α=.84).

    Capacitar para a 4ª idade - manual de práticas de base comunitária

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    O aumento acentuado da longevidade a que se tem assistido nas últimas décadas, e que constitui uma das maiores conquistas das sociedades tecnologicamente avançadas, bem como os desafios associados, cria oportunidades para que as Instituições de Ensino Superior (IES) assumam a sua responsabilidade para com a sociedade. Pela sua natureza, as IES reúnem condições especiais na busca de soluções abrangentes e articuladas para os desafios societais, nomeadamente em termos de educação/formação, investigação, inovação e transferência de conhecimento. No que se refere à educação/formação, fenómenos como o do envelhecimento desafiam as Instituições a desenvolver programas de formação pré e pós-graduada no sentido de capacitar novos profissionais (competentes, inovadores e comprometidos) capazes de com eles lidar e de dar resposta aos desafios que colocam. No caso concreto do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), e no que ao envelhecimento respeita, a resposta a este desafio iniciou-se já em 2006 com criação da licenciatura em Educação Social Gerontológica e, posteriormente, em 2010 com o início do mestrado em Gerontologia Social. Ao longo de mais de uma década, o IPVC tem formado profissionais – gerontólogos – capazes de compreender o envelhecimento numa perspetiva multidisciplinar, positiva e integradora e, por isso, habilitados a construírem respostas inovadoras para apoiarem as pessoas mais velhas e suas famílias, bem como comunidades, a lidar efetivamente com os inúmeros desafios associados ao envelhecimento. Estes novos profissionais constituem uma mais valia para as respostas sociais de retaguarda à velhice, as estruturas públicas com responsabilidades sociais ou as organizações privadas que atuam na área do envelhecimento.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Envelhecimento bem-sucedido, participação social e qualidade de vida: um estudo multicêntrico e multimétodo

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    Nas últimas décadas, vários modelos de envelhecimento bem-sucedido (EBS) contribuíram para esclarecer as relações entre qualidade de vida e bem-estar. Revisões sistemáticas têm reunido evidência sobre os contributos da participação social para envelhecer bem. Assim, estabeleceu-se como objectivo deste estudo analisar o bem-estar e qualidade de vida em iniciativas de base comunitária. Para o efeito estabeleceu-se incluir pessoas com 55+ anos a frequentar Programas de Intervenção Autárquica (PIA; Grupo Referência; n = 152) e um grupo que não frequenta este tipo de actividades (Não-PIA, Grupo Comparação; n = 152), em três zonas territoriais do país onde se ministra formação superior em Gerontologia. Na recolha de dados utilizou-se um protocolo de avaliação gerontológica multidimensional, designadamente MMSE, SWLS, Ryff-18, Lubben-6, SOC, WHOQoL-Breve, e um questionário elaborado para o efeito para avaliar características sociodemográficas e participação social. Fazem parte deste estudo 304 participantes, predominantemente mulheres (n = 114; 75%), pertencentes à terceira idade (65+ anos; 91,2%), distribuídos igualmente por Viana do Castelo (n = 104), Bragança (n = 100) e Coimbra (n = 100), média de idades de 71,5 anos (DP=5,7; Min 55 e Max 84 anos), com escolaridade inferior a 4 anos (n = 216; 71,1%), maioritariamente casados (n = 204; 67,1%). Comparando o grupo PIA (GRef) com não-PIA (GComp) para amostras emparelhadas relativamente à qualidade de vida (QoL), o grupo de referência apresenta uma média superior na faceta saúde física (dif Médias 1,1; t (151) = 2,3; p<0,03). No caso dos mais velhos (75-84 anos), observa-se que o bem-estar psicológico global é superior no GRef (dif Médias 6,2; t (43) = 3,8; p <0,001), assim como nas estratégias adaptativas (SOC-Global; diferença de médias 1,2; t (43) = 2,2; p <0,04). Nas dimensões do bem-estar psicológico observam-se diferenças significativas na autonomia (dif Médias 1,3; t (43) = 2,2; p <0,04), bem como objectivos na vida (dif Médias 2,2; t(43) = 3,7; p <0,001). Quanto à QoL, o GRef apresenta uma média superior na faceta da saúde física (diferença de médias 1,1; t(151) = 2,3; p <0,03). Porém, no grupo dos 65-74 anos os valores médios do GRef na QoL são mais elevados na saúde física (dif Médias 1,7; t(95) = 2,7; p <0,009), o mesmo se observando no bem-estar psicológico - domínio do meio (dif Médias 0,8; t(95) = 2,0; p <0,05). Relativamente ao estado mental (MMSE) não se observaram diferenças significativas entre grupos etários, o mesmo acontecendo com as relações sociais (Lubben-6). O Défice Cognitivo Ligeiro é de 16% na amostra global. Concluindo, os resultados obtidos sugerem um comportamento distinto no bem-estar e qualidade de vida (QoL) em função da participação em PIA e dos grupos etários. Claramente as pessoas não beneficiam da mesma maneira com a participação social. As Políticas Públicas devem ter estes resultados em consideração ao estabelecer medidas programáticas para o envelhecimento ativo e bemsucedidoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Qualidade de Vida e Participação em Iniciativas de Base Comunitária: Um estudo num município da zona centro de Portugal

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    Face ao reconhecimento da importância da participação social como fator promotor de envelhecimento bem-sucedido, procura-se, através de um estudo de natureza quantitativo, analisar os efeitos de variáveis sociodemográficas e da participação social em atividades/programas de base comunitária, promovidas por um município da zona centro de Portugal, ao nível da qualidade de vida de pessoas com mais de 56 anos, residentes no concelho.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Participação em programas de intervenção comunitária e qualidade de vida: resultados de um estudo multicêntrico em Portugal

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    Analisar a qualidade de vida (QdV) em indivíduos que participam de programas de intervenção comunitária (PIC) orientados para uma vida ativa e saudável. Método: Estudo transversal multicêntrico com 304 participantes, com 55 anos ou mais de idade, a viver na comunidade em três localidades portuguesas. Metade desses indivíduos (n=152) envolvida em PIC (grupo de intervenção). Esse grupo foi emparelhado segundo sexo e grupo etário com número equivalente de participantes (n=152) que não frequenta PIC (grupo de comparação). As atividades dos PIC foram agrupadas segundo a sua natureza: socio-recreativas, educativas/aprendizagem ao longo da vida (ALV) e atividade física. Recolheu-se informação usando Questionário de Participação Social, WHOQOL-Bref e Escala de Satisfação com a Vida. Resultados: Os participantes dos PIC tinham média de idade de 71,4 (±5,4) anos, eram predominantemente mulheres (75,0%), casados (65,4%), com escolaridade inferior a cinco anos (71,7%) e rendimento familiar mensal até 750 euros (47,4%). O GI apresentou melhor QdV no domínio físico do que o GC (p<0,03). A atividade física foi a modalidade mais frequentada nos PIC (n=119; 78,3%) em comparação com atividades educativas/ALV (n=46; 30,3%) e socio-recreativas (n=25; 16,4%). Os praticantes de atividade física em PIC apresentaram melhor QdV nos domínios psicológico, relações sociais e ambiente do que os não-praticantes (p<0,05). Conclusão: A participação em PIC está associada à QdV pelo que, em linha com o quadro do envelhecimento ativo, se recomenda implementar PIC no âmbito das políticas públicas, promovendo sistematicamente a QdV da população.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio
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