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    ESPAÇO, SOCIEDADE E NATUREZA EM RONDÔNIA

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    No decorrer do século XX a geografia de Rondônia passou por diversas transformações estruturais em sua relação homem-natureza e sociedade-espaço. Baseado na tese do geógrafo Milton Santos sobre os meios geográficos natural, técnico e técnico-científico-informacional, o texto analisa as mudanças espaciais evidenciadas em Rondônia, indicando os elementos estruturadores do espaço regional. Assim, o meio natural manifestou a produção extrativista e a circulação ferroviário-fluvial. A colonização agrícola, a migração camponesa, a construção das estradas e a formação das cidades produziram o meio técnico. A coerência regional de Rondônia será afetada pela hidrovia Madeira-Amazonas e a produção da soja, somada a urbanização e amodernização da pecuária, ambos os processos instauradores do meio técnico-científico-informacional.SPACE, SOCIETY AND NATURE IN RONDÔNIAAbstractDuring the twentieth century, the geography of Rondônia went through several structural transformations in its human-nature and society-space relationship. Based on the thesis of the geographer Milton Santos about the geographical environments: natural, technical and technical-scientific-informational, the text analyzes the spacial changes evidenced in Rondônia, indicating the structuring elements of the regional space. Thus, the natural environment expressed the extractivist production and the railway and waterway transport. The agricultural colonization, the peasant migration, the road construction and the formation of the cities produced the technical environment. The regional coherence of Rondônia will be affected by the Madeira-Amazon waterway and soybean production, added to the urbanization and the modernization of the livestock, both processes were founders of the technical-scientific-informational environment

    Globalização e dinâmicas territoriais em Rondônia : Região Amazônica

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    Esse artigo analisa a dinâmica territorial de Rondônia a partir do avanço espacial da produção de soja. Tais processos geográficos estão articulados com a expansão da economia globalizada que tem impactos diretos na Amazônia. A expansão da soja é acompanhada pela formação de uma geografia agrícola concentradora de grãos no sul de Rondônia, que põem em evidência um dinamismo econômico acompanhado de exclusão e possíveis pressões sócio-territoriais nos ambientes mais preservados. Produto das relações sociais, a articulação espacial alicerça a expansão da produção soja em que a diferenciação geográfica resulta nos espaços de gestão e de produção de grãos, articulados pelos agentes hegemônicos na configuração de uma rede territorial, cuja dinâmica é produto do processo de expansão dos espaços da globalização.This article analyzes the territorial dynamics in Rondônia from the spatial advance of soy production. Such geographic processes are articulated with an expansión of a globalised economy that has direct impact on the Amazon region. The soy expansión is followed by the formation of an agricultural geography which concentrates the grains of the south of Rondônia, which shows an economic dynamism accompanied by exclusión and possible social-territorial pressures in the more preserved environments. As a product of social relations, the spatial articulation is based on the expansión of soy production, articulated by hegemonic agents in the configuration of a territorial net, whose dynamics is a product of the expansión of processes of the globalized areas.Departamento de Geografí

    The regionalization of soybean agribusiness in Rondonia

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    The advance of soy agribusiness in the Brazilian Amazon Region is a result of the agricultural modernization processes which derivates of the Capital in rural spaces. In the south of Rondonia, the productive regionalization of soy modifies the rural- -urban relations and constitutes the corporative use of the territory by the hegemo- nic corporations of agribusiness. The reduction of the population in the rural areas and the enlargement of the cities are geographical impacts of this process which fragments the Rondonia’s spaces from the production of its commodity. O avanço do agronegócio da soja na Amazônia brasileira resulta do processo de modernização agrícola derivado da ação do capital nos espaços rurais. No sul de Rondônia tem-se a regionalização produtiva da soja que modifica as relações campo-cidade e constitui-se no uso corporativo do território pelas empresas hegemônicas do agronegócio. A redução da população no campo e o crescimento das cidades são os impactos geográficos desse processo que fragmenta o espaço rondoniense a partir da produção desta commodity

    GLOBALIZAÇÃO, AGRICULTURA E A FORMAÇÃO DO MEIO TÉCNICO- CIENTÍFICO-INFORMACIONAL EM RONDÔNIA (Globalization, agriculture and the formation of the technico-informational-scientific space of Rondônia)

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    A globalização constitui um vigoroso processo de transformações sociais que atinge todas as regiões do mundo. No espaço agrário ela produz a modificação da mercadoria agrícola em commodity, subvertendo as lógicas locais e as coerências internas dos lugares e regiões. As transformações territoriais em Rondônia derivadas do processo de globalização resultam na modernização da base técnica da agricultura e nos processos que espessam as interdependências do campo-cidade, configurando a região do agronegócio da soja com a formação do meio técnico-científico-informacional. A hidrovia Madeira-Amazonas alicerça a fluidez territorial, condição imperativa para o avanço dos espaços da globalização. A produção de soja se consolida e instaura novas dinâmicas territoriais que modifica a geografia agrária e regional de Rondônia. Palavras-chave: globalização; agronegócio; Rondônia; relações campo-cidade. ABSTRACT Globalization constitutes on a vigorous process of social transformation, impacting on all regions of the world. Concerning the rural spaces, it introduces the modification of goods on commodities, subverting the local logics and internal coherences of places and regions. The territorial transformations on Rondônia results of the modernization of technical structures of agriculture and on the processes that enlarges the interdependences of rural-urban regions, which configurates the agribusiness of soy with the formation of that technical-informational-scientific environment. The waterway of Madeira-Amazonas grounds the territorial fluidity, imperative condition for the advance of globalized spaces. The soy production consolidates and imposes new territorial dynamics which modifies the agrarian an regional geography of Rondônia. Keywords: globalization; agribusiness; Rondônia; rural-urban relationship. RESUMEN La globalización constituye en proceso de transformación social vigoroso que afecta a todas las regiones del mundo. En espacio agrario produce modificación de las mercancías agrícolas en commodity, subvertindo la lógica local y coherencias internas de lugares y regiones. Las transformaciones territoriales en Rondônia resultan en la modernización de la base técnica de la agricultura y espessam las interdependencias del campo-ciudad, establecendo la región agroindustrial de soja con la formación del medio técnico-científico-informacional. La hidrovía Madeira-Amazonas funda la fluidez territorial, condición imprescindible para el avance de la globalización. La producción de soja se consolida y presenta nuevas dinámicas territoriales que modifica la Geografía Agraria y regional de Rondônia. Palabras clave: globalización; agronegocios; Rondônia; relaciones urbano-rurales. DOI: 10.5654/actageo2013.0715.000

    "E continuamos a ser escravos na nossa própria terra" - A reprodução subordinada dos quilombolas do rio trombetas ao capital-trabalho e as transformações no território

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    Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia, como requisito para obtenção do título de Mestre em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa SilvaAnalisar as formas de inserção de grupos tradicionais quilombolas do interior da Amazônia paraense, no mundo do trabalho para o capital e as transformações no território, é o centro de nossa investigação geográfica. A área que correspondeu a pesquisa compreende o Rio Trombetas, no Município de Oriximiná (PA), que abriga em seu território 35 comunidades remanescentes de quilombos, sendo escolhida como recorte espacial a Comunidade Quilombola Boa Vista, que vem ao longo dos anos passando por um metabolismo social e transformações em seu território, engendrados pela territorialização do capital mineral a partir da década de 1970. Partindo-se da discussão acerca do conceito de território e trabalho, buscou-se analisar as determinações do mundo do trabalho para o capital, e os processos regulatórios que subordinam a força de trabalho de grupos tradicionais ao seu processo de (re)produção. A pesquisa ocorreu a partir de levantamento bibliográfico, documental e do trabalho de campo, realizado dentro de uma abordagem qualitativa, fundamentada no método materialismo histórico dialético. Buscando, assim, compreender a lógica contraditória que envolve a relação capital-trabalho, evidenciada pela superexploração e subordinação do território e da força de trabalho. Dessa forma, a pesquisa permitiu constatar que, amparados no discurso do emprego, “desenvolvimento” e nas fragilidades empregatícias da região, o capital mineral tem promovido profundas transformações na base territorial e nas relações de trabalho dos quilombolas, já que este ao se territorializar em terras tradicionalmente ocupadas, promove a separação dos quilombolas dos seus meios de produção e viabiliza relações de trabalho cada vez mais precárias e degradantes, no sentido de aumentar o controle social do território e legitimar suas ações de dominação. Em contrapartida, força os trabalhadores quilombolas a buscar meios de resistir e lutar para superar a trama de relações que envolve o julgo do capital-trabalho, sendo este o grande dilema dos quilombolas e da classe trabalhadora

    MODERNIZAÇÃO E AS REGIÕES DO CAFÉ EM RONDÔNIA

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    A cafeicultura é a terceira atividade agrícola com maior importância econômica em Rondônia e está passando por um processo de modernização técnica. Dessa forma, este trabalho apresenta uma proposta de periodização espaçotemporal da produção de café no estado, apontando as características técnicas utilizadas em cada período, compreendendo assim, as transformações espaciais ocorridas em Rondônia durante sua formação territorial e incorporando a ciência na produção de café. Além de periodizar a atividade, para entender o processo de modernização da cafeicultura, entendemos que no decorrer da história, formaram-se três importantes regiões de produção de café no estado: a região de Cacoal; a região da Zona da Mata e do Vale do Guaporé; por fim, a região de Machadinho D’Oeste. A formação de regiões produtivas de café resulta da divisão territorial do trabalho e da especialização, integrando-se ao circuito espacial de produção do café em escala local, nacional e internacional

    Circuito espacial de produção e círculos de cooperação na cafeicultura em Cacoal/RO

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    Dissertação apresentada como requisito avaliativo para obtenção do Título de Mestre no Programa de Pós-Graduação em Geografia – PPGG da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva.Atividade econômica de grande importância para a agricultura familiar em Cacoal, a cafeicultura acompanhou o processo de formação territorial do município, bem como do estado de Rondônia, devido, principalmente, ao grande fluxo migratório promovido pelo governo militar no início da década de 1970. Dessa forma, com a introdução da agropecuária pelos migrantes recém-chegados, passa a haver grande transformação espacial nessa região de fronteira da Amazônia brasileira. Assim, o espaço natural foi substituído por um espaço técnico, rompendo com as tradições e costumes amazônicos predominantes, além de integrar-se à produção de mercado de outras regiões do país. Atualmente, a cafeicultura tem passado por um processo de modernização técnica com inovações no manejo da planta, na irrigação e nos novos cultivares clonais, resultado da atuação dos agentes integrantes do círculo de cooperação atuantes na disseminação das normas do mercado globalizado do café, além da transferência de tecnologia. Portanto, a partir dessa introdução técnico-científica à produção, a cafeicultura de Rondônia voltou a figurar no cenário nacional desse mercado, integrando o circuito espacial de produção, tendo Cacoal como uma centralidade estadual devido à psicosfera criada em torno do município, conhecido como “Capital do Café”, dentre outros fatores, como: presença do capital comercial; infraestrutura e agricultura familiar acostumada a essa produção. Diante desse cenário, esse trabalho tem como objetivo compreender a organização espacial do município de Cacoal, a partir da modernização técnico-científica da cafeicultura, bem como identificar o fluxo de sua produção através da participação no circuito espacial de produção do café e de seu respectivo círculo de cooperação. Nesse contexto, identificamos em Cacoal um espaço agrícola mais modernizado com novas formas técnicas, instaladas pelos agricultores familiares para aumentar a produtividade e atender às exigências dos agentes controladores do mercado do café no circuito espacial de produção. Por outro lado, apesar dessa modernização técnica, o agricultor familiar, cada vez torna-se mais subordinado ao capital industrial, ficando sujeito às variações de mercado. Além dessa reestruturação produtiva e da subordinação do agricultor familiar, o Estado, através de seus órgãos, tem atuado como agente do capital, disseminando as suas exigências e ampliando a participação da cafeicultura em escalas nacional e internacional. Nesse sentido, apesar da manutenção da estrutura agrária familiar na produção dessa commodity, de forma dialética há um uso corporativo do espaço, em que prevalecem os interesses do capital sobre os interesses dos agentes locais

    A territorialização do capital e a expansão do agronegócio sojeiro: lutas e (re) existências dos camponeses/camponesas das comunidades nova esperança e nova aliança no município de Belterra/Pará

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    Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia- PPGG/UNIR, como requisito para obtenção do título de Mestre. Área de Concentração e Linha de Pesquisa: Território, Representações e Políticas de Desenvolvimento – TRPD. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva.O avanço do agronegócio na Amazônia representa a metamorfose da terra, da natureza e da força de trabalho em mercadorias para atender aos mercados globalizados. A classe social camponesa, cujo modo de vida aqui entendido se baseia na relação Terra, Floresta, Família e Trabalho (T-F-F-T) vem sofrendo um processo de coerção territorial pelo agronegócio, pois esse modelo hegemônico conservador almeja alcançar a reprodução ampliada do capital. Nessa “nova” temporalidade e espacialidade do poder, as diferentes formas de usos da terra, da floresta e do território que envolve campesinato-agroextrativista (terra de trabalho e de morada) e agronegócio sojeiro (terra de negócio e especulação), materializa no espaço uma geografia conflituosa. Nesse sentido, o objetivo central desse trabalho é analisar a territorialização do capital decorrente do avanço da soja e suas interferências na agricultura camponesa dos moradores das comunidades Nova Esperança e Nova Aliança, no município de Belterra, frente ao processo de ampliação do agronegócio na região do oeste do Pará. Este estudo é resultado de uma pesquisa qualitativa e os procedimentos metodológicos utilizados foi o trabalho de gabinete, por meio da revisão teórica-conceitual, análise de dados estatísticos e documentais, além do trabalho campo, com a técnica da entrevista e da observação nas áreas objeto de estudo. A espacialização de commodities possibilitou a abertura de novos mercados exógenos; instaurou um “mercado de terras” aquecido na região, elevando-o seu preço; promoveu a grilagem e uma concentração fundiária nas mãos de uma burguesia agrária do agronegócio, impactando sob as pequenas propriedades, resultado da expropriação/subjugação/pressão do campesinato-agroextrativista. Ademais, ainda que a soja tenha avançado, negando as territorialidades e as espacialidades das comunidades rurais camponesas, a (re)produção social se faz presente, enfrentando as forças coercitivas e persuasivas do capital. Portanto, as (Re)existências significa a recriação dessa classe social nos seus respectivos territórios, reconfigurando-se em uma nova geografia local que permite compreender as relações contraditórias a partir da totalidade

    Território, Direitos Humanos e Educação do/no campo na Amazônia

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    Na Amazônia brasileira as forças do agronegócio expressam objetivamente uma visão e materialização de projeto de território que afeta frontalmente à população rural e suas formas de organização social na busca de sentidos e significados aos seus modos de vida. Nesse sentido, o texto articula leitura teórica do território e experiências de campo com os processos modeladores do espaço rural. A articulação aponta como as ações do agronegócio produzem impactos na educação do campo, que por sua vez, responde a estas investidas com mecanismos de resistência inscritas em seus modelos de escolarização que devem ser adequados aos seus contextos e interesses. Dado a evidente desproporcionalidade nestas relações, a exigência dos direitos humanos constitui imperativo urgente e inadiável. Palavras-Chave: Território. Direitos Humanos. Educação do Campo. Amazôni

    Dinâmica socioespacial do agronegócio em Vilhena: Uma Análise sobre a Expansão da Fronteira Tecnológica

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado em Geografia da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva.Esta dissertação tem como eixo principal de análise, compreender a dinâmica socioespacial do agronegócio no município de Vilhena, sul do Estado de Rondônia. Em função das novas características impostas pelo mercado externo, as relações econômicas de ordem global se efetivam com a apropriação do território. O espaço geográfico, então é modificado com a ação do trabalho humano, criando um meio mais denso, com várias feições e significados, cada uma com características intrínsecas de seu período histórico com suas características sejam elas econômicas, políticas e culturais. As atividades são cada vez mais interdependentes e portadoras de razão e escala globalizada. A organização, a expansão e a produção do território, com suas infra-estruturas são impostas devido as necessidade de uma demanda externa modificando as relações da cidade com o campo e as suas manifestações de poder territorial. A dinâmica traz uma noção de movimento da sociedade e sua apropriação no espaço, impondo suas delimitações e uma Re(configuração) do território. A evolução das técnicas aplicadas com suporte da ciência impõe uma transformação no meio urbano e rural, com a manifestação da globalização na configuração local contemporânea
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