Revista GeoAmazônia (Universidade Federal do Pará)
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PERCEPÇÕES DOS IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS APÓS A CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE
A pesquisa analisa a percepção ambiental de moradores da região afetada pela barragem de Belo Monte e traça um perfil dessa população, através do Mapa de Empatia, para melhor entender a conjuntura local. Os principais aspectos positivos percebidos foram a estrutura urbana, o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e os principais aspectos negativos a criminalidade, o impacto ambiental e os problemas sociais. Cerca de 1/3 dos entrevistados não apontou nenhum aspecto positivo e 1/10 nenhum aspecto negativo. Para 82,2% das pessoas, a mudança ocorrida no rio Xingu foi para pior. 68,3% dos respondentes citaram pelo menos uma melhoria no bairro, sendo as principais: coleta de lixo, pavimentação de ruas e calçadas, água encanada, iluminação pública e drenagem. Entretanto, 31,7% dos entrevistados não apontaram nenhuma melhoria. O Mapa de Empatia permitiu visualizar um cenário no qual aspectos positivos e melhorias não foram destacados e que a percepção das alterações, pode ser, em parte, um processo de aceitação do indivíduo frente às frustrações em relação às expectativas e anseios criados e pela esperança de melhorias que ainda poderiam acontecer. As alterações ocorridas na região são percebidas de diferentes maneiras pelos indivíduos.Palavras-chave: Rio Xingu; Recursos hídricos; Mapa de Empatia; Amazônia
MAPEAMENTO PARTICIPATIVO E RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
O trabalho versa sobre o bairro da Marambaia, na cidade de Belém, capital do Estado do Pará, Brasil, onde o despejo irregular de Resíduos Sólidos Urbanos tem impactado na qualidade de vida da população do mesmo. Investigou-se em que medida as percepções locais contribuem para o mapeamento capaz de ofertar e validar dados para solucionar problemas do despejo irregular de resíduos sólidos e auxiliar na educação ambiental. A abordagem dada foi com foco na percepção ambiental junto às comunidades através do mapeamento participativo. Pelas informações obtidas e pela porcentagem de proximidade de locais indicados pelos alunos, os acertos, dentro de áreas próximas de 100 e 50 metros foram de 50% até 70%, mostrando a validade deste procedimento para apoio à gestão ambiental e como ferramenta de educação ambiental.Palavras-chave: Percepção ambiental; educação ambiental; resíduos sólidos urbanos
PERIODIZAÇÃO ECONÔMICA, ESPAÇO INTRAURBANO E SISTEMAS TERRITORIAIS DE URUCARÁ (AM)
O artigo tem como objetivo realizar periodização econômica de Urucará (AM) refletindo sobre como aspectos socioeconômicos causaram mudanças no espaço intraurbano e nas funções que a cidade exerce. Inicialmente apresentamos condicionamentos do sítio na distribuição da população e tipos de fluxos com a rede urbana. A partir de revisão bibliográfica sobre o histórico de Urucará, análise de dados primários e secundários sobre a sub-região do baixo Amazonas e trabalhos de campo, demostramos que a expansão intraurbana recente tem sido acompanhada da formação de sistemas territoriais. Com utilização da metodologia dos Sistemas Territoriais Urbano-Ribeirinho e Urbano-Fluvial, apresentamos dinâmicas escalares de duas atividades econômicas principais: a pesca e o cultivo do guaraná. Concluímos que a situação da cidade e de seus sistemas territoriais tem sido reconfigurada por dinâmicas escalares, ocorrendo drenagem da renda de pescadores e camponeses pela dinâmica da rede.Palavras-chave: sítio, situação, ciclos econômicos, sistemas territoriais
INFORMAL, FORMAL E OFICIAL: A OPERAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO NOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM
As diferenciações do sistema de transporte nas cidades brasileiras em âmbito formal e informal estão baseadas nos interesses e inserções nos circuitos urbanos. Em relação às cidades da Região Metropolitana, apesar da inserção em um circuito inferior da cidade, a medida de mitigação na oficialização desses sistemas se tornou imprescindível para a continuidade dos deslocamentos nos centros urbanos. O objetivo da pesquisa é mostrar a funcionalidade do informal como um sistema definitivo nas cidades integrantes da Região Metropolitana. A questão foi dialogada a partir de dados de campo e de órgãos gestores e suas transformações e reproduções de capital que ocorrem nas cidades, visto que a necessidade de regulação provoca fatores que necessitam de eficiência e viabilidade técnica na operação.Palavras-chave: transporte coletivo; formal; informal; regulaçã
O SABER LOCAL DO CULTIVO DO TABACO COMO FATOR CONTRIBUINTE À ECONOMIA DE UMA COMUNIDADE DO NORDESTE DO PARÁ
O presente estudo apresenta um debate contemporâneo a respeito do modo como vivem as comunidades tradicionais do nordeste paraense, costa amazônica brasileira, principalmente em Reservas Extrativistas Marinhas, no que tange a convivência com os saberes empíricos sobre plantas, em especial o uso do tabaco. Nesse sentido, o principal objetivo é demonstrar a importância do uso do tabaco na Comunidade da Chapada no município de Tracuteua-PA, assim como refletir sobre o dualismo entre o saber tradicional e científico. Mediante as observações, percebeu-se que na comunidade da Chapada os saberes tradicionais estão ligados à economia das famílias locais e esses saberes estão engendrados no cultivo da planta do tabaco, além de compor as práticas produtivas dos extrativistas da Comunidade da Chapada. Palavras-chave: Saberes. Reserva Extrativista. Tabaco
A CONFIGURAÇÃO URBANA: A CIDADE DE PORTO VELHO/RO EM FACE DA INSTALAÇÃO DAS HIDRELÉTRICAS NO RIO MADEIRA
A compreensão dos mecanismos de produção do espaço urbano e do ordenamento do território na cidade de Porto Velho/RO na Amazônia Sul-ocidental, requer uma análise contextualizada e integrada dos fatores sociais, políticos e econômicos que influenciaram sua dinâmica territorial ao longo do processo histórico em que a cidade está inserida. Esse processo perpassa pela implantação de obras de infraestrutura, as quais se apresentam como ações derivadas do planejamento do uso território que produzem efeitos sobre a formação do espaço urbano. Neste sentido, o objetivo do presente artigo é analisar o modo como as hidrelétricas implantadas no rio Madeira convergiram para a configuração do território urbano da cidade de Porto Velho-RO. A metodologia utilizada consiste em identificar, por meio de consultas bibliográficas, pelo tratamento de dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e pela análise do plano diretor municipal, a relação entre o aporte de infraestrutura, os deslocamentos populacionais para a cidade e a organização do território urbano decorrente desse processo. Para a presente análise, foram considerados os dados dos censos de 2000 e 2010 e a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios – PNAD referente aos interstícios censitários. Os resultados apresentados apontam o aumento populacional para dedicação ao trabalho nas obras ou em atividades acessórias devido ao aquecimento da economia local. Conclui-se que a conjugação dos fatores econômicos (mobilidade de capitais para viabilizar os empreendimentos, atores sociais, movimentação populacional atraída pela possibilidade de emprego e renda), ainda que temporários e fatores de ordem política como desregulamentação ambiental, apoio incondicional e irrestrito ao modelo de desenvolvimento proposto, fragilidades dos instrumentos legais de planejamento urbano e os interesses econômicos, dirigiram a reorganização do espaço urbano ao longo de todo o período anterior, durante e após a construção das usinas.Palavras-chave: Planejamento, hidrelétricas, território urbano
TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL: PARAUAPEBAS COMO CIDADE MÉDIA
O trabalho analisa a rede urbana paraense em face da reestruturação econômica em curso na Amazônia Oriental. Considerando os ordenamentos territoriais na história da região, assim como a modernização do espaço, o artigo procura refletir acerca das cidades médias e a sua importância para a rede urbana regional. Associa a reestruturação urbana na Amazônia Oriental ao estimulo à participação do grande capital na ocupação territorial contextualizando com surgimento de Parauapebas. Por fim, procura reconhecer os principais fluxos e configurações espaciais da rede de cidades comandada por Parauapebas.Palavras-chave: Rede Urbana. Cidades Médias. Ordenamento Territorial. Parauapebas
ESPAÇO E SOCIOECONOMIA NA REGIÃO DA CHAPADA EM TRACUATEUA–PA: SABERES TRADICIONAIS E PRÁTICAS PRODUTIVAS
A temática “Espaço e Socioeconomia na região da Chapada em Tracuateua–PA: saberes tradicionais e práticas produtivas”, objetiva descrever o ambiente e suas interfaces com maior afinco para os saberes tradicionais imbricados nas atividades produtivas no cotidiano daquele povo e sua relação como a economia local imersa na Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua. Trata-se de um estudo com enfoque fenomenológico, ancorado na abordagem qualitativa de pesquisa, onde a coleta de dados se valeu da entrevista com perguntas semiestruturas e, por conseguinte, os elementos analíticos partiram da análise do conteúdo das falas das pessoas entrevistadas. E, como primeiras impressões, revela-se que os saberes tradicionais imersos nas práticas produtivas sustentam a economia local daquela região (Chapada-Tracuateua), em que essas atividades estão ligadas e dependentes direta ou indiretamente à Reserva Extrativista de Tracuateua-PA, a considerar os recursos naturais. Palavras-chave: Espaço; Saberes Tradicionais; Atividades Produtivas
ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA DISTRIBUIÇÃO DOS FOCOS DE QUEIMADAS NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DO XINGU-PA (2009-2018)
No Brasil, as questões ambientais relacionadas aos desmatamentos e às queimadas são desafios à sustentabilidade ambiental. Estudos sobre esta temática trazem subsídios para reavaliação das ações dos órgãos responsáveis das estratégias de prevenção contra queimadas e desflorestamentos irregulares. Neste artigo, analisou-se a distribuição espaço-temporal dos locais de queimadas entre janeiro de 2009 e dezembro de 2018 no município Vitória do Xingu-PA, através de técnicas de geoprocessamento sobre os dados obtidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os mapas da distribuição anual dos focos de queimadas permitem a identificação dos locais que apresentaram as classes ‘muito baixa’, ‘baixa’, ‘moderada’, ‘alta’, e ‘muito alta’ de incidência de focos de queimada. Vitória do Xingu registrou 613 focos no período de 2009-2018, distribuídos de forma dispersa, com leve predominância na região Norte, com maiores quantitativos nos anos de 2009 e 2015. Concluiu-se que a incidência de focos de queimadas está diretamente relacionada a fatores culturais e meteorológicos, pois, no fim do período de estiagem (outubro, novembro e dezembro) há um aumento do número de locais de queimadas para transformação de florestas primárias em áreas de pecuária e a renovação das pastagens e/ou áreas agrícolas.Palavras-chave: Desflorestamento; Focos de calor; Densidade de Kernel