30 research outputs found

    Ensino de literatura brasileira: investigando concepções de professores da rede estadual de Pernambuco sobre orientações e documentos curriculares oficiais

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    There are about of 40 years, the linguistic studies passed to conceive the language as social interaction. This implied modifications in the teaching of language and literature, leading to questioning of the rigid division historically operated between them (CHIAPPINNI, 2005). Furthermore, the literature has been seen as powerful instrument of human formation, esthetic fruition and understanding of human, which justifies its insertion in the curriculum (CANDIDO, 2012). In Pernambuco, the teachers of public network have of an official curriculum proposal (Common Curriculum Base - BCC), that contains concepts and orientations to the teaching practice, without prejudice of the school autonomy. Beyond her, there are the OTM (Theoretical – methodological Orientations), with suggestions of activities and appropriates procedures to concepts had in the Base. Like these documents serve of main reference to elaboration of the school curricula, we objectify, according with Cosson (2006) and Ferreira (2007), to investigate the positioning of teachers of Statewide Network of PE about to BCC and to OTM, wherein respect to the teaching of literature. Thereunto, we realize semi structured interviews with 2 teachers of a reference school and 1 of a conventional school. The analysis of the data indicated that the respondents have guideline of the curricula proposal, judge them relevant and highlights the necessity of a formation that provides specific methodological suggestions for teaching literature. Against addition, we judge necessary a continuing formation that provides subsidies to teaching practice and we highlight the relevancy to establish a greater dialogue between schools and universities, in order to we measure, (re)create the thought and lived curriculum

    Avaliação da escrita escolar: a importância e o papel dos critérios

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    No presente texto, discutimos a avaliação da aprendizagem da escrita no contexto escolar, enfocando, especificamente, a questão dos critérios. A partir dos dados de uma pesquisa anterior sobre como os professores encaminham o processo de devolução dos textos aos alunos após a correção, fizemos uma análise crítica dos procedimentos avaliativos empregados por uma docente das séries finais do ensino fundamental de uma escola pública do município de Olinda (PE). Os dados foram coletados mediante observação de aulas de língua portuguesa, com audiogravação e registros em diários de campo, e sua análise foi baseada num referencial teórico centrado no conceito de avaliação formativa. Em seguida à discussão do corpus, mostramos uma possibilidade de trabalho que articule os processos de ensino, avaliação e aprendizagem. O estudo nos levou a reafirmar a importância e o papel dos critérios, qualquer que seja a dimensão do ato de avaliar a aprendizagem que esteja sendo considerada

    Arcaísmos em Guimarães Rosa

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    No presente texto, tematizamos, inicialmente, a mutabilidade e historicidade da língua, com apoio na concepção de linguagem como fazer histórico, modo de ação sobre o mundo, e na teoria de Eugenio Coseriu sobre a mudança lingüística, esta última apresentadanas suas principais oposições com as clássicas dicotomias saussurianas. Em seguida, procedemos a uma revisão de literatura, com o objetivo de verificar diferentes aspectos do fenômeno do arcaísmo, enquanto manifestação da mudança lingüística e traço estilístico. À luz dos pressupostos indicados, mostramos exemplos de diversos arcaísmos utilizados por João Guimarães Rosa em duas de suas obras – Grande sertão: veredas e Primeiras estórias. As conclusõesde nosso trabalho indicam que os arcaísmos de G. Rosa representam, para além de fotografias da fala popular ou regional antiga, um processo de criação e recriação de significados, concretização do permanente e potencial desequilíbrio da língua, superação do historicamenteconstituído, sendo isso o que confere estatuto literário à sua obra.In this paper, we discuss, initially, language mutability and historicity, based on the conception of language as a historical practice and as way of action, and in Eugenio Coseriu’s theory about language changing. In this last case, the theory is shown in its main oppositions with the classical Saussure’s dichotomies. Then, we overviewed the literature to verify different aspects of the phenomenon of archaism as manifestation of language change and stylistic mark. Based upon these theoretical frameworks, we show examples of some archaisms employed by João Guimarães Rosa in two of his works – Grande sertão: veredas and Primeiras estórias. The conclusions of our research indicate that Rosa’s archaisms, beyond old popular or regional speech, is a process of meaning creation and recriation, which represents the permanent and potential language instability, a rupture of historically established patterns, thus confering literary status to his extensive work

    SABERES EM MOVIMENTO NO ESTÁGIO DE REGÊNCIA DE TURMA: O ENSINO DE ANÁLISE LINGUÍSTICA POR GRADUANDOS DE LETRAS

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    Neste estudo pretendemos analisar o modo como alunos da licenciatura em Letras-Português da Universidade Federal de Pernambuco, durante o estágio curricular, atuam para ensinar seus alunos a refletir sobre a língua, concretizando um dos eixos de ensino desse componente curricular que é a análise linguística. A pesquisa, do tipo qualitativo-descritiva, teve como corpus projetos e relatórios de estágio, além de depoimentos dos estagiários, captados no seminário de encerramento das atividades de regência de turma do ensino fundamental. Para montar o referencial teórico, buscamos autores que tratam da formação docente, do estágio e do ensino de análise linguística. Os resultados mostraram que os futuros professores trabalham numa perspectiva sociointeracionista e exploram uma diversidade de gêneros textuais, como indicado nas orientações mais recentes para o ensino de língua portuguesa. No entanto, a maioria deles explicita pouco os procedimentos didáticos realizados, não indica as dificuldades dos alunos quando da avaliação da aprendizagem e aborda determinados conhecimentos linguísticos de forma expositiva e dedutiva.Referências:ALMEIDA FILHO, J. C. Crise, transições e mudança no currículo de formação de professores de línguas. In: FORTKAMP, M. B. M.; TOMITCH, L. M.B. (org.). Aspectos da linguística aplicada: estudos em homenagem ao professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular, 2000. p. 33-47.AZEVEDO, T. M. Ensinar gêneros? Desenredo, Passo Fundo, RS, v. 10, n. 1, p. 92-103 - jan./jun. 2014.AZEVEDO, T. M. Transposição didática de gêneros discursivos: algumas reflexões. Desenredo. Passo Fundo, RS, v. 6, n. 2, p. 198-214 - jul./dez. 2010.BARBOSA, J. Análise e reflexão sobre a língua e as linguagens: ferramentas para os letramentos. In: RANGEL, E. O.; ROJO, R. H. R. (org.) Língua Portuguesa no Ensino Fundamental. Coleção Explorando o Ensino. vol. 19. Brasília: MEC/SEB, 2010, p. 155-182.CALLIAN, G. R.; BOTELHO, L. S. A análise linguística e o ensino de língua portuguesa: em busca do desenvolvimento da competência discursiva. Educação em Destaque. Juiz de Fora, MG, v. 5, n. 1, p. 1-21, 2014.DICKEL, A. Ensino de gramática: das polêmicas às proposições. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE LINGUAGENS E ENSINO, 7, 2012, Pelotas. Anais... Pelotas: UCPel, 2012.DUTRA. C. M. D.; LOULA, L. D. Incompreensão e desalinhamento teórico-metodológico como possíveis entraves à prática de análise linguística em sala de aula. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, MG, vol. 11, n. 3, p. 526-547, jul./set. 2017.EMILIO, A. Gramática, deve-se ou não se deve ensinar? Línguas & Letras. Cascavel, PR, v. 9.  n. 16, p. 27-35. 2007.GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: GERALDI, J. W. (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997[1984], p. 39-46.GERALDI, J. W. Unidades básicas do ensino de português. In: GERALDI, J. W. (org.). O texto na sala de aula: leitura e produção. Cascavel: Assoeste, 1984, p. 49-69.LARROSA, Jorge. Algunas notas sobre la experiencia y sus lenguajes. In: BARBOSA, R. L. L. (org.). Trajetórias e perspectivas da formação de educadores. São Paulo: Ed. Unesp, 2004. p.19-34.LOMBARDI, R. F. e ARBOLEA, T. A. Formando professores pesquisadores do ensino de língua materna. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA. 1, Florianópolis, Anais... 2006, p. 614-619.MENDONÇA, M. Análise linguística: por que e como avaliar. In: Marcuschi, B. SUASSUNA, L. (org.). Avaliação em língua portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 95-110.NÓBREGA, J. J.; SUASSUNA, L. Aula de gramática ou de análise linguística? Investigando objetos de estudo e objetivos norteadores. Linguagens, Educação e Sociedade. Teresina, PI, n. 31, p. 246-269, jul. 2014.OLIVEIRA, M. B. F. Revisitando a formação de professores de língua materna: teoria, prática e construção de identidades. Linguagem em (Dis)curso. Tubarão, SC, v. 6, n. 1, p. 101-117, jan./abr. 2006.PETRONI, M. R.; JUSTINO, A. R.; MELO, E. S. O. Ainda sobre a formação do professor de língua portuguesa no Brasil. Interacções, Santarém, PT, n. 19, p. 28-37, 2011.PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes concepções. Poiésis. Tubarão, SC, vol. 3, números 3 e 4, p. 5-24, 2006.RAUBER, A. L. A formação do professor de Língua Portuguesa: o diálogo entre teoria e prática. In: MAGALHÃES, J. S.; TRAVAGLIA, L. C. (org.). Múltiplas perspectivas em linguística. Uberlândia/MG: EDUFU, 2008, v. 01, p. 346-356.REINALDO, M. A. G. M. O conceito de análise linguística como eixo de ensino de língua portuguesa no Brasil. Estudos Linguísticos, n. 8. Edições Colibri/CLUNL, Lisboa, p. 229-241, 2012.REMENCHE, M. L. R.; ROHLING, N. Análise linguística e formação de professores: um discurso sobre a dicotomia teoria e prática. In: SIMPÓSIO MUNDIAL DE ESTUDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA. SIMELP. 5, 2017. Salento. Atas... Salento: Università del Salento, 2017.SILVA, N. I. Ensino tradicional de gramática ou prática de análise linguística: uma questão de (con)tradição nas aulas de português. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, MG, v. 10, n. 4, p. 949-973, 2010.SILVA, W. R.; FAJARDO-TURBIN, A. E. F. Relatório de estágio supervisionado como registro da reflexão pela escrita na profissionalização do professor. Polifonia, Cuiabá, MT, v. 18, n. 23, p. 103-128, jan./jun., 2011.SIQUEIRA, R. A. R.; MESSIAS, R. A. L. Reflexão e ações na formação e atuação do professor de língua portuguesa: o diálogo como condição de autoria na prática educativa. In: Linguagem & Ensino, Pelotas, RS, v.11, n.2, p.377-392, jul./dez. 2008.SUASSUNA, L. Ensino de análise linguística: situando a discussão. In: SILVA, A.; PESSOA, A. C.; LIMA, A. (org.). Ensino de gramática: reflexões sobre a língua portuguesa na escola. Belo Horizonte, MG: Autêntica Editora, 2012, p. 11-28.TARDIF, M.; LESSARD, C.; LAHAYE, L. Os professores face ao saber: esboço de uma problemática do saber docente. Teoria e Educação, Porto Alegre, RS, v. 04, p. 215-233, 1991.VIEIRA, S. R. Prática de análise linguística sem ensino de gramática? Reflexões e propostas. In: ATAÍDE, C. et al. (org.). GELNE 40 anos. Experiências teóricas e práticas nas pesquisas em Linguística e Literatura. Paulo: Blucher, 2017, p. 299-318. Recebido em 05-01-2021Revisões requeridas em 28-04-2021Aceito em 12-05-2021 

    Critérios para a avaliação da oralidade no ensino de língua portuguesa

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    In terms of the evaluation of learning in general, it is necessary that the teacher has clarity of teaching objects and learning expectations so that they are articulated in a manner consistent with the methodological procedures adopted. This also applies to teaching the spoken modality of the Portuguese language. In this sense, the objective of this essay is to discuss the teaching of orality and its evaluation, as well as to propose evaluation criteria for the accompaniment of the learning of the spoken language. To support the discussion, some studies are presented, such as Schneuwly (2004) and Melo and Cavalcante (2007).Em se tratando da avaliação da aprendizagem de modo geral, é necessário que o professor tenha clareza dos objetos de ensino e das expectativas de aprendizagem, para que estes se articulem de forma coerente aos procedimentos metodológicos adotados. Isso também se aplica ao ensino da modalidade falada da língua portuguesa. Nesse sentido, o objetivo deste ensaio é discutir o ensino da oralidade e sua avaliação, bem como propor critérios avaliativos para o acompanhamento da aprendizagem da língua falada. Para embasar a discussão, são trazidos alguns estudos, tais como Schneuwly (2004) e Melo e Cavalcante (2007)

    A construção do currículo de Língua Portuguesa no cotidiano: um estudo sobre o trabalho com gêneros textuais no Ensino Médio

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    Este estudo teve como objetivo analisar como se constrói o currículo de português no cotidiano do ensino médio quanto ao trabalho com gêneros textuais. Para atingi-lo, fizemos um percurso em que procuramos perscrutar, por meio da observação de aulas: como a docente investigada seleciona os gêneros textuais abordados em sala de aula; que metas de aprendizagem traça ao trabalhar com esses objetos de saber; que procedimentos e estratégias didáticas adota para ensiná-los. Realizamos uma pesquisa qualitativa, de cunho indiciário, com uma professora de uma turma de 2º ano do ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). Os resultados nos deram indícios de que a política de incentivo à pesquisa parece influenciar a prática de ensino da professora, de modo que sua formação acadêmica, confluente com uma perspectiva sociointeracionista da língua, tende a levá-la a uma abordagem dos gêneros como prática social, mais do que como conteúdos em si mesmos. Concluímos também que a docente hibridiza elementos diversos, como sua história de vida, seu percurso acadêmico, o currículo prescrito/oficial, o perfil e a demanda dos alunos, no intuito de alcançar os objetivos que lhe parecem pertinentes no trabalho com os gêneros textuais

    A didatização da escrita por licenciandos do curso de Letras-Português da UFPE

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    Neste trabalho, tivemos como objetivo identificar e analisar os modos como o licenciando de Letras-Português mobiliza os saberes disciplinares relativos à escrita para ensinar a escrever no estágio curricular de regência de turma. Para constituir o referencial teórico, apoiamo-nos, de um lado, em autores que, para além de uma visão aplicacionista, entendem o estágio como momento privilegiado de articulação entre teoria e prática na formação docente inicial, e defendem que o saber docente é compósito e heterogêneo; de outro lado, em termos da didática da escrita, adotamos pressupostos do paradigma sociointeracionista de ensino de língua portuguesa, no âmbito do qual a escrita é entendida como prática social e, por isso, demanda conhecimentos de várias ordens e não apenas aqueles de natureza estrutural. Realizamos uma pesquisa qualitativa cujo corpus foram projetos didáticos, relatos orais e relatórios escritos apresentados por licenciandos do curso de Letras-Português da UFPE ao final das atividades de regência de turmas dos anos finais do ensino fundamental. Os resultados mostraram que os licenciandos não explicitaram adequadamente os modos de didatização da escrita e que é necessário que as instituições formadoras dediquem maior atenção a esse aspecto ao longo do curso de formação inicial

    O tratamento das especificidades da modalidade oral da língua portuguesa no Ensino Fundamental II

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    No presente artigo, objetivamos, com base em  Marcuschi  (2003, 2010) e Dolz, Schneuwly e Haller (2004), entre outros autores, descrever e analisar como duas professoras do segundo segmento do ensino fundamental abordam a modalidade oral da língua em suas aulas. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, com foco na maneira como as docentes tratavam as especificidades da oralidade. A análise dos dados mostrou que ambas se preocupavam em mostrar para os alunos que há formas diferentes de utilização da língua, a depender da modalidade. Além disso, suas práticas contribuíram para uma caracterização mais sólida e bem justificada da modalidade oral da língua

    A mediação docente no processo avaliativo da produção textual

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    Nesta pesquisa, investigamos intervenções realizadas por professoras em situações de produção, revisão e reescrita textuais. Buscamos responder à pergunta: Como é realizada a mediação docente durante a execução dessas intervenções? Participaram da pesquisa uma professora da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco (A), em uma turma de 6º ano, e uma professora da Rede Municipal do Recife (B), em uma turma de 8ª ano. Cada uma desenvolveu duas sequências de atividades, envolvendo os gêneros textuais poema/notícia e notícia/currículo, respectivamente. Essas sequências tiveram desenvolvimentos semelhantes: a) exploração do gênero textual; b) produção de textos à moda do gênero explorado; c) avaliação, revisão e reescrita dos textos produzidos. Através das análises, verificamos que a mediação realizada pelas professoras durante a execução das atividades de avaliação, revisão e reescrita textuais nem sempre ajudou o aluno a desenvolver suas habilidades de escrita. Em relação à professora A, sua mediação se configura mais como intervenção no texto produzido (fazendo o aluno identificar o problema e/ou apontar sua solução) do que como momento de reflexão linguística. Já a professora B intervém muito no processo de produção e refacção dos textos, de tal modo que muitas vezes dá as respostas prontas. Concluímos que as atividades de avaliação, revisão e reescrita ainda não se configuram como uma prática interlocutiva da qual o aluno participa ativamente, refletindo sobre os diversos elementos que constituem os textos e reconstruindo seus conhecimentos sobre a escrita, sob uma mediação docente que respeite sua (contra)palavra e estimule essa reflexão

    A ORALIDADE NOS DOCUMENTOS CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MÉDIO NO ESTADO DE PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL DO PERÍODO 2008-2018

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    The present article is the result of the research published in the thesis entitled "A oralidade entre o prescrito e o possível: a modalidade oral no currículo e na prática de professores de língua portuguesa do ensino médio da rede estadual de Pernambuco", whose main objective was to investigate how Portuguese language teachers from the state of Pernambuco (re)elaborate and experience the curriculum for teaching orality. Among all the specific objectives listed in the study, there was the one of analyzing the guidelines for the work with orality present in the official Portuguese language curriculum documents at the state level. To achieve this specific objective, an analysis of the official curriculum documents of the state education network of Pernambuco, published between the years 2008 and 2018, was carried out. The document analysis points out that the official curriculum documents of the state school of Pernambuco present conceptions of teaching orality that privilege more formal public uses of the spoken language. However, they fail in the treatment of oral specificities, because they do not suggest a more systematized approach to acoustic and kinesthetic aspects, which may indicate an approach to oral teaching still focused on a conception of oral as a norm.O presente artigo é fruto da pesquisa publicada na tese intitulada “A oralidade entre o prescrito e o possível: a modalidade oral no currículo e na prática de docentes de língua portuguesa do ensino médio da rede estadual de Pernambuco”, cujo principal objetivo foi investigar como os professores de língua portuguesa da rede estadual de Pernambuco (re)elaboram e vivenciam o currículo para o ensino de oralidade. Dentre todos os objetivos específicos elencados no estudo, figurava o de analisar as orientações para o trabalho com a oralidade presentes nos documentos curriculares oficiais de língua portuguesa no âmbito estadual. Para atingir esse objetivo específico, foi realizada uma análise dos documentos curriculares oficiais da rede estadual de ensino de Pernambuco, publicados entre os anos de 2008 e 2018. A análise documental aponta que os documentos curriculares oficiais da rede estadual de Pernambuco apresentam concepções de ensino de oralidade que privilegiam usos públicos mais formais da língua falada. No entanto, pecam no tratamento das especificidades do oral, pois não sugerem uma abordagem mais sistematizada de aspectos acústicos e cinésicos, o que pode indicar uma abordagem do oral ainda voltada para uma concepção de oral como norma
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