14 research outputs found

    O multiculturalismo e o reconhecimento: mito e metáfora

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    Raça e racismo na virada do milenio : os novos contornos da racialização

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    Orientador: Octavio IanniTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Não informadoAbstract: Not informedDoutoradoDoutor em Sociologi

    Ação afirmativa: percepção da “Casa Grande” e da “Senzala”

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    The late 70’s point towards the debut of several social movements in the scenario, both new and traditional, among which is the black movement that reintroduces the racial theme as a relevant social issue. Firstly, the black movement denounced the existence and persistence of discriminatory racist practices and subsequently began demanding concrete measures from gubernatorial instances in the sense of constraining these. These denunciations and claims are part of a broader context of struggles, which called for changes in the approach of social issues by Brazilian state. This dynamic process has allowed a broader view of the dispute between a political project which continues to follow the authoritarian tradition and another which points towards the necessity of a democratic updating in the process of choosing routes for the country.O final da década de 1970 marca a entrada em cena de vários movimentos sociais, novos e tradicionais, dentre os quais o movimento negro que reintroduz a problemática racial como uma questão social relevante. Primeiro, o movimento negro denunciou a existência e persistência de práticas discriminatórias e racistas e, posteriormente, passou a exigir medidas concretas dos poderes públicos para coibi-las. Tais denúncias e exigências fazem parte de um contexto mais amplo de lutas que exigiam uma mudança no tratamento da questão social por parte do Estado brasileiro. Este processo dinâmico tem permitido visualizar uma disputa entre um projeto político que continua a apostar na tradição autoritária e outro que aponta para a necessidade de atualização democrática na tomada de decisão dos rumos do país

    Ação afirmativa e o combate ao racismo institucional no Brasil.

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    O artigo analisa o debate sobre ação afirmativa no Brasil à luz da bibliografia sobre racismo e sobre os fundamentos jurídicos da igualdade de oportunidades. A partir desta perspectiva, polemiza com as visões que criticam a implementação de políticas compensatórias, reunindo evidências sobre a participação do Estado na legitimação da discriminação racial no país. Tal envolvimento é explorado na instituição escolar, examinando-se as conseqüências do preconceito sobre a identidade e a auto-estima das crianças e jovens negros

    Relações étnico-raciais e educação: Entre a política de satisfação de necessidades e a política de transfiguração

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    The change in the legal framework brought by the alterations in Law n. 9394/1996, the National Education Bases and Guidelines Law, as a result of Law n. 10.639 / 2003 and its practical deployment, present in the Curriculum Guidelines for the Education of Race Relations and the Teaching of African and Afro-Brazilian History and Culture, may compose the contemporary collection of multiple, diverse, creative and necessary propositions to re-situate Africa and the African Diaspora in world history. The consequence is the deconstruction of the Hegelian and Enlightenment version produced on the continent that formed the basis for the European imperialist enterprise of global dominance that now has been, at least, challenged in terms of its basics. The so-called guidelines for the "education of the race relations", as they have symptomatically been referred to by the activists of the black movement and scholars, position the need to teach History and Afro-Brazilian and African culture beyond the racial issue. My goal, in this text, is to declare that the emphasis on the "education of the race relations" restricts the scope of the guidelines, as it limits their horizon to the politics of fulfilment that, according to Gilroy (1993), has been practiced by the slave descendants, requiring the bourgeois civil society to fulfill the promises of their own rhetoric. In other words, it creates the means to establish demands for goals such as a non-racialized justice and the organization of production processes. Its maximum expression is the intersection between the recognition policy and the redistributive policy. In contrast, with the politics of fulfilment, Gilroy proposes the transfiguration policy that evokes utopian references, which, in Brazil, are associated with the possibilities opened by the teaching of African history and Afro-Brazilian history, re-situating Africa and the African Diaspora in world history, beyond the widespread racialized reading in Western education. An important tool of the deconstruction is to know the questioning and interventions that black intellectuals (African and Diaspora’s) addressed to the main axes of the global intellectual history that excluded both Africa and themselves. A mudança no marco normativo provocada pela alteração da Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira em decorrência da Lei nº 10.639/2003 e seu desdobramento prático, presente nas Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação das Relações Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, podem compor o conjunto contemporâneo das várias, diversificadas, criativas e necessárias proposições de ressituar a África e a diáspora africana na história mundial, desconstruindo a versão hegeliana e iluminista produzida sobre o continente que serviu de base para grande empresa imperialista europeia de dominação global que ora encontra-se no mínimo questionada em seus fundamentos básicos. As chamadas diretrizes para a “educação das relações raciais” como sintomaticamente vem sendo chamada pelos ativistas do movimento negro, e acadêmicos, colocam para além da questão racial a necessidade de ensinar história e cultura afro-brasileira e africana. Meu objetivo no presente texto é argumentar que a ênfase na “educação das relações raciais” restringe o escopo das diretrizes ao limitar seu horizonte à política de satisfação de necessidades (politics of fulfilment) que, de acordo com Gilroy (1993), tem sido praticada pelos descendentes de escravos, demandando da sociedade civil burguesa que cumpra as promessas de sua própria retórica. Em outras palavras, ela cria os meios nos quais demanda por objetivos como uma justiça não racializada e uma organização dos processos produtivos. A sua expressão máxima é a política do reconhecimento intersecionada com a política redistributiva. Em contraste, com a política de satisfação de necessidades, Gilroy propõe a política de transfiguração na qual se invocam referências utópicas, as quais, no caso brasileiro, estão associadas às possibilidades abertas pelo ensino de história africana e história afro-brasileira, ressituando África e a diáspora africana na história mundial para além da leitura racializada disseminada na educação ocidental. Um importante instrumento dessa desconstrução é conhecer os questionamentos e intervenções que os intelectuais negros (africanos e da diáspora) dirigiram aos principais eixos da história intelectual global que excluíam a eles próprios e a África

    Ação afirmativa e raça no Brasil contemporâneo: um debate sobre a redefinição simbólica da nação

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    O artigo centra-se sobre a repercussão da ação afi rmativa com critério racial na mídia impressa brasileira (revistas Veja, Época e Istoé e jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo) por meio da análise de enquadramento, durante o período de 1995 a 2006, referente à consolidação da temática no âmbito estatal. A análise enfatiza os enquadramentos interpretativos de posicionamento , que corresponde às publicações que apresentaram avaliações sobre o sistema de cotas raciais; de argumentação , que observa as construções argumentativas que sustentaram as referidas avaliações, e de prognóstico , que explora as propostas alternativas ou complementares ao sistema citado. A principal conclusão refere-se ao recuo das denúncias sobre as desigualdades raciais brasileiras a partir de 2005, acompanhadas de um intenso aumento de reportagens e artigos desfavoráveis ao avanço da ação afirmativa com critério racial no país

    Há algo novo a se dizer sobre as relações raciais no Brasil contemporâneo?

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    A aprovação da Lei n. 10.639-2003 e suas diretrizes, que alteraram a Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira (LDB), pressupõem um conjunto de mudanças substantivas que passam a alterar a política pública educacional no país. A obrigatoriedade da educação das relações étnico-raciais e do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana em toda a educação básica é resultado tanto do reconhecimento da discriminação racial e do racismo como constitutivos de nossa formação social, quanto permite desvendar as contribuições das culturas africanas na constituição de nossa brasilidade para além do trabalho escravo. A identidade negra, produto político do apagamento da multiplicidade cultural de povos que aportaram no país, passa a dar lugar ao prefixo afro como possibilidade de novas identificações e recriações dos brasileiros descendentes de africanos, as quais podem ser analisadas a partir do conceito de diáspora
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