32 research outputs found

    Work/Life : the signs juxtaposed in Ubiratã Braga painting

    Get PDF
    Este artigo tem por objetivo apresentar a obra de Ubiratã Braga (Porto Alegre, 1965). Por meio de um “inventário” teórico, espacial e afetivo, busco retratar o pintor coletor de imagens, mas também trazer à luz seu estilo muito particular de trabalhar. Estilo que decorre obviamente de sua forma de ser, de ver o mundo, determinando a existência de uma obra peculiar hoje de reconhecido vigor criativo.This article aims to present the work of Ubiratã Braga (Porto Alegre, 1965) . Through an "inventory" theory, spatial and emotional seek to portray the image collector painter, but also bring to light your particular style of working. Style that stems obviously his way of being, of seeing the world, determining the existence of a peculiar work today creative force recognized

    O FOTÓGRAFO E O EQUILIBRISTA

    Get PDF
    Um jovem ator e fotógrafo que deixou o teatro para, como fotógrafo, buscar o mundo.  Ele também queria ser sociólogo e ingressou, na década de 1970, no curso de Ciências sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que, quando descobriu a antropologia social. Mas a fotografia tinha que ir junto aonde ele fosse. Há 42 anos, nesse artigo composto por texto e fotografias que também se oferecem à leitura, o primeiro trabalho feito para a disciplina de um de seus grandes professores. O Fotógrafo e sua colega foram buscar o universo de um pequeno circo muito pobre, instalado por alguns dias numa das cidades da periferia de Porto Alegre no Rio Grande do Sul

    Narrativa sobre uma cidade não como as outras: Hospital Colônia de Itapuã - A cidade dos condenados

    Get PDF
    Há mais de sessenta anos, a hanseníase, doença infecciosa, era incurável e revestida de muito preconceito. Passando a Vila de Itapuã, no Rio Grande do Sul, no final de uma estrada esburacada, que não levava e não leva a lugar nenhum, foi criada esta cidade hospital para interditar e separar os doentes e salvar o resto da população – assim se entendia..

    Ilha e marinheiros

    Get PDF
    Marinheiro de mim mesmo, lá por 1985, sob Sarney, finda a ditadura, cada dia mais se falava na possibilidade do Brasil reatar relações com Cuba. Eu abri os olhos pós-parto, três dias após a entrada dos Revolucionários Che, Fidel, Cienfuegos e a trupe toda, para tentar mudar a vida deles, a do mundo e a minha em janeiro de 1959. Minha mãe querida nem tinha como imaginar que estaria trazendo à vida um ser alugado e sempre a favor dos que lutam contra as injustiças e misérias do mundo. Mesmo com relações cortadas resolvi zarpar do meu país triste para atracar na “Ilha da fantasia” (no melhor dos sentidos). Marinheiro de primeira viagem, sem contatos, mas com lenço, documento e uma câmera fotográfica nas mãos, saí a caminhar, flâneur, buscando o que eu tinha ido importar para o Brasil: uma crônica visual sobre aquele mundo que tinha apenas 27 anos de sonhos. Fiz o que pude, como pude, interagi com poucas pessoas, mesmo encontrando amigos da minha cidade, que estavam lá para um congresso de psicologia. Já que eu não teria a possibilidade de fotografar Fidel, o cotidiano de julho de 1986 eu já tinha registrado a minha maneira, solitário. Voltei para casa pensando na próxima viagem até lá. No tempo fui me perdendo, em 1988 fui para a Nicarágua pensando ser um projeto novo que copiava Cuba. Fui inspirado em Cortazar. Pelas “mãos” dele viajei todo o país até o Arquipélago de Solentiname. Nicarágua tudo diferente, outro artigo futuro, por certo. Nas ondas do tempo e dos anos fotografei a Alemanha Comunista DDR, antes Paris, Barcelona, depois, em 1990, voltei para medir as “consequências” da, assim chamada, Reunificação da Alemanha, fato que marcava o fim do chamado Socialismo Real. Brasil em crise por culpa dos neoliberais, que a mídia trata de eleger, fiquei quieto de volta no meu Porto chamado Alegre, mas quase nunca assim como tal. Voltei para a minha “casa”, a Antropologia da UFRGS para fazer o Mestrado, me qualificar, sempre querendo melhor aprender a olhar, lembro Galeano aqui. Para as embarcações e os marinheiros, em viagem ou não, o tempo passa mesmo que as águas não sejam revoltas nem pacíficas. Nunca passou a sensação que deveria fazer um ajuste de contas com Cuba — Havana, principalmente — saí de lá meio rápido demais em 1986, esqueci um pedaço do fotógrafo jovem Achutti, pois logo retornaria mas tarde. Sim, um jovem Achutti ficou lá, flanando em Havana sem dar notícias durante 30 anos. O Mundo mudou, diz-se que Cuba está parada no tempo. Em julho de 2016, exatos 30 anos depois, decidi voltar e novamente deambular sem praticamente ninguém e, mais do que tudo, resgatar-me do “mar”, então revolto, da utopia que mudou o mundo e as nossas vidas, ou não. Era hora do pedaço de mim de 1986 voltar para esse Porto do sul do Mundo. Em julho de 2016, Havana falava ao celular, as roupas eram outras, camisetas, as cores mais fortes e definidas sob o cenário de paredes lindamente grafitadas como nunca antes. Muitos turistas, burburinho como nas grandes capitais da Europa. Não mudaram o calor e a falta de conservação dos prédios, todos históricos, da Havana Vieja, capital de um país pobre, mas rico. Uma ilha de não violência, pessoas instruídas, simples mas não simplórias, gentis como em nenhum outro lugar. Foram oito dias de caminhadas de um homem quase sexagenário sob o sol inclemente de 40 graus. Mas meu porto era outro, Porto Triste. Referências: Cortázar, Julio. Nicaragua tão violentamente doce, Brasília: Ed. Brasiliense, 1987.Galeano, Eduardo. O Livro Dos Abraços, Porto Alegre, Ed. Lpm, 1989.Hohlfeldt, Antônio (Org.). Cuba da Agricultura as artes plásticas,Porto Alegre: Editora Mercado Aberto, 1987

    estudos artísticos

    Get PDF
    Crescer na intervenção e na comunicação é um dos objetivos da Revista Gama, estudos artísticos. Promove-se a comunicação, formal, dentro das regras da comunicação académica, através de textos cuja característica comum é serem escritos por artistas, sobre a obra de outros artistas. Este foi o critério base que inspirou o projeto das iniciativas associadas ao Congresso CSO (criadores sobre outras obras), que já completou seis anos de disseminação. A Revista Gama singularizou-se por convocar artistas e obras que de algum modo estariam esquecidos, desconhecidos, ou ainda pouco divulgados. Obras cuja execução tem raízes em passados mais ou menos recentes, mas que pelo excesso de discursos na contemporaneidade, não obtiveram a divulgação desejada. Este é um propósito de intervenção no conhecimento patrimonial: as obras existem, foram executadas, enriquecem o nosso património, mas há que as fazer funcionar, dar a conhecer, aos outros artistas, aos especialistas, ao grande público. Assim se reuniram neste número 6 da Revista Gama vinte e quatro artigos originais, procurando-se, na sua sequência e articulação, algumas relações de pertinência e afinidade. Olhares sobre arquivos, sobre acervos, sobre coleções, conjuntos muitas vezes fechados e em perigo de esquecimento, ou de incompreensão: uma entrada discreta que se abre para o interior de uma câmara escura, que é um espaço cheio de imagens por revelar.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    FOTOETNOGRAFIA:

    No full text
    Resumo: Fotoetnografia faz 25 anos. O meu próprio trabalho constitui-se em um apanhado de mais de duas décadas de atividades acadêmicas para o desenvolvimento e conceituação do termo Fotoetnografia, quando em minha pesquisa de mestrado (UFRGS 1996) e depois retomado no doutorado (Universidade de Paris 7 Denis – Diderot 2002). No presente artigo, em forma de memorial, apresento atividades ainda anteriores aos anos noventa, que sempre apontaram no sentido de atividades multidisciplinares que culminaram nesse conceito hoje amplamente utilizado sobretudo no campo das ciências sociais. Palavras-chave: Fotografia. Antropologia. Fotoetnografia. Antropologia visual. Abstract: Photo-Ethnography is 25 years old. My own work constitutes more than two decades of academic activities for the development and conceptualization of the notion of Photo- Ethnography, starting in my Master's research (UFRGS 1996) and later in the Doctorate (Université Paris 7 Denis Diderot 2002). In this article, that takes the form of a memorial, I present activities even before the nineties, which always pointed towards multidisciplinary activities that culminated in this concept that is now widely used, especially in the field of social sciences. Keywords: Photography. Anthropology. Photoethnography. Visual anthropology

    Caderno de campo digital: antropologia em novas mídias

    Get PDF
    A pesquisa apresenta uma experiência de etnografia e fotoetnografia com equipamento digital. Busca registrar as transformações por que passa uma comunidade rural e pesqueira pertencente a Viamão, na Grande Porto Alegre, RS, Brasil. Margeada pelo rio Guaíba (na verdade, lago) e pela lagoa dos Patos (na verdade, laguna), com a chegada do asfalto no ano de 2002 e a abertura à visitação de parque de reserva ambiental, a vila, chamada Vila de Itapuã, passou a atrair visitantes e a romper com o isolamento. Tal isolamento foi determinante para que na década de 1940 no local fosse construído o Hospital Colônia, uma prisão-tratamento para leprosos. A pesquisa busca registrar a cultura açoriana ali remanescente e, sobretudo, pensar o moderno que penetra o tradicional e todas as implicações desse entrelaçamento na construção de uma identidade local. Paralelamente à modernização que alcança o campo da investigação, a pesquisa também traz inovações metodológicas, ao testar e ampliar o uso da fotografia digital como um recurso para a fotoetnografia, discutir os seus recursos e limites e também os recursos da Internet, uma vez que o caderno de campo é publicado sistematicamente no site www.ufrgs.br/fotoetnografia, no ar desde o mês de julho de 2003.This research presents an ethnographic and photoethnographic experiment with digital equipment. The research aims to register the transformations through which a rural fishing community is going through, in Viamão, in the vicinities of Porto Alegre, RS, Brazil. The Vila, called Vila de Itapuã, is surrounded by the Guaíba river on one side and by the Patos lagoon on the other; in the year 2002 the paths to the Vila were asphalted and a wild life reserve park was opened, inviting visitors to end this Vila’s isolation. The former isolation of the place was a fundamental reason for the establishment, in the 1940’s, of the Colony Hospital, a prison-leprosarium. The present research registers the remaining Azorean culture and, above all, our goal is to think of the modern in relation to the traditional, with all the implications of such a relationship in the construction of a local identity. Running side by side with this modernizing process in the field, the present research also has methodological novelties, by testing and widening the uses of digital photography for photoethnography. We discuss these resources and their limits, as other resources, such as the internet, once our field notes are systematically published online at www.ufrgs.br/fotoetnografia, since July 2003

    O Trabalho e o Homem que trabalha — Uma ode ao trabalho: Percursos fotoetnográficos

    Get PDF
    This essay speaks about my experiences, interests and efforts to look, think andapproach the world throught photography. Using a visual language to approach people, habits,life andthe world of work.. In a way, this collection of photographs, many of them portraits,is my life as a photographer and “politician” to the extent of my limitations. Photography,work, art, anthropology and teaching are my life. As far as I have been able so far. Thank youfor yours attentive looks. Many years ago, my colleague, friend, and later master’s advisorDr. Ondina Fachel Leal said that I looked at the Other’s gaze, I didn’t know then that she wasright.Este ensaio recupera das minhas vivências, interesses e experiências desde sempre no meu empenho de olhar, pensar e abordar o mundo via fotografia. Discorrer sobre as pessoas, hábitos, vida, mundo do trabalho por meio não apenas lançando mão da linguagem verbal. De certa maneira esse apanhado de fotografias, muitos retratos, são a minha vida de ser fotógrafo e “político” na medida das minhas limitações. Fotografia, trabalho, arte, antropologia, ensino são a minha vida. Na medida do que me foi possível até aqui. Agradeço desde já pelo olhar atento de vocês. Há muitos anos minha colega, amiga, e depois orientadora de mestrado Dra. Ondina Fachel Leal disse que eu olhava para o olhar do Outro, eu não sabia então que ela sempre teve razão

    Caderno de campo digital: antropologia em novas mídias

    Get PDF
    A pesquisa apresenta uma experiência de etnografia e fotoetnografia com equipamento digital. Busca registrar as transformações por que passa uma comunidade rural e pesqueira pertencente a Viamão, na Grande Porto Alegre, RS, Brasil. Margeada pelo rio Guaíba (na verdade, lago) e pela lagoa dos Patos (na verdade, laguna), com a chegada do asfalto no ano de 2002 e a abertura à visitação de parque de reserva ambiental, a vila, chamada Vila de Itapuã, passou a atrair visitantes e a romper com o isolamento. Tal isolamento foi determinante para que na década de 1940 no local fosse construído o Hospital Colônia, uma prisão-tratamento para leprosos. A pesquisa busca registrar a cultura açoriana ali remanescente e, sobretudo, pensar o moderno que penetra o tradicional e todas as implicações desse entrelaçamento na construção de uma identidade local. Paralelamente à modernização que alcança o campo da investigação, a pesquisa também traz inovações metodológicas, ao testar e ampliar o uso da fotografia digital como um recurso para a fotoetnografia, discutir os seus recursos e limites e também os recursos da Internet, uma vez que o caderno de campo é publicado sistematicamente no site www.ufrgs.br/fotoetnografia, no ar desde o mês de julho de 2003.This research presents an ethnographic and photoethnographic experiment with digital equipment. The research aims to register the transformations through which a rural fishing community is going through, in Viamão, in the vicinities of Porto Alegre, RS, Brazil. The Vila, called Vila de Itapuã, is surrounded by the Guaíba river on one side and by the Patos lagoon on the other; in the year 2002 the paths to the Vila were asphalted and a wild life reserve park was opened, inviting visitors to end this Vila’s isolation. The former isolation of the place was a fundamental reason for the establishment, in the 1940’s, of the Colony Hospital, a prison-leprosarium. The present research registers the remaining Azorean culture and, above all, our goal is to think of the modern in relation to the traditional, with all the implications of such a relationship in the construction of a local identity. Running side by side with this modernizing process in the field, the present research also has methodological novelties, by testing and widening the uses of digital photography for photoethnography. We discuss these resources and their limits, as other resources, such as the internet, once our field notes are systematically published online at www.ufrgs.br/fotoetnografia, since July 2003
    corecore